PERDIÇÃO

By Raay_Fernandes

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• É necessário ler o livro SEDUÇÃO (concluído) para que entendam a história desse! Do que adianta uma vida p... More

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CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38
CAPÍTULO 39
CAPÍTULO 40
CAPÍTULO 41
CAPÍTULO 42
CAPÍTULO 43
CAPITULO 44
CAPÍTULO 45
CAPÍTULO 47
CAPÍTULO 48
CAPÍTULO 49
CAPÍTULO 50
CAPÍTULO 51
CAPÍTULO 52 - PENÚLTIMO CAPÍTULO
CAPÍTULO 53 - ÚLTIMO CAPÍTULO
CAPÍTULO 54 - BÔNUS
REDENÇÃO

CAPÍTULO 46

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By Raay_Fernandes

|| ALICE ALBUQUERQUE LIMA ||

   Depois de colocar Cecília pra dormir, tomo um banho longo. Assim que saio do quarto vejo Henrique deitado na cama, usando apenas uma cueca box preta. Passo fingindo que não o estou vendo e vou até o closet, e paro para analisar minhas lingeries. Sinto um frio na barriga involuntário, desde que nós reencontramos, Henrique e eu ainda não transamos, o que é muito fofo da parte dele, porque se bem o conheço, ele está enlouquecendo. Mas deixou qualquer vontade de lado para que eu podesse ficar com a minha família antes de qualquer coisa.

  Escolho uma lingerie preta e saio do quarto usando apenas as duas peças e com a toalha na cabeça. No caminho para o banheiro posso perceber seus olhos sob meu corpo. No banheiro, penteio meu cabelo e depois saio. Me deito ao seu lado, fazendo questão de ficar de bruços. E depois de longos dez minutos nessa mesma posição, ele simplesmente se levantou e foi até a sacada do nosso quarto.

  Me sinto um pouco culpada, parece que tem algo o incomodando, e eu aqui só pensando em sexo.
  Coloco meu roupão branco e vou até a varanda, onde ele está sentado.

— Se você não tivesse recuperado a memória, vocês dois estariam juntos agora. - Ele falou baixinho, como se não quisesse ouvir.

— Isso não é verdade. - Me abaixei na sua frente, o fazendo olhar nos meus olhos. - O que eu preciso fazer pra você entender que o Zack é meu amigo? Só isso.

  Ele olhou no fundo dos meus olhos e segurou o meu pescoço com uma das mãos, se levantando, e me fazendo ficar em pé também.

— Você é minha. Ouviu?

— Sua.

  No meio de um beijo cheio de saudade, Henrique me suspendeu em seus braços e me levou até nossa cama, onde me deitou, sem parar de me beijar.

— Que linda. - Ele falou olhando minha calcinha, e logo em seguida a rasgou como se fosse um pedaço de papel.

— Henrique!

— Cala a boca! - Segurou meu rosto. - Hoje você só obedece.

Quando me dei conta, ele já está com a cabeça mergulhada entre minhas pernas. Sinto sua língua me levar a loucura, explorando cada canto da minha boceta, enquanto aperta meus seios. Ele só para quando viu que meu levou ao ápice. Henrique me vira bruscamente de costas pra ele, e sem aviso prévio, o sinto dentro de mim, enquanto enrola meu cabelo em uma das mãos e afunda meu rosto no lençol branco.

— Você é minha, caralho. - Falou com os dentes cerrados.

E quando pensei que já não iria mais aguentar, sinto seu corpo pesado por cima do meu e ele dá um beijo na parte de trás da minha cabeça.

   Na manhã seguinte, passamos na casa dos meus pais e eu deixo Cecília com a minha mãe, antes de ir para o aeroporto com Zack e Henrique. Ela ainda é muito pequena e já andou por aí mais do que deveria, e além disso, logo logo estarei lá com ela.

   O vôo do Zack sai em aproximadamente quarenta minutos, Henrique ficou no carro porque precisava fazer uma ligação, e eu reparei dos dois seguranças que estão nos seguindo desde que saímos de casa. Um parado na porta do banheiro feminino, e outro próximo a entrada. Está acontecendo alguma coisa, e Henrique vai ter que me falar o que é.

— Sabe que não vai se livrar de mim tão fácil não é? - Zack falou sorrindo gentilmente.

— E quem disse que eu quero me livrar de você?

— Sério Alice, só te peço que tome cuidado. Eu não preciso ser um gênio pra saber que tem coisas acontecendo na sua família, se é que você me entende.

— Eu vou tomar cuidado. E você venha nos visitar! Sua afilhada precisa crescer ouvindo as suas piadas ruins. - Nós dois rimos.

Ouvimos uma voz chamar o vôo dele, nos levantamos e fomos até o portão de embarque juntos. Sinto meus olhos se encherem de lágrimas.

— Eu quero te contar uma coisa antes de ir, mas, não queria que pensasse que eu tô mal intencionado, ou algo do tipo... Mas se fosse ao contrário eu sei que você iria me contar.

— Fala logo Zack!

— Ouvi o Henrique e a Cinthya falando sobre algo, estranho... Quer saber, eu acho que entendi errado. - Ele ficou nervoso e tentou fugir do assunto.

— Me conta logo o que você ouviu! - Falei um pouco alto.

— A Cinthya tava falando sobre eles dois terem quase transado quando todos ainda achavam que você estava morta. Mas que estão arrependidos e o Henrique disse que ia te contar.

  Senti meus olhos se encherem de lágrimas, mas a tristeza logo se transformou em raiva. Como ele pôde? E o pior, como pôde sentir ciúmes do Zack, tendo feito isso comigo?

— Me desculpe Alice. Eu precisava te contar. Mas, não faça nada precipitado, converse com ele. Pessoas cometem erros, e ele pode ter errado, mas é evidente que vocês se amam. - Ouvimos a última chamada do vôo dele.

— Muito obrigada Zack. Por tudo! Você vai ser pra sempre o meu super herói. - Lhe dei um longo abraço.

  Esperei que Zack passasse pelos portões para respirar fundo antes de encontrar Henrique do lado e fora. Me sento em uma das cadeiras do aeroporto pra tomar um pouco de ar. Sinto meu peito doer e minhas mãos soarem frio.
   Eu sei, toda essa situação aconteceu enquanto eles pensavam que eu estava morta. Mas, a Cinthya é minha prima... E acho que isso nem é o pior, a questão é quando ele iria me contar? Sinto meus olhos se encherem de lágrimas...

— O que está fazendo aqui sentada? - Henrique surgiu na minha frente. Com um sorriso no rosto enquanto me olha.

Me levanto, o encaro por alguns segundos e lhe dou as costas. Saio do aeroporto pisando firme enquanto o ouço me chamar. Paro na calçada e chamo por um táxi.

— Alice!? - Ele parou na minha frente. - Amor, o que aconteceu? - Segurou na minha cintura, tentando me puxar para si.

— Não encosta em mim!

— O que foi?

  Um taxista parou com o carro na nossa frente, mas quando estava prestes a entrar, Henrique mandou o pobre senhor embora.

— Vamos para o carro. - Falou firme.

— Me deixa em paz.

— Se você não for, eu vou carregar você. - O olhei arqueando as sobrancelhas.

— Você não seria capaz.

— Ah, não?

No segundo seguinte, Henrique me suspendeu por cima de seu ombro e me carregou pelo estacionamento enquanto todas as pessoas nos olham. Sinto meu rosto queimar de vergonha. Idiota, idiota, idiota!

   Ele abre a porta do carro e me joga no banco do passageiro como um saco de batatas. É claro, se certificando de trancar a porta antes de dar a volta de tomar o lugar do motorista.

   Henrique dirige por alguns minutos em silêncio, e depois que saímos do estacionamento, ele começa a falar.

— Alice, por favor. Pode me falar o que aconteceu?

— Vai a merda com a sua educação! - Gritei. - Você transou com a Cinthya? - O olhei, e ele continuou com os olhos na estrada.

— Quem falou isso pra você? - Percebi seu corpo ficar rígido e suas mãos apertarem forte o volante.

— Responde!

— Não! Eu não transei com ela. Nós quase nós beijamos. - Ele deu ênfase na palavra "Quase".

— Como quase se beija uma pessoa?

— Assim que eu cheguei na Suíça, nós nos encontramos em um bar por acaso! Ela ficou bêbada demais pra voltar para o hotel sozinha, e eu bêbado demais pra levar ela. Fomos para o meu apartamento, bebemos mais um pouco e... - Ele coçou a cabeça, nervoso. - Ela acidentalmente caiu no meu colo e nós quase nos beijamos. Mas nada aconteceu!

— Por isso ela tava tão estranha... - Senti meus olhos lacrimejando.

— Eu ia te contar, mas...

— Mas vocês se sentiram culpados. - Ele me olhou, sem expressão. - Se sentiram culpados porque sentiram atração um pelo outro. Por isso nenhum dos dois teve coragem de me falar.

  Abaixei a cabeça e apoiei nas minhas mãos. Não acredito que isso tá acontecendo...

— Era pra ter sido a Cinthya... - Sussurrei, mas ele ouviu.

— O que!?

— Quando nós nos conhecemos na boate, quando você foi nos conhecer a mando do Pedro. Porque você foi até a Cinthya? Porque não veio diretamente falar comigo? - O olhei, enquanto ele alterna seu olhar entre a estrada e eu.

— Alice, para com isso...

— Responde! - Falei mais alto.

— Porque eu achei que ela fosse a filha do Renan. - Senti o ar faltar nos meus pulmões.

— Se a Cinthya não tivesse ficado bêbada naquele dia, e eu não tivesse chego. Você não ia perceber que tava falando com a pessoa errada.

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