capítulo 6

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No dia seguinte, na primeira hora, eu estava no consultório de Wednesday. Mas não era a quinta consulta. Fiquei de pé ao lado da porta do consultório na sala de espera e assim que vi o primeiro paciente da psicóloga sair da sala, entrei correndo no consultório, antes da recepcionista dizer que eu não podia. Tranquei a porta atrás de nós. Wednesday estava sentada na sua cadeira, olhava algumas fichas que estavam na mesa a sua frente.



- Precisamos conversar! - disse num impulso.



      A mulher levantou assustada, deu à volta na mesa... Nesse instante eu já estava parada na sua frente, buscando os seus olhos, desejando beijar os seus lábios, e queimando de ansiedade.



- Diz que você não gostou. – a empurrei de encontro à mesa. Wednesday estava estática. Não conseguia falar, mas também, não sei se ela queria me dizer alguma coisa. O momento me deixava completamente surda, cega, desesperada... Dificilmente ela conseguiria conter os meus impulsos.
Sede! Era o que Wednesday despertou em mim desde a noite de ontem, na qual me fez sentir sensações inexplicáveis e querer tê-la novamente mesmo que isso me custasse a sanidade. Tateei os seus braços que estavam soltos ao lado do seu corpo. Senti sua pele macia esquentar em minhas mãos... Seus pêlos, meus pêlos se arrepiaram e a intensidade de desejo que pairava nos meus olhos era a mesma que eu via nos pretos dos dela. Respirei fundo enquanto percebia que aquele silêncio em volta de nós era mais forte do que palavras, mais forte do que as dúvidas, preconceito, negação, do que a sensação inquietante que brotava dos olhos dela de que não podíamos ceder aos nossos desejos... Wednesday engoliu em seco e balançou lentamente a cabeça numa negativa sofrida. Ignorei o gesto dela. Mordi os lábios recordando dos momentos de prazer que tivemos, do seu olhar provocante na hora do gozo... Não resisti à tentação, abri lentamente o jaleco de Wednesday enquanto firmava descaradamente o olhar nos seus seios que estavam salientes na blusa que ela vestia. Inclinei meus lábios encostando lentamente nos dela, antes que minha língua sentisse o doce sabor da sua saliva, ela afastou a sua boca da minha colocando em seguida o dedo indicador nos meus lábios.



-Sabe que não podemos! - - o interfone tocou, ela se afastou de mim, me empurrando depressa. Eu me afastei sem reclamações. Wednesday esticou o braço e pegou o telefone - Pois não, Alisson-silêncio... - Peça para esperar um minuto... Está tudo bem sim, a Enid já vai sair. - desligou.


- Podemos sim! - disse antes que ela me pedisse para sair. Sabia que não poderia deixar que a razão tomasse conta dela naquele momento, por isso a puxei pela cintura grudando o meu corpo ao dela. Tentei beijar os seus lábios, mas a psicóloga virou o rosto, desci então a minha boca até o seu pescoço, ela também queria aquele contato, tanto que ouvi um gemido tímido soar nos meus ouvidos... Sua resistência estava cedendo... Deslizei as mãos pelos seus seios, os bicos ficaram ainda mais rígidos... Tentei beijá-la novamente e Wednesday entreabriu os lábios para receber a minha língua. Senti novamente o gosto da sua saliva e me perdi integralmente nos braços dela, no prazer que aquele toque macio na sua pele me proporcionava. Meus dedos entraram por baixo da sua blusa, afastei o sutiã e senti os seus seios febris se lançarem nos meus dedos. Apertei, estimulei. As mãos dela passeavam pelas minhas costas. Desci meus lábios pelo seu pescoço... Senti o seu perfume impregnar a minha pele. Gemi ao deslizar os meus lábios pelos seus seios rosados, saboreei o seu gosto, lambi, mordi levemente... Desabotoei a sua calça jeans e desci até que a mesma tocasse o chão. Escalei o seu corpo beijando a sua pele... Alcancei os seus lábios, beijei apaixonadamente, fui retribuída com a mesma intensidade. Nós não dizíamos uma palavra, apenas gemíamos uma pra outra... Transpirávamos desejo. Afastei suas coxas e deslizei meus dedos pela lateral da sua calcinha, a encarei, esperei o seu sinal, Wednesday mordeu deliciosamente o lábio inferior... A penetrei devagar, depois aumentei os toques dentro dela. Wednesday cravou as unhas nos meus ombros enquanto gemia com o toque dos meus dedos dentro dela... Seu corpo estremeceu e ela gozou em minhas mãos. Senti o líquido quente escorrer pelos meus dedos. A respiração falhava... Nossa pele suava... A razão retornava para os nossos corpos... Num impulso senti as mãos de Wednesday me empurrarem para que eu me afastasse dela.



- Isso é um erro! - puxou o ar que parecia preso nos pulmões - Você só tem dezessete anos! - disse suspendendo depressa a sua calça e ajeitando a roupa que minhas mãos desalinharam.


- Faço dezoito no final da semana - puxei ela pelos braços e procurei a sua boca para um beijo... Ela desviou novamente o rosto...


- Você é uma mulher, e eu...


-Você é muito gostosa... - me antecipei às palavras dela enquanto a pressionava de encontro à mesa e me encaixando no meio de suas pernas... Segurei seu queixo com a minha mão direita... Puxei seu rosto e colei nossos lábios... Sua língua mergulhou na minha boca pedindo intensamente para ser chupada... Para ser devorada... Beijei com a intensidade que a mulher pedia através dos seus olhos negros faiscando de desejo... Com a mão livre acariciei o bico dos seus seios por baixo da blusa... Movimentei o meu quadril entre as suas pernas e ela numa entrega quase completa gemeu pra mim, no entanto, maior do que a sua vontade, era a sua negação... Novamente Wednesday me afastou, só que dessa vez mais rispidamente... Afastei dolorosamente daquele contato...


- Não podemos Enid! - disse teimosa. Deslizou as mãos pelos cabelos, ela parecia atormentada – Isso não era pra ter acontecido, menina!


- Você se apaixonou, eu me apaixonei... Não há nada de errado com isso! Para de impor obstáculos! - me aproximei novamente... Percebi que os olhos dela estavam vermelhos e as lágrimas já davam sinais de que iriam aparecer. Meu coração se penalizou daquela cena. Estávamos sofrendo, mas por quê?


- Vou te indicar um outro profissional, tenho um amigo que é psicólogo também... - abaixou a cabeça, não resistiu e deixou as lágrimas caírem pela sua face - Não posso mais continuar com as nossas sessões. Existe uma ética que eu deveria ter respeitado.


- Ei! A ética que se dane! O que nos envolve é muito maior... Aconteceu e pronto! - ergui delicadamente a sua face - Não venho aqui pelas consultas, venho por você, Wednesday! – a abracei com carinho, ela aceitou o meu abraço. Continuava chorando - Não se assusta com o que você tá sentindo... Eu te quero tanto - sussurrei com os meus lábios quase grudados nos dela. Beijei de leve...
-Estou apaixonada por você... Desde que meus olhos encontraram os teus pela primeira vez eu sabia contigo... que seria diferente

- Nid... A minha filha... - umedeceu os lábios, tentou justificar novamente.


- Sua filha é linda e eu tenho certeza que vamos nos dar bem. - Interrompi. Passei as mãos na sua face que me deixava cada vez mais encantada ao olhar.


- Seus pais...


-Eles não podem viver a minha vida! Não espero que eles me entendam, mas sei que um dia aqueles dois vão ter que aceitar a minha orientação sexual. Querendo ou não, sempre serei a Enid... E a Enid deles é gay. - respirei um pouco mais aliviada, era tudo ou nada, sabe? - Não sou a filha que eles queriam que eu fosse, mas eles também não são os pais compreensivos que eu queria ter. Acho que estamos empatados, não é?


- Não sou nenhuma adolescente para viver uma loucura como essa... Nunca dará certo! Temos que pôr um ponto final nisso, menina! – disse quase brava, tirou as minhas mãos do seu rosto.



- Amor mudou de nome agora? "Eu te loucura" - sorri, ela sorriu timidamente - Isso é preconceito, sabia? - busquei os olhos de Wednesday enquanto falava Não importa se somos do mesmo sexo... - segurei agora nos seus cabelos, havia uma necessidade quase sufocante de tocar nela - Seu ex marido era do sexo oposto e não deu certo, poxa! O que decide se dará certo ou não, é a vontade de sermos felizes! - terminei a frase com um beijo cheio de sentimento nos lábios de Wednesday. Meu coração a reconheceu, mas faltava o dela me reconhecer ou a sua razão dar espaço para a grande e inexplicável emoção que existia em nós duas quando estávamos juntas. Como magia havíamos sido feitas uma pra outra e nada mais importava pra mim, além de viver esse sentimento... Já Wednesday, eu realmente não posso responder por ela.




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Olá cambada 🤠

Estamos chegando na reta final da fanfic!

Comentem bastante!🌻

Amo vcs!❤

Bjsss da Nahhh💕💕💕

Minha Doce Psicóloga |  Wenclair (adaptação)Where stories live. Discover now