It's Pink, Honey | jikook

By BellaVittory

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O ano de 2017 havia chegado ao fim. E com ele, o término de uma guerra entre as duas Coreias, da qual Jungkoo... More

desejos, aromas e permissões
lúpus, paparazzi e olhares
fotos, freddie e coragem
ternos, ódio e surtos
ciúmes, dior e desejo
café, aranha e beijos
pesadelos, perguntas e gemidos
prazer, descobertas e luz
cartas, vaga lumes e proteção
toques, terapia e egoísmo
verdades, saudades e Ghost
declarações, socos e máscara
lembranças, cio e marca
memórias, dor e herói
trio, gestos e início
proposta, gestação e Suíça
brigas, perseguidor e respostas
amor, segredos e raiva
carinho, proteção e vingança
retorno, ataque e planos

feridas, róseo e meu

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By BellaVittory

Oii gente! Como vocês estão?

Capítulo novo!!

Espero que gostem.

Aliás, já foram lá ler o prólogo de Atlantic? Prometo que vocês vão gostar.

Beijo beijo e boa leitura♡

━━━━━━━ •♬• ━━━━━━━

Jungkook encarava todos aqueles homens, que pareciam estar prontos para atacá-los. Jimin se mantinha sempre atrás do alfa, com medo. Sabia que esse momento acabaria chegando alguma hora e também sabia, da força que seu segurança tinha.

Mesmo assim, sentiu medo.

O moreno caminhava lentamente para trás, enquanto tentava criar um plano em sua própria mente.

– Jimin – diz sussurrando – quando eu falar já, você sai correndo.

– Jeon eu não consigo...

– É claro que consegue, corra o mais rápido que puder, chame o Hoseok e acione as autoridades, tudo bem?

O ômega concorda com a cabeça, voltando a encarar todos aqueles homens que começavam a se aproximar aos poucos.

Jeon sabia que o verdadeiro perseguidor não estava ali, a forma como todos andavam era diferente. Tinha olhos bons, principalmente quando tinha que reconhecer seus inimigos durante a guerra.

O frouxo havia apenas mandado capangas, talvez, apenas observando e testando como a segurança de Jimin funcionava.

Se o perseguidor queria tanto descobrir, então Ghost mostraria para ele.

– Já!

– Seu merdinhas, vão apanhar! – Jimin grita antes de sair correndo a toda velocidade.

Um dos encapuzados tenta ir atrás, sem sucesso. Jeon foi rápido em pegar sua arma e apontá-la na direção deles.

– Quem mandou vocês?

Claro, sem respostas.

Não estavam afim de conversar. Jungkook percebe, assim que um dos homens corre em sua direção, sendo recebido com um chute no estômago antes que a atenção do segurança, agora, fosse para o outro capanga, desferindo um soco em seu rosto.

Guarda sua arma novamente no coldre, os chamando com o dedo indicador, adorando aquele momento.

Demorou poucos segundos até que Jimin chegasse ao local do evento, vendo Hoseok correr em sua direção, percebendo seu sumisso.

– Jimin, você tá bem? – pergunta vendo o ômega tentar recuperar o ar.

– O Jungkook...

– O que houve com ele? O perseguidor?

– Os perseguidores.

– Tem mais de um?

Arregala os olhos, assustado.

– Droga, vocês vem comigo! – Hoseok diz vendo os outros seguranças segui-lo.

Logo estavam novamente na rua. Jimin ditava o caminho enquanto o alfa ao seu lado, se comunicava com a polícia, passando o endereço correto.

Param de correr apenas quando avistam Jungkook ao longe, um tanto chocados com a cena que viam.

O alfa estava perfeitamente bem, a não ser pelo leve corte em seu lábio, quase imperceptível, diferente de todos os homens máscarados, caídos em diferentes lugares pela rua, todos desmaiados.

Um estava ao lado da lixeira, onde podia-se ver uma parte afundada, feita provavelmente por sua cabeça, onde Jungkook não poupou forças.

O segundo estava com o rosto machucado, onde manchas roxas eram bem visíveis e seu nariz, com certeza, quebrado, igualmente aos outros restantes.

Hoseok não sabia nem ao menos como fechar a boca, olhava a cena assustado e pensava em como Jungkook podia estar daquela forma, tão calmo e sem machucado algum.

Jimin por outro lado, conseguia reparar apenas em como os fios escuros caiam perfeitamente por sua testa, as mãos fortes arrumando o terno de alta costura no próprio corpo e o sorriso lateral um tanto glorioso, evidenciando sua vitória.

"Que cara gostoso" foi a única coisa que conseguiu pensar.

Jeon se aproxima rapidamente, segurando os braços de Jimin com cuidado, preocupado.

– Você está bem?

Jimin tinha a boca entreaberta, não conseguia dizer nada.

– Ei, calma, tá tudo bem.

– Eu sei.

– O que houve, então?

– Tô excitado.

Hoseok tosse, tentando mostrar que estava ali e nem um pouco afim de escutar algo como aquilo.

Jungkook apenas ri, vendo o carro da polícia se aproximar.

Demora poucos minutos até que os três homens estivessem na delegacia. Jimin estava sentado de frente para a mesa do policial, que lhe fazia perguntas.

Os dois seguranças apenas se encostam na parede atrás, com os braços cruzados, ouvindo e observando tudo em completo silêncio.

– Nós vamos fazer algumas perguntas para eles, passarão a noite aqui e espero que acabem contando quem é o perseguidor.

– Paparazzi.

O policial foca seu olhar no ômega, que joga os fios loiros para trás, já sem paciência. Queria ir para casa, tomar um banho ou invadir o apartamento de Jeon e provocá-lo até que fosse fodido novamente.

Odiava lugares como aquele, era bonito e chamativo demais para estar em um lugar sem qualquer tipo de glamour.

– Não entendi Park, ele tira fotos suas?

– Não.

– Então por qual motivo seria um Paparazzi?

– É mais chique de se dizer. Não é legal abrir a boca e falar "tenho um perseguidor" brilha mais dizer "tenho um paparazzi".

Jungkook leva uma de suas mãos até a própria testa, enquanto sussurrava "puta merda" não conseguindo acreditar na audácia do loiro de ser debochado e insuportável até com um policial.

– Certo, paparazzi. Como eu disse, começaremos a investigação, então por favor, não saia de casa até novas informações.

– Como assim?

– Não poderá sair, Park. Já estou deixando claro para seu segurança que ele não deve deixar você cruzar os portões, será mais seguro assim.

– O caramba! – responde vendo o policial arregalar os olhos.

Hoseok se aproxima do colega, sussurrando em seu ouvido "ele vai ser preso por desacato a autoridade."

– Park, é para seu bem.

– Eu vou sair sim, hum? Cadê o direito de ir e vir?

– Você tem esse direito, mas tem um perseguidor lá fora!

– Paparazzi!

– Agora chega – responde pegando uma algema no armário.

Jungkook vai em direção ao policial, um tanto sem graça pelo comportamento maluco de Jimin, por mais que já tenha se acostumado com isso.

– Perdão senhor, acho que ele está um pouco alterado pelos acontecimentos anteriores.

– Eu tô de boa!

O alfa se vira no direção do loiro, carregando uma expressão fechada, como se dissesse que o ômega deveria manter se manter calado.

– Esse cara é maluco, não sei como você aguenta.

Todos olham para o policial, sabendo que ali, ele declarou uma guerra.

– Maluco é seu ra... – Jungkook segura a cintura de Jimin o afastando rapidamente, antes que acabasse indo para a prisão.

Hoseok apenas se curva, agradecendo pela atenção da figura de autoridade e saindo dali rápido, ajudando Jeon a levar o loiro para o carro.

– Me solta vocês dois! – grita, sendo praticamente jogado nos bancos de trás do carro de Jungkook, que tranca o ômega ali dentro – seu desgraçado! Me solta!

Os dois homens apenas ignoram os gritos ao fundo, Jimin conseguia ser chato quando queria.

– Então existe mais que um perseguidor? – Hoseok pergunta, mostrando a preocupação em seu tom de voz.

– Não. Ele enviou alguns homens para nos atacar, com certeza queria observar e tentar encontrar uma brecha... não sei.

– Ao mesmo tempo que esse maluco parece ser esperto, também parece ser frouxo... mas, pelo menos, Park ficará bem.

– É, vou levá-lo para casa e pedir para o porteiro ficar de olho e não deixar Jimin sair.

– Tudo bem, até depois.

Jungkook entra no carro, dando a partida logo em seguida.

O caminho não era tão longe, mas parecia estar demorando mais que o normal. Tudo estava silencioso, principalmente Jimin, que mantinha seus braços cruzados e expressão fechada, provavelmente bravo.

Jungkook queria entender qual parte daquela noite havia o estressado tanto, mas aí se lembrou que aquele ômega era completamente maluco, no fim, não existiriam explicações e mesmo se tivesse, somente Park entenderia.

Aprendeu cada vez mais a lidar com Jimin e isso era bom, no fim viu justamente o que Yoongi disse na primeira vez que se viram.

Era uma ômega carinhoso com crianças, viciado em rosa e dior e um tanto solitário.

– Você está bem? – pergunta vendo o loiro revirar os olhos.

– Tinha que defender aquele policial?

– Eu defendi? Estava tentando fazer você não ser preso.

– Ele foi grosso diversas vezes, acabei me estressando.

– Você não pode descontar seu estresse em todo mundo.

– Descontam em mim, é justo.

Jungkook suspira, não sabendo exatamente o que dizer.

– Tenho dois pedidos.

– Não.

– Por favor!

Olha para o homem sentado no banco de trás, através do retrovisor. Se dá por vencido, não gostava de ver o ômega tão quieto.

– Tá, fala...

– Primeiro, será que podemos terminar essa noite na sua cama?

– Do nada Jimin, sério?

– Você ficou extremamente atraente batendo em um monte de gente para me proteger, acho que estou obcecado por você, Jeon Jungkook.

"Já não era?" Jeon pensou.

– Jimin, ordens são ordens, devo te deixar na sua casa e garantir que você não saia dela.

– Então vamos ao segundo pedido – diz voltando a ficar sério – pare em uma farmácia.

– Já estamos quase perto da mansão, Jimin.

– É sério Jeon, por favor.

Resolve se dar por vencido uma última vez, parando em frente a farmácia mais próxima, vendo o ômega sair do carro rapidamente, entrando no local vazio.

Parecia pegar algumas coisas antes de levar para o caixa e pagar rapidamente, voltando para o carro, dessa vez, no banco do passageiro, ato que deixa Jungkook confuso.

O loiro parecia revirar a sacola, buscando algo em específico. Tira um pedaço de algodão, segurando entre o dedo indicador e médio, antes de derramar um pouco de soro fisiológico e levar sua mão em direção ao lábio cortado do alfa, que se afasta um pouco.

– Não precisa disso.

– Precisa sim, deve estar ardendo, por mais que seja pequeno.

– Tá tudo bem, é sério.

– Para de agir como se não estivesse acostumado a ter alguém para fazer um simples curativo em você!

Jungkook olha para o ômega, em completo silêncio, um tanto tímido.

Jimin morde o lábio inferior, completamente sem graça. Percebeu ali, que o alfa realmente não tinha alguém que fizesse um curativo em si.

Jeon não sabia o que era ter carinho a muito tempo.

– Perdão.

– Tudo bem, pode fazer – responde, se virando um pouco no banco de estofado macio, dando espaço para que Jimin pudesse lidar seu machucado.

E ele faz de prontidão, com o máximo de delicadeza que podia, passando o tecido fofo pelo arranhão pequeno, antes de pegar o curativo, tirando o plástico protetor e colocando sobre a ferida.

Um trabalho bem feito.

Sorri para o moreno, que agradece, ainda um pouco tímido.

– Agora eu posso te levar para casa?

– Pode sim – responde se sentando no banco.

O restante do caminho foi mais calmo, mesmo que ambos não tivessem o que dizer.

Demorou poucos minutos até que o alfa parasse o carro em frente ao grande portão de ferro da mansão dos Park's, vendo o porteiro abrir passagem assim que reconhece o ômega.

Jimin olha uma última vez para o alfa, antes de sair do carro e adentrar o local, passando pelos enormes jardins antes que entrasse pela porta da frente.

Jungkook suspira antes de deixar as ordens para o porteiro e ir embora, de volta para seu apartamento frio, por mais que o coração de Jeon, estivesse aquecido.

Nem ao menos imaginava que o ômega no exato momento, estava jogado sobre o colchão fofo, enquanto olhava as inúmeras fotos de Ghost em sua parede.

– É gatão, você tá dividindo espaço no meu coração.

Pega seu celular, indo até a galeria. Não tinha muitas fotos, por mais que parecesse ser alguém cheio de autoestima, no fim, não era.

Sorri ao ver as inúmeras imagens que tirou de Jeon escondido, enquanto ele dormia, quando estava vendado na primeira vez que se conheceram, na noite dos fogos ou quando estava trabalhando, ajudando outros seguranças e completamente distraído.

Dava para montar uma pasta, mas Jimin teve uma ideia melhor. Foi assim que ele passou a noite.

Casa de rico, tinha copiadoras.

E no apartamento de um alfa, existia um iludido, que pensou que seria fácil controlar Park Jimin quando ele não podia sair de casa.

Errado.

Foram os próximos três dias, que testaram completamente sua paciência.

1° dia:

Estaciona seu carro, como sempre fez, adentrando a casa, cumprimentando os funcionários que já haviam se acostumado com sua presença.

Pessoas gentis e todos apaixonados por Park Jimin, mesmo que o ômega fosse alguém difícil de lidar.

Tinha sempre a mesma rotina, roubava um dos petiscos de café da manhã, que senhora Shin sempre fazia, antes de subir as escadas e caminhar em direção ao quarto do loiro, batendo na porta.

– Quem é?

– Jungkook.

Escuta passos acelerados e uma respiração forte, como se o ômega estivesse correndo.

O que ele aprontou dessa vez?

– Um minutinho.

Escuta uma leve tosse, antes que Jimin abrisse a porta e o puxasse para dentro, tampando seus olhos com uma das mãos.

– O que tá acontecendo? Tira a mão do meu olho.

– Não, eu tenho uma surpresa!

– Ferrou...

Recebe um tapa na testa com a mão livre do ômega.

– Quieto, tá pronto?

– Não sei dizer.

– Vou contar até três.

Puxa um pouco o homem mais alto e forte que si, o fazendo parar em um ponto específico do quarto.

– 3...2...1 – afasta a própria mão, vendo Jungkook abrir os olhos rapidamente.

Olha desesperado para a parede, sentindo o mesmo sentimento do dia em que descobriu que Jimin era obcecado por si.

O ômega dividiu a parede meio a meio, onde 50% ficavam as mesmas fotos do Ghost e a outra metade, fotos suas sem a presença de máscaras.

Imagens dormindo, em pé vigiando algo, ajudando outros empregados, admirando fogos de artifício, vestido como homem aranha e até vendado na noite rosa.

Olha para Jimin completamente incrédulo, vendo por outro lado, o loiro rir enquanto dá leves pulinhos.

– Agora sim a parede tá bonita! Minhas duas obsessões!

Jungkook olha para o ômega de uma forma chorosa, querendo pular da janela do segundo andar ali mesmo.

– Você ficou triste?

O alfa caminha até a cadeira que ficava próxima da varanda, se sentando para que não perdesse a força das pernas novamente naquele mesmo cômodo.

– Como eu vou entrar no seu quarto vendo meu próprio rosto na sua parede? Você é psicopata?

– Não é para tanto, quer dizer que eu sou obcecado por você, só isso.

– Só isso?

– Sinta-se privilegiado, agora você ocupa a mesma posição que o Ghost.

Jungkook queria morrer ali mesmo.

A vontade de gritar e dizer que eram a mesma pessoa, era enorme, mas não poderia.

Sentia que as coisas iriam piorar.

E isso não demorou a acontecer.

Senhora Shin diz que o café da manhã estava pronto e que Jimin poderia levá-lo para a área de leitura, que ele tanto gostava.

Parecia que tudo estava indo bem, depois daquele momento tão constrangedor.

Mas no fim, tudo que é bom, dura muito pouco.

Do último degrau da escada, Jimin, Jungkook e Shin podiam ver Kira entrando, tirando os óculos escuros que usava para ver os três ali parados, lhe observando.

– Esqueci de falar desse pequeno detalhe – a senhora diz, focando seu olhar em Jimin.

– Sem problemas, dessa vez eu resolvo – responde começando a descer a escada lentamente.

– Isso vai dar muita merda... – é a vez de Jungkook dizer.

O ômega mantinha um olhar prepotente e mantém ele até se aproximar da prima, a vendo rir de forma debochada.

– Bom dia para você também.

– Como vai a sua pele torrada?

Todo o brilho de Kira parece desaparecer, ainda mais quando vê o segurança tentando disfarçar a risada.

– Graças a você e o seu segurança de merda, ela não estava bem, mas estou melhor e aviso que não vou deixar isso passar em branco.

– Ah mais que medo de você, sabia?

– É bom ter, vim aqui apenas falar com o seu pai, sabe ele está?

– Procure.

A mulher ri sem humor, tentando manter a calma.

– Ok, eu procuro, só vim dizer que vou voltar para a Inglaterra.

– Problema seu.

– Mas que grosseria!

– Quer que eu responda o quê? Deixa eu pensar... não ligo? Ou melhor, já foi tarde?

– Park é bom você tomar cuidado comigo. Já me causou muita raiva.

– E eu vou deixar algo bem claro para você, Kira – responde se aproximando, mostrando que era de uma classe mais forte que a dela, isso era perceptível.

Sorri antes de continuar a falar.

– Você usou do meu trauma para me atacar, me deixando sem reação, só conseguiu me superar por causa disso. Quero que saiba que estou mais forte e nada do que você ousar dizer, vai impedir que eu acabe contigo no exato momento em que você me estressar, entendeu?

– Não, não entendi... não falo a língua de vadias como você.

A mulher estava pronta para sair de lá, se Jimin não a puxasse pelos cabelos, a fazendo gritar em desespero.

Shin leva suas duas mãos a boca, completamente chocada, Jungkook por outro lado, apenas cruza os braços, adorando ver aquela cena.

– Se você não entende o que eu falo, então vou usar da linguagem corporal – responde antes de dar um tapa estalado no rosto da mulher.

– Para!

Jimin ignora, desferido mais alguns tapas até que seu rosto ficasse vermelho, finalmente a soltando.

Os cabelos bagunçados e rosto ruborizado só deixava a cena ainda mais cômica.

– Pelo visto, não é só o café que consegue te deixar vermelha.

Sai andando gloriosamente até a cozinha, pronto para tomar seu café da manhã, sendo seguido pela senhora e segurança, que seguravam a risada o máximo que poderiam.

Jimin era completamente maluco.

Mas Jungkook, gostava disso.

2° dia.

O alfa pensou que finalmente teria um dia normal, já que até o início da noite, o loiro parecia calmo.

Passou o dia tocando violoncelo ou roubando um livro qualquer da biblioteca para ler.

Jungkook até achou um pouco tedioso, sentindo sono toda vez que se sentava e ficava observando o ômega ao longe.

Paz.

Tinha se tornado algo totalmente estranho para si desde que conheceu aquele baixinho maluco.

Estava até com medo do que poderia acontecer até o horário de ir embora.

Como tinha dito anteriormente, tudo que é bom, dura pouquíssimo tempo.

E ele tinha razão.

Estava andando pelo longo corredor do segundo andar, até sentir seu pulso ser puxado, assim que para em frente a porta do quarto do ômega.

Jimin ria muito, enquanto segurava uma grande garrafa de cerveja em sua mão livre.

Completamente bêbado.

Seus olhos estavam levemente úmidos, pelo tempo longo que permaneceu rindo, enquanto seu rosto estava ruborizado. Seu cabelo completamente embaraçado e usava um pijama com estampas xadrez.

– Jimin, meu Deus! Eu não posso tirar o olho de você por nenhum minuto se quer?

– Jeon, eu preciso te falar uma coisa – diz de uma forma um tanto enrolada, puxando o alfa para dentro do quarto, fechando a porta e o encostando nela, tentando de alguma forma, prendê-lo entre seu corpo e a superfície de madeira.

– Jimin, vai tomar um banho e dormir.

– Eu preciso de você, sabia? – diz vendo o moreno ficar em silêncio – eu preciso que você me toque, que sorria para mim, que tente impor limites para que eu não cause problemas, como você sempre faz.

– Ei...

– Por mais que... você seja tão cuidadoso e gentil comigo, eu ainda sinto que você nunca ia gostar de mim, porra, eu só queria te ver todos os dias... poder te beijar, sei lá... abraçar, escrever mais músicas... talvez, ser a única pessoa que você estivesse disposto a me apresentar para alguém ou ter para você.

A bebida, faz você dizer seus desejos mais íntimos.

E Jungkook parecia ter ficado chocado com todos eles, talvez, não sabendo como lidar.

Não acreditava que alguém como ele veria algo em si, sem a famosa roupa do Ghost.

Se sentia perdido, preso em seus próprios pensamentos, sem nem ao menos saber o que dizer.

Só passa a mão levemente pelos fios dourados, como em uma leve carícia, tentando passar conforto de alguma forma.

Pega a garrafa de cerveja com cuidado, indo até o armário de Jimin apenas para buscar uma toalha.

– Ei, olha, vai tomar um banho, vou estar te esperando quando sair.

– Você escutou o que eu disse? – pergunta com um tom de voz triste.

– Claro que sim, mas você não tá bem para conversarmos sobre isso, tudo bem? Só... por favor, toma um banho.

Por mais que não fosse aquilo que Jimin queria ouvir, ele apenas obedeceu, pegando o tecido grosso, pronto para tomar seu banho, conforme o alfa pediu.

Jungkook trabalha em apenas tirar o lençol, deixando os cobertores e travesseiros arrumados para quando o ômega acabasse.

Não demorou muito, o loiro até parecia mais sóbrio, mesmo que seu rosto ainda continuasse ruborizado.

O alfa não sabia, mas não foi apenas a bebida que causou isso.

– Deita aqui, dorme um pouco, amanhã eu vou estar aqui de novo.

Ainda em silêncio, o loiro se deita, procurando se manter aquecido.

Sabia que ambos ficariam estranhos no dia seguinte e isso o deixava triste.

Talvez, fossem traumatizados e diferentes demais para saberem realmente expressar seus próprios sentimentos.

– Você vai ficar bem?

– Vou sim... obrigado Kookie...

– Durma bem, róseo.

– O que significa?

– É meu novo apelido para você, é como um jardim, é o que me lembra seu cheiro. E como rosa, sua cor favorita.

Jimin sorri, não conseguindo disfarçar sua timidez.

– Me lembra da palavra de segurança que você usou na noite rosa.

It's pink, honey.

Jungkook se levanta, rindo. Olha uma última vez para o ômega, antes que se aproximasse do interruptor, desligando as luzes e encostando a porta, desejando mentalmente que seu róseo, dormisse bem.

O dia seguinte teria surpresas maiores.

3° dia:

Tudo parecia estar novamente indo bem, se não fosse pela enorme timidez de Jimin, que fugia da visão de Jeon sempre que podia.

Se lembrava perfeitamente das palavras proferidas por si e sentiu medo, medo de que o sentimento de Jungkook não fosse recíproco e talvez, até lhe odiasse por agir de forma tão romântica consigo.

Se odiou mentalmente diversas vezes e no fim disso tudo, encarou Hoseok e Yoongi algumas vezes, bolando o plano perfeito para fazer Jungkook sentir raiva e talvez agir normalmente consigo.

– Eu não vou entrar nisso Jimin... – Yoongi diz vendo Hoseok concordar.

– Me dá um motivo.

– Jungkook dá medo.

– Ah para, ele vai querer matar só a mim.

– Já ouviu falar de paz? É bom as vezes – Hoseok diz, já completamente desesperado com a ideia maluca do ômega.

– Confiem em mim, ele não vai matar vocês.

Acabaram por seguir a risca o plano criado pelo capeta Park Jimin, onde distrairam Jungkook durante o dia todo.

O alfa parecia confuso, tentando entender o motivo de não poder ver o ômega nem se quer uma vez.

Todo mundo parecia muito suspeito, Hoseok puxava conversas aleatórias ou o levava para que ajudasse em serviços na cozinha e jardim, algo que nem ao menos era sua função.

Yoongi também não deixava que ele sequer passasse pela porta da frente e fosse até o estacionamento.

Estava a ponto de explodir.

– Que porra tá acontecendo? – pergunta vendo os dois homens rirem de maneira nervosa.

– Nada ué.

– Então por favor, deixem eu passar por essa porta e pegar algo no carro?

– Não pode.

Acelera o passo, tentando passar pelos dois alfas a sua frente, que o seguravam, impedindo que ele continuasse.

– Por Deus gente!

– Depois você vai, Jeon.

Foi ali, que ele teve uma ideia brilhante.

Olha para o lado, criando um Jimin imaginário em sua mente.

– Jimin, tá maluco?

Os dois homens olham rapidamente para o lado, procurando o ômega. Dá tempo o suficiente para que o alfa saísse correndo.

– Droga Jeon!

O moreno com certeza, se arrependeria de querer tanto ir até seu carro.

Foi ali, parado no último degrau da entrada da casa, que ele viu a pior cena de toda sua vida.

Aviadaram seu carro.

Jimin parecia completamente paralisado, segurava um pincel fino, sujo de rosa, enquanto fazia linhas delicadas que circulavam todo seu carro.

Toda a superfície do veículo brilhava, provavelmente pelo glitter que Jimin jogou por todo ele.

Estragou o Freddie.

Yoongi e Hoseok procuraram só entrarem rapidamente na casa, temendo por suas próprias vidas.

Park se levanta rapidamente, escondendo sua mão atrás do próprio corpo, enquanto sorria de forma nervosa.

– Oi Jeon, como você está hoje, hum?

– Que porra você fez?

– Ah eu só, quis trazer um toque meu no Freddie, para você sempre se lembrar de mim quando vê-lo.

Jimin podia jurar que viu os olhos de Jeon ficaram rapidamente vermelhos, mostrando que sim, estava com raiva, e muita.

– É... ficou bom né? – pergunta, se preparando para correr como nunca tinha feito antes.

O silêncio de Jungkook era assustador.

– Eu vou te matar.

Demora pouquíssimos segundos até que o alfa começasse a correr em sua direção, como um verdadeiro psicopata.

Jimin solta o grito mais agudo que daria em sua vida começando a correr em volta da enorme casa.

– Alguém me ajuda!

Os funcionários olhavam tudo ao longe, torcendo para que Jimin saísse vivo dessa.

– Seu filho da mãe, meu carro!

– Desculpa Kookie!

– Kookie o caramba!

Contornavam agora o jardim.

Jimin sentia suas pernas tremerem, completamente cansado.

– Eu não aguento mais correr – diz parando colocando as duas mãos em seus joelhos, tentando recuperar o ar.

– Você – diz apontando para o ômega, que engolia a seco – vai pintar as partes de rosa, novamente para preto.

– Não!

– Como é?

– Não! – responde mandando língua, antes que voltasse a correr vendo Jeon acelerar ainda mais.

Senhora Shin, Yoongi e Hoseok estavam lado a lado, enquanto riam.

– Daqui a pouco, os dois assumem um namoro – Shin diz vendo os dois homens concordarem.

– E vão ser bem felizes juntos – Hoseok responde.

– Vamos dar privacidade para eles, para que possam se acertar.

Não se acertaram.

Jungkook passou a ignorá-lo completamente.

Jimin queria bater a cabeça na parede, pensando de onde diabos tirou aquela ideia maluca. Não imaginou que o alfa ficaria tão bravo assim.

Não o viu mais pelo resto do dia. Já estava de noite, no horário que Jeon costumava ir embora.

O ômega só conseguia pensar que seu segurança foi embora mais cedo, devido sua raiva. Não saiu do quarto desde então.

Tentou se distrair de diversas formas, desde as mais normais até as mais malucas.

No fim, foi até seu armário, pegando a lingerie que usava para dias quentes, onde roupas grandes o fariam derreter em poucos segundos.

Era um short extremamente curto e fino, uma blusa de tecido leve, com alças bem finas. Coloca seu roupão de cetim por cima, parando em frente ao espelho.

Tudo, completamente rosa.

– Eu realmente não gosto do meu corpo, incrível...

Fica se olhando por alguns segundos, antes de se distrair com as batidas calmas em sua porta.

Fecha seu roupão rapidamente, se aproximando.

– Quem é?

– Jungkook.

Arregala os olhos pela surpresa.

Ele ainda não havia ido para casa?

Abre a porta lentamente, vendo o moreno ali, ainda com seu terno, mas sem a presença de seus fones de ouvido para se comunicar com os outros empregados.

– Posso entrar?

– Ah claro...

Dá espaço para que Jungkook passasse, onde ele fecha a porta e passa a chave, se certificando de que ninguém entraria.

Ato que deixa o ômega completamente surpreso.

O alfa vai direto até a cadeira confortável no canto, se sentando.

Segurava a espuma rosa para volante e ursinhos brilhosos que havia colocado na parte do motorista no impala.

– Ok... a parte rosa vai continuar no carro, mas isso aqui é demais.

– É você tem razão... mas não se preocupe, eu vou pintar de preto certinho, já tô olhando a tinta.

– Não precisa – responde em um tom de voz de grave, deixando os objetos que segurava em cima da mesa ao seu lado, antes de arrumar o terno em seu próprio corpo.

Levanta um pouco o quadril, mostrando o volume natural que tinha em sua virilha, apenas para se sentar de forma mais confortável na cadeira felpuda.

Uma cena extremamente atraente, ainda mais pela intensidade que seu olhar era focado em si.

– Você tinha razão, eu ia me lembrar de você quando olhasse para o carro, então não quero que pinte.

– E quer se lembrar de mim?

– Sempre.

Foi pego completamente de surpresa por aquela resposta. Se sentia tímido, não sabia exatamente como agir ou o que dizer.

– É olha – o ômega diz, se certificando de que seu roupão estivesse bem amarrado – perdão pela forma como eu agi hoje.

– Tudo bem, já passou.

– E... perdão pelas coisas que eu disse ontem, eu estava muito bêbado e acabou saindo...

– Me responde uma coisa? – Jeon pergunta soltando levemente o nó de sua gravata.

– Sim, claro.

– Tudo o que você disse ontem, era o que realmente sentia? Pense bem, dependendo da sua resposta, eu vejo se aceito suas desculpas ou não.

– Jeon...

– Estou esperando.

Usava de um tom intimidador. Jimin sabia que ele estava agindo como um verdadeiro alfa lúpus.

Algo nele, naquela noite, mostrava que de alguma forma, ele sabia exatamente o que queria.

Apenas, esperava ouvir que Jimin queria o mesmo.

– Não precisa ter medo de me falar algo, você sabe disso.

– Ok olha... – o loiro diz, tentando disfarçar a própria tímidez – ok, tudo o que eu disse foi verdade.

Jeon fica em silêncio, apenas o observando.

Jimin nunca saberia explicar o que aquele olhar significava.

Mas Jungkook sabia bem.

Desejo.

– Eu não menti em nada... perdão por isso.

– Ei.

Jimin o olha, tentando se manter firme.

Inútil.

Se desmonta completamente após o gesto de Jungkook, onde dá duas batidas em sua coxa, o chamando.

– Senta aqui.

Não responde nada, o tom de voz grave e seu jeito que exalava excitação, o fez obedecer de prontidão, se sentando em seu colo rapidamente.

As mãos grandes repousavam sobre sua cintura e os rostos estavam praticamente colados.

Aquilo foi o suficiente para que o olhar de Jungkook, antes focado no rosto delicado, agora descesse para seu corpo, levando suas mãos lentamente até o nó feito no roupão grande de Jimin.

O ômega fecha os olhos, sentindo a peça delicada ser aberta e seu pijama um tanto obsceno ficar a mostra.

O tecido leve desliza por seu corpo, antes que fosse de encontro até o chão.

– Abra os olhos.

O loiro obedece, encontrando as orbes avermelhadas do alfa.

Seu alfa.

Que fazia uma carícia delicada em seu ombro esquerdo, antes de abaixar a alça fina e começar a desferir beijos molhados e delicados por toda a extensão, fazendo uma trilha até a clavícula exposta.

Jimin sentia seu corpo se arrepiar por completo, totalmente preso naquela sensação boa.

Ficava completamente maluco quando o assunto era Jeon Jungkook e o alfa sentia o mesmo, já que seu pau estava completamente duro e sendo esmagado pelo tecido colado da calça social justa.

– Eu lembro de palavra por palavra que você me disse ontem.

Aperta a cintura delicada, forçando o corpo magro um pouco para baixo, fazendo que com o ômega sentisse o volume embaixo de si, o fazendo soltar um leve gemido.

Seu aroma cítrico estava forte e isso deixava Jeon completamente maluco.

Maluco por seu ômega.

– Se quiser que eu te toque, eu farei. Se quiser que eu sorria, ótimo, consigo fazer isso apenas para você.

Jimin olhava profundamente para o rosto atraente do homem tão próximo de si, se concentrando em cada palavra proferida.

– Não tenho que te impor limites, você conhece eles e também, quero que eles sejam ultrapassados, quando você estiver gemendo meu nome mais uma vez.

Segura o pescoço fino com sua mão livre, fazendo o ômega morder levemente o lábio inferior, gostando daquilo.

– Eu gosto de você, Park. Vai me ver todos os dias, eu te beijarei sempre, abraçarei e estarei disposto a ouvir você cantar para mim novamente, com a voz mais bonita que eu já ouvi.

Aproxima mais ambos os rostos, conseguindo sentir as respirações descompassadas um do outro.

– E por fim, te apresentarei para as únicas pessoas que eu amei em minha vida. Então... quando o policial liberar que você possa sair, assim eu farei.

– Quem? – Jimin pergunta quase em um sussurro.

– Seu sogros.

O ômega não consegue evitar de sorrir, achando aquele gesto incrivelmente fofo.

– Você vai ser meu ômega, Park Jimin.

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Minhas outras fanfics:

•Aceita uma bebida? (Concluída)
•Quarto 36 (Concluída)
•Atlantic (Em andamento)

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