Guerra e Dragão

By AmandaCunado

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🥉Colocado no Concurso Nove Caldas / Categoria Fantasia 🥉 Colocado no Concurso Nove Caldas / Categoria Espec... More

PREMIAÇÕES
01 A VERDADE
02 ESCOLHAS
03 A LENDA
04 DECEPÇÃO
05 GUERRA
06 TRAIÇÃO
07 REVELAÇÃO
08 CONVÊNIO
09 RECONQUISTA
10 ARREPENDIMENTO
11 AMOR
12 CIÚMES
13 ALIADOS
15 CURA
16 CHÁ
17 SURPRESA
18 AGONIA
19 EGOÍSMO
20 SANIDADE
21 REENCONTRO
FIM
BÔNUS
AVENTURA EM AÇÃO: PERSONAGEM
AVENTURA EM AÇÃO: Quem de nós?

14 TESOURO

77 21 122
By AmandaCunado

Antes de partir para a guerra ao sudoeste em Vermont. Abel retorna a capital de seu próprio reino. Sendo recebido calorosamente por seu povo e por seus criados no castelo onde cresceu. Por fim visita o túmulo de sua mãe e confidencia ali que encontrará o antidoto para seu avô e salvará seu pai.

Então Ian se aproxima

— Tem certeza que só precisa de uma semana alteza?

— Meu pai já esperou tempo de mais Ian... Se pudesse partiria agora mesmo, mas preciso que reúna todos os homens. Deixarei esses detalhes em suas mãos, pois tenho outro assunto urgente...

Vendo Abel se dirigir para a floresta, Ian teve a certeza de que era algo relacionado ao dragão.

— Não o vi desde o incidente com Sonia... Será que Abel o estava exilando, como fez com a princesa Eloisa? — Ian se perguntava.

Subindo a montanha Abel chegou à entrada da caverna de Merak, lembrava que era ali.

Na primeira vez ele estava carregando Volker nas costas quando a espada lhe dissera para entrar, mas agora olhando aquela parede de pedra ele pensava como foi que teve tanta fé naquele espirito da espada.

Erguendo a mão a frente ele atravessou a parede mágica e seguindo pela caverna. Logo segurou o cabo da espada agradecendo em seu coração a Merak por tê-lo ajudado até ali. Também pediu que o ajudasse a encontrar a cura para seu avô.

Nesse momento Abel chega ao salão de mármore com os lustres e as três portas. Parado na escadaria admirando aquela sala novamente e se lembrando da luta travada ali ele ouve uma das portas se abrir, a porta a direita.

Após entrar numa sala escura a porta se fecha e as luzes da sala acendem exibindo uma gigantesca biblioteca. Com diversas prateleiras de livros, poltronas e belos tapetes formando ilhas de leituras com artigos de decorações nunca vistos.

Nesse momento Abel percebe que o tesouro do dragão é muito mais do que ouro, prata e joias. Mas se trata de livros, conhecimentos, tecnologias, invenções, artes, quadros, arquitetura e todo o castelo é um grande tesouro.

Andando entre as prateleiras de livros um grupo especifico lhe chama a atenção. Pegando o quarto livro da fileira para ler ele se dá conta que aquele é um dos diários de Merak.

Ali ele relata como interferiu nas guerras dos humanos. Como lutou em outros reinos, disfarçado de humano, conquistando grandes tesouros até o momento em que a guerra chegou a suas terras e ele decidiu ajudar os humanos abertamente, fazendo o pacto com Zilsundra um amigo de muitas batalhas que ganhou sua confiança ao ponto de mostra-lhe seu tesouro.

Maravilhado com aquela história, Abel vai explorara o resto da biblioteca encontra invenções e máquinas até se deparar com uma escrivaninha cheia de papeis e livros.

Curioso ele se aproxima e vê o feitiço que Sonia lhe entregou. Estava ali escrito em um dos papeis o feitiço que mantinha seu avô enfermo.

— Como isso é possível? — sentando-se ali, analisa cuidadosamente e vê papeis de pesquisa decifrando o tipo de magia e como revertê-la.

Logo ao lado um livro. Ao folheá-lo perceber ser o diário de Volker.

Na ultima pagina escrita Volker descreve como as emoções de Abel se tornaram fortes, é como se ele mesmo amasse a princesa Sonia. Também o amor pelo rei de Dufour se tornou um desejo forte para salva-lo.

Logo ele teria a cura, mas não poderia se dedicar integralmente a pesquisa porque seu coração suspirava para ver Sonia todas as manhãs. Era um trabalho revoltante protege-la de longe.

 "Aquele tolo não percebe o perigo que ela corre lidando com aquela corte de humanos podres?".

Abel já está fervendo em ciúmes quando ao voltar algumas páginas vê a descrição da beleza de sua amada Sonia pelos olhos do dragão e como o coração de Volker dispara ao vê-la sorrir.

"muitas vezes preciso me afastar repetindo que esse amor em meu peito pertence a aquele humano e não a mim".

Nessa altura Abel já estava louco de ciúmes que nem mesmo escuta a porta da biblioteca abrindo. Volker aparece e descobre Abel na biblioteca.

— Maldito! Como entrou aqui? Aquela porta estava trancada!

Abel levanta os olhos fervendo de raiva e atira o diário em Volker.

— Nunca mais se aproxima de minha esposa criatura!

Tão furioso quanto Abel a forma humana responde:

— Não tenho o mínimo interesse em humanas seu tolo! Acha que perderia meu tempo vigiando-a? Esses maldito sentimento é seu, não meu.

— Então vamos desfazer esse juramento! Não quero dividir isso com você!

Nesse momento Volker desfaz sua face de raiva, com o olhar e com tom mais sincero que o príncipe já vira, ele diz:

— Se fizer isso não terei motivos para salvar seu avô, nem procurar por seu pai...

— Eu não esperava ouvir isso de você Volker... É como se estivesse realmente preocupado com meu avô e meu pai...

— Eu estou... Esses sentimentos me forçam a ajuda-lo. Ah! Saia de minha cadeira, preciso terminar meu trabalho...

Assim Abel se levantou e pela primeira vez viu aquela forma humana se comportar calmamente, sentando-se e folheando aquelas formulas mágicas.

O príncipe sorriu satisfeito com a visão ao que notou um pequeno sorriso que curvou levemente os lábios de Volker.

— Não acredito. Você esta feliz porque eu fiquei feliz?

O dragão nem tirou os olhos dos papeis para responder.

— Eu estaria mais feliz se voltasse a sua lua de mel.

Os olhos de Abel se esbugalharam de ira. Volker sentiu aquilo também e o olhou com raiva.

— Estou falando isso por que ela esta sentindo a sua falta... Todas as noites ela tem orado por sua proteção. Agora a pouco fez o mesmo... 

— Agora a pouco?

— Sim já escureceu... Há quanto tempo está aqui?

— Desde a manhã...

— Seu tolo! Não percebeu que nessa sala não há janelas? É fácil perder a noção de tempo aqui.

O dragão parecia realmente preocupado com o príncipe tanto que Abel sente-se tocado.

— Volker eu nunca lhe agradeci por estar me ajudando, se houver algo que eu possa fazer...

— Não diga bobagens! Apenas devolva a espada e me deixe em paz quando resgatarmos seu pai.

— Farei isso. Aqui pegue a espada. Quando voltarmos com meu pai não o incomodarei.

Volker recebe a espada que Abel deita sobre a mesa e parece bobo em tê-la tão facilmente. Olha nos olhos do príncipe que sorri. Ele não pode negar a sinceridade do ato, pois pode senti-lo como se fosse de si próprio.

Disfarçando sua gratidão ele desvia os olhos e fala em tom baixo.

— Já está tarde. Você deve está faminto. Venha...

Aquela é a cena mais inusitada que o príncipe presencia. Volker além de preocupado com o bem está dele o guia pelo castelo até a cozinha e sim aquela forma humana sabe cozinhar. Abel esperava encontrar algo como carne crua, mas recebe um belo bife grelhado com legumes refogados na manteiga.

Servido em pratos e talheres com detalhes em ouro, em uma mesa e cadeiras ricamente entalhadas.

Apreciando aquele jantar ele percebe um enorme quadro na parede coberto por um lençol.

— O que há ali?

— Nada.

Mas curioso Abel puxa o pano descobrindo uma belíssima pintura da família de Volker.

Sua mãe a princesa, Merak na forma humana com Volker bebê em seus braços, ao lado o irmão dela e príncipe herdeiro, o pai dela e rei. Abel se lembrava daqueles rostos das pinturas entre seus antepassados.

— Eles fazem parte da minha linhagem... Então isso faz de você...

O dragão deixou seus ombros caírem demonstrando desanimo, mas começou a falar como se seu coração precisasse desabafar.

— Eu fui feliz nessa época... Mas algumas gerações depois desse rei, quando minha própria mãe faleceu e eu ainda era uma criança. Por que dragões envelhecem lentamente... Mesmo sendo um meio dragão eu já possuo alguns séculos... O fato é que esse novos reis de Meradomum se tornaram gananciosos e violentos. Torturaram meu pai. Dia a pós dia... Como eu desejei mata-los... Mas Merak os protegiam e ainda desejava que eu me aliasse a eles, aquele velho tolo.

— Foi por isso que passou a odiar humanos?

— Exatamente...

— Sinto muito, se depender de mim isso nunca acontecerá com você meu tio.

Quando Abel terminou a frase, Volker arregalou os olhos. O príncipe sabia o efeito que tinha causado, ele falou sério, mas agora com o olhar enojado do dragão parecia mais com uma brincadeira inapropriada.

A forma humana levantou irritada e recolheu os pratos.

— Agora que comeu vá embora! 

Abel percebeu que ele estava mais tolerante e pensou que antes ele o arrastaria para fora a pontapés.

— O dragão é meu tio... Imagino o que Sonia dirá quando souber disso... — pensava Abel olhando com amor para Volker antes de sair pela porta.

Mas vendo aquele corredor, ele simplesmente não pode ir embora e decide continua explorando o castelo.

Passando por corredores suntuosos, reencontra a sala em que esteve quando desmaiou e finalmente enxerga a noite pela janela que antes o dragão saltara com ele.

Mais à frente ele encontrar o que parece ser o quarto de Volker. O chão esta todo banhado a ouro, as paredes e pilastras em mármore. O teto é tão alto e a sala tão ampla que quatro dragões verdadeiros podiam dormir ali. Toda a sala estava coberta com moedas e joias, formando colinas reluzentes.

Mas no centro da sala entre aquelas colinas uma cama com cortinas de tecidos finíssimos. Abel se aproxima e sentido o conforto acaba caindo no sono.

~ ~ ~

Na manhã seguinte ele acorda em seu próprio quarto no castelo. A janela está aberta e ele pode ver a montanha. Então imagina que Volker, seu tio dragão, o carregou até ali.

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