HOPELESS | BUCKY BARNES

By tomcruisre

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Buscando se encaixar em sua nova vida, Bucky se vê perdido tentando se recuperar das memórias e das lembrança... More

⍟ ᴘᴇʀsᴏɴᴀɢᴇɴs
⍟ sᴏᴜɴᴅᴛʀᴀᴄᴋ
ᴘʀᴏ́ʟᴏɢᴏ
01. ᴇɴᴄᴏɴᴛʀᴏ
02. ᴛᴇsᴛᴇᴍᴜɴʜᴀ
03. ᴅɪᴀᴍᴀɴᴛᴇ
04. ᴄᴏɴᴛᴀᴛᴏ
05. ᴅᴇsᴏʀᴅᴇᴍ
06. ᴇsᴘɪᴀ̃ᴏ
07. ᴀɴᴛɪ-ᴠɪᴅᴀ
08. ʀᴇғᴏʀᴍᴀ
09. ʙɪɴɢᴏ
10. ᴄᴏɴᴠɪᴛᴇ
11. ᴅɪsғᴀʀᴄᴇ
12. ᴇᴄʜᴏ
13. ʙᴜɴᴋᴇʀ
14. ᴛʀᴀɪᴄ̧ᴀ̃ᴏ
15. ʟɪᴍɪᴛᴇ
16. ᴄᴏɴғɪssᴀ̃ᴏ
17. sɪɴᴛᴏɴɪᴀ
18. ᴛᴇᴍᴘᴇsᴛᴀᴅᴇ
19. ᴘʀᴏᴘᴏsᴛᴀ
20. ᴠᴇʀᴍᴇʟʜᴏ
21. ʙᴇʟʟᴇ ʀᴀᴠᴇ
22. ᴍɪssᴀᴏ
23. ʙʙᴄ ɴᴇᴡs
24. ᴏʙsɪᴅɪᴀɴᴀ
25. ʀᴇᴄᴏᴍᴘᴇɴsᴀ
26. ᴄᴀᴄ̧ᴀᴅᴏʀ
27. ᴀɴᴇʟ
28. ᴄᴀʀᴛᴀs
29. ᴀᴛʀᴀsᴏ
30. ᴅᴇᴍᴏʟɪᴅᴏʀ
31. ʀᴇᴠᴇʟᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ
32. ғᴇsᴛᴀ
33. ᴅᴇsᴛɪɴᴏ
34. ᴀᴘᴀɢᴀ̃ᴏ
35. ɪɴᴛᴇʀʀᴏɢᴀᴛᴏ́ʀɪᴏ
36. ᴠɪʙʀᴀɴɪᴜᴍ
37. ᴅᴇᴠᴏᴄ̧ᴀ̃ᴏ
38. ᴛʜᴜɴᴅᴇʀʙᴏʟᴛs - ᴘᴀʀᴛᴇ 1
39. ᴛʜᴜɴᴅᴇʀʙᴏʟᴛs - ᴘᴀʀᴛᴇ 2
40. ᴄᴏɴғʀᴏɴᴛᴏ
42. ᴜʟᴛɪᴍᴀᴛᴏ
43. ᴘᴇʀɪɢᴏ
44. ᴘᴀssᴀᴅᴏ
45. ᴠɪɴɢᴀɴᴄ̧ᴀ
46. sᴇᴍ ᴇsᴘᴇʀᴀɴᴄ̧ᴀ

41. ᴍᴇᴍᴏ́ʀɪᴀ

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By tomcruisre

A sala fria de interrogatório estava fazendo os ossos de Selene doerem, seu braço ainda latejava e parecia que o curativo em seu ombro não estava estancando o sangue.

A porta se abriu e Abigail Brand entrou na sala em silêncio segurando uma pasta.

— Onde está o Barnes? — Selene perguntou observando com cuidado a expressão da mulher na sua frente.

Abigail Brad parecia fria como um cubo de gelo.

— É você quem está sendo interrogada aqui. — Abigail respondeu. — Não me faça perder a pouca paciência que me resta.

— Eu não vou responder nada até saber se o Agente Barnes está bem. — Selene ergueu a cabeça mostrando que não iria ser intimidada. — Ele é minha responsabilidade.

Fazendo sinal com a cabeça para o rapaz que até então estava em silêncio na porta, Abigail pegou um tablet da mão dele mostrando as filmagens da sala de interrogatório.

— Ele está esperando para ser interrogado por um de nossos agentes.

Bucky estava sentado em uma cadeira com os dois braços amarrados e havia várias correntes ao redor do seu dorso.

— Por que ele está desse jeito? — Selene perguntou irritada. — Estão o tratando como um verdadeiro animal.

— Não queremos surpresas. — Abigail riu. — E nós somos aliados, esqueceu?

— Então porque estamos presos aqui?

— Porque estamos avaliando uma situação antes de tomar alguma medida. — Abigail recostou na cadeira. — Vocês mataram a Sombra Da Noite e isso foi transmitido em rede nacional.

— Não matamos ninguém. — Selena sentiu o sangue ferver. — Ela era um dróide, nem se quer era humana.

— É, nós vimos.

— Então porque eu estou com essas algemas no pulso? E porque o Bucky está sendo tratado como um criminoso?

— Bucky... — Abigail deu uma risadinha ao ouvi-la chama-lo daquele jeito. — Nós da agência sabemos que ela não passava de um robô controlado por alguém mas as pessoas lá fora não sabem disso.

Selene franziu o senho.

— O que acha que vai acontecer se descobrirem que a S.W.O.R.D deixou um robô vagando pela cidade se auto declarando heroína? — Abigail perguntou de forma irônica. — Consegue imaginar o caos que seria?

— O problema não é meu.

— Claro que é. — Abigail rebateu. — Porque os próximos a serem caçados serão seus amigos vingadores.

A voz de Abigail soou por todo o recinto.

— Se não podemos controlar essa situação, como podemos garantir as pessoas que os vingadores não são uma ameaça?

— Então vamos ser considerados assassinos e vão nos jogar na prisão balsa? — Selene deu uma risada sarcástica. — Esse é o nosso destino? Por que eu já vi esse filme antes.

— Estamos tentando reverter a situação. — Abigail viu Selene franzir o senho confusa. — Você ferrou com tudo indo atrás do Wilson Fisk e eu avisei que haveria consequências se você saísse da linha... Sua mãe está sendo transferida agora mesmo para uma clínica publica.

— Não, você não pode fazer isso.

— Claro que eu posso. — Abigail sorriu vendo o desespero de Selene. — Eu tirei você do fundo do poço, Selene. Te dei uma segunda chance depois de trair a S.H.I.E.L.D e te protegi como se fosse uma filha e na primeira oportunidade você me apunhalou pelas costas.

— O Wilson Fisk...

— Não me interessa se o Fisk é o Rei do Crime. — Abigail imediatamente a cortou. — Existe uma hierarquia lá fora, e se não existisse pessoas como o Wilson Fisk para manter tudo sob controle, essa cidade já teria perdido o controle.

— Acha que o crime é a solução? — Selene não conseguia acreditar no que estava ouvindo, principalmente da diretora chefe da S.W.O.R.D.

— Eu acho que a anarquia precisa ser controlada e o rei do crime faz isso muito bem.

— Você sabia sobre isso o tempo todo? — Selene ouviu sua própria voz tremer. — E mesmo assim deixou aquele desgraçado sair impune?

— Lembra da inauguração daquele prédio tecnológico do Fisk? Aquele em que você e o Agente Barnes resgataram vários civis? — Abigail disse franzindo os lábios. — Nós estávamos de olho em algumas atividades suspeitas do Fisk, comprando tecnologia alienígena e fazendo reuniões com alguns criminosos internacionais... Temíamos que ele resolvesse criar alguma arma de guerra mas você e o Sr. Barnes não conseguiram ficar longe, não é?

— A agência sabia de tudo o que ele planejava e mesmo assim deixou essa merda acontecer...

— Não de tudo. — Abigail negou com a cabeça. — Não fazíamos ideia de que a Vallery Forbes era um andróide controlada pelo Fisk.

— E agora você vai nos prender por causa daquele desgraçado? Por que?

— Eu deveria fazer muito pior com você. — Abigail rangeu os dentes. — Mas isso iria ferrar ainda mais as coisas para nós na agência.

Abigail deslizou o dedo pela tela do tablet mostrando algumas manchetes de notícia onde em sua maioria eram a favor da Selene e do Bucky.

— Estamos avaliando a situação. — Abigail disse apertando play no vídeo que havia sido gravado onde mostrava Vallery tentando matar Selene com as próprias mãos e Bucky atravessando seu peito com uma viga de ferro. — Vamos alegar legítima defesa e dizer que a Vallery Forbes era uma agente da H.I.D.R.A.

— O Fisk vai enlouquecer.

— Não trabalhamos para o Fisk e sim com o Fisk. — Abigail enfatizou a última parte. — Se ele for esperto vai usar isso para sua corrida presidencial ou caso contrário isso vai arruinar as chances dele para se eleger.

— Confia nesse homem para ser o presidente do nosso país?

— Tivemos o Trump há alguns anos, esqueceu? — Abigail deu uma gargalhada. — Que mal o Fisk pode fazer?

— Eu quero ver o Bucky.

— Ainda vamos chegar nessa parte. — Abigail queria que aquele interrogatório fosse o mais torturante possível para Selene. — A quanto tempo você vêm investigando o Wilson Fisk sem o consentimento da agência?

— Eu não vou responder isso. — Selene riu debochada. — Meu freelancer não é da sua conta.

— Podemos não torturar o Sr. Barnes mas você... — Abigail olhou para o segurança parado ao lado da porta. — Podemos ser criativos.

— Minha investigação não deu em nada. — Selene respondeu. — Não consegui associar ele aos crimes da cidade e a única testemunha que eu tinha morreu.

— Gina Willams? — Abigail arqueou a sobrancelha. — Colocou uma de nossas melhores agentes no meio da sua birra pessoal com o rei do crime? A lista de cadáveres no seu currículo só aumenta.

— Acha que eu não sei disso? Acha que eu não me culpo pela morte dela todos os dias? — Selene sentiu sua voz falhar.

— Sua sorte é que ser uma vingadora tem seus privilégios. — Abigail olhou para o rapaz que estava em pé ao lado de Selene. — Quer dizer, Tony Stark dizima Sokovia e é considerado um herói, o Hulk derruba um prédio inteiro cheio de civis e é um pobre coitado que estava tentando dar o seu melhor... E você mata quem quiser e é a Miss América.

— Eu não matei ninguém.

— Lá fora você é uma heroína mas aqui dentro você é uma traídora. — Abigail disse alterando o tom de voz. — Eu designei que você me entregasse provas para jogar o Sr. Barnes na prisão, lembra disso?

Selene ficou em silêncio imaginando o que viria logo em seguida.

— Uma ordem que tenho certeza que não seria difícil de realizar graças a instabilidade mental do James Barnes. — Abigail fez uma pausa antes de continuar. — E em poucos meses ao seu lado ele caiu na graça da população sendo um desajustado indefeso que salva gatinhos e ajudam idosos a atravessar a rua... Como um criminoso instável conseguiu tal proeza?

— Ele não...

— Eu não terminei. — Abigail a cortou fazendo-a se calar. — Você fez isso porque sabia que assim eu não poderia joga-lo dentro de uma prisão para que ele passasse resto da vida miserável dele apodrecendo dentro de uma cela.

— O Bucky é inocente.

— Nesse caso ele é sim porque a única que traiu a agência foi você indo pra cama com o Soldado Invernal. — Abigail alterou o tom de voz fazendo-a engolir seco. — Como se sentiu traindo os seus colegas desse jeito? Porque você dormiu com um criminoso de guerra, um psicopata e terrorista.

Selene encarou as próprias mãos algemadas em cima da mesa, ela odiava que falassem sobre Bucky daquele jeito e odiava mais ainda a arrogância de Abigail Brand.

Como se ela fosse melhor do que qualquer um que estava naquela sala.

— De quantas maneiras você traiu essa agência e toda a equipe que confiava em você para fazer o trabalho? Você tem esses terríveis ataques de moralidade, e depois... — Abigail abaixou a cabeça rindo sozinha. — Eu não preciso mencionar todas as vezes que você traiu alguém, não é? Aposto que está fresquinho em sua memória. Eu só queria entender como você definiria transar com um dos criminosos mais sádicos que os Estados Unidos já viu. Vai alegar que foi um surto psicótico? Ou vai dizer que ele te obrigou?

A respiração de Selene começou a ficar pesada e ele fechou o punho com força.

— Minha vontade era te descartar de uma vez mas você é muito bem vista lá fora. Seria estranho se a Canário Negro desaparecesse de repente depois de um interrogatório na S.W.O.R.D. — Abigail rolou os olhos. — Nós precisamos fazer alguns sacrifícios de vez em quanto e isso significa te manter na equipe. Você é razoavelmente atraente e seu rosto representa alguma coisa para as pessoas e eu não digo apenas para vender bonecos articulados com o seu nome e em divulgação de cartazes pela cidade... De alguma forma você e o Barnes representam liberdade e esperança para alguns idiotas lá fora.

— Então você vai me soltar?

— Por enquanto não. — Abigail se levantou segurando o tablet em sua mão. — Preciso descobrir outro jeito de te colocar na linha. Não dá pra confiar em você mas no entanto você ainda tem lá os seus usos.

— Eu quero ver o Agente Barnes. — Selene repetiu dessa vez perdendo a paciência.

— E eu quero fazer esse encontro acontecer mas se ele não colaborar... Receio que o Agente Barnes não chegue inteiro até o final do dia. — Abigail respondeu de forma irônica.

Selene pulou sobre a mesa agarrando o pescoço de Abigail com suas duas mãos e mesmo algemada ela conseguiu alcança-la, mas antes que pudesse enforca-la e machucar a mulher pra valer, o rapaz que até então estava em silêncio a agarrou pela nuca a jogando no chão sem o menor esforço.

— Fica de olho nela até eu voltar. — Abigail seguiu até a saída fechando a porta atrás de si.

A diretora da S.W.O.R.D seguiu pelo corredor em passos firmes e de cabeça erguida ainda sentindo as mãos de Selene em seu pescoço, sua pele estava vermelha e havia um arranhão próximo ao seu busto.

Ao ver Bucky Barnes sentado na cadeira de interrogatório seu coração disparou em puro medo.

Se Selene foi capaz de ataca-la daquele jeito, ela não queria pensar o que o Soldado Invernal poderia fazer.

— Grayson! — Abigail fez sinal para o agente que fazia a segurança do local. — Ligue para a central e peça para a Agente Drew interrogar o Barnes.

— Mas senhora...

— Faça o que eu mandei. — Abigail disse firme vendo o seu subordinado dar as costas para seguir o seu comando.

O olhar de Bucky cruzou com o seu através do vidro opaco e ela engoliu seco. Parecia que ele sabia que ela estava ali e isso a fez tremer.

Seguindo pelo corredor, Abigail foi para a próxima sala de interrogatório onde a próxima testemunha esperava.

— Desculpe a demora. — Abigail entrou na sala com um sorriso no rosto.

— Wilson Fisk, ainda não fomos apresentados. — Fisk ergueu a mão para cumprimentar a mulher.

— Abigail Brand chefe e diretora da S.W.O.R.D. — Abigail apertou a mão do homem o cumprimentado.

— Sim. Vim até aqui prestar uma acusação formal pelo falecimento de Vallery Forbes.

[...]

Os minutos se passavam e Bucky continuava trancado naquela sala sem nenhuma informação. Tudo o que ele sabia era que tinha 5 agentes do lado de fora e 2 do lado de dentro empunhando armas esperando que ele fizesse qualquer movimento para atirar.

Essa era a ordem.

— Agente Barnes... — Jessica Drew sorriu vendo-o algemado a mesa com correntes. — Espero que estejam tratando você bem.

— Onde está a Selene? — Bucky perguntou em um tom sério.

— Acredito que esteja sendo interrogada agora. — Jessica deu de ombros. — É muita burocracia. Eu só vim recolher o seu depoimento.

— Porque não me diz a verdade antes que eu perca a paciência e arranque ela a força de você? — Bucky se inclinou sobre a mesa e os dois homens que estavam ali apontaram suas armas para ele.

— Por favor... — Jessica fez sinal para que os agentes abaixarem as armas. — Eu não tenho motivos para mentir.

— Então onde está a Abigail Brand? — Bucky voltou a questionar deixando Jessica nervosa.

O coração da mulher deu uma leve palpitada e pelo jeito que sua respiração ficou mais pesada, Bucky percebeu que a mulher realmente não sabia de nada.

— Eu só vim até aqui colher o seu depoimento. — Jessica repetiu tentando não demonstrar o seu nervosismo.

— Eu não vou dizer nada até ter certeza que a Agente Ackard está bem. — Bucky respondeu e Jessica fez sinal com a mão para o rapaz se aproximar com um tablet.

— Eu não deveria te mostrar isso. — Jessica começou a digitar alguns códigos na tela e a imagem de uma câmera de segurança foi mostrada.

Selene estava sentada em frente a uma mesa dentro de uma sala de interrogatório igual a que Bucky se encontrava e isso o fez perceber que os dois estavam no mesmo lugar.

— Viu? Está mais calmo agora? — Jessica perguntou desligando o tablet voltando sua atenção para Bucky. — Você e a Agente Ackard podem ser condenados por assassinato é isso mesmo que quer?

— Deveria está interrogando o Wilson Fisk por isso. — Bucky respondeu. — Ele é o responsável.

— Você carrega uma lista de mortes nas costas. — Jessica disse chamando a atenção de Bucky. — Acha mesmo que vai conseguir acusar o futuro presidente do nosso país de assassinato? Se quiser mesmo sair dessa enrascada você precisa dizer o que sabe.

Bucky sorriu de forma sarcástica recostando na cadeira até o limite que as correntes permitiam.

— Eu disse algo engraçado?

— Estou me divertindo vendo você tentar mentir pra mim. — Bucky respondeu. — Quer me ajudar? Você trabalha para Abigail Brand, a mulher que está louca para me enfiar em uma prisão de segurança máxima e você quer mesmo que eu acredite que tem as melhores das intenções?

— Você não vai para prisão. — Jessica negou com a cabeça. — Pelo menos não pelo assassinato da Vallery Forbes.

Jessica ligou novamente o laptop mostrando os artigos de notícias de todo país e todos clamavam pela segunda chance do Soldado Invernal e da Canário Negro.

A população estava dividida, alguns acreditavam que tinha sido uma execução provocada por inveja e uma possível queima de arquivo por ela saber demais e outras acreditavam que tinha sido legítima defesa já que antes de Bucky atravessar o peito da mulher com uma viga ela estava atacando Selene.

Até mesmo o clarim diário e J.J.Jamesson estava mostrando apoio ao Soldado Invernal.

— Abigail Brand está bancando a fodona por ai mas ela não pode largar a mão de vocês agora, seria um escândalo para a agência. — Jessica tombou a cabeça para o lado. — Mas ela precisa de alguém para culpar.

— Wilson Fisk é o culpado.

— Ele não. — Jessica respondeu deixando Bucky ainda mais revoltado.

— E você espera que eu minta para defende-lo? Ou pior que fique de braços cruzados vendo esse homem se tornar presidente? — Bucky ergueu os braços fazendo a corrente que o segurava arrebentar. — Não foi para isso que eu servi ao meu país.

— Eu entendo sua revolta mas estamos falando sobre a Sombra Da Noite. — Jessica engoliu seco ao ver o olhar moral de Bucky sobre ela. — O corpo dela está em um laboratório da agência sendo scaneado. As peças que a compõem são de origem alienígena e precisamos localizar quem a construiu e entender porque ela não foi detectada pela agência.

— Talvez vocês não sejam tão competentes como pensam. — Bucky deu uma resposta ácida sem paciência para aquela enrolação.

— Sabe porque a agência se chama S.W.O.R.D? — Jessica perguntou aproximando a cadeira da mesa. — Significa "Departamento de Observação e Resposta a Mundos Sencientes" e isso incluí um droíde vagando pela cidade. Imagine o que aconteceria se as pessoas descobrissem que falhamos desse jeito? O caos se instalaria e seria pior do que aconteceu em Westview.

—Você quer que eu minta? — Bucky perguntou sem acreditar no que estava ouvindo.

— Eu quero que você diga que não sabia sobre a verdadeira identidade da Sombra Da Noite e que você a matou em legítima defesa. — Jessica respondeu. — Essa é a verdade, não é?

Bucky virou o rosto em direção a porta ouvindo ao longe o que parecia a voz de Selene, estava muito distante.

Se encostar a mão de novo em mim eu te mato.

Arrebentando as correntes, Bucky se levantou da mesa tão rápido que a cadeira atrás de si tombou para trás fazendo Jessica levantar em um pulo.

Os agentes que estavam dentro da sala apontaram suas armas para Bucky que agarrou um deles pelo pescoço o usando de escudo quando o outro começou a atirar. 

Usando toda a força que tinha Bucky jogou o corpo do homem através da janela fazendo o vidro se estilhaçar e o barulho foi tão alto que assustou os agentes do lado de fora.

— Não faça isso, Barnes. — Jessica alertou vendo-o apoiar o braço para pular a janela.

Sem responder a aquela ameaça Bucky saltou vendo Selene sendo imobilizada pelos agentes no final do corredor. Seus braços estavam algemados atrás das costas e o homem pressionava o joelho no pescoço dela para mante-la em silêncio.

Aquilo enfureceu Bucky e parecia que toda a racionalidade havia saído do seu corpo naquele instante.

— Você está tão ferrado... — Selene riu vendo Bucky se aproximar com os punhos cerrados e com uma carranca no rosto.

O Agente pareceu não notar a presença de alguém se aproximando e quando se virou foi surpreendido por Bucky que deu um chute bem no centro do peito dele fazendo-o seu corpo ser arremessado para o outro lado da sala derrubando a parede.

— Está tudo bem? — Bucky perguntou a ajudando a se levantar do chão.

Uma equipe de agentes se aproximou depois que Jessica Drew pediu por reforços e havia pelo menos quarenta homens ali. Bucky sabia que poderia lidar com todos eles mas temia por Selene já que todos estavam armados.

— Mãos na cabeça e de joelhos! — A equipe se aproximou com cautela apontando suas armas.

— Ei, você está machucando ele. — Selene tentou se aproximar de Bucky mas recebeu uma coronhada na testa deixando-a tonta.

— Selene! — Bucky empurrou os homens que o seguravam mas um deles o acertou com um bastão de choque.

—10 mil volts. — O homem riu. — Derruba até um elefante.

Os agentes conseguiram conter os dois usando todas as armas que podiam sem se importarem se iriam machuca-los.

— Já chega! Eu ordeno que larguem as armas.

Uma voz grossa e autoritária fez todos os agentes recuarem.

— Chegou atrasado. — Selene riu sem forças vendo o homem alto moreno e musculoso se aproximar.

Era Sam Wilson.

— Capitão Wilson, esses dois estão sob custódia.

— Eu dei uma ordem. — Sam manteve seu tom de voz sério olhando bem para o rosto de Jessica. — Mande seus homens recuarem.

Aquilo provavelmente teria consequências já que Abigail Brad era uma mulher severa que gostava de ordem mas Jessica Drew era uma grande fã do Capitão Wilson e ela estava disposta a queimar a agência por ele.

— Soltem os dois. — Jessica deu a ordem mas os homens não moveram um músculo. — Não ouviram o que eu disse?

— Agradeço, Agente Drew. — Sam fez uma reverência com a cabeça para a mulher.

— A seu dispor, Capitão Wilson.

Bucky e Selene já estavam de pé observando aquela cena dos dois flertando no meio daquele corredor com um sorriso no rosto.

— Venham comigo. — Sam abriu uma das salas de interrogatório trancando a porta logo em seguida.

As cortinas estavam fechadas e Sam tirou um dispositivo de dentro da jaqueta apontando para a câmera que estava fixa na parede a desativando.

— Eu não acredito que tive que sair de Washington para salvar o traseiro de vocês dois. — Sam cruzou os braços rindo em um tom de piada.

— É bom te ver, Sam. — Selene o abraçou.

— Você sabe o que acontece quando alguém começa a puxar o saco dele, não é? — Bucky perguntou emburrado vendo Selene nos braços de Sam.

— Está com ciúmes da canarinha? — Sam riu prestes a alfinetar Bucky. — Ou de mim?

— Como chegou aqui tão rápido? — Selene ignorou o comentário.

— Eu vim voando assim que vi tudo pela televisão. — Sam respondeu e Bucky riu pelo nariz.

— Não me diga que veio voando em cima do asa vermelha. — Bucky o provocou.

— O asa vermelha não tem nada haver com isso.

— Vocês dois não conseguem ficar cinco minutos em uma sala sem se alfinetarem?

— Engraçado, eu costumava dizer isso para vocês dois. — Sam olhou para o rosto de Selene e em seguida para Bucky. — Por quanto tempo eu dormi?

— Estão querendo nos condenar pela morte de alguém e você está preocupado com isso? — Bucky rapidamente mudou de assunto tentando distrair Sam.

— Alguém? — Selene deu uma risada sarcástica. — Você esqueceu de novo que a Vallery não é humana?

— A Vallery o que?

— Ela é o exterminador do futuro de saia. — Selene respondeu deixando Sam totalmente boquiaberto. — E o invés do Bucky dar uma de Sarah Connor, ele ficou batendo papo.

— Tem certeza disso?

— Nós vimos com nossos próprios olhos. — Selene apontou para a cabeça. — Está tudo armazenado bem aqui.

— Precisamos de provas porque vai ser a sua palavra contra a do Wilson Fisk.

— Ele está aqui? — Selene perguntou respirando fundo para tentar reprimir a vontade de sair daquela sala, encontrar Wilson Fisk e quebrar a cara dele na porrada.

— Está sendo interrogado. — Sam se virou para Bucky com uma ruga na testa. — O que deu nele? Ficou caladão de repente.

— Bucky? — Selene finalmente chamou a sua atenção.

— O que disse antes? — Bucky perguntou olhando em direção da Selene que parecia confusa.

— Sobre o que?

— Sobre a Vallery.

— Que eu vi com os meus próprios olhos ela se transformar no exterminador do futuro. — Selene riu. — Por que?

— E o que disse depois? — Bucky perguntou e por um momento Selene pensou que ele tivesse batido a cabeça muito forte.

— Que está tudo armazenado na minha cabeça.

Bucky esboçou um sorriso fraco.

— O que deu nele? — Sam perguntou para Selene que estava tão confusa quanto ele.

— É isso. — Bucky se aproximou de Selene. — Lembra o que a Vallery me disse antes de morrer?

— Não, eu estava ocupada tentando respirar depois dela quase ter me matado.

— Ela disse que eu conseguia ver através dos olhos dela. — Bucky se virou para Sam. — Se ela é um robô...

— Então todas as memórias estão armazenadas. — Sam concluiu o pensamento dele.

— A Agente Drew disse que o corpo dela estava sendo scaneado.

— Deve estar no laboratório de tecnologia no ultimo andar. — Selene respondeu fechando os olhos e dando um suspiro cansado. — E eu não tenho acesso.

— Mas eu tenho. — Sam cruzou os braços. — Como vocês conseguiram se virar sem mim? Era só me dá um telefonema e eu resolvia tudo.

Bucky fechou a cara.

— Você é o melhor, Sam! — Selene disse animada.

— Você está inflando o ego dele falando desse jeito.

— Eu estou ouvindo tudo. — Sam abriu a porta da sala de interrogatório para sair. — E o Bucky tem razão mas pode continuar inflando meu ego, canarinha.

Antes de seguirem até os elevadores, Wilson Fisk saiu de uma das salas abotoando seu terno branco.

— Ora, ora... Exatamente quem eu esperava ver. — Wilson Fisk estava de pé ao lado do seu advogado. — Capitão Wilson, o que te trás até aqui?

— Senti falta do cafézinho da agência. — Sam deu uma risada sarcástica. — Gosto dele bem preto e forte.

— Bom, eu só vim agradecer. — Fisk se virou para Bucky. — Eu sabia que escolher entre a Selene e a Vallery, não seria difícil para você mas por um segundo assistindo aquelas filmagens... Eu te vi hesitar.

Selene olhou bem para o rosto de Bucky.

— Achei mesmo que iria deixar a Selene morrer. — Fisk gargalhou. — Mas ainda bem que você é um ótimo, Soldado.

— Bucky, não... — Sam segurou o braço dele.

— Se estão planejando me colocar atrás das grades eu repensaria. — Fisk riu. — Existe algo lá fora maior do que nós dois e eu sou o único que pode controla-lo.


NOTAS!!!

Será que nossos queridos finalmente vão ter a paz que merecem com o Fisk atrás das grades??? Bom, eu só tenho que dizer que a fic está perto de chegar ao fim, talvez a gente tenha alguns momentos de paz ou talvez só venha desastre daqui pra frente RSRSRS

Como a fic está no finalzinho resolvi escrever mais uma do Bucky para vcs não ficarem com saudade.

A fic se passa em 1940 ou seja antes do soldado invernal e já está disponível no meu perfil se chama (ROULETTE) ❤️❤️❤️ Espero que gostem ❤️❤️

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