Virada do destino

By dehsilva9408

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Victória é uma mulher influente no ramo da moda, seu império cresce consideravelmente a cada ano que passa e... More

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By dehsilva9408

Amar é algo tão singular que chega ser difícil descrever, principalmente quando a pessoa que faz morada em seu coração está a milhares de quilômetros de distância. Heriberto imaginou que ao ter a estilista longe, a paixão enlouquecedora que sente iria esfriar, iria perder a intensidade, mas não foi assim e a cada dia que passava longe de Victória mais o fogo que ardia o relacionamento dos dois queimava.

Estar longe da mulher que se ama é uma tortura diária, preenchida por uma rotina cotidiana, afazeres dobrados para não pensar na falta do outro. Heriberto não podia dizer que trabalhava dobrado nos últimos dois meses, tinha uma pequenina que necessitava de sua atenção todos os dias e o mínimo que podia fazer era estar ao lado de Diana, demonstrando todo seu amor em gestos, palavras e muitos cheirinhos.

O sonho de ser pai sempre esteve no âmago do seu ser, buscava uma companheira para passar o resto da vida juntos, criar os filhos que teriam e ele seria o homem mais completo do mundo, mas aí conheceu Victória, uma mulher linda, do sorriso mais cálido e, enlouquecedor que já havia apreciado, casada e com um filho. Nada do que havia planejado tinha acontecido, se envolveu com a estilista mesmo sabendo de sua condição, se apaixonou, imaginou que pudessem ter algo mais que cama, mas a estilista não buscava o mesmo, já o tinha e isso o fez chegar naquele bar com o coração amargurado e encontrar com a ruiva.

Dali em diante nada mais foi como o planejado, aliás, nós planejamos tanto e vem a mãozinha do destino fazendo tudo diferente. Diana sem dúvida chegou a vida do médico para lhe mostrar que muitas vezes os planos têm tem uma pequena curva, mas o resultado é o mesmo e agora ele era pai de uma garotinha de rosto redondo, nariz empinado, uma boquinha de lábios grossos como os da mãe e olhos verdes como os seus próprios.

¿?

Perfeição. — era assim que a descrevia sempre que tinha seus olhos presos na pequena adormecida em seu peito lhe dedicando pequenos sorrisos enquanto ressonava no mais profundo sono.

O sorriso não escapava de seu rosto, sua mesa já estava repleta de portas-retratos de sua menina, assim como de Victória grávida, sabia que era um risco manter as fotografias ali, alguém poderia agir de má fé e divulgá-las para a imprensa, mas foi o modo que encontrou para tê-los mais perto. Os dias após a ligação em que a estilista acabou adormecendo mesmo estando empolgada para ver o seu amor tomar banho se passaram até que relativamente rápido, focaram no trabalho, nos filhos e nas ligações que quase sempre eram encerradas com um sussurro de eu te amo do médico para estilista que suspirava satisfeitas em meio às cobertas.

¿?

Cinco dias depois...

Heriberto terminava mais um plantão, estava relativamente cansado, mas ainda não poderia ir para casa, tinha combinado com Marina de estar com sua pequena para que a ruiva pudesse resolver algumas pendências de trabalho, mesmo estando de licença maternidade ainda precisava assinar a planta de uma obra importante, os donos só confiavam nela e mesmo pedindo que aguardasse pelo menos mais um mês, não houve jeito. O médico dirigiu direto para o apartamento onde a filha morava, respirou fundo ao estacionar o carro, levou a mão ao pescoço, massageou, bocejou antes de deixar o veículo e seguiu para o apartamento com sua mochila nas costas.

A porta foi aberta depois de tocar a campainha uma única vez, não sabia se a filha estaria acordada naquele momento e não poderia interromper seu soninho sendo inoportuno.

— Olá. — Marina sorriu, estava pronta para sair. — Ela está dormindo na minha cama, já mamou o suficiente, mas deixei uma mamadeira para o caso de demorar mais do que o previsto. — Disparou falando.

— Olá. Eu só vou precisar de um banho que vim direto do hospital. — Avisou.

— Fique à vontade, a casa é sua. — Pegou a bolsa e a pasta. — Qualquer coisa é só me ligar.

O médico aquiesceu positivamente e a ruiva deixou o apartamento. Heriberto caminhou no silêncio, entrou no quarto em que a filha estava adormecida, Diana tinha a boquinha levemente aberta, às vezes fazia movimento como se estivesse mamando e o médico sorriu largamente, aproximou, beijou sua mãozinha para que não despertasse e então foi para o banho. O banho foi longo, relaxante, do jeito que precisava, após um plantão de doze horas, saiu do banheiro vestido numa calça de moletom, sem camisa, secava os cabelos e ao olhar para sua pequena a encontrou com os olhinhos abertos.

— Oi, meu amorzinho. — Sentou na cama e beijou sua barriguinha. — Como você está? Dormiu bem? — Ia perguntando com um sorriso bobo no rosto ao perceber o modo que era olhado pela filha. — Como você é perfeita, filha.

Diana sorriu sutilmente, agitou os bracinhos como se pedisse colo - na verdade Heriberto interpretou assim por ser babão - a pegou no colo, sentiu seu cheirinho de bebê, a prendeu em seus braços com cuidado para não machucar e sorriu de olhos fechados.

— Com certeza você tem superpoderes, porque o meu cansaço foi embora. — Brincou voltando a olhar aqueles lindos olhos esverdeados.

Heriberto caminhou para fora do quarto, ali era a intimidade de Marina, não queria abusar mais do que o necessário, foi até a cozinha, buscou algo fácil para comer, mas nada encontrou e então decidiu pedir uma pizza. O sofá foi à segunda parada, sentou-se com sua pequena deitada em seu peito, a mãozinha estava espalmada em seu peito e os olhinhos começaram a pesar novamente.

A pizza foi solicitada, a televisão foi ligada em um canal qualquer, beijou os cabelos da filha que dormia novamente, os olhos começaram a pesar também, bocejou e o corpo foi se ajeitando ao estofado macio. Heriberto cochilou o tempo de a pizza chegar, o cansaço parecia ter dobrado, desceu, pagou, subiu e, dois pedaços sumiram rapidamente da embalagem.

O celular tocou em cima da mesa e ele o atendeu rapidamente com um sorriso no bolso.

— Oi, amor. — Heriberto a cumprimentou.

— Oi, amor. — Vick sorriu o encarando. — Como você está?

— Cansado, precisando de pelo menos vinte e quatro horas de sono. — Pegou mais um pedaço de pizza. — E você como está?

— Exausta, cansada, os meus pés estão me matando e eu também dormiria um dia todo.

— Se estivesse aqui te faria uma massagem nos pés. — Sorriu grandemente a fazendo entender a massagem.

— Seria a melhor coisa que faria por mim. — Suspirou. — Amor, você está me deixando com fome.

— Pede uma para você, não te quero com vontade. — Virou o rosto ao ouvir Diana resmungar.

— É a Diana? — Vick sorriu.

— A própria. — Virou o celular para mostrar a bebê enquanto lhe entregava a chupeta. — É a nossa primeira vez juntos sozinhos, já dei pizza, macarrão e parece que nada a satisfaz quanto o peito.

Victória gargalhou e o médico sentiu seus olhos brilharem, a amava tanto.

— Ainda bem que sempre terá alguém junto com você quando estiver com nosso filho. — o olhou atentamente e se apaixonou um pouco mais por ele.

— Eu acho uma boa ideia. — Concordou. — Por que está me olhando assim?

— Te olho com todo o amor que sinto por você.

Heriberto se apaixonou um pouco mais por Victória, seu coração se acelerou rapidamente e o sorriso foi o mais lindo.

— Meu amor, não sorria assim se não esqueço o que iria falar. — Vick brincou.

— Eu te amo tanto Victória. — Declarou mais uma vez.

— Eu também te amo. — Suspirou apaixonada e por alguns segundos ficaram apenas olhando um para o outro.

— O que iria me dizer? — Heriberto perguntou.

— Preciso que vá até meu apartamento amanhã, vai chegar o berço do bebê, a poltrona e algumas decorações. — Ajeitou melhor o corpo na cama. — A minha assistente não vai conseguir estar para receber e o porteiro já avisou que só deixará subir se estiver alguém no apartamento.

— E que horas preciso estar lá?

— As dez, têm algum compromisso? — Mordeu o lábio de leve.

— Amanhã é minha folga, vou até seu apartamento e depois virei ficar um pouco mais com a Diana. — Olhou mais uma vez para sua princesa.

— Vou deixar sua entrada liberada, agora eu preciso desligar. Te amo meu amor. — Mandou muitos beijos.

— Descansa meu amor, aí já é tarde. Te amo. — Se olharam intensamente por mais alguns segundos e então desligaram.

Heriberto não conseguiu deixar o sorriso no rosto, deitou a cabeça no estofado do sofá, segurou a mãozinha de sua pequena, beijou e suspirou apaixonado.

— Está chegando o dia de você conhecer o seu irmão ou irmã. — Diana abriu os olhos no mesmo instante ao ouvir o que o pai falou, largou a chupeta e um bico enorme se formou pronta para arruinar seus ouvidos com o choro. — Ciumenta nem um pouquinho graças a Deus.

Heriberto não queria rir alto, mas não conseguiu e a gargalhada se misturou com o choro alto, pegou sua menina nos braços, afagou seu corpinho, encheu de beijos sua bochecha rosada e a deitou em seu peito.

— Eu te amo meu amor. — Seguiu sussurrando palavras bonitas até que voltasse a dormir, então retomou sua pizza esquecida e gelada.

¿?

Como combinado, Heriberto chegou ao apartamento de Victória, meia hora antes por precaução, se identificou e sua entrada foi liberada de imediato. O porteiro informou que não havia chegado nenhuma entrega até o momento, mas que iria interfonar assim que estacionasse o caminhão.

Heriberto recordou da última vez que esteve ali, Victória passava mal, o elevador parecia estar subindo lentamente para o seu desespero e um suspiro escapou de seus lábios querendo que a estilista estivesse ali para recebê-lo, mas teria que contentar-se em sentir o cheiro de um de seus perfumes que faria questão de buscar pela casa. A chave girou na maçaneta, entrou, olhou ao redor, tudo tão limpo, organizado como a estilista gostava, caminhou até o meio da sala, olhou os retratos que não estavam ali na última vez que visitou o apartamento, eram fotos novas e com certeza da viagem.

O coração não podia evitar acelerar, eram fotos da viagem, no parque deitados um ao lado do outro, Max sorrindo ao beijar a barriga bem avantajada e o sorriso de Victória quase não cabia em seu rosto. Heriberto pegou o retrato, contornou o sorriso de seu rosto, desceu até a barriga e suspirou por perder todos os momentos da gravidez.

— Tiramos essa foto semana passada, fomos tomar sol e ele...

Heriberto tomou um susto tão grande que deixou o porta-retrato cair no chão e o vidro rachou. Seu coração estava tão acelerado que seu corpo inteiro travou por longos segundos, a garganta estava seca.

Só poderia estar alucinado e então se virou lentamente esperando encontrar o vazio do apartamento, mas os verdes dos olhos dela inundaram os seus próprios e Victória sorriu acariciando a barriga avantajada escondida numa camisola preta.

— Victória...


Olá, boa noite!!! Trouxe um pouco do nosso querido papai e espero que gostem!!

Olha que bela surpresa que a senhora estilista fez.

Um beijo até a próxima!!

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