Obra do Amor - Série Obras Li...

由 autorakety

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+18| Slow burn| Haters to lovers| Second chance| Aproximação forçada VINÍCIUS nunca escondeu a sua paixão pel... 更多

Notas da Autora
Personagens
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Cena Bônus
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo 15

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由 autorakety

Eu não quis dizer aquilo, mas ela me irritou pra caralho.

Juliana fica mantendo sua pose de mulher indiferente, como se ela fosse a única com o direito de estar magoada, ferida. Caramba, eu também sofri! Foram os piores seis anos da minha vida.

Então, que se foda se ela está brava comigo para valer, que se foda se ela me odeia um pouco mais.

Não, na verdade, só estou deixando a raiva falar mais alto. Eu espero não ter jogado todas as minhas chances fora, já existe uma barreira muito grande entre nós dois, se minhas palavras contribuíram para isso vou me culpar.

Passei a mão pelos fios grossos do meu cabelo, tentando respirar com calma e tranquilizar a sensação de medo que comecei a sentir. Batuquei os dedos no volante, olhando para os outros carros, deixando meus olhos vagarem um pouco.

— Está tudo bem, Bini? — Tatiane perguntou preocupada, roubando a minha atenção para si.

Engoli o bolo doloroso em minha garganta, junto da vontade irritante de chorar, e forcei um pequeno sorriso para ela, movendo a cabeça afirmativamente.

— Só estou distraído — expliquei, mentindo com grande êxito.

Talvez o meu maior dom atualmente seja este: a mentira. Estou tão acostumado a interpretar o papel do cara feliz e de bem com a vida, que sempre sorri e anima todos, usando piadas bobas e ego dramático.

Mas, agora, eu sinto isso como um fardo, pois não sei como poderia dizer a minha irmãzinha que estou na lama por ter dito que odeio a mulher que, claramente, eu amo com tudo em mim.

Tatiane entenderia, sei disso, o problema, entretanto, é que não sei desabafar mais. Perdi o costume anos atrás, e agora parece a tarefa mais impossível do mundo. Acho que vou precisar da Dra. Gabe, ela vai saber me ajudar.

— Vini — continuou cautelosa, adotando um tom calmo e atencioso. —, sabe que pode me dizer qualquer coisa, não é? — Assenti, oferecendo-lhe um pequeno sorriso. — Então me diz o que aconteceu. Eu sei que está mentindo, você não age assim, todo distraído, e já faz dois dias.

O ruim de se ter uma irmã tão esperta e observadora é isso. Tati me conhece melhor do que ninguém. A pequena confidente sabe identificar os sinais mínimos que exponho. E são mínimos mesmo, eu sei adotar a máscara do fingimento muito bem.

Sem outra escolha, porque a conhecendo, sei que não me deixará outra opção, chupei uma nova respiração e a encarei, soltando o ar espesso de uma vez antes de contar de forma resumida:

— Acho que estraguei as coisas.

Minha irmã juntou as sobrancelhas, tentando assimilar as palavras ditas, enquanto analisava o meu rosto com atenção redobrada.

— Explique melhor — pediu.

Um suspiro pesado me escapou. Deixei minhas írises se voltarem para o trânsito e pensei na melhor maneira de explicar, sem parecer um idiota por ficar arranjando brigas infantis, quando em breve farei vinte e seis anos.

— Falei para a Juliana que a odeio, e agora estou com peso na consciência.

— Mas você não a odeia. Por que disse isso?!

Diante de seu espanto — e ela estava certa em estar —, eu balancei a cabeça em negativa e mordi o lábio inferior, precisando conter a vontade de gritar, de explodir toda a raiva que acumulei. No entanto, eu não fiz isso, apenas cocei a testa e prossegui:

— Deixei minha raiva falar mais alto.

Por Juliana achar que tem todo o direito de receber perdão enquanto crucifica a minha alma sem nem ao menos ouvir a minha versão da história. Sem me dar o direito da dúvida. Foi por esta razão que cupi as palavras sobre ela.

A esquentadinha se coloca em um pedestal inalcançável, e Tatiane ainda acha que eu sou egocêntrico. Aquela mulher me supera em níveis astronômicos, garanto.

— Vocês andam se estranhando, é isso? — questionou achando graça, havia um sorriso divertido passeando em sua boca.

Revirei os olhos, sentindo-me atacado, apesar de ela ter razão em seu questionamento, pois é exatamente isto o que vem ocorrendo. Não de uma forma boa, no entanto.

Todas as nossas farpas terminam com um clima tenso pairando no ar, é algo que detesto de verdade. Mas com a princesa arisca vai ser assim. Pelo menos até ela me ouvir e abaixar a guarda.

— Digamos que é. — Dei de ombros, um pouco envergonhado.

A pirralha ao meu lado começou a rir, se divertindo, e muito, com a situação. E isso que nem contei em grandes detalhes.

— Certo — ela conseguiu se recompor. — E o que pretende fazer agora?

Movi meus ombros para cima, em um sinal claro de: não sei. Eu poderia comprar mais presentes, contudo, acredito que a atitude passaria uma ideia errada de que qualquer idiotice que eu faça deva ser perdoada com um presente. E não quero isso.

Juliana precisa me perdoar genuinamente, percebendo que, de fato, estou mudado e pronto para tê-la. Senão, de nada valerá os meus esforços. Posso até ser convencido, porém entendo a seriedade das situações, e neste caso, devo ser a minha versão madura e evoluída.

— Acho que vou dizer a verdade, talvez isso ajude.

— Ou você pode usar o que aconteceu para se declarar — sugeriu, fazendo-me enrugar a testa, sem entender muito bem. Portanto, ela bufou e completou: — Dizer algo do tipo: eu quis dizer que odeio te amar. Não sei, alguma coisa nesse sentido. Você tem criatividade, vai pensar em algo.

Foi a minha vez de rir com suas palavras, achando fofo sua tentativa de me ajudar a ter a princesa arisca. Ela pode ter ficado com raiva da minha esquentada, mas hoje em dia é a maior apoiadora, depois de Camilla é claro. Minha melhor amiga nunca desistiu de nós dois. Ela é uma fofa.

Uma fofa que está noiva de um imbecil, vai entender. No entanto, prometo revelar tudo a ela este final de semana, assim a garota saberá o que Vitor tem feito. É o direito dela.

— Parece algo brega e convencional demais — opinei, vendo-a revirar os olhos escuros.

— Foi só uma ideia, seu chato.

— Eu sei, pirralha. Só não acho a mais adequada para a minha situação. Juliana com certeza riria da minha cara se eu dissesse algo assim.

Tatiane bufou novamente, fazendo um biquinho muito engraçado. A pobrezinha tinha boas intenções, sei disso.

— Por que não pensamos em soluções para o seu problema? sábado está próximo, pirralha.

As bochechas da minha irmã esquentaram com a menção de sua friendzone. Ela poderia mudar tudo se tivesse coragem de confessar o que sente, mas algo comum em nossa família é complicar coisas simples.

Vejam só eu, poderia muito bem não ter falado besteira, e agora vou lidar com uma princesa pronta para atacar. De certa forma isso vai ser bem divertido, gosto de brincar de morde e assopra com ela.

— Não estamos falando sobre mim. Se concentre no seu problema, Bini.

Cortando o assunto, sem um pingo de consideração por mim — para verem o quanto sofro tendo uma irmã insensível —, eu segui dirigindo até a sede da Shine. Tatiane se despediu depositando um beijo em minha bochecha e desejando um bom dia no trabalho. Ela também é fofa.

Trinta minutos depois, estacionei o meu carro na minha vaga e entrei na fábrica, sentindo o coração disparar no peito. Só a verei depois do almoço, porém já estou ansioso para encontrá-la.

Como a advogada fez uma pequena confusão, Dante veio ontem, que seria o dia dela, então Juliana virá hoje, no dia dele. Não que eu me importe de qualquer forma, gosto quando ela vem de tarde, assim passamos bastante tempo juntos.

Quando cheguei em minha sala, Ana estava a minha espera. O mesmo sorriso amplo em sua boca, que me deixa um pouco constrangido não nego. Mas para ser cordial, ofereci um cumprimento educado e um sorriso contido.

E para minha surpresa, assim que passei pela porta, deparei-me com Dante sentado confortavelmente a minha espera. Um vinco surgiu entre as minhas sobrancelhas enquanto me aproximava.

— Trocou com a Ju de novo? — inquiri chateado.

Estava na expectativa para ver a minha princesa...

Ele se virou para mim, abrindo um sorriso satisfeito, então entrelaçou os dedos e se ajeitou melhor na cadeira, ficando ainda mais confortável.

— Para a sua felicidade, não — contou, mantendo o sorriso triunfante na boca. — Só vim preparar o terreno, para dizer que ela está um pouco puta da vida.

O meu cenho se franziu um pouco mais, uma confusão crescente se apossando de mim.

O que ele quer dizer com isso? Aconteceu alguma coisa séria?

— Por quê?

— O tal Gustavo, por quem a bobinha me trocou, aparentemente cancelou com ela outra vez.

Revirei os olhos com a menção de seu lance rápido com minha garota e respirei fundo, sabendo que teria um trabalho complicado se quisesse me redimir.

A sorte sempre a meu favor...

— Você sempre vai lançar frases assim? — acusei enciumado, e Dante riu alto, pois sabia que tinha me atingido.

Ele só tem a cara de bonzinho. Desde que dei corda para esta amizade, o advogado tem se mostrado muito engraçadinho. Não gosto disso, ameaça meu posto de comediante.

— É verdade, ela me trocou.

— Eu acho ótimo que ela tenha te trocado — desdenhei, olhando-o com deboche. — Já pensou eu, uma obra de arte, tendo de competir com reles mortais como você?

Dante caiu na gargalhada novamente, se contorcendo de rir.

— Pode não ser comigo, mas ainda tem o resto mortal no seu caminho.

Embora meu novo amigo tivesse razão, e este pequeno fato tenha me incomodado, foi impossível conter a risada com o seu trocadilho. Acho que por isso nos damos tão bem, somos dois bestas que fazem piada com tudo.

Mas ele faz para me irritar, na verdade, e detesto isso, mereço ser elogiado. Sou um lorde. E sim, este é meu lado egocêntrico, me julguem se necessário.

💥💫

Depois do meu horário de almoço voltei para fábrica, sentindo-me nervoso, admito.

Lidar como uma Juliana brava não é algo que eu queira, no entanto, somos dois profissionais, precisamos fazer isso. O grande problema, entretanto, é que ela já me odeia e, agora, atrelado a este sentimento, está a raiva do bostinha que não vai assumi-la.

Era tudo o que eu poderia querer...

Subi apressado para a minha sala, querendo me preparar um pouco mais para a chegada dela. Eu tomei uma dose de whisky, tirei o paletó e ajeitei as mangas da camisa social, precisando me sentir relaxado e a vontade.

Quando me sentei em minha cadeira, ligando o computador para continuar com as tarefas do dia, a advogada chegou, andando confiante sobre um salto preto que a deixava extremamente sensual.

A saia lápis desenhava suas curvas tão bem, que me vi hipnotizado a observando como um pubescente. Mas o que posso fazer, a mulher ganhou curvas sexys em todos os lugares certos. Não posso evitar que meus olhos desfrutem da vista.

Para a minha surpresa, porém, Juliana estava nervosa, já que mastigava a carne cheia de seu lábio inferior, mexendo a perna em um tique que descobri recentemente que ela tem.

Por que será que minha princesa está assim? Eu não fiz ou falei nada que a pudesse deixar tensa deste jeito.

— Boa tarde, Dra. Juliana — desejei empolgado, na intenção de dissipar a tensão emanando de seu corpo escultural e tentador.

— Oi — disse apenas, em um tom casual e meigo, se aproximando para se sentar do meu lado. — Tudo bem?

Não foi por mal, eu juro, no entanto, a encarei completamente confuso, franzindo o cenho de forma assustada e desacreditada.

Ela está mesmo sendo casual comigo? Isso não é um sonho estranho da minha mente?

— Você está bem?! — perguntei, preocupação escorrendo em meu tom, aproximando-me para tocar a testa dela, em busca de um sinal de febre alta, ou qualquer outra coisa.

E obviamente não encontrei nada, a temperatura da mulher estava normal, na verdade, ela parecia um pouco gelada.

— Estou — respondeu, abrindo um sorriso amplo para mim.

Sim, ela sorriu de verdade para mim!

Eu preciso acordar agora mesmo, não é possível que algo assim realmente esteja acontecendo.

— Tem certeza? — continuei cauteloso. — Não está sentindo nada de diferente? Uma dor de cabeça, sono, fome... não sei, qualquer coisa?

Juliana começou a rir. Uma risada tão gostosa e doce que um suspiro afetado escapou da minha boca. Me vi a encarando hipnotizado enquanto a mulher ria e ria, os olhos comprimidos e a boca vermelha bem esticada.

Eu queria fazer parte disso, poder gargalhar também, mas só parei e fiquei olhando o rosto tão lindo e delicado que se apossou da minha mente sem pedir permissão.

E apesar de apreciar, me senti estranho, a vendo relaxada e confortável perto de mim. Estava habituado a pensar em frases provocativas para arrancar a presunção de seu rosto, e até que gosto disso.

— Me desculpa, fiquei um pouco empolgada — explicou, respirando fundo enquanto se recompunha.

Permaneci estático, em busca de respostas plausíveis para a atitude estranha da mulher. Primeiro, Dante vem aqui e diz que ela está puta da vida, então, de repente, Juliana aparece tendo um comportamento de nervosismo, fala comigo de forma casual e ri?

Não só um pouco, por vários minutos!

Ou isso é uma realidade paralela, ou algo muito sério aconteceu em algumas horas.

— Não precisa se desculpar. — Toquei a mão dela, abrindo um pequeno sorriso. — Só me explica o que é isso tudo, por favor.

— Estou tentando ser legal. — Deu de ombros. — Isso te incomoda também, ursinho?

Ah, aí está ela de verdade.

A Juliana debochada voltou e ainda usando o meu apelido. Disto sim eu gosto. Um sorriso presunçoso se espalhou em minha boca, antes de eu inclinar o meu corpo para frente e aproximar nossos rostos o máximo possível. Bem pertinho mesmo, podia até sentir a respiração da esquentadinha acelerando, falhando.

Ah, princesa, você finge tão mal...

— É claro que incomoda. Você não age todo fofa e cheia de risadas.

— E como eu ajo? Chata e pronta para lançar verdades na sua cara? — sua voz soou rude. — Eu ajo de forma idiota? Com brincadeiras e palavras infantis para que você me odeie? É assim?

Eu sabia, caralho, eu sabia.

Ela está erguendo o pedestal outra vez. Se colocando na posição de vítima indefesa, sem ao menos olhar para os outros a sua volta. O que só pode significar que o jogo ainda está de pé. E como sou um ótimo jogador, é hora de vencer mais uma partida.

— O que, princesa, é errado as pessoas te odiarem? — devolvi desdenhoso, usando meu tom mais aveludado. — Acha que só você tem este direito?

As írises escuras brilharam, enchendo-se de água, e por um momento, até pensei em retirar as minhas palavras, mas a mulher precisa entender que o mundo não gira ao redor dela.

Nos encaramos por vários minutos, até que uma lágrima rolou de seu olho e ela comprimiu os lábios, evitando um soluço. E não satisfeita por fazer o meu coração apertar no peito, a minha garota olhou em meus orbes, parecendo tão ferida que tive vontade de abraçá-la. Mas conheço Juliana, ela não deixaria.

Uma dor palpável brilhava ali, implorando para ser acolhida, e em meio as lágrimas escorrendo a princesa arisca disse:

— É errado você me odiar, Vinícius! — em um tom tão acusatório que me teve estático.

Suas palavras se repetiram por vezes, e enfim entendi o que a mulher queria com aquilo. Meus batimentos se aceleraram e juntando forças extras, toquei o queixo dela, prendendo seu olhar ao meu.

— Mas eu não te odeio, princesa — confessei em um sussurro, então tomei coragem e fiz algo que não deveria.

Eu colei as nossas bocas, sentindo a maciez de seus lábios saborosos.

Os meus lábios saborosos!

____

Eita 🔥🔥🔥🔥

Olhas as coisas mudando 😏🤭🤭

Quanto tempo até eles se pegarem? Façam suas apostas.

Não esqueçam de VOTAR e COMENTAR. Isso me ajuda muito!!!

Instagram: @autorakety (vem me seguir, baby)

*Esta não é a versão final, ainda vai melhorar*
*Livro não revisado*

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