HEARTBREAKER | SEBASTIAN STAN

By tomcruisre

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Sebastian Stan é o baterista de uma banda famosa e está vivendo com todo o glamour e prestígio de um verdadei... More

Personagens & Avisos
Soundtrack & Avisos
00. Prólogo
01. A vadia da Rolling Stones
02. Primeiro escândalo
03. Tudo o que poderia dar errado
04. O contrato
05. Aparição Pública
06. Upper East Side
07. Tequila e limão
08. Lençol de seda
09. Jantar a dois
10. Caixa de veludo
11. O equivoco
12. Preço da liberdade
13. Estúdio de gravação
14. Mais uma casualidade
15. Topless & TMZ
16. Massagem relaxante
17. O acidente de Skyler
18. A maldição
19. Lavagem a seco
20. Olho por olho
21. Noite de jogos
22. No limite
24. Artigo da cosmopolitan
25. Escolha errada
26. Revelações
27. Um lugar chamado notthing hill
28. Como conquistar uma mulher
29. O depoimento
30. Dupla traição
31. Inimigo do meu inimigo
32. Envelope de fotos
33. Good morning america
34. Novas suspeitas
35. Feliz aniversário
36. Voyeur
37. Cottage grove - parte I
38. Cottage grove - parte II
39. Momento em família
40. Dia de SPA
41. Sorvete de baunilha e escândalo
42. Ação de graças
43. O primeiro corte é o mais profundo
44. O dia seguinte
45. Arma de choque
46. Pedido de desculpas
47. O peso do passado
48. Acerto de contas
49. Primeiro encontro
50. Ouroboros
51. Contagem regressiva
52. Um pequeno favor
53. Negocio Arriscado
54. Desastre de natal - Parte 1
55. Desastre de natal - Parte 2
56. A verdade nua e crua
57. Mais um beijo
58. O ultimo suspiro

23. O álibi perfeito

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By tomcruisre

A capa em preto e branco porque ainda estamos em luto pelo nosso querido amigo ratinho, já o Pierce... VAI PRO INFERNO!!!!! ✨✨

Skyler estava sentada no chão abraçando os próprios joelhos encostada na porta olhando fixamente para o corpo de Pierce coberto por um lençol branco.

O homem que havia tentado arruinar sua vida estava morto mas ela não conseguia comemorar isso.

Duas batidas na porta foi ouvida e depois um silêncio total.

— Quem é? — Skyler perguntou engolindo seco se levantando com dificuldade ainda tonta pelo o que tinha acabado de acontecer.

Sou eu.

Skyler correu para abraçar o seu pai.

— O que aconteceu? — William ainda a abraçava quando entrou no quarto fechando a porta atrás de si.

— Eu não o matei. — Skyler estava com o rímel borrado no canto dos olhos. — Ele caiu sozinho.

— Pierce? — William arregalou os olhos ao ver quem estava embaixo daquele lençol. — O que você estava fazendo com o Pierce?

— Nada. — Skyler se sentiu uma garotinha novamente, encarando os olhar julgador de seu pai. — Eu o encontrei na gravadora.

— A gravadora da família dele.

— Ele me convidou para um jantar em família e eu pensei que você e a mamãe iriam aparecer. — Skyler não mentiu.

No seu primeiro encontro com Pierce ela esperava que sua família estivesse presente. Depois de tantos anos, ela nunca imaginaria que ele ainda nutria aquele desejo doentio por ela.

— Um jantar em família? Em um quarto de hotel? — William perguntou desconfiado.

Skyler abaixou a cabeça e começou a chorar baixinho.

— A culpa não foi minha. — Skyler lutava contra a vontade de chorar encarando os próprios pés.

— O que ele disse pra você? Ele tocou em você? — William a segurou pelos dois braços para que olhasse em sua direção. — Preciso saber se esse desgraçado tocou em você.

— Pai... — Skyler soltou um soluço quando finalmente teve a coragem de olhar em seus olhos. — A culpa não foi minha.

— Por isso parou de frequentar a casa dos Pierce? — William perguntou e Skyler apenas balançou a cabeça concordando. — Droga, isso tudo é culpa da sua mãe.

— Para com isso! — Skyler empurrou as mãos de William de si. — Tem um homem morto na porra do chão e você quer falar sobre o passado e quem tem culpa do que?

— Tem razão. — William respirou fundo tentando se acalmar. — O que aconteceu?

— Eu... — Skyler respondeu engolindo o nó que se formou em sua garganta. — Ele me empurrou na cama e tentou me sufocar com o travesseiro. Eu não sei o que aconteceu depois mas ele caiu no chão e começou a engasgar.

— Você acertou ele?

— Não, ele caiu e pediu pelos remédios. — Skyler abriu a mão revelando o frasco que ela ainda segurava. — E eu não entreguei.

— Tá tudo bem. — William pegou o frasco de remédio colocando dentro do seu bolso do casaco. — Vai ficar tudo bem.

— Como vai ficar tudo bem? Ele está morto. — Skyler disse preocupada.

— Você confia em mim, não confia? — William perguntou em um tom sério abrindo as gavetas da mesa de cabeceira e só agora Skyler notou que ele usava luvas de couro. — Por isso me ligou.

— O que está fazendo?

— Procurando algo. — William abriu a porta do banheiro deixando Skyler com uma ruga na testa. — Achei.

William segurava um frasco de remédio parecido com o que Skyler tinha acabado de lhe entregar.

— O que é isso?

— Viagra. — William respondeu balançando o frasco na mão. — Não foi sua culpa. Ele ser um broxa foi o que o matou.

— Acha que ele tomou isso antes de morrer? — Skyler se aproximou da porta do banheiro vendo William posicionar o frasco sobre a bancada derrubando alguns comprimidos.

— Com certeza. — William tirou um lenço do bolso. — Toma, limpa suas digitais e tudo o que você tocou.

Skyler obedeceu indo até a mesa de jantar a limpando e colocando os pratos e os talheres dentro de uma sacola para se livrar daquilo depois.

— Como sabia sobre o viagra? — Skyler perguntou ajoelhada limpando a bancada da mesa e a cadeira.

— A Melissa comentou com sua mãe e ela como uma boa fofoqueira que me contou. — William respondeu digitando algo na televisão apenas para deixar um histórico de pesquisa em sites pornô.

— Acho que limpei tudo.

— Não ache tenha certeza. — William respondeu de forma fria.

O nome de sua família poderia ser prejudicado com isso.

— A garrafinha de água. — Skyler foi até a lixeira pegando a garrafa e colocando dentro de sua bolsa.

— Você veio de carro? — William perguntou e Skyler balançou a cabeça de forma afirmativa. — Pagou o parquímetro?

— Não, estacionei no final da rua e vim andando.

— Eu te ensinei direitinho. — William sorriu orgulhoso. — Agora você só precisa de um álibi.

— Um álibi? Mas foi um acidente. — Skyler estava limpando suas digitais na porta. — Ele infartou.

— Acha que a mulher dele não vai começar a fazer perguntas? — William pegou o celular de Pierce e desbloqueou com o rosto dele. — Ou questionar porque ele estava sozinho em um quarto de hotel?

Skyler engoliu seco.

— Alguém sabe que você veio aqui hoje? — William estava ocupado vendo as trocas de mensagem procurando qualquer coisa que o ligasse a Skyler.

— O empresário. — Skyler respondeu baixinho de forma quase inaudível.

— O que disse?

— Kraig. O empresário. — Skyler se aproximou do pai que estava verificando as mensagem. — Foi ele quem marcou esse jantar.

Nas mensagens Kraig pedia uma garantia de que aquele jantar seria apenas um encontro inocente e Pierce havia lhe dado sua palavra.

— Confia nesse empresário? — William perguntou deletando as mensagens.

— Eu acho que sim.

— Olha pra mim.... — William disse em um tom sério. — Não é hora pra achismo. Sua vida e seu futuro dependem disso ou você vai passar o resto da sua vida atrás das grades.

Skyler engoliu seco.

— Você confia nele?

— Confio. — Skyler respondeu mas suas palavras não soaram tão firmes como imaginava.

— Então você vai contar para ele o que aconteceu e dizer exatamente assim...

[...]

Uma chuva fina cortava o céu e o som da água caindo pelo parabrisa era a única coisa que Skyler conseguia ouvir, já que sua mente parecia vazia. Manobrando seu carro para dentro da garagem, Skyler abriu a bolsa vendo a garrafa de água do hotel ali dentro e ela precisava se livrar daquilo em outro lugar.

Um lugar bem longe de casa.

Ao entrar no apartamento e o encontrar completamente vazio, Skyler jogou suas coisas em cima do sofá dando um longo suspiro aliviada e só agora a ficha havia caído sobre o que tinha acabado de acontecer.

Ela levou a mão até a boca para tentar esconder o sorriso mas quem ela queria enganar? Estava feliz demais por finalmente estar livre.

Livre do homem que havia abusado dela, livre do homem que foi protagonista dos seus pesadelos de infância. Saber que ele estava morto e apodrecendo no inferno, a deixava em estado de completa felicidade.

— O que eu falei sobre os sapatos? — Sebastian saiu do quarto vestindo uma camiseta. — Não ouviu o que eu disse? 

Skyler correu até Sebastian pulando em seus braços cruzando as pernas ao redor da cintura dele o abraçando com toda força que tinha.

— Isso tudo por causa de uma faxina? — Sebastian riu achando graça.

O abraço de Sebastian lhe trouxe conforto e por mais que ela estivesse feliz ela também se sentia culpada pelo o que estava prestes a fazer.

"Você precisa de um álibi"

A voz do seu pai ainda ecoava em sua mente como uma ordem que precisava ser seguida.

Se afastando daquele abraço, Skyler deslizou a ponta do seu nariz pela bochecha dele sentindo seus lábios roçarem em sua pele. Sebastian ainda a segurava firme contra seu corpo e ao sentir os lábios dela tocarem os seus de forma suave, ele agarrou a sua nuca aprofundando aquele beijo que ele tanto havia esperado.

Ofegante, Skyler se afastou olhando dentro dos olhos de Sebastian que ainda parecia estar confuso com aquele contato.

Ele queria ter certeza de que ela não voltaria atrás.

O peito de Skyler subia e descia com a respiração ofegante, seu coração estava disparado e ela pode jurar que sentiu borboletas no estômago ao ver ele olhando para ela tão intensamente com os olhos azuis queimando de desejo, implorando por ela.

A língua quente de Sebastian invadiu a boca de Skyler fazendo-a gemer baixinho ao sentir o gosto de uísque e pasta de dente.

O beijo dele tinha um sabor único, era agressivo, urgente e totalmente apaixonante

As costas de Skyler se chocaram contra a parede quando Sebastian prendeu o corpo dela ao seu.

O beijo estava tão bom que nenhum deles ousou se afastar até o fôlego faltar em seus pulmões.

— Vamos para o quarto. — Sebastian sussurrou agarrando a coxa de Skyler apertando sua bunda por dentro do vestido.

Skyler não respondeu voltando a beija-lo dessa vez colocando os dois pés no chão para ajuda-lo a se livrar da calça jeans. Suas mãos estavam trêmulas e ela mão conseguiu abrir o cinto de sua calça e sem paciência, Sebastian dobrou um pouco os joelhos a jogando por cima do ombro levando-a até o quarto.

As luzes do quarto estavam apagadas mas pela janela era possível ver a luz da lua iluminar parcialmente o lugar.

Sebastian a jogou na cama e começou a se despir puxando o cinto de sua calça com um sorriso safado no rosto e Skyler fez o mesmo se ajoelhando e deslizando o zíper do seu vestido tirando suas alças ficando apenas de calcinha.

— Você é gostosa pra caralho. — Sebastian abaixou a calça ficando apenas de cueca.

Skyler mordeu o lábio inferior vendo o volume na cueca dele.

— Eu gosto de saber que você é minha. — Sebastian a puxou pela cintura colando seus corpos e apertando a bunda dela com força. — Todinha minha.

— Eu já disse que não pertenço a ninguém.  — Skyler roçou os lábios nos de Sebastian dando um selinho nele. — Mas hoje eu posso abrir uma exceção.

Entrelaçando seus dedos pelos cabelos de Skyler a puxando para mais perto, Sebastian passou a língua pelos lábios entre abertos dela sentindo o gosto do gloss de cereja que ela usava antes de toma-la aprofundando em um beijo quente e urgente agarrando o corpo dela a abraçando.

Sebastian a deitou com cuidado na cama ficando bem no meio de suas pernas e explorando cada centímetro da boca dela enquanto suas mãos passeavam pelo corpo dela sentindo a maciez de sua pele.

A mão dele estava no meio de suas pernas, se enfiando dentro da calcinha de Skyler.

Skyler gemeu contra a boca dele em resposta.

Os dedos de Sebastian faziam movimentos circulares em volta do seu clítoris e quando ele o pressionou, Skyler mordeu o lábio inferior dele.

— Quero te ouvir gemer. — Sebastian abriu mais as pernas dela deslizando um dedo dentro dela a masturbando.

Sebastian desceu seus beijos para o pescoço dela, mordiscando a sua pele deixando a marca de um chupão ali.

— Eu quero... — Skyler arqueou as costas.

— O que você quer? — Sebastian perguntou agarrando os cabelos dela. — Quer que eu coma a sua boceta apertadinha? 

— Sebastian... — Skyler gemeu e Sebastian se ajoelhou na cama puxando a calcinha jogando-a em qualquer lugar daquele quarto.

Agarrando a base do seu pau, Sebastian deslizou devagar a cabeça espalhado o seu líquido pré-ejaculatório a lubrificando.

O gemido de Skyler foi tão alto que ela precisou abraçar o corpo de Sebastian mordendo seu ombro para conter seu grito quando ele deu a primeira estocada.

Senti-lo preencher todo o seu espaço entrando e saindo em um ritmo incessante a levava a loucura, mas pela primeira vez parecia que ele estava pegando leve e até mesmo sendo carinhoso.

Se sentando na cama com ela em seu colo, Sebastian tirou os cabelos do rosto de Skyler vendo seu rosto corado e brilhando de suor. Dando um beijo suave na ponta do seu nariz, ela começou a se movimentar sentada em seu colo, rebolando devagar sem quebrar o contato visual.

Os dois estavam se amando e nem pareciam perceber isso.

Sebastian foi o primeiro a gozar abraçando o corpo dela com tanta força que a marca dos seus dedos ficaram em sua pele.

Ainda rebolando em seu colo, Skyler sentiu os dedos de Sebastian se movimentarem em seu clítoris e não demorou muito para que ela chegasse ao orgasmo perdendo toda a força do seu corpo.

— Nossa! Eu daria tudo por um cigarro agora. — Sebastian soltou um suspiro passando a mão pela sua testa soada se deitando ao lado dela.

— Eu acho que tem um aqui. — Skyler se debruçou sobre o corpo dele para abrir a gaveta da mesinha de cabeceira.

Sebastian afastou os cabelos dela de suas costas nuas passando a ponta dos dedos pela sua pele arranhando de leve com suas unhas curtas vendo-a se arrepiar por completo.

— Aqui. — Skyler colocou o cigarro nos lábios e puxou o isqueiro o acendendo. — Toma.

— Valeu. — Sebastian agradeceu e Skyler ergueu a mão com o cigarro entre os dedos.

— Você acha que eu sou uma boa pessoa? — Skyler perguntou se sentando na cama e puxando o lençol para cobrir seu corpo. — Seja sincero.

— Tipo a Madre Teresa? Ou tipo a Madonna? — Sebastian perguntou com uma ruga de preocupação na testa.

— Por que a madonna?

— Ela escreveu Like a Prayer, não foi? — Sebastian perguntou soltando fumaça devagar pelo nariz e Skyler rolou os olhos.

Era óbvio que ele não levava nada a sério.

— Deixa pra lá. — Skyler entregou o cigarro nas mãos de Sebastian e se deitou encarando o teto.

— A Hope acha. — Sebastian respondeu puxando a fumaça e soltando pelo nariz.

— O que?

— A Hope acha que você é uma boa pessoa e isso é o bastante pra mim. — Sebastian respondeu se deitando ao lado de Skyler apoiando seu braço ao lado de sua cabeça. — Ou será que ainda estou com muito tesão por isso estou te achando uma boa pessoa?

— Tesão?

— É. — Sebastian sorriu com o rosto próximo ao de Skyler. — Depois de uma trepada sensacional como essa eu poderia até concordar em dar outra entrevista para a Rolling Stones.

— Já que mencionou isso... — Skyler riu e imediatamente Sebastian mudou de ideia.

— A sobriedade voltou. — Sebastian puxou o lençol para cobrir o seu corpo mas Skyler o empurrou.

— Você não vai dormir aqui.

— Você vai mesmo me colocar pra fora? — Sebastian perguntou vendo Skyler recolher suas roupas e lhe entregar.

— Vou.

— Eu posso ao menos me vestir? — Sebastian perguntou com o cigarro nos lábios.

Skyler tirou o cigarro da boca dele e lhe deu um beijo demorado, ele sorriu imaginando que ela tivesse mudado de ideia.

— Fora.

[...]

Skyler passou a noite toda revirando na cama pensando no que tinha acontecido com Pierce e em como seu pai teve que lidar com tudo aquilo sozinho. 

Ela não havia encontrado a paz que esperava.

William estava longe de ser o pai do ano mas Skyler sabia que poderia contar com ele para resolver qualquer problema.

O cheiro do que parecia ser panquecas vindo da cozinha fez Skyler criar coragem para se levantar e tomar um banho. Ela precisava ao menos fazer uma boa maquiagem para esconder as olheiras dos seus olhos.

O café da manhã estava quase pronto e Sebastian estava colocando os pratos na mesa quando Skyler se aproximou.

— Precisamos conversar sobre o que aconteceu ontem a noite. — Skyler disse chamando a atenção de Sebastian que estava com um avental de abelhinhas.

— O que aconteceu ontem a noite? — Hope apareceu na cozinha segurando duas xícaras de café.

— -H-Hope? — Skyler gaguejou nervosa. — Não aconteceu nada.

— Café? — Sebastian sorriu se divertindo com o nervosismo de Skyler.

— Acho que sim. — Skyler esticou a mão para pegar a garrafa e Sebastian fez o mesmo fazendo suas mãos se tocarem e ao sentir aquele contato os dois se afastaram como se tivessem tomado um choque.

— Vocês transaram. — Hope disse comemorando com um sorriso no rosto.

— Como é que é? — Sebastian perguntou horrorizado. — Como diabos você sabe o que isso significa?

— Eu sei muito bem como eu vim parar no mundo, pai. — Hope disse estreitando os olhos. — E vocês dois estão agindo como os adolescentes da minha escola.

— Acho que vocês dois tem muito o que conversar. — Skyler fingiu olhar para um relógio imaginário no seu pulso. — Caramba, eu estou atrasada e preciso ir.

— Você disse que ia pintar o meu cabelo hoje, esqueceu? — Hope perguntou e Skyler respirou fundo, ela realmente tinha esquecido. — Mas se você estiver realmente muito ocupada, podemos fazer isso outro dia.

— Não, eu prometi que ia te ajudar com o cabelo e vou. — Skyler se aproximou. — Eu só não quero ter essa conversa.

— Que conversa? Sobre sexo? — Hope perguntou com uma ruga na testa.

— Você quer parar de falar sobre isso? — Sebastian a repreendeu.

— Então você deveria parar de escrever músicas sobre isso. — Hope rebateu fazendo Skyler concordar em silêncio.

— Vamos tomar café da manhã. — Sebastian ainda estava com uma carranca no rosto, se fosse argumentar com sua filha ele iria perder.

— Cadê o bacon? — Skyler perguntou olhando para a mesa que só tinha frutas.

— A Hope assistiu um documentário sobre um abatedouro e decidiu que agora é vegetariana. — Sebastian cortou um pedaço de panqueca e levou até a boca. — Isso é um café da manhã sem crueldade animal.

— Com ovos e panquecas? — Skyler franziu o senho. — Você usou leite pra fazer isso?

— Usei porque?

— Dá um desconto pra ele. — Hope disse baixinho dando uma piscadela para Skyler.

— Você já decidiu qual a cor você vai pintar a mecha do cabelo? — Skyler perguntou dando uma mordida na maça.

— Rosa. — Hope respondeu animada. — Igual ao videoclipe de Girlfriend.

— Me parte o coração ver você ouvindo essas porcarias. — Sebastian rolou os olhos claramente desgostoso.

— Por isso eu falei que ela deveria ouvir Taylor Swift. — Skyler respondeu deixando Sebastian ainda mais horrorizado.

— Quem?

— Pai em que mundo você vive? — Hope o repreendeu.

— É, Sebastian... Que mundo? — Skyler repetiu se segurando para não rir. — A gente poderia ir no show da Taylor Swift, seu pai consegue os ingressos pra gente.

— Eu não sei do que vocês estão falando e prefiro não saber. — Sebastian pegou o prato e foi até o sofá para não ouvir as duas conversando.

— Eu nem gosto tanto assim da Taylor Swift. — Hope disse alto o bastante para que o pai ouvisse já que ele parecia magoado.

— Você quer fazer amigos novos? É assim que você vai conseguir. — Skyler deu uma piscadela. — Confia em mim.

— Puta merda! — Sebastian exclamou olhando para a televisão.

Skyler olhou por cima do ombro sem entender o motivo da exaltação de Sebastian.

— Esse não é o dono da sua gravadora? — Hope perguntou e Skyler arregalou os olhos sentindo um frio na barriga e uma sensação estranha no peito.

A foto de Pierce estava estampada no noticiário.

— Parece que ele teve um infarto. — Sebastian deu mais uma mordida na panqueca. — Bem feito, aquele velho maldito. Espero que esteja gravando música com o diabo agora.

— Pai...

— Você está bem? Parece pálida. — Sebastian olhou bem para o rosto de Skyler que estava imóvel ainda olhando para a TV.

— Estou. — Skyler respondeu ainda em choque.

— Acho que hoje a gravadora vai estar fechada. — Sebastian abraçou Hope. — Podemos passar o dia juntos, assistindo filme e comendo pipoca.

— Depois da escola, não é? — Hope riu. — Eu quero muito inaugurar meu cabelo novo.

— Skyler? Tem certeza que está bem? — Sebastian voltou a perguntar sentindo algo estranho acontecendo.

Skyler nunca perdia a oportunidade de soltar uma gracinha.

— Eu já disse que estou. — Skyler sorriu. — Vamos dar um jeito no seu cabelo agora?

— Não vai terminar o café? — Hope perguntou vendo que o prato dela ainda estava cheio.

— Eu perdi o apetite.

Os acontecimentos da noite passada voltaram com tudo em sua mente. A forma que Pierce a ameaçou, que as lembranças de sua infância voltaram e o medo que percorreu o seu corpo quando ele tentou sufoca-la com o travesseiro.

— Está tudo bem, S? — Hope perguntou assim que Skyler passou a ultima camada de tinta em seu cabelo.

— Você vai ser a mais descolada da escola com esse cabelo. — Skyler disse indo até a banheira pegando o chuveirinho. — Vem.

— Você está com um chupão no pescoço. — Hope riu enquanto Skyler lavava o seu cabelo dentro da banheira. — E um hematoma no braço.

Aquele hematoma perto do seu pulso não tinha sido Sebastian e sim Pierce na tentativa de arrancar o seu telefone.

— Me machuquei na academia. — Skyler enrolou os cabelos de Hope na toalha. — Prontinho, vamos secar?

— Você gosta do meu pai? — Hope perguntou olhando para Skyler através do espelho enquanto a mais velha usava o secador de cabelo.

— É, ele não é de se jogar fora.  — Skyler deu uma resposta vaga para não dar esperanças para a garota.

— Mas você está apaixonada por ele? — Hope perguntou e Skyler cruzou o olhar com o dela no espelho.

— Não.

— E um dia você pode se apaixonar? — Hope insistiu em perguntar.

— Por que não ouvimos Avril Lavigne? — Skyler perguntou tentando mudar de assunto.

— Eu já sei a música perfeita. — Hope pegou o celular que estava em cima da bancada e colocou a música Smile da Avril Lavigne para tocar.

— Você poderia ser mais sutil? — Skyler cutucou a cintura de Hope que começou a rir por aquilo ter lhe causado cócegas.

— Quem sabe um dia eu não tenha uma família normal. — Hope olhou bem para o rosto de Skyler que continuava secando seus cabelos. — Morando com o meu pai e uma madrasta legal em um apartamento como esse, acordando todos os dias com ele fazendo o meu café da manhã e me levando pra escola.

Duas batidas suaves na porta fizeram as duas se calarem.

— Já acabaram? — Sebastian franziu os lábios impressionado. — Seu cabelo ficou legal até parece uma estrela do rock.

— Valeu. — Hope abraçou Skyler. — Tudo graças a você... Pai, te contei que tirei A+ no trabalho de literatura e que vou apresentar para toda a escola?

— E você agradeceu a Skyler por isso?

— Ela agradeceu sim. — Skyler deu um beijo no topo da cabeça de Hope que ainda abraçava a mulher com força.

— Por que não vai arrumar suas coisas para ir pra escola? — Sebastian avisou. — Você vai se atrasar.

— Eu sei que você quer se livrar de mim pra ficar com ela só pra você. — Hope mostrou a língua para Sebastian. — Te vejo depois, S.

— Ela é mais difícil de lidar do que você. — Skyler riu secando a bancada. 

— Olha, é difícil pra mim dizer isso mas existe um motivo pelo qual eu nunca ter apresentado nenhuma das minhas namoradas para a Hope. — Sebastian disse firme pegando Skyler de surpresa. — Eu só não quero que ela se machuque quando tudo isso acabar.

— Eu não pretendo sumir da vida dela quando nosso contrato acabar. — Skyler hesitou antes de continuar. — Se esse é seu medo... 

— A Hope perdeu a mãe dela muito cedo e eu não quero que ela acabe confundindo as coisas. — Sebastian respondeu. — Não é nada pessoal.

— Você está protegendo ela. — Skyler deu um sorriso. — Eu entendo.

— Fico feliz em saber que a Hope tem alguém que possa contar.

— Ela é uma garota legal. — Skyler sentiu o corpo de Sebastian praticamente a abraçar quando ele deu mais um passo em direção a ela.

O nariz de Sebastian roçou na pele de sua bochecha e ela fechou os olhos esperando o contato dos lábios dele em um beijo.

— Esqueci meu celular. — Hope apareceu na porta fazendo os dois se afastarem. — Desculpa atrapalhar.

— Se você se atrasar para a escola eu te coloco de castigo... Anda. — Sebastian apontou em direção a saída e Hope apressou os passos rindo. — Aonde paramos?

Skyler riu ao sentir o celular de Sebastian vibrar perto de sua barriga.

— Seu pau está vibrando. — Skyler riu baixinho já que ela foi a única a perceber.

— Merda, é o Kraig. — Sebastian se afastou atendendo o celular. — O que foi? É, eu vi. Agora? Porra, você é um pé no saco. A gente chega em dez minutos.

— O que ele queria?

— Reunião no Chace. — Sebastian rolou os olhos. — Perda de tempo.

Sebastian puxou Skyler pela cintura mas ela o empurrou se livrando de suas mãos.

— Pode ser importante. — Skyler viu Sebastian bufar de raiva. — Eu acho que deveríamos ir.

— Acha que isso vai ser mais importante que transar? — Sebastian perguntou incrédulo. — Tá legal, eu vou esperar você se arrumar.

— Eu estou pronta, vamos.

Sebastian olhou para Skyler completamente incrédulo, não porque ela estava mal vestida mas porque ela sempre usava as suas saídas para fazer um pequeno desfile particular.

[...]

O pessoal da banda estava reunido naquele quarto alugado de Chace e Lexi foi a primeira a aparecer quando saiu a notícia sobre Alexandre Pierce.

— Sebastian... — Lexi correu até ele o abraçando. — Sinto muito pelo o que aconteceu, você está bem?

— Estou ótimo e você? — Sebastian perguntou e Lexi nem se quer respondeu quando ele se aproximou dos amigos.

Todos estavam sentados em silêncio.

— Por que essas caras de enterro? — Sebastian perguntou ao ver todo mundo cabisbaixo.

— Você poderia demonstrar um pouquinho de respeito? — Kraig perguntou irritado e Sebastian não respondeu apenas abaixou a cabeça. — Sebastian? Estou falando com você.

— Estou demonstrando meu respeito fazendo um minuto de silêncio. — Sebastian disse debochado. — Qual foi? A gente odiava esse cara e agora que ele morreu todo mundo quer chupar as bolas dele?

— O Sebastian tem razão. — Chace respondeu. — O Pierce deixou nossas músicas engavetadas por anos e depois do sucesso de Crossfire ele nos passou a perna com aquele contrato idiota.

— E não vamos falar da palhaçada do VMA.

— Agora vocês vão xingar o morto? — Kraig perguntou chocado.

— Vamos brindar a ele isso sim. — Sebastian foi até o frigobar procurando alguma bebida mas só encontrou várias garrafas de mini vodcas. — Isso aqui serve.

— Posso falar com você um minutinho? — Kraig apontou em direção a varanda para que Skyler o seguisse e assim que ficaram a sós, ele fechou o vidro. — O que diabos aconteceu?

— Eu ia te ligar hoje de manhã mas apareceu tudo nos jornais...

— Você matou ele? — Kraig perguntou e Skyler sacudiu a cabeça.

— Não, pelo amor de deus! — Skyler abaixou o tom de voz. — Ele tomou a porra de um viagra e caiu duro no chão.

— Estão dizendo que foi uma morte súbita.

— É, mas eu preciso que você apague suas mensagens com o Pierce do seu celular. — Skyler disse olhando pela varanda vendo os rapazes se divertirem. — Eu fiz o mesmo no telefone dele.

— Você sabe que existe backup né? — Kraig perguntou preocupado. — E se eles chegarem até mim...

— Meu pai cuidou isso.

— Seu... Você envolveu seu pai nisso? — Kraig perguntou colocando as duas mãos na cabeça. — Puta merda!

— Ele não vai dizer nada. — Skyler sabia que William jamais deixaria nenhum escândalo sujar o nome de sua família. — Agora eu preciso que faça o que pedi.

— Tudo bem. — Kraig respondeu deletando as mensagens.

Do lado de fora Skyler pode ver Lexi e Sebastian conversando perto demais um do outro.

— Eu preciso de uma dica. — Kraig seguiu o olhar de Skyler. — Como eu faço pra me livrar dela?

— Boa sorte. — Kraig riu. — Eu já avisei que essa mulher está atrasando a vida dele mas o Sebastian faz o que quer.

— Me dá uma dica. Qualquer coisa.

— Seja lá o que esteja fazendo está dando certo. — Kraig disse ao perceber que Sebastian estava de olho nos dois e sem se importar com o que Lexi estava falando. — Eu te aviso se aparecer alguma novidade sobre o que aconteceu com o Pierce.

Kraig abriu o vidro e se aproximou dos rapazes.

— Vocês estão fazendo disso uma comemoração? — Kraig fechou a cara ao ver o rapazes bebendo e improvisando uma música.

— Estamos ensaiando já que o estúdio está fechado. — Keller riu cutucando Chace que estava gargalhando.

— Eu vou fazer uma rima pra você Kraig. — Chace disse claramente chapado.

— Escreva uma música sobre queimar no inferno. — Kraig respondeu irritado. 

— O que vocês estavam conversando lá fora? — Sebastian perguntou para Skyler com o braço envolta da cintura de Lexi que estava prestando atenção na conversa dos dois.

— Detalhes sobre a festa do Perez Hilton. — Skyler deu de ombros. — Parece que a Versace quer nos vestir no evento.

— Quem? — Sebastian perguntou e Skyler não tinha paciência para explicar aqui para ele.

— Eu vou tomar um ar.

— Skyler... — Chace apontou para a mulher que parou de andar ao ouvir seu nome. — Sky... Como o céu e você é tão linda que parece um troféu.

— Sabe o que rima com Chace? — Skyler deu uma piscadela. — Peixe. Usa isso na sua próxima música, babaca.

Os rapazes começaram a assobiar e a zoar o amigo, como crianças sem maturidade.

Skyler estava sozinha na varanda esperando a hora de ir para o seu trabalho, ela não queria ter que voltar para o apartamento e ficar sozinha com seus pensamentos.

Ao menos ali ela conseguia fingir que nada tinha acontecido mesmo cercada por babacas.

— Está tudo bem por ai? — Stacee abriu a janela da varanda se aproximando de Skyler que afastou uma mecha do cabelo que estava na frente do rosto.

— Por que a pergunta? — Skyler franziu o senho.

— As mulheres ficam emotivas com essas coisas. — Stacee se virou de costas mantendo os olhos nos amigos. — Exceto a Lexi.

O som da risada da mulher podia ser ouvido de longe e ela não tirava as mãos de Sebastian nem por um minuto. 

— Era você quem deveria estar ali com ele.

— Não estou com cabeça pra isso. — Skyler forçou um sorriso. — Deixa os dois se divertirem.

— Você não me parece bem. — Stacee insistiu olhando bem para o rosto de Skyler. — Quer que eu te ajude com alguma coisa?

— Não, eu já disse que estou bem.

— Eu vou falar com o Sebastian. Você não pode ficar sozinha aqui desse jeito. — Stacee parecia bravo. — Não precisa bancar a forte, sei que você deve estar mal pelo o que aconteceu ao Pierce. Vocês se conheciam... Ele era amigo da sua família.

— Eu acho que é você quem precisa de um abraço. — Skyler riu debochada.

— Olha, eu te fiz rir. — Stacee deu um soco no ar. — Isso!

— É, conseguiu. — Skyler balançou a cabeça tentando esconder o sorrisinho.

— Se você fosse minha namorada eu não te deixaria aqui sozinha. — Stacee deu um passo em sua direção e Skyler sobressaltou com a aproximação dele esbarrando em sua bolsa que estava aberta.

— Você frequenta o Hotel Houston? — Stacee perguntou pegando a garrafa de água vazia que tinha caído para fora da bolsa dela.

Ouvir aquilo foi um completo choque para Skyler que se recompôs no momento seguinte quando a porta foi aberta por Sebastian.

Em questão de segundos ela tomou a garrafa das mãos dele.

— Está aconteceu alguma coisa aqui? — Sebastian perguntou com uma carranca no rosto olhando bem para Stacee.

— Nada, eu só estava perguntando se a Skyler estava bem. — Stacee apoiou a mão no ombro de Sebastian. — Sabe como as mulheres ficam.

— Da minha mulher cuido eu.

— Vou deixar vocês a sós. — Stacee acenou com a cabeça para Skyler. — Se cuida.

— O que deu em você? — Sebastian perguntou irritado. — Passou a manhã toda de cara feia e emburrada aqui fora.

— Eu não estou com cabeça para me divertir e beber vodca barata ás 10 horas da manhã.

— Olha, o que aconteceu com o Pierce foi uma merda mas isso acontece todos os dias.

Ahn?

— Pessoas morrem. — Sebastian continuou. — Não pode se culpar por isso.

— Você já pensou em ser conselheiro? — Skyler franziu os lábios. — Estou me sentindo mil vezes melhor.

— Se eu te beijar você vai se sentir melhor? — Sebastian se inclinou para beija-la mas Skyler depositou o dedo indicador nos lábios dele.

— Não se acostume com isso. — Skyler riu ao ver a cara de decepção de Sebastian, como um verdadeiro cachorrinho que caiu da mudança. — E você não beija tão bem assim.

— Não? — Sebastian riu. — Mas você parecia doida pra me beijar hoje de manhã naquele banheiro...

A porta da varanda foi aberta por Lexi.

— A gente vai pedir bebida no serviço de quarto. — Lexi fingiu surpresa. — Não estou atrapalhando, estou?

— Qualquer coisa pra mim. — Sebastian respondeu. — E você?

— Eu estou de saída, tenho que ir pra revista. — Skyler segurou a nuca de Sebastian o beijando deixando Lexi sem jeito.

A mão de Sebastian automaticamente desceu até a bunda dela a apertando.

— Te vejo em casa? — Skyler perguntou e Sebastian riu ao perceber que aquilo era apenas uma crise de ciúmes pela presença de Lexi.

— Claro.

[...]

Sebastian ficou até tarde no quarto de Chace esperando o efeito do álcool passar para poder pegar sua moto e dirigir de volta para o apartamento.

As ruas estavam praticamente desertas quando Sebastian atravessou a ponte do Brooklyn em direção ao Upper East Side mas depois de um tempo pilotando ele percebeu que estava sendo seguido por uma SUV preta com os vidros escuros, impossibilitando qualquer pessoa de ver quem estava dirigindo e pelas grades de ferro e os pneus maiores que a carroceria, aquele carro era blindado.

Parando a moto de repente, Sebastian viu que o carro atrás dele fez o mesmo.

— Qual foi porra? — Sebastian desceu da moto abrindo os braços. — Tá maluco?

Abaixando o video devagar, Sebastian reconheceu o homem que estava sentado no banco de trás do veículo que era dirigido por um motorista.

— Sr. Stan? — William perguntou. — Entre. Vamos conversar.

— Se quer tanto conversar a ponto de me seguir feito um psicopata no meio da noite... — Sebastian riu pelo nariz. — Você deveria ao menos ser homem e descer para conversar cara a cara, não acha?

O motorista fez menção para descer abrindo a porta mas William fez sinal com a cabeça pedindo para que ele esperasse.

William desceu do carro abotoando seu blazer.

— Acho que não nos conhecemos formalmente. — William estendeu a mão para cumprimentar Sebastian que recusou. — Eu ia te oferecer uma bebida.

— Sabia que eu estava doido pra te conhecer? — Sebastian riu debochado passando a mão pela barba.

— Mesmo?

— É, eu queria te dizer umas verdades. — Sebastian viu quando William franziu o senho. — Mas eu estou vendo que eu perderia meu tempo com você.

— Pelo visto a Skyler já deve ter falado de mim. — William sabia que sua filha não era sua maior fã e entendia os motivos dela.

— Acertou.

— Eu tenho uma proposta irrecusável para você rapaz. — William cruzou os braços. — Por isso te procurei.

— Sou todo ouvidos.

— Soube que você está enfrentando um processo complicado no tribunal. — William se segurou para não rir. — Acusação de estupro é coisa séria. Destrói carreiras.

— Você não precisa me lembrar disso. — Sebastian debochou. — Eu sou lembrado disso toda vez que abro uma revista ou ligo a televisão.

— E você sabe que eu sou o melhor advogado do país.

— Aonde você quer chegar com isso?

— Eu represento você no tribunal e limpo sua ficha além de te transformar na versão masculina da princesa Diana. — William disse com convicção. — Você vai sair de acusado para uma vítima de difamação.

— E qual o seu preço?

— Quero que você termine o seu relacionamento com a minha filha.

NOTAS!!!!

Imagino que vcs estão xingando um pouquinho a Skyler mas juro que tudo vai se acertar...

E o William? Será que ele vai conseguir destruir o relacionamento falso do Sebastian com a Skyler???

E sobre o Stacee... SE PREPAREM!

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