Minha Doce Psicóloga | Wencl...

By Nah_wenclair

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O que fazer quando seus pais não aceitam sua orientação sexual? Se a vida te dá limões, faça uma bela limonad... More

Capítulo 1
capítulo 2
Capítulo 3
capítulo 4
capítulo 6
capítulo 7
capítulo 8

capítulo 5

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By Nah_wenclair

    Na quarta sessão eu estava num momento de êxtase tão grande por ver Wednesday depois de um fim de semana marcado por dúvidas e saudades que não consegui dizer uma palavra a ela. Fiquei muda, estranho, não é? Passei o tempo inteiro com os meus olhos fixos na direção daquela mulher que me tirava o sono. Confesso que a minha imaginação me permitia despi-la inteira. O meu corpo reagia ao perfume sedutor e ao mesmo tempo suave que exalava da pele dela. Putz! Eu estava dando sinais visíveis de desejo aguçado. Meus olhos vermelhos também denunciavam as minhas intenções, tanto que Wednesday se levantou duas vezes para mexer em algumas folhas que estavam soltas na sua mesa sem que nada tivesse para ela verificar. Era uma fuga, Wednesday fugia dos sentimentos que ela sabia que estava despertando inconscientemente em mim.

"O que precisa ser feito para amarmos alguém? Acho que nada, nós nem ninguém poderá responder essa pergunta, porque o amor é rebelde, não tem regras e só obedece aos seus próprios estímulos." Era o que eu sentia, como uma febre dentro de mim.

Na última vez em que Wednesday voltou a sentar de frente pra mim, meu olhar buscou o dela com tamanha intensidade que eu não pude resistir.

- Senti saudades de você - disse num impulso. Wednesday desviou o olhar, e eu pude ver na sua expressão pela primeira vez o quanto as minhas palavras a deixavam perturbada.

- É normal que sinta saudades de desabafar sobre as suas... Angústias. – ela hesitou ao dizer.

Sorri pelo cantinho da boca...

- Senti saudade do seu olhar.

Ficou calada durante quase quarenta minutos - desconversou. Ajeitou o jaleco no corpo, fechou um botão

- Quer me falar sobre o seu fim de semana?

- Fugi de casa no domingo. - disparei.

- Por quê? - firmou o olhar interessada.

- Fui ver Yoko. - encarei-a.

- Sua namorada? - perguntou sem demonstrar qualquer sinal de ciúmes.

- Não. Yoko é uma amiga.

- E antes, era sua namorada? - insistiu.

- Quase.

- Era uma "ficante", como vocês costumam dizer.

- Moderninha, hein? - levantei... Caminhei pelo consultório. Parei atrás da poltrona dela. Inclinei um pouco o corpo e sussurrei no seu ouvido: - Nos beijamos. Wednesday respirou fundo e se afastou para frente. Encostei as duas mãos, uma em cada lado do seu ombro e os apertei de leve. A mulher ficou estática, com os músculos retraídos. Busquei com os olhos uma avaliação rápida da sua reação. Seus pêlos dos braços estavam alterados, levemente arrepiados, e deixavam transparecer que ela havia, de alguma forma, reagido ao meu gesto impulsivo.

- Pode sentar no divã sutilmente. por favor? - disse.

- Sensível. - dei a volta na poltrona. Parei de frente a ela.

- O quê?

- O meu hálito quente no seu pescoço fez os pêlos do seu braço direito se arrepiarem - agachei-me na frente dela - Quer que eu seja sincera? - firmei o olhar, no mesmo instante em que ela disse:

- Por hoje basta, Enid! - levantou-se e caminhou novamente até a sua mesa. "Que mulher escorregadia!"

- Descobri que os beijos da Yoko não fazem o meu coração disparar - disse parada ao lado dela. Wednesday olhava fixamente para a fotografia da sua filha
sobre a mesa. Buscando atenção, apanhei um dos porta retratos nas mãos. Ela acompanhou o meu gesto com o olhar. - Os olhinhos dela são iguais aos teus. Pretos! - sorri enquanto escorregava os dedos na fotografia - Os cabelos também - ao dizer a última frase, deslizei a mão pelos cabelos negros que estavam ao alcance dos meus dedos. Wednesday continuou na mesma posição, com as duas mãos apoiadas na mesa. Pensei em acariciar seu rosto, algo me dizia que ela deixaria, parecia frágil, no entanto, recoloquei a fotografia sobre a mesa... Tchau - disse satisfeita com o progresso que havíamos tido nessa sessão.

Saí do consultório naquela manhã tendo a certeza de que havia esperança para os meus sentimentos. "Eu não estava sentindo nada sozinha. Não é possível que ela seja indiferente a todas as minhas indiretas".

Na segunda feira fui pra casa com minha mãe que veio me buscar depois da consulta. No fim da tarde, "matei" a última aula que eu teria de Física e voltei ao consultório de Wednesday. Falei com a recepcionista, secretária ou sei lá o quê! Descobri que a minha psicóloga estava com o seu último cliente dentro do consultório. Agradeci a informação e fiquei esperando no final do corredor, às escondidas. A consulta enfim terminou. Olhei o relógio e imaginei que a essa hora minha mãe estaria louca na porta da escola percebendo que eu sumi. Meus pensamentos foram interrompidos pela voz dela. "Wednesday!" Suspirei ao entreabrir os lábios para dizer, no silêncio daquele momento, o nome dela. Ouvi ela se despedindo da recepcionista e me esquivei no corredor, ela passou segurando uma maleta preta de couro. A acompanhei com o olhar sem que ela pudesse notar a minha presença e entrei no outro elevador.

Já estava tudo premeditado, como uma boba apaixonada e inconsequente, peguei um táxi e segui Wednesday até sua casa. Fiquei parada atrás de um poste de luz enquanto ela abria o seu portão e entrava calmamente no seu lar. Isso seria um perigo se eu fosse uma psicopata, não é? Pronto! Eu já sabia onde ela morava, e deveria ir embora, certo? Chegaria em casa e meus pais fariam um interrogatório gigantesco querendo saber onde estive, com quem e o porquê de ter desaparecido do colégio sem permissão. Depois de meia hora travando uma luta interna entre a minha vontade e a minha razão... Atravessei a rua e toquei a campainha da casa de Wednesday.... Vi quando ela acendeu a luz da sala, olhou pela janela e parada por alguns minutos sem saber se era eu mesma ou uma assombração, resolveu vir me atender. Diante de mim era uma Wednesday completamente assustada que balançava continuamente a cabeça no sentido negativo como se fosse brigar comigo assim que conseguisse abrir o portão que parecia emperrado.

Ela abriu, mas ao contrário do que pensei, Wednesday não disse nada, apenas olhou o relógio de pulso notando que estava tarde. Eu estava feliz, muito feliz, simplesmente porque não teria que esperar até quarta feira para ver a mulher dos meus sonhos. Aspirei o ar que circulava entre nós e senti o cheiro gostoso que vinha dos seus cabelos molhados, o perfume do sabonete que emanava da sua pele. Wednesday agora me olhava com pesar, ela já sabia o que eu queria antes mesmo que eu dissesse uma palavra.

Meus olhos apaixonados faiscavam só de olhar pra ela. A minha doce psicóloga estava diferente de todas as vezes que eu a vi. E não eram apenas as roupas, sua fisionomia preocupada em nada lembrava aquela mulher segura que me dava conselhos e me ouvia como se tivesse a fórmula da felicidade para prescrever numa receita de farmácia.

O silêncio que nos envolveu me arremeteu às lembranças dos gestos e expressões vividos naquela semana. Se ela não me quisesse teria me mandado embora, não é?

- Entra, Nid! – disse desconcertada. Viram? Ela não me mandou embora. Meu coração acelerou... Minhas mãos começaram a suar frio... Olhei para ela que me deu as costas e caminhou na direção de sua casa... Wednesday usava uma saia estampada, predominantemente rosa até os joelhos, de um tecido leve de malha fria e uma camiseta branca de alças finas que deixavam à mostra os seus ombros e exibia um decote provocante.

     Caminhamos lentamente até a mulher a minha frente abrir a porta me dando passagem, para em seguida ocupar a sua sala. Arrepiei da cabeça aos pés quando Wednesday sedutoramente esbarrou seu corpo no meu ao passar por mim. Parou na minha frente de braços cruzados como se quisesse se defender do que ela nem sabia o quê!

- Segui você! - justifiquei a minha visita repentina. - Olha... Não sou nenhuma psicopata, tá?

- Vamos parar por aqui, está bem? – me fitou profundamente nos olhos. Senti meu corpo reagir aquele olhar.
Aproximei dela... Devagar... Sem querer assustá-la e para aproveitar o toque das minhas mãos na sua pele... Lentamente descruzei os seus braços com as minhas mãos. Wednesday apenas visualizou o meu gesto, sem nada dizer ou fazer – É melhor...

Ela tentou falar, no entanto eu balancei a cabeça negativamente pedindo que ficasse em silêncio. Encorajada pelas suas mãos trêmulas que tocavam as minhas, num impulso muito maior do que a minha razão, a puxei pela nuca grudando os meus lábios nos dela com sede. Sim! Eu sentia sede daqueles lábios que me despertaram pela primeira vez para o amor. Sua boca envolveu a minha com a mesma urgência que eu tinha da dela. Seus lábios eram macios, sua língua suave, sua pele se confundia com a textura de uma pétala de rosa... Ela suspirou e nesse instante minhas mãos a agarraram pela cintura trazendo o seu corpo para sentir o calor do meu. Minhas pernas começaram a ficar trêmulas também, e meus dedos tocavam levemente as suas costas enquanto os braços dela, que a princípio tentavam me empurrar pelos ombros, agora me envolviam pelo pescoço impedindo que nossas bocas se desgrudassem. Lentamente a conduzi de encontro à parede da sala, sem desgrudar um centímetro os nossos lábios. A pressionei na parede enquanto minha coxa se posicionava no meio das suas pernas sentindo o calor que vinha do seu sexo, ao mesmo tempo em que descia os lábios pelo seu pescoço...

- Não faz isso, Enid! - aproveitou para dizer. Num segundo eu cobri os lábios dela com os meus. Me sentindo segura, lendo nos seus olhos que ela não diria mais nada, eu retornei minha boca até o seu pescoço. Beijando... Sugando... Fazendo com que ela se rendesse ao seu desejo.

- Pra quê falar? - sussurrei perto do seu ouvido enquanto minhas mãos deslizavam pelas laterais do seu corpo desvendando as suas curvas e suspendia a sua saia até que meus dedos puderam entrar pelo lado da sua calcinha - Tá toda molhada - Ouvi um gemido próximo ao me ouvido e meus pêlos arrepiaram por toda parte. Avancei com a outra mão que estava livre e baixei as alças finas da sua blusa, vi seus seios rígidos saltarem na minha frente. Abaixei para sentir o gosto, mas o que senti foram as mãos de Wednesday puxando os meus cabelos e impedindo aquela ação.

- Minha filha pode acordar - sussurrou ofegante, enquanto olhava-me com desejo e culpa - Vá embora! - disse novamente num sussurro.

- Você não quer que eu vá – ignorei o seu pedido... Beijei e passei a língua nos seus mamilos rosados. Senti o seu corpo tensionado nos meus braços...

- Vamos... para... lá – suas palavras saíam confusas. Fez um gesto com a cabeça apontando o final do corredor. Entendi que ela queria me levar até o seu quarto.

Segurei suas mãos e a puxei até chegarmos no imenso corredor. A partir daí o desejo nos cegou completamente. Fomos nos despindo desesperadamente enquanto caminhávamos nos encostando nas paredes, esfregando os nossos corpos um no outro, numa urgência assustadora. Éramos duas esfomeadas indo em direção ao quarto de Wednesday, as roupas que iam ficando pelo chão faziam um rastro indicando o caminho da felicidade. Abrimos a porta com dificuldade, tamanha era a vontade de nos mantermos com os corpos e as bocas em contato absoluto. Caminhamos lentamente até a cama de Wednesday, a deitei devagar, puxei a última peça que faltava ser tirada do corpo dela, a saia. Num puxão eu arranquei a sua calcinha, e meu corpo nu cobriu o dela. Afastei suas pernas e me posicionei confortavelmente no meio das suas coxas quentes. Wednesday gemeu alto ao sentir o meu sexo em contato com o seu. Movimentei o quadril para provocá-la ainda mais e deslizei meus lábios pelo seu pescoço... Mordendo... Sugando... Deixando os pêlos do seu corpo inteiramente arrepiados. Quando percebi que aquele contato anteciparia o nosso orgasmo, fugi dele, alcancei as curvas do corpo de Wednesday com o toque suave dos meus dedos que deslizavam pela sua pele, acompanhei as carícias com beijos excitantes na sua nuca... Minhas mãos percorriam seus seios, desciam pela sua barriga, apertavam as suas nádegas...

- Te desejei desde o primeiro momento em que te vi- sussurrei mordendo a sua orelha... Ela gemeu - Quero te chupar inteira-disse, logo desci beijando o seu pescoço. Depois toquei irresistivelmente os seus seios com os meus lábios que aguavam por eles. Senti os dedos de Wednesday emaranhados nos meus cabelos, pressionando a minha cabeça para que fosse de encontro ao seu sexo úmido de desejo. A torturei por mais alguns minutos, chupei os seus seios com vontade, lambi os mamilos, acariciei seu sexo com meus dedos e mãos enquanto ela fechava os olhos e sussurrava frases desconexas. No meio dessas frases, consegui entender quando ela disse:

- Quero ser sua, meni...na! – falou ofegante de tesão enquanto empurrava a minha cabeça de encontro ao seu sexo.

- Faz comigo... tudo o que você falou dentro do consultório.

      Perdi a cabeça inteiramente e desci pelo seu corpo afagando a sua barriga... Beijando, lambendo, sugando o seu umbigo... Ela gemeu alto, forte... Se contorcia nos lençóis macios da cama...

- Por favor, Nid... Me chupa... Quero sentir a sua língua dentro de mim... - apertou mais os dedos nos meus cabelos Quero saber como é ser tocada por você.

Ao ouvir aquela frase meu corpo inteiro tremeu... Minha boca úmida pela saliva que deslizava pela sua pele alcançou as suas coxas... Beijei em volta... Afastei com as duas mãos... Senti o cheiro delicioso que vinha do seu sexo molhado que pulsava diante dos meus olhos famintos por ele... Provei o seu gosto ao mesmo tempo em que a penetrei com os meus dedos apressados, arrancando novos gemidos de Wednesday que passou a rebolar deliciosamente pra mim. Ela ofegava, pedia para que eu a penetrasse mais fundo... Aumentei as estocadas dentro dela enquanto minha língua devorava o seu sexo... Seu corpo tremeu inteiro... Seus gemidos, cada vez mais altos, me instigavam a chupá-la mais forte e penetrá-la com mais intensidade... Wednesday gozou demoradamente nos meus dedos e na minha boca. Sorvi até a última gota do seu gozo completamente maravilhada com a entrega doce e desesperada daquele corpo que eu tanto queria que fosse inteiramente meu. Escalei a sua pele beijando e marcando o caminho com a saliva. Tomei os seus lábios com um beijo sereno que logo deu espaço novamente ao calor da paixão... Senti as mãos tímidas de Wednesday tentando acariciar o meu corpo, me entreguei aos seus carinhos e de olhos fechados senti os beijos e toques das mãos dela percorrerem toda a minha pele. Ela desceu pelo meu corpo alcançando primeiro os meus seios. Acariciou devagar, depois aumentou o ritmo da sua língua em volta deles... Suas mãos passeavam pelas minhas coxas quase me fazendo ter vertigens de tanto desejo que estava prestes a explodir pelos meus poros...

- Coloca dentro de mim - Pedi ofegante notando que ela não sabia o que fazer, logo gritei de prazer quando ela começou a me penetrar com os seus dedos firmes, ora rápido, ora devagar. Antes que eu derramasse o meu gozo nas mãos dela, Wednesday retirou os seus dedos do meu sexo que pulsava nas mãos dela e me invadiu com a sua língua quente... Me entreguei ao gozo enquanto minhas mãos apertavam o lençol da cama. Depois daqueles segundos mágicos proporcionados pelos lábios dela, fiz um gesto para que a mulher deitasse ao meu lado na cama, Wednesday não hesitou, veio ao meu encontro buscando os meus lábios para beijar. A agarrei com força pela nuca beijando-a na boca com paixão... Rolei na cama e fui parar sobre ela... Wednesday abriu as pernas para me receber.... Encaixei o meu sexo molhado no dela também molhado... O desejo parecia não cessar, mas... Nesse instante, ouvimos batidas na porta do quarto e ela me empurrou para que eu saísse de cima dela, logo vestiu as pressas um robe... Ajeitou os cabelos...

- A minha filha acordou - disse assustada, ou melhor, apavorada! Recuperado o seu momento de sanidade, sua face se transformou monstruosamente - Vou levá-la de volta ao quarto, por favor, não... Não esteja aqui quando eu voltar.

- Mas...

- Sem mas, entendeu? - respirou fundo enquanto abria a porta. Em seguida fechou a mesma apressada atrás de si, provavelmente para a menina não ver quem estava na sua cama. Fiz o que ela pediu. Mortificada e completamente confusa, deixei aquela casa.

     Minha cabeça estava cheia de pensamentos estranhos. Ora eu achava que Wednesday iria me querer, ora eu achava que quando eu aparecesse novamente no consultório dela, a mulher iria me expulsar, dizer que foi um erro o nosso momento de amor, que agiu sem pensar, movida pela curiosidade... Puta merda! É sempre assim! Sempre tem que arrumar uma desculpa.

     Abri a porta de casa e fui pega em flagrante. Meu pai e minha mãe estavam na sala, ambos no telefone. Deviam ter ligado pra minha lista inteira de telefones.

- Não precisava alarmar todo mundo - disse jogando a cópia da chave da casa em cima da mesa.

- Sua irresponsável! O que pensa que está fazendo? - primeiro atacou o meu pai.

- Fugiu da escola? – agora foi a vez da minha mãe. Ambos bateram o telefone na cara do sujeito que estavam falando, provavelmente, pelo descaso, deve ser alguma amiga minha.

- Sem drama... Eu fui dar uma volta
- joguei-me no sofá - Vocês vão me
enlouquecer se não abrirem a merda
dessa prisão, sabiam?

- Onde esteve, menina?

- Por aí pai! – abri os braços - Precisava ver gente. Me sentir um ser humano comum, e não alguém que tem uma doença contagiosa como vocês dois acham que eu tenho.

- Está doente e sabe disso! - minha mãe puxou uma cadeira, sentou-se - Copiou as chaves de casa?

- Claro! A senhora confiscou a minha.

- Devolve agora! – esticou a mão – Vamos, Enid!

- Mãe... Eu fui na casa da Wednesday.

- A psicóloga? - disseram juntos.

- É! – passei as mãos no rosto – Precisava conversar... Só isso!

- Não procurou nenhuma daquelas suas amigas pervertidas?

- Não! Pra alegria de vocês, eu estava com a psicóloga que os dois - apontei pra eles.- Contrataram para me dizer que sou doida.

"Idiotas, eu estava trepando com ela."

Os dois se entreolharam e sorriram. Como as pessoas são idiotas. No fundo, bem lá no fundo, elas não se importam se somos gays, o que eles não querem é que a gente diga que é gay. Transar com a psicóloga sem que eles desconfiem eu posso, o que eu não posso é levar em casa, ou dizer que tenho uma namorada. "Bando de hipócritas, viu?!"

- Fico feliz que esteja amiga da Wednesday - disse calmamente o meu pai - Ela é uma boa amizade pra você.

- Vocês são ótimos para escolherem meus amigos - balancei a cabeça negativamente. "Ela está atormentando a minha vida seus palhaços! Não tenho com quem desabafar sobre essa paixão que está me consumindo."

- Queremos o seu bem... - minha mãe afagou a minha mão - Daqui a pouco você vai se interessar por um rapaz, se casará como eu e o seu pai...

- Querem que isso aconteça mesmo que não me faça feliz? - levantei-me afrontada.

- Não tem como ser feliz, vivendo nessa sua vida clandestina, Enid! – garantiu o dono da verdade.

- Será que não entendem? - firmei o olhar, eles se levantaram também - Não é uma escolha! Não sinto atração pelo sexo oposto! Sou assim pai... Mãe... Jamais serei feliz de outra forma. Vocês podem me prender em casa, me bater, me obrigar a casar com um coitado qualquer, mas... Eu não deixarei de ser quem eu sou! Sou Lésbica... Não quero viver uma mentira por imposição dessa sociedade hipócrita que não tá nem aí pra mim.

- Vai continuar com as consultas e com o castigo. - o meu velho tratou logo de encerrar a conversa. Acho que ele odeia admitir que está errado.

- Vai ser um prazer... - sorri ironicamente pelo cantinho da boca e fui para o meu quarto... Pensar na loucura deliciosa que eu e Wednesday fizemos.

A noite foi longa. O que aconteceu comigo e Wednesday parecia tão surreal. Durante a madrugada eu sorria achando que tudo não passou de um sonho. A adrenalina me fazia andar pelo quarto, acender e apagar a luz compulsivamente. Eu aspirava o cheiro de Wednesday nas minhas roupas. Minha pele também expelia o cheiro do seu perfume.

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Olá cambada!
Trouxe mais um ep dessa fic graças à Anaclara861885 que faz eu ter vontade de postar!( agradeçam ela).

Amanhã tem mais um ep de Mimada!!

Bjss da Nahh💕🌻

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