It's Pink, Honey | jikook

Da BellaVittory

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O ano de 2017 havia chegado ao fim. E com ele, o término de uma guerra entre as duas Coreias, da qual Jungkoo... Altro

desejos, aromas e permissões
lúpus, paparazzi e olhares
fotos, freddie e coragem
ternos, ódio e surtos
ciúmes, dior e desejo
café, aranha e beijos
pesadelos, perguntas e gemidos
prazer, descobertas e luz
feridas, róseo e meu
toques, terapia e egoísmo
verdades, saudades e Ghost
declarações, socos e máscara
lembranças, cio e marca
memórias, dor e herói
trio, gestos e início
proposta, gestação e Suíça
brigas, perseguidor e respostas
amor, segredos e raiva
carinho, proteção e vingança
retorno, ataque e planos

cartas, vaga lumes e proteção

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Da BellaVittory

Oii gente, capítulo novo!!

ATENÇÃO:

1 - A música que Jimin irá cantar no capítulo foi de criação própria minha.

Mas se quiserem alguma música que possa combinar com o momento, eu aconselho My love mine all mine da Mitski (essa na playlist da fanfic)

2- O capítulo não foi revisado.

Espero que gostem e obrigada pelos 60k de leituras.

Boa leitura♡

━━━━━━━ •♬• ━━━━━━━

Jungkook se perguntou,durante muito tempo, se seria feliz ou se ao menos, merecia isso.

Feliz o suficiente para que não precisasse se culpar pelas vidas inocentes que morreram durante a guerra, ou por deixar seus pais sozinhos, na promessa de que voltaria.

Nunca voltou.

Não sabia se as pessoas que amava, também sofreriam, como ele sofria.

Vivia se perguntando até quanto tempo viveria naquele apartamento frio, consertando carros e mantendo uma rotina monótona, que o afundava cada vez mais em uma profunda depressão.

Se o Jeon do passado, conversasse com sua versão do presente, ele com certeza, sorriria, mesmo com dores, fraqueza e olhos lacrimejando. Ele se sentiria feliz, por um único motivo.

O homem do presente, não achou mais seu apartamento frio, um ômega o aqueceu, mesmo que por pouco tempo. O aroma ficou em seus cobertores e desejou ao máximo, que nunca iria precisar lavá-los.

Aprendeu a ver o mundo, mesmo que às vezes tudo voltasse a ser cinza, de uma forma colorida, como as luzes dos fogos de artifício.

Havia se passado uma semana, uma longa semana. Jimin durante esses dias, parecia concentrado em compor, sem sair de seu estúdio, apenas, se fosse para algo mais sério.

Talvez, o ex militar entendesse o motivo.

O passeio mais lindo que Jungkook já teve, ficaria em sua memória para sempre, onde assistiram aos shows de luzes que duraram cerca de meia hora. Aproveitaram da companhia um do outro, antes que a realidade batesse novamente na porta e os acertassem com um soco.

Senhora Park foi rápida em voltar de sua viagem e parece ter carregado consigo, toda a raiva do mundo.

Jeon, Hoseok, Yoongi e os outros funcionários, tiveram que presenciar talvez a briga mais dolorosa que já viram.

A mulher mais velha gritava entre lágrimas, que sentia nojo do homem com quem era casada e também do filho. Ambos ficaram em silêncio, ouvindo, talvez sentindo o peso daquelas falas tão cruéis.

O ômega se controlou ao máximo para não responder à mãe, tentando entender seu lado, mas aquilo foi demais para si.

– Eu não pedi para nascer, tá bom? Eu nunca quis continuar vivo! Acha que eu cresci sendo alguém feliz? Vendo você me rejeitar dia após dia por ter me carregado no seu útero?

Se aproxima parando em frente a mãe, que o olhava com desprezo.

– Eu não pedi para te fazer sofrer tanto, você sabe disso, sabe como eu amo você e sempre desejo que as coisas melhorem.

– Não ouse mais dizer isso para mim. Cada palavra de conforto que sai da sua boca, só faz eu me arrepender ainda mais de não ter tentando um segundo aborto!

O ômega tinha lágrimas nos olhos, cada fala desnecessária da mãe, acabava consigo.

– Sumin! – senhor Park diz, afastando Jimin – eu não entendo... não fomos nós que causamos seu trauma.

– Seu filho me lembra ele... eu não consigo olhar e não sentir nojo. Acordo todos os dias vendo o rosto de homem que quis por tudo casar comigo e estragar minha vida e um filho com a cara do meu estuprador?

– Eu entendo que isso foi doloroso Sumin! Eu entendo! Foi o que conversamos por tanto tempo! Eu ofereci arcar com todas as despesas psiquiátricas, mas você nunca quis. Ele não tem culpa e eu quis me casar com você por realmente te amar... – responde tentando manter uma postura séria – eu... realmente te amei.

– Vai se fazer de inocente agora? E aquela conversa que você teve com o seu pai, hum?

– Meu pai disse que eu não deveria me casar com uma ômega podre, que carregava filhotes de outro homem. Que ele nunca mais olharia para mim se eu fizesse isso!

Jimin escutava a conversa entre os mais velhos em silêncio, parecendo estar com a cabeça cheia.

– E sabe o quê eu fiz? Eu me casei e olha hoje... tenho certeza que isso não é culpa do nosso filho ou minha.

– Se não é culpa minha... então me diz o motivo de ser sempre tão distante, tão frio... – o ômega pergunta, olhando para o pai, parecendo procurar por respostas, que não demoraram a vir.

– Sempre pensei que... se eu fiz um inferno e machuquei tanto sua mãe, quanto ela diz, então eu não queria causar o mesmo trauma em você, mesmo que sim, eu te veja como um filho.

Sumin ri levando uma das mãos a barriga. Jimin temia, que alguma hora as coisas realmente fugissem do controle.

– Que lindo... O papai e o filhinho se entendendo! Deixa eu falar o meu lado na história, então. Sou obrigada a acordar todos os dias sabendo que sou casada com um homem que eu nunca consegui amar, que eu guardei raiva pelo simples motivo de me querer tanto ao ponto de privar o meu direito de escolha em ser realmente uma esposa ou mãe! Uma porra de uma gravidez, fruto de um homem que procurou a primeira mulher na rua para passar o cio!

Se aproxima a passos lentos do filho, que sente seu corpo tremer com a proximidade.

– Você puxou a ele, me faz sempre lembrar e remoer isso. Entenda de uma vez por todas que se eu tiver o seu ódio, assim será melhor, pois talvez, eu conseguiria te ver menos, assim eu seria feliz. Você é uma putinha, que quer esconder o que sente por trás de roupas caras e que nunca, nunca vai conseguir ser feliz... e se depender de mim, eu também posso estragar a sua vida como a gravidez estragou a minha.

Jimin morde o lábio, tentando ao máximo controlar sua crise de choro e se manter forte. Jungkook queria puxá-lo e levá-lo para longe dali, mas o loiro não permitia, fazendo sinais com as mãos de vez em quando.

Tentando.

Tentando por uma última vez, entender a mãe.

– Eu te amo – é a única coisa que consegue dizer, vendo os olhos da mulher se encherem de lágrimas da mais pura fúria.

– E eu quero que você morra.

Aquilo alugou um espaço imenso na mente do segurança, que se perguntava se a ômega não estava por trás do homem que seguia constantemente Jimin quando estava sozinho.

Viu ali, um pai que desabava cada vez mais, mesmo que por fora, pudesse ser visto apenas um homem de porte militar e expressão fechada. Jungkook entendeu, já que fazia o mesmo.

Jimin, por outro lado, parecia não aguentar mais aquelas palavras e o sentimento de ser alguém tão odiado e que causava tanta repulsa. Sobe as escadas rápido, mandando Jungkook não segui-lo.

O segurança não obedeceu.

Já estavam no corredor do segundo andar quando Jungkook puxa o corpo pequeno para si.

Ômega ainda estava em pé, tentando se manter estável, enquanto olhava fixamente para os olhos escuros do alfa, que passa levemente seu dedão pela pele delicada de seu rosto, secando suas lágrimas.

– Não precisa ser forte o tempo todo... pode ser somente Park Jimin comigo agora? Por favor.

Aquilo foi o suficiente para que o ômega se deixasse desabar no colo do alfa, mostrando pela primeira vez sua real dor.

Não eram reclamações que pareciam serem vazias ou sua máscara de alguém mimado e maluco. Era ele ali, que se permitiu sentir as coisas, tendo alguém que o abraçasse.

Encosta seu rosto no peitoral do alfa, o que evidenciava a diferença de altura, mas não se importava. Sentia os braços fortes lhe rodearem, o fazendo se sentir seguro.

Não tinha forças o suficiente para se manter em pé e Jeon parece ter entendido, segurando o corpo pequeno e o levantando do chão, apenas para levá-lo até o quarto.

Coloca o ômega delicadamente deitado no colchão macio, o observando, ambos em silêncio, como se conseguissem se comunicar apenas pelo olhar.

Jungkook talvez tenha entendido ali, que precisava cuidar de Jimin, não só como segurança. Só iria embora e deixaria o ômega ser feliz e livre quando ele estivesse seguro.

Esse era seu plano.

– Eu prometo.

O loiro o olha um tanto confuso, enquanto suas lágrimas secavam aos poucos, conforme o aroma forte do alfa o acalmava.

– Não entendi...

– Eu prometo nunca deixar ninguém te magoar de novo... então por favor, não tente me impedir de te defender.

Jimin sorri, levando uma de suas mãos até o cabelo escuro e macio do alfa, em um leve carinho, da qual Jungkook, não era acostumado, mas se rendeu, sentindo que poderia receber essa mesma carícia sempre.

– Você tem razão, não posso te impedir de fazer seu trabalho.

– Não é sobre trabalho, Park - responde carregando uma expressão séria - é sobre mim e em como eu quero te manter bem e seguro. É algo pessoal meu e vou garantir que aconteça.

– Eu não consigo ver o motivo.

– Você.

Os olhos de Jimin parecem ter ganhado um brilho diferente.

– Você é meu motivo.

A noite se passou ali. O ômega pegou no sono, pensando que não veria o alfa no dia seguinte.

Errado.

Acorda vendo que Jungkook dormiu ali, com a cabeça no colchão enquanto um de seus braços era usado com travesseiro e o corpo sentado no chão.

Garantiu por estar ao lado do homem magoado e ter certeza que estaria tudo bem pela manhã.

Foi ali que Jimin se perguntou, enquanto observava o rosto bonito, se teria alguma chance de um dia, Jungkook gostar de si. Mesmo que achasse improvável que um homem tão cuidadoso e amável, fosse ter algum tipo de interesse.

Talvez, deveria acreditar que apenas seu corpo fosse atraente.

Mas no fim, ele nem ao menos imaginava o que o alfa guardava dentro de si mesmo.

Ou em como ele acordou na madrugada passada após se sentir solitário e ter o aroma leve do ômega ainda em seu travesseiro.

Se senta na cama, percebendo estar ficando maluco... ou criando sentimentos por Park Jimin.

Sempre achou bonito aquelas cartas que os militares faziam para seus amados durante a guerra. Escreveu algumas para seus pais, mas nunca amou alguém como todos aqueles homens amaram.

Seu batalhão se despediu com beijos nas pessoas que escolheram compartilhar suas vidas.

Mas ele não...

Talvez, fosse sua primeira vez.

Uma carta que Park Jimin nunca iria ler.

"Park Jimin...

Não sei como eu começo essa carta, então, quero dizer de uma vez por todas o que eu tanto guardo de você.

Sou o herói de guerra que está presente em todas as fotos que você mantém na parede. O homem que você fala com brilho nos olhos.

Não gosto de ser ele, foi doloroso. Carrego memórias e medos que penso nunca conseguir superar, ao ponto de fazer esquecer que também salvei vidas.

Escolhi me isolar e me culpar por coisas que não foram minha culpa e talvez, eu me arrependa disso.

A verdade, Park, é que minha vida mudou completamente quando eu te conheci. Os sorrisos que eu não conseguia dar, foram todos verdadeiros após suas crises de loucuras, da qual gosto sempre de me lembrar quando estou triste.

Meu instinto protetor funciona apenas com você e me deixa completamente maluco. Fico imaginando você em perigo ou com crises de choro, pensando o quanto eu queria impedir que isso acontecesse.

Seu aroma ficou em todo o apartamento e eu sinto sua falta, mesmo que eu te veja todos os dias.

Sei que você nunca sentiria o mesmo por mim... sem a máscara de caveira eu sou apenas alguém comum.

Comum demais para um ômega da qual meus olhos conseguem apenas captar alguém brilhante e vivo, completamente diferente de mim.

Eu queria apenas dizer, mesmo sabendo que você nunca vai ler.

Que eu não consigo esquecer você.

Não aceitei que você fosse apenas uma noite e eu não aceito que me veja apenas assim.

Faria qualquer coisa para sentir novamente seus toques e escutar sua risada.

Acho que... estou me apaixonando aos poucos por você, mas vou garantir que você nunca saiba disso.

Sentirei sua falta quando tudo acabar.

Com amor, Jeon."

Jimin nunca, em hipótese alguma, poderia ler isso.

E tudo parecia ter voltado a normalidade, até mesmo o ômega, por mais que saísse pouquíssimas vezes de seu estúdio.

Jungkook descobriu sua apresentação quando faltava apenas uma semana. Entendeu o motivo de tanta preocupação e as idas demoradas até o local de treinos dos músicos que tocavam consigo.

O segurança garantia apenas deixá-lo no local e esperá-lo terminar para garantir que estaria em casa, seguro.

Seria melhor assim, talvez, Jimin não quisesse que Jeon descobrisse o que ele tanto fazia.

Coloca a folha com cuidado em cima da mesa do maestro que tanto gostava. Um senhor já de idade, perfeccionista e o profissional mais empenhado que já conheceu.

Sun Do Hoo, apenas encara as folhas, antes de colocar seus óculos e ver o que tinha ali, escrito, vendo o ômega agir de forma nervosa.

– Você está bem, Park?

– Um pouco nervoso... – responde enquanto brinca com os próprios dedos.

– Pelo visto compôs uma música.

– Sim...

– Vaga lumes choram, heróis também - lê, desviando o olhar em seguida para o ômega ainda em pé – diferente, eu diria.

– Eu quero tocá-la no concerto que terá no fim de semana.

– Não está muito próximo?

– Não é uma música difícil... procurei usar notas e harmonias simples.

– Eu sei, é perceptível, mas me dê um motivo para eu fazer todos aprenderem uma música extra assim, em cima do tempo limite.

Jimin suspira, tentando encontrar as palavras certas.

Queria muito, que essa música fosse tocada em sua próxima apresentação.

Sabia que ele estaria lá, ouvindo.

– Eu... escrevi, pensando em alguém que está se tornando especial. Tem um pouco de mim nela, medos, sentimentos.

– E essa pessoa vai estar presente no concerto.

– Sim...

– Entendo – responde se levantando – eu gostei da música, mas não temos solistas disponíveis para cantá-la.

– Ah...

O brilho de Jimin parecia ter sumido. A parte em que mais se destacou, foi na letra.

– Porém, eu soube que você canta, não é, senhor Park?

– Eu cantava, mas parei.

– Seria uma boa hora para voltar.

– Não daria certo, eu estaria muito inseguro e tenho medo constante de errar.

– É normal errar, só assim podemos acertar.

Abaixa a cabeça, pensativo. Será que conseguiria cantar na frente de tantas pessoas?

Ou melhor... na frente dele?

– Temos um violoncelista reserva, então se quiser...

– Eu quero.

Olha para o maestro, parecendo convicto de sua decisão.

Era isso que o senhor de idade admirava naquele ômega. Sua força de vontade.

Apenas concorda com a cabeça, sorrindo.

– Então vamos correr, temos pouco tempo para treiná-lá.

Usaram de horas seguidas de treinos intensivos durante toda a semana, para aprenderem a música com perfeição e no fim, conseguirem também revisar as que já estavam prontas.

Todos se juntaram para que tudo ocorresse bem e sem erros, Jimin se sentiu agradecido por isso.

A semana passou voando, já era sábado, o dia da apresentação.

Eram exatamente nove horas da manhã quando Jimin cruzou os braços e se encostou em uma pilastra de ferro, vendo os organizadores terminarem de arrumar as cadeiras e palco, para que a Orquestra se apresentasse de noite.

Esperava Jungkook voltar com seu café, enquanto tentava controlar o próprio nervosismo, já que cantaria após tanto tempo, em um lugar cheio e par um homem que com certeza, tinha apenas o sentimento de proteção por si.

Sua cabeça estava tão cheia, que nem ao menos percebeu ser observado por Seokjin, o pianista da noite, que se aproximava a passos rápidos, com ambas as mãos escondidas no bolso de sua jaqueta jeans.

Observava o amigo, que parecia estar no mundo da lua.

– Você tá bem pensativo, o que houve? – pergunta, se encostando no mesmo local que o amigo.

– Ah não é nada, um pouco nervoso com a apresentação de hoje.

– Eu imaginei que se sentiria assim, sua primeira música e ainda vai cantá-la.

– É... foi uma péssima ideia.

– Eu não acho.

Jimin olha para o ômega mais alto que si, que sorri enquanto desvia o olhar para todos os técnicos de som que organizavam o local.

– Eu adorava quando você cantava, fiquei até triste quando parou e agora, sua música é para alguém em específico, então vai ser ainda mais empolgante de ouvir e tocar.

– Não acho que ele irá entender que a música foi pensada nele...

– Mesmo que ele não entenda, acho que ficaria feliz apenas por ouvir a sua voz.

Jimin responderia, mas se distraiu ao ver tantos militares surgirem no local. Se assusta por um momento, tentando entender de onde saiu tantos homens fardados. Pelo menos vinte.

– O que tá acontecendo?

– Parece que foram liberados por mais tempo hoje, vão assistir à apresentação. Foram convidados pelo maestro e seu pai.

– Imaginei, pelo visto, vai estar mais cheio do que eu esperava.

– Puta merda! – Jin praticamente grita, fazendo o amigo se desencostar da pilastra pelo susto.

– Que foi?

– Aquele cara da cafeteria, ele não pode me ver.

Jimin olha na direção que olhava anteriormente, vendo o homem alto de covinhas conversar com alguns colegas, enquanto admirava as decorações do local.

– Acho que eu lembro do nome... Kim Namjoon.

– É, ele não pode me ver.

– Não tô entendendo, Jin.

– Eu não quero dar o meu número de telefone para ele.

– Tarde demais. – diz ao perceber o militar olhar para os dois ômegas um pouco ao longe e se aproximar a passos rápidos.

Mantinha um sorriso no rosto, principalmente quando olhava para Seokjin, que estava disposto a sair correndo a qualquer momento.

– Olá Park.

– Kim.

– E você... não me deu seu número – diz olhando para o homem a sua frente, que ri sem humor.

– Não vejo motivos para dar o meu número.

– Bom, eu tinha planos de te chamar para sair.

– Então esqueça esses planos.

Jimin olha para o amigo abismado, nunca viu o ômega agir daquela forma.

Com certeza, Jin achou o militar bonito, mas queria correr de qualquer coisa relacionada com namoro ou encontros. Era péssimo nisso.

– Uau, seu amigo é sempre grosso assim? – Namjoon pergunta vendo Park rir um tanto sem graça.

– Vou te mostrar o que é grosso em mim – Jin diz virando as costas pronto para sair de lá.

Jimin é rápido em se aproximar do amigo, o virando novamente na direção do alfa que observava a cena um tanto confuso.

– Conversa com ele Jin, para de ser babaca.

– Aprendi isso com você. Não quero falar com ele.

– Eu tô ouvindo... – Namjoon diz sendo completamente ignorado.

– Fala sério Jin, quer ser solteiro pelo resto da sua vida?

– E você namora Jimin?

– Pelo menos eu transei.

Seokjin e o militar que ouvia tudo em silêncio, arregalam os olhos, mas por motivos diferentes.

Namjoon se perguntava em como aqueles dois malucos tinham coragem de conversarem assim, sem nenhum limite.

Já Jin...

– Filho da puta! Quando ia me contar?

– Eu não ia.

– Eu vou te matar!

– Se acalmem, por favor – o militar diz.

– Cala a boca – os ômegas dizem juntos, fazendo o alfa se afastar.

Jungkook se aproxima no mesmo momento, carregando o café que Jimin havia pedido para comprar. Olha a cena um tanto confuso, mas vê ambos os ômegas se acalmarem e voltarem com suas posturas normais.

O efeito que um alfa lúpus conseguia causar.

O segurança diria algo, mas se distraiu ao ver Namjoon ali, depois de tanto tempo. Ambos se observavam, perplexos, não acreditando que se encontraram novamente.

Os ômegas se entreolham, preferindo se afastarem lentamente e deixar que os homens a sua frente, conversassem sozinhos.

Jimin apenas pega o café da mão do alfa, antes de segurar o braço de Jin e puxá-lo, por mais que quisesse ouvir a conversa.

Namjoon apenas aguarda estarem completamente sozinhos, sem que alguém pudesse ouvir o que diria a seguir, para abrir um enorme sorriso, sendo retribuído pelo amigo.

Ghost, quanto tempo. 

– Cuidado ao dizer esse nome.

– Eu sei, fui cuidadoso durante todo esse tempo.

Ambos se abraçam, cada um com seus pensamentos.

Namjoon foi o principal responsável pelo desaparecimento de Ghost, trabalhando com pouquíssimas pessoas que prometeram guardar segredo absoluto de tudo o que aconteceu no fim da guerra.

Jungkook seria eternamente agradecido.

E Kim sempre se lembraria daquele herói corajoso e em como conquistou sua amizade, se lembrando de todas às vezes em que o viu machucado, fraco, triste... o fazendo criar um plano para que todo aquele inferno acabasse.

– É bom saber que você está bem... sumiu da face da terra.

– Resolvi me isolar, pensei que seria melhor assim.

– E agora é um segurança particular.

– Sim, pelo visto conheceu Park.

Namjoon concorda com a cabeça, olhando para o rosto do amigo a sua frente.

– É estranho...

– O quê? – Jungkook pergunta, confuso.

– Sua voz é totalmente reconhecível, mas é diferente conversar com você sem a máscara.

– E é estranho não usá-la... por mais que sejam lembranças dolorosas.

– Nem todas. Era legal ver mais de duzentos homens te obedecendo.

Jeon parece ter ficado rapidamente melancólico, talvez, sentindo as memórias o pegarem totalmente.

– É passado...

Preferiram encerrar o assunto, trocando números de telefone e prometendo se comunicarem sempre.

Jimin observava tudo ao longe, tentando entender sobre o que os dois conversavam, já que não conseguia ouvir.

Sentia às vezes, que Jungkook guardava um grande segredo, e da forma como era cuidadoso, nunca iria conseguir descobrir.

Prefere afastar os próprios pensamentos, preferindo manter a ideia de que não poderia se intrometer na vida pessoal do seu segurança dessa forma.

No fim, era isso que os dois eram.

Park Jimin era um violoncelista que precisava de um segurança particular, no caso, Jeon Jungkook.

E por mais que tivessem se tocado uma vez e que ambos desejassem se tocar novamente, no fim, talvez, ficariam apenas nisso.

Guardavam segredos.

Jimin escreveu uma música para Jungkook.

E em troca.

Jungkook escreveu uma carta para Jimin.

O ômega escolheu apenas se empenhar no restante do dia, em treinar todas as músicas que tocaria na mesma noite, até que seus dedos estivessem no vermelho mais vivo.

Com medo de que o tempo passasse rápido demais e a hora da verdade, chegasse.

E aconteceu.

Vestia sua calça preta da dior, que era extremamente colada em suas coxas definidas e seguradas por um cinto da mesma cor, mas com detalhes em dourado.

Usava uma blusa branca, leve, de mangas longas e esvoaçantes, feitas de tule, que lhe davam um ar poderoso e delicado.

Um colar de joias finas estilo gargantilha, bota preta com um salto médio, boca avermelhada e perfume doce, completavam perfeitamente seu look.

Estava pronto.

Seu celular vibra, mostrando ter uma nova mensagem.

Viadão: estou te esperando em frente as escadas.

Não consegue evitar de rir, correndo para mudar o nome na lista de contatos.

"Meu alfa."

Perfeito.

Fecha a porta de seu quarto, caminhando pelo longo corredor até chegar no topo das escadas.

Jeon estava ali, vestindo um terno fino. Seus cabelos estavam penteados para trás, Jimin conseguia apenas pensar que qualquer mínimo toque daquele alfa, seria o suficiente para seu corpo se amolecer por completo.

E percebeu que isso era realmente verídico quando os olhos escuros dele correm em sua direção. O encarava fixamente, como se estivesse vendo a coisa mais linda e preciosa do mundo.

Jimin fazia o mesmo.

Ambos os olhos ficaram coloridos em pouquíssimos segundos.

Vermelho e roxo.

Talvez, mostrando o quanto se desejavam e se apaixonavam aos poucos.

O ômega começa a descer as escadas lentamente, nem ao menos percebendo que as luzes que vinham dos lustres, faziam com que seu cabelo, pele e roupa, brilhassem.

Jungkook estava completamente preso naquele homem, era como uma droga, um doce, da qual já estava viciado.

Jimin chega no último degrau, vendo o alfa se aproximar, em completo silêncio. Apenas segura o rosto delicado com ambas as mãos, colando seus lábios na testa do ômega, que fecha os olhos com o carinho recebido.

Seus olhos agora focavam no pescoço comprido do homem de aroma tão agradável para si, o fazendo aproximar seu rosto do local, cheirando levemente antes de também dar um leve selar, fazendo o corpo de Park se arrepiar por completo.

Se afasta em seguida, apenas para estender sua mão, esperando que o ômega a segurasse, ato, feito de prontidão, fazendo ambos sorrirem.

– Você está lindo, Park.

– Digo o mesmo, Jeon.

– Estou encarregado de te levar, acompanhar e observar, durante todo o evento.

– Será uma honra.

Não precisavam dizer mais nada, segundos depois estavam no carro, que os levariam para o parque que seria a apresentação.

Jimin tentava se manter firme, mantendo em sua mente, que talvez sua voz se encaixaria perfeitamente na mesma criada por si mesmo.

Pelo menos, era o que esperava.

Chegaram minutos depois, vendo o local já cheio.

– A entrada para os músicos é ali, na lateral, já tem alguns seguranças e o público não consegue chegar até lá.

– Certo, vai se sentar junto com o público?

– Não, mas tenho um lugar a frente, ao lado de Hoseok, estarei te vendo de perto.

Apenas concorda com a cabeça, seguindo em direção contrária a de Jungkook.

Estava pronto. Pronto para dizer um pouco do que sentia por trás da melodia calma e melancólica.

As luzes se apagaram, deixando apenas o palco iluminado por uma forte luz rosa, semelhante às usadas pela Night Pink, onde ambos se conheceram e se tocaram pela primeira vez.

Seokjin já estava no piano, sendo observado constantemente pelo militar, que parecia paralisado na beleza do ômega completamente de branco.

Os violinistas, a área da percussão e instrumentos diversos como harpa, já entravam e ocupavam seus devidos lugares, enquanto escutavam os aplausos da mutildão.

Jeon fazia o mesmo, esperando para ver a pessoa que ele tanto queria admirar.

Foi o que aconteceu poucos minutos depois. Jimin segurava seu violoncelo, se curvando para cumprimentar e agradecer ao público pela presença, antes de se sentar na cadeira de madeira que ficava um pouco a frente, quase ao lado do maestro.

A apresentação duraria cerca de uma hora e diversas músicas eram tocadas.

9° sinfonia de Beethoven – IV Movimento.

Lacrimosa – Mozart.

Clair de Lune – Debussy.

Danúbio Azul – Johann Strauss II.

A pele do ômega brilhava devido ao pouco suor em seu corpo e a iluminação bonita.

Jungkook estava completamente admirado, vendo o quão bom Jimin era naquilo e a emoção que o mesmo sentia ao segurar o arco e tocar te forma tão bonita.

A última música termina, fazendo com que os aplausos fossem altos. O maestro se vira para o público, pegando o microfone que um dos técnicos correu para entregar.

– Nossa apresentação acabaria aqui, mas temos uma surpresa preparada para essa noite – diz olhando para o ômega, que se levanta, entrando o violoncelo para uma mulher que parecia deslumbrada por poder tocar o mesmo violoncelo que ele – Park Jimin, nosso violoncelista, criou uma música e gostaríamos de apresentá-la agora.

O loiro se aproxima do microfone, preso no suporte, respirando fundo antes de olhar para Jeon, que parecia surpreso.

Junta todas as suas forças antes de dizer o que queria.

– Dedicado a alguém, que mesmo em pouco tempo, fez eu me sentir tão bem.

O silêncio era absoluto. Os instrumentos aumentavam gradativamente os sons, começando a tocar a música que Jimin tanto queria apresentar, não conseguia evitar de ter lágrimas nos olhos.

Não deixaria de olhar, por nenhum minuto se quer, para Jeon Jungkook.

– O que você viveu?
Antes e depois de mim?
Você brilha como um,
lindo vaga lume...

Então meu herói,
responda o que eu tanto quero saber.
Eu poderia entregar meu coração a você?
Da forma que eu faço, sem nem ao menos perceber?

Porque vaga lumes choram, e heróis também.
Ambos perdem seus brilhos.
E se eu pudesse, apagaria tudo,
o que você viveu.

Apenas para que eu, somente eu.
Pudesse ter mais de você.
O meu amor, é todo, todo seu.

Me toque e me faça sentir vivo.
Como você sempre fez.

Jungkook entendeu ali, que a música era para ele.

Entendeu assim que os olhos lilás encontraram os seus e a linda voz angelical, proferiu as palavras mais lindas que já ouviu.

De fato, quase perdeu todo seu brilho, mas Jimin apareceu e consegue recuperá-lo, dia após dia.

E assim que a música acaba, as palmas se transformam em pessoas em pé, vibrando, amando a forma como aquela apresentação se encerrou.

Mas o ômega não se importava, ignorava os gritos e os papéis cor de rosa que caiam por sua cabeça.

Olhava para o sorriso de coelhinho do alfa um pouco distante de si, que aplaudia, como se conseguisse dizer, em silêncio.

"Você foi incrível."

E Jimin se sentiu orgulhoso de si mesmo.

Demorou poucos minutos até que todos estivessem conversando e pedindo para tirar fotos com alguns dos músicos, principalmente Park, que era puxado a cada cinco segundos.

Às vezes gostava de toda aquela atenção. Sentia que as pessoas gostavam do seu trabalho e isso era gratificante, mas, por outro lado, queria encontrar o alfa, mesmo sabendo que era observado por ele, em algum lugar.

Se afasta do meio da multidão, olhando em volta.

Jungkook não estava junto com os outros seguranças e nem no meio de todas aquelas pessoas vestindo trajes tão chiques.

Será... que ele foi embora?

Já estava completamente desanimado quando ao longe viu quem queria, de braços cruzados e um sorriso semelhante a de um adolescente bagunceiro, no rosto. Parecia estar se divertindo ao ver todo o desespero do ômega em tentar encontrá-lo.

Jimin acelera os passos, se aproximando rapidamente do homem mais rápido que si, antes de puxá-lo para fora daquele parque.

– Aconteceu alguma coisa? – pergunta, vendo Jimin parar de andar para quando chegam em uma rua um pouco distante, se virando para observá-lo.

– Não, eu só... queria ficar sozinho com você.

Jungkook ri baixo, antes de voltar seu olhar para o ômega, que parecia tímido.

– Você foi incrível.

– Obrigado – responde de aproximando, colando ambos os corpos – Jeon... sobre a música.

– Foi para mim, não é?

Jimin queria apenas enfiar sua cabeça na pia, mas não seria apropriado para aquele momento.

– É... foi para você.

– Me sinto lisonjeado e talvez eu queira que você cante apenas para mim, na próxima vez.

– Tem uma parte em específico que eu cantaria agora...

Reúne toda sua coragem, vendo Jungkook olhá-lo de forma curiosa, mesmo que no fim, soubesse exatamente o que o ômega queria dizer.

– Pois então, Park, cante as partes em específico que eu quero saber.

O ômega respira fundo, sentindo os braços fortes rodearem seu corpo, em um abraço confortável.

O abraço que o fazia se sentir tão seguro e o fez ter coragem o suficiente de repetir as palavras que queria tanto dizer.

Então meu herói,
responda o que eu tanto quero saber.
Eu poderia entregar meu coração a você?
Da forma que eu faço, sem nem ao menos perceber?

Jungkook sorri, sentindo algo totalmente novo para si.

O meu amor, é todo, todo seu.

Jimin não sabia, mas o alfa poderia repetir as mesmas palavras em alto e bom som.

Me toque e me faça sentir vivo.
Como você sempre fez.

Ambos se afastam, apenas para que Jeon segurasse com uma mão, a lateral de seu rosto, e com a outra, sua cintura fina, o mantendo sempre perto.

Seus lobos se uniram mais uma vez.

E percebem isso assim que o alfa aproxima os rostos com cuidado, colando ambas as testas, enquanto ainda se olhavam.

– Poderia. Eu te entregaria meu coração machucado pela guerra e meu corpo com cicatrizes que eu tanto odeio – diz com seu tom de voz grave, que conseguia fazer Jimin se tremer por completo.

Seus olhos já estavam em um tom de vinho forte. Mostravam desejo, amor.

Vontade de viver.

– E eu lhe tocaria sempre, de maneira intima e cuidosa, onde eu iria garantir que nunca mais, precisaria ter medo.

– Eu não tenho medo – responde, quase em sussurro – não quando estou com você.

Jeon não consegue evitar de sorrir, sentindo as mãos pequenas descansarem em seu peitoral.

– Me dê espaço o suficiente para que eu cuide de você e te mostre que também, não precisa ter medo, Jeon.

O alfa, após poucos segundos, que pareciam longos, concorda, antes que tocasse os lábios com delicadeza.

Se encaixavam perfeitamente. As fragrâncias fortes que evidenciava o fato de serem lúpus, pareciam se misturar perfeitamente bem. As línguas dançavam como uma perfeita valsa os corpos quentes mostravam que eles queriam mais do que aquilo.

Foi um momento longo, onde os dois jovens ficaram ali, experimentando sensações novas, que por mais que assustassem, pareciam estar sendo bem-vindas.

Se separaram apenas pela falta de ar, abrindo os olhos aos poucos antes de sorrirem um tanto tímidos.

Jungkook volta a abraçar o corpo pequeno, tentando escondê-lo do frio da noite.

Jimin teria ficado ali, tranquilo e feliz, se seus olhos não focassem em algo, que não via desde que o alfa começou a trabalhar para si.

Seu lobo também parecia tê-lo avisado de que algo não estava normal. Confirmou isso assim que sentiu o corpo do ômega em seus braços, tremer.

Finda o abraço, olhando para trás, tentando descobrir de onde essa sensação ruim vinha.

Descobriu rapidamente.

Um homem alto, que usava um enorme capuz e máscara preta, estava parado, com ambas as mãos nos bolsos de sua blusa de frio, os observando, em completo silêncio.

Jungkook leva sua mão livre até sua arma, presa em seu quadril, pronto para atirar se fosse preciso.

– Algum problema? – pergunta, vendo o homem ainda paralisado, de forma assustadora.

Jimin se encolhia ao lado de Jeon, procurando se sentir seguro, enquanto o alfa observava atentamente a figura que estava parada em alguns metros de distância.

Foi nesse momento que mais cinco homens aparecem, saindo dos prédios que circulavam a rua vazia, todos vestidos da mesma forma.

O ômega se desespera, se xingando mentalmente por não estar com o próprio celular para chamar a polícia.

Jungkook, por outro lado, se mantinha calma. Sabia da força que tinha.

Era um alfa lúpus.

Um herói de guerra respeitado.

E um homem pronto para proteger a pessoas pela qual, estava se apaixonando.

E não hesitaria em atirar se fosse preciso.

– Jeon, o que vamos fazer?

O moreno apenas sorri, escondendo o ômega atrás de si, enquanto arruma o próprio terno em seu corpo.

– O que eu fui contratado para fazer.

Responde, vendo Jimin o olhar aflito.

– Te proteger.

– Jeon...

– Jimin.

Diz vendo o ômega ficar em silêncio.

– Você não sabe o que eu posso fazer por você.

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Minhas outras fanfics:

Aceita uma bebida? (Concluída)
Quarto 36 (Concluída)
Atlantic (Em andamento)

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