𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨𝐬 | 𝙱...

By aPandora02

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Conseguir um emprego como faxineira no maior centro executivo de direção da S.H.I.E.L.D. foi a luz no fim do... More

❗Importante❗
~ Personagens ~
1 - Alpine
2 - Socializar
3 - Traidor Entre Nós
4 - Invasão
5 - Socorro
6 - Confia Em Mim?
7 - Rodovia (Parte 1)
8 - Rodovia (Parte 2)
9 - Companheiro Caído
10 - Lado Errado
11 - Eu Sou Daiana...
(Parte 2) 1 - O Pacto
2 - Passado E Futuro
3 - Suspeitos
4 - O que aconteceu?
5 - Sujeito Mascarado
6 - Sacrifícios
7 - Dallas
8 - Visita Ao Pesadelo
9 - Ruínas De Um Homem
10 - Viva Por Mim
(Parte 3) 1 - O Que Acontece Depois
2 - Seguir Ou Não Seguir?
3 - Em Frente
4 - O Que Você Omite?
5 - O Passado Sempre Volta
6 - Bons Amigos
7 - Um Novo Capitão América
8 - Digno
9 - Um Símbolo Ou Um Objeto?
10 - Um Quase
11 - Super-Soldados
12 - Convite
13 - Jantar
14 - Ameaça
15 - Ordens
16 - Zemo
18 - Princess Bar
19 - Respira, Expira
20 - Brownie
21 - Certo ou Errado?
22 - Abra Os Olhos
23 - Dog Tag
24 - Crianças
25 - Pessoas Confusas
26 - Ponto Fraco
27 - Não
28 - Sem Fôlego
29 - Medo
30 - Silêncio
31 - Dor
32 - Liberdade
33 - Planos

17 - Madripoor

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By aPandora02

"Porque todas as pequenas coisas que você faz

São o que me lembram por que me apaixonei por você

E quando estamos separados e eu sinto sua falta

Eu fecho meus olhos e tudo que vejo é você

E as pequenas coisas que você faz"

(New West - Those Eyes)

Daiana sabia muito pouco sobre Zemo. A princípio estranhou que ele tivesse uma vasta garagem repleta de carros antigos preservados e muito bonitos que certamente valiam uma grande fortuna, mas assim que percebeu que se dirigiam até um jatinho particular onde na escada esperava-os um senhor de terno elegante e luvas grossas brancas, como há muito tempo não via semelhante, Zemo até mesmo achou engraçado a sua expressão de surpresa. Não resistiu em perguntar se ele por acaso vendia drogas ilícitas ou algo do tipo, o que lhe arrancou uma sincera gargalhada antes de lhe contar que era um Barão.

Sim, um barão e ela estava bem ao lado dele. Um barão que ela socara a cara até sangrar, que ameaçara de morte e um criminoso, acrescentou mentalmente um tanto espantada. Diferente de sua situação atual, ele possuía mais influência antes de seu país ser abruptamente destruído e o motivado a fazer o que fez.

Acomodada na poltrona de couro de cor creme bastante confortável, mas que vez ou outra fazia sons irritantes quando se mexia em atrito com sua roupa, a mulher calada observava as nuvens através da pequena janela. Quando o jatinho decolou, agarrou-se fortemente à poltrona e fechou os olhos tentando desviar os pensamentos para outro local. Afinal, ainda tinha problemas com altura, o que não melhorou nada desde a vez que Steve a agarrou e a forçou a saltar do elevador de Triskelion, muitos andares acima.

Ainda se sentia incomodada de estar na presença do homem sentado em sua frente no espaço pequeno, o que o deixava mais próximo do que ela gostaria, mas também a incomodava vê-lo tão confortável e recebendo champagne quando há poucas horas estava atrás de uma parede de vidro blindado. Ironicamente, sua mente estava tal qual seu corpo físico: nas nuvens. Pensava bastante sobre Alpine. Estava bem? Estava confortável? Pensava nela também? Se ressentia por tê-la deixado? Eram perguntas que lhe apertavam o peito de uma forma dolorosa e a fazia constantemente repensar suas atitudes.

Mas também pensava em John vez ou outra. Com a certeza de que naquela altura ele certamente já teria retornado para casa em algum momento, e não querendo que ele a ligasse e a importunasse outra vez, teve a atitude de manter o celular no modo vibratório para deixá-lo às cegas. Poderia desligar ou manter totalmente no silencioso, mas temia que se Melinda tentasse ligar com uma notícia urgente, acabasse não percebendo. Estava magoada, apesar de temerosa sobre qual seria a reação do marido quando tornassem a se encontrar. Afinal, não poderia fugir dele para sempre.

— Está tão pensativa hoje, querida — a voz de Zemo, dirigida a ela, lhe tirou do devaneio. — Posso saber o que se passa nessa sua cabecinha perturbada? — Bebericou do liquido transparente na taça.

Daiana sorriu de maneira debochada.

— Tramando estratégias para me manter distante de você o tanto possível pelo bem da minha sanidade mental.

Ele retribuiu o seu sorriso de maneira divertida.

— Por falar nisso — olhou ao redor, buscando por algo especialmente ao redor dela. — Reparei que não trouxe seu cabo de vassoura com você. O que me faz deduzir que ou o aposentou, ou o substituiu por aquela coisa que você trouxe.

— Por que? — semicerrou os olhos. — Está querendo levar umas vassouradas? — Entrou na brincadeira inclinando a cabeça para o lado.

— Só curiosidade — riu fraco antes de bebericar mais um pouco do liquido. — E então? — Insistiu numa resposta e a mulher suspirou ajeitando-se na poltrona.

— É este aqui — rendeu-se num suspiro, esticando a mão para o vão que havia entre a poltrona e a parede do jatinho.

De lá, retirou o cabo de vassoura modificado e bem diferente do que Zemo se lembrava. Entretanto, as marcas de sangue seco lhe asseguravam que impressionantemente ainda era o mesmo daquela época. Ainda assim, perguntou:

— Manteve-se ocupada? — Apontou para as marcas vermelhas, insinuando que ela devia manter algum serviço de agente secreta nas horas vagas.

— Eu só não faço mais isso — desviou o olhar para o canto, devolvendo o cabo para o lugar que estava antes.

— E o que está fazendo aqui? — Mediu-a de cima a baixo.

Briguei com meu marido e por isso contrariei sua ordem e fui parar em outro país com uma dupla de amigos meus que ele não gosta para tirar um criminoso mundial de uma cadeia de vigilância máxima só porque estou chateada com ele. Ela não poderia responder isso, com certeza. Então rapidamente lhe deu uma resposta um pouco mais honrosa que apesar de não ter sido a sua causa inicial, era agora:

— Eu não quero machucar mais ninguém — estava sendo sincera, voltando a olhar nos olhos castanhos dele que a analisavam com bastante interesse de uma forma que a deixava desconfortável, quase como se pudesse daquela forma ler a sua alma e constatar se mentia ou não. — Mas há pessoas sendo feridas e prejudicadas por esse grupo — referiu-se aos Apátridas. — Não pretendo enfrentar nada de frente de forma violenta, e por mim eu estaria em casa deitada no meu sofá e cuidando da minha filha, mas eu não posso. Não consigo. Porque mesmo que eu não queira ferir ninguém diretamente, se eu ficar parada podendo fazer algo, por menor que seja, para ajudar... — suspirou jogando-se para trás no estofado — vou estar prejudicando alguém de qualquer forma.

Sua resposta pareceu surpreender aos três que mantiveram-se calados durante todo o momento, ouvindo-a e a observando. Havia cansaço estampado em seu rosto, havia resquícios de dor, arrependimento, medo... mas também havia determinação. E alí estava a mulher por quem Barnes se apaixonara há décadas atrás. De não apenas coração, mas uma alma boa.

Humana.

Daiana sentia medo como qualquer um. Sentia dor, remorso e arrependimento. Ela não nasceu para a guerra. Não como ele, e talvez essa tenha sido apenas uma das razões pelas quais se atraíram tanto um para o outro. Ela era a calmaria que faltava para a alma perturbada dele.

Ela tinha medo de cometer os mesmos erros do passado, e ele também temia que ela voltasse a sujar as delicadas mãos com sangue, mesmo que não fosse inocente, porque sabia o quanto isso a destruiria se se repetisse. Mas ainda assim estava alí agora, com eles, porque havia uma possível ameaça maior lá fora que pedia que ela se envolvesse ao menos um pouco e indo contra toda a paz que lutara para conquistar nos últimos anos, antes de Barnes voltar para a sua vida, outra vez estava priorizando aos outros.

Barnes não sabia se sentia orgulho ou raiva porque não queria vê-la em perigo novamente. Mas mesmo que ela decidisse priorizar a própria paz e não se envolver com absolutamente nada daquele problema, ou simplesmente se jogasse de cabeça naquela bagunça, sendo ambas as atitudes completamente opostas, ele não poderia culpa-la ou repreende-la por nenhuma delas.

— É... — outra vez o barão, daquela forma irritante, a olhou de cima a baixo com lentidão. — Parece que você não mudou muito desde a última vez que nos encontramos. E eu não falo só fisicamente — sorriu ladino. — Mas quer ouvir um conselho, minha querida? — Inclinou-se para frente, a voz reduzindo a um sussurro como se fosse lhe contar um segredo olhando diretamente em seus olhos, ainda que todos os outros dois ainda pudessem lhe ouvir com clareza. — Pessoas boas como você sempre morrem... cedo ou tarde. É assim que a guerra funciona e este é o seu destino. Lamento informar — deu de ombros.

Antes que pudesse voltar para a sua posição anterior com toda a classe que ainda possuía mesmo após anos trancafiado, nem um pouco desconfortável com o clima pesado e silencioso que de repente se formou entre eles, Zemo teve seu pescoço fortemente agarrado por um metal tão frio quanto os olhos do homem que saltara de seu lugar para ficar a centímetros dele. Engoliu com alguma dificuldade, surpreendendo-se de como apesar de tudo, os sentimentos do soldado pela alma daquela mulher ultrapassava tantas barreiras.

Queria saber se após tanto tempo, o afeto do Soldado por Daiana permanecia o mesmo e teve sua resposta num piscar de olhos. Afinal, poderia usar isso a seu favor no futuro.

Daiana, em suas duas versões, é belíssima. Não o surpreendia que Barnes tenha se apaixonado perdidamente pro Daiana nos anos 40, mas de fato o surpreendia que ele tenha se apaixonado por muito além de sua mera aparência. Apesar de o rosto não ser mais aquele que Barnes inicialmente conheceu, sua personalidade, sua bondade... ainda era ela. Mas pensando com um pouco mais de atenção, não era tão surpreendente.

Já conhecera muitas pessoas de rostos belíssimos e almas tão podres, que tornavam seus meros rostinhos bonitos algo totalmente desprezível e indignos de admiração. O que torna uma pessoa bonita aos olhos das outras, eram suas atitudes, suas palavras e seu coração. No caso de Daiana, sua aparência atual era tão bonita quanto a anterior, apesar de bem diferentes. Ainda assim, sua alma era apaixonante e James se apaixonou por ela duas vezes.

Afinal, um rostinho bonito envelhece. Uma alma bonita, não.

Mas não... foi mais que duas vezes se forem contar todos os numerosos procedimentos em que apagaram sua memória forçando-o a esquecê-la e ela teve de se apresentar para ele de novo e de novo em todas elas.

Por isso Zemo deveria cuidar, percebia agora, com o que falava sobre e para ela.

— Ela não vai morrer — murmurou entredentes muito próximo de seu rosto, o tom ameaçador se intensificando na mesma proporção que a mão lhe apertava o pescoço. — Então eu sugiro que mantenha a boca calada se não quiser perder essa capacidade permanentemente. Entendeu?

Com mais esforço agora do que antes, Zemo conseguiu um leve assentir, pois a mão de Barnes dificultava o movimento. Demorando-se mais alguns segundos sem ao menos piscar, Bucky se deu por satisfeito e afastou-se do outro, soltando-o para que pudesse respirar fundo e massagear o pescoço enquanto ele se sentava em seu lugar outra vez como se nada tivesse acontecido.

Para Sam, que olhava-o estranho, talvez um pouco repreensor, sustentou o olhar desafiando-o a dizer algo, mas o Wilson não o fez. Não pôde arriscar usar da mesma tática com Daiana, um pouco envergonhado, apesar de sentir o olhar dela o queimando.

Tentando agir como se o ocorrido há pouquíssimo tempo não o tivesse afetado como afetou, Zemo então cortou aquele clima tenso como se não tivesse dito absolutamente nada demais, dirigindo outra vez a palavra a Daiana:

— A propósito... eu soube que se casou.

Completamente insinuativo de algo que não conseguiram capitar em seu semblante, ao dizer aquilo o Barão ousadamente correu os olhos para Barnes, sentado ao lado de Daiana tendo apenas o corredor entre eles, antes de se voltar a ela novamente.

— Faz um tempo — tentou cortar o assunto alí, pois não a agradava.

— E que ele se tornou o novo Capitão América — entretanto, Zemo parecia bastante disposto a falar, fazendo-os se questionar se a ameaça anterior não foi o suficiente.

Pelo canto de olho Daiana viu como Sam e Barnes estavam desconfortáveis com o caminho que estava seguindo aquela conversa inconveniente.

— Aonde quer chegar? — Foi direto ao ponto, olhando-o fixamente tentando ser ao menos um pouco intimidadora, mas suspeitava que perdera um pouco das suas habilidades.

— Estava pensando que vocês admiravam muito o Steve, não é? — Deu de ombros como quem não dá muita importância para o assunto, então não entendia porque o tratavam tão rispidamente por ele. — Supus que os três também admirassem seu marido por ele ter assumido o manto, mas por suas reações, parece que me precipitei — curioso, e um tanto divertido, os observou.

— É meu marido — ela disse com os olhos apertados para ele. — Obviamente eu iria apoiá-lo — depois de criticá-lo, acrescentou silenciosamente.

— Oh sim, é claro. Você é uma boa esposa — novamente desviou brevemente o olhar para Barnes e aquele gesto já o estava irritando. — Mas seus amigos não parecem concordar. O que me faz pensar sobre o que teria Steve que o seu marido não tem... — com a mão livre, esfregou o queixo como se pensando profundamente sobre o assunto. — Ainda não o conheci pessoalmente — dirigiu-se a Daiana, a voz sempre numa calmaria elegante que não deixava dúvidas sobre sua origem nobre, mas contrastando com o oposto que eram os nervos dos outros três. — Mas conheci Steve Rogers e posso dizer que percebi uma coisa... — fez uma breve pausa antes de prosseguir, olhando agora para um ponto vazio no corredor. — O perigo de pessoas como ele, de super-soldados americanos, é que os colocamos em pedestais...

— Cuidado com as palavras, Zemo — em tom tão ameaçador e profundo quanto o utilizado pelo Soldado anteriormente, Sam o cortou fitando o homem sentado ao seu lado, no outro lado do corredor.

— Eles se tornam símbolos — prosseguiu com a mesma calmaria, ignorando-o, mas também havia um resquício de raiva muito discreto em sua voz e fora captado por Daiana. — Ícones. E aí começamos a esquecer e ignorar os seus defeitos. E a partir daí... — curvou os lábios para baixo, balançando levemente a cabeça como se fosse um caso perdido. — Cidades voam.

Agora havia amargor em suas palavras e todos sabiam o porquê, não podendo realmente culpa-lo por isso. Apesar dos estragos causados por Zemo, ao pensar na sua motivação, Daiana era incapaz de sentir apenas raiva por ele. Na verdade, ela sentia bastante pena. Um homem que tinha tudo, e ela não se refere apenas a dinheiro e poder, pois acreditava que isso era o de menos, e de repente não tinha nada.

Não tinha mais a esposa amorosa com quem escolheu construir uma família... nem mesmo o filho que tanto amou e jurou proteger até o último dia de sua vida, mas que o viu partir antes que pudesse cumprir sua palavra. Zemo sentia que falhou com as pessoas mais importantes da sua vida, quando na verdade não foi sua culpa. Como odiar totalmente uma pessoa assim?

Daiana é uma mulher que sempre tenta ser melhor, mas se colocando no lugar do homem em sua frente, no momento em que toda a sua razão de viver foi arrancada de seus braços, ela certamente moveria céu e terra para se vingar. Afinal, o que mais ela perderia?

— Pessoas inocentes morrem. Movimentos são formados, guerras são travadas...

Poderiam falar qualquer coisa que o impedisse de prosseguir por ser um assunto que os incomodava, mas todos sabiam que incomodava justamente porque Zemo não dizia mentiras. Parando um pouco para refletir mais afundo e usando Steve como comparação, não de uma forma negativa porque Daiana se recusava a encontrar qualquer defeito no velho amigo, comparou-o com o próprio marido.

Há algum tempo vinha notando uma mudança em John. Seria por causa disso? Ele pensava que por agora representar um símbolo tão bom e importante mundialmente, estava num pedestal inalcançável e que tudo o que fazia ou dizia era correto e quem o contrariasse estava errado e contra ele?

Gostaria de estar errada e ser apenas mais uma de suas paranoias, pois temia que se estivesse correta, o quanto isso poderia afetar negativamente no futuro? O que aconteceria se ele passasse a pensar que poderia fazer literalmente qualquer coisa com o pensamento de que as pessoas, por o verem como um símbolo bom e importante como Steve foi, não iriam culpá-lo por suas ações?

Zemo voltou a tornar Bucky o seu alvo.

— Você se lembra disso, não é? — De modo feroz, ele conseguiu a atenção do soldado. — Como soldado enviado para a Alemanha para deter um ícone louco — então voltou a dirigir a palavra para os três, satisfeito por tê-los feito reflexivos, mesmo com expressões assustadoras. — Queremos viver em um mundo cheio de pessoas como o Caveira Vermelha? — Não esperou uma resposta, respondendo por todos com um balançar de cabeça. — É por isso que estamos indo para Madripoor.

Sam e Daiana franziram o cenho e se entreolharam curiosos e desconfiados, mas foi Sam quem o questionou:

— O que tem em Madripoor? Fala como se fosse uma Ilha da Caveira.

— É uma nação insular no arquipélago indonésio — Barnes, inteligente, o respondeu. — Era um santuário pirata no século dezenove.

— Manteve seus atos fora da lei — Zemo acrescentou, satisfeito pelas palavras do outro. — Mas não podemos, exatamente, entrar lá como nós mesmos.

— Como assim? — Curvando-se para frente, Daiana apoiou os cotovelos nos joelhos e entrelaçou as mãos.

— Disfarces são necessários — a respondeu bebericando o restante do liquido na taça. — E James — o chamou. — Vai ter que se tornar alguém que considera no passado.

Não gostou do tom da sua voz, tampouco de suas palavras. A mulher, tal como Sam, olhou de um para o outro, percebendo que se fosse possível, Barnes teria decapitado o Barão alí mesmo apenas com o olhar. Enquanto o loiro mantinha um pequeno sorriso nos lábios, olhando-o de cima, o outro tinha uma expressão mortal e desconfortável, junto de uma respiração pesada.

Fosse o que fosse, Sam e Daiana entraram num acordo silencioso de que se manteriam por perto, pois não tinham um bom pressentimento sobre o que quer que os outros dois pareceram concordar, a contragosto, sem incluí-los na discussão.


Madripoor, Ásia


James estava enfurecido. Não apenas por precisar fingir ser o que era antes, o monstro que fora obrigado a se tornar e que apenas gostaria de deixar para trás, mas também porque Daiana estava em lugar pútrido como aquele

Madripoor é uma ilha no Sudeste da Ásia e é um lugar muito em tudo. Muito rico, muito pobre e muito perigoso.

Praticamente dominado pelo crime, era de longe um dos lugares mais perigosos do mundo e considerada uma terra sem lei onde todo tipo de atrocidade era cometida e varrida para baixo dos panos. Lá se reuniam contrabandistas, sociedades secretas, assassinos, traficantes de todos os tipos e etc. E o pior era que Daiana, vestida numa roupa que não deixava muito para as mentes pervertidas imaginarem, estava prestes a adentrar no meio disso tudo.

Barnes lembrava-se que a primeira vez que estivera naquele lugar foi como Soldado Invernal na década de 50 a mando da HYDRA, para assassinar, na festa de ano novo, o Embaixador Britânico, Dalton Graines e seus convidados.

Uma parada foi feita antes de irem para a ilha completar a missão, para que Zemo pudesse comprar roupas adequadas para Sam e Daiana. Barnes tinha uma fama bastante conhecida na região e o braço de metal, que estava a mostra, não deixaria dúvidas de quem ele era, ou quem ele foi. Sam, insatisfeito, reclama a todo momento sobre o seu terno roxo ridículo que mais parecia ter sido costurado neles várias formas geométricas coloridas.

—Temos que consertar isso — reclama pela milésima vez, passando a mão por seu blazer tão caro quanto feio. — Sou o único que parece um cafetão.

— Apenas um americano acharia que um homem negro fashionista pareceria um cafetão — Zemo tentou tranquilizá-lo sem dar muita importância para seu mau-humor com as roupas escolhidas por ele. — Você parece exatamente o homem que está interpretando. — Começou a erguer os dedos para cada fala a seguir: — Sofisticado, charmoso e um mulherengo africano chamado Conrad Mack — enfiou a mão dentro do bolso de seu sobretudo e puxou o celular, clicando algumas vezes para mostrar a ele uma foto do homem que ele havia provisoriamente roubado a identidade. — Conhecido como o Tigre Sorridente.

— Até o apelido é horrível — resmungou o Wilson sem fazer questão de esconder seu desgosto.

Daiana, do outro lado de Zemo, não conteve a curiosidade e esticou o pescoço para tentar visualizar a foto e comparar por ela mesma.

— Mas pior que parece mesmo comigo — admitiu, não muito mais aliviado, observando a fotografia entregue a ele.

— Deixa eu ver — pediu a mulher e Sam virou a tela do celular para ela que ergueu as sobrancelhas, genuinamente surpresa. — Não é que parece mesmo? Separados na maternidade — brincou e ele riu. — Mas por que eu tenho que usar isso? — Entortou o nariz, passando as mãos sobre o tecido verde escuro de veludo que colava ao seu corpo como uma segunda pele.

Era de fato um vestido muito bonito e elegante, ela admitia, mas não se sentia confortável, pois raras foram as vezes em que conseguiram colocá-la dentro de um parecido ou extravagante. Não havia decote revelador e as mangas eram longas até os pulsos, o que a agradou bastante, pois a temperatura estava baixa e o fraco vento daquela noite, principalmente enquanto andavam pela rodovia deserta de uma ponte bem iluminada, tal como a cidade repleta de prédios afrente, a fazia arrepiar de frio.

Uma abertura de tamanho considerável revelava parte de sua cintura, costa e barriga de um lado, enquanto o outro lado estava coberto. Tinha um comprimento até acima dos tornozelos, com uma fenda que alcançava quase a virilha e revelava toda a sua perna esquerda. Ao menos o vestido era também composto por um short, apesar de curto, de mesma cor e material, o que a deixava um pouco mais confortável para se movimentar sem se preocupar em revelar demais.

Por Zemo, ela estaria usando algo mais extravagante e brilhoso, mas a mulher insistiu que se o local fosse perigoso como diziam, poderia acontecer de precisarem se defender, esconder ou correr, portanto uma saia longa até o chão ou que se arrastasse sobre ele a atrapalharia demais, então o modelo atual era adequado para ser tanto elegante, quanto ágil e discreto o suficiente para não chamar tanta atenção se precisasse se esconder.

Os saltos altos e finos foram fortemente rejeitados por ela quando a mulher da loja sugeriu ao atendê-los, e desta vez ela teve o apoio dos três homens. Os quatro concordavam que o salto deveria ser um pouco mais grosso para que Daiana não corresse o risco de torcer o pé ao se mover mais rápido se fosse necessário.

Quanto menos obstáculos, melhor.

— Porque você será apresentada a todos como a futura baronesa, minha noiva — a respondeu com calmaria. — E como tal, deve estar vestida a altura. Eles irão te avaliar de cima a baixo até o seu último fio de cabelo, então vamos fazer uma pequena mudança na sua personalidade.

— Mudança? — Desconfiada, semicerrou os olhos para ele.

Diferente de Sam, Zemo não conseguiu pensar em ninguém que se parecesse com Daiana para que ela pudesse roubar a identidade por algumas horas, então teve que criar uma. Por ter um rosto conhecido mundialmente, mesmo que não tanto quanto Steve Rogers, todos com certeza já viram seu rosto nos jornais ou noticiários ao menos uma vez na vida e se alguém lhe dedicasse um pouco mais de atenção, desconfiariam da razão pela qual a esposa do novo Capitão América estar em um local como aquele. E isso resultaria em um enorme problema para eles.

Portanto, os olhos escuros de Daiana foram escondidos por lentes azuis e destacados por uma maquiagem forte noturna que ela nunca usara antes. O batom vermelho ao menos ela estava um pouco familiarizada.

Assumindo o disfarce de noiva do Barão Zemo, eles esperavam que assim não levantasse tantas suspeitas, a instruindo a não interagir com qualquer pessoa que viessem a encontrar.

— Boca calada — foi a primeira coisa que disse a ela, fazendo-a voltar-se a ele indignada.

— Eu nem falo muito — defendeu-se.

— Pior mesmo é quando não fala — ouviu Sam resmungar do outro lado do loiro e se ela pudesse, teria lhe dado um tapa no ombro.

— A partir do momento que entrarmos naquela festa — Zemo prosseguiu, ignorando os dois que por vezes pareciam dois irmãos implicantes —, você assumirá o papel de uma noiva submissa. Ou seja: não fale com ninguém sem a minha permissão, não se afaste da minha visão, recuse qualquer bebida que te oferecerem ou pedidos para dançar, e mesmo que dirijam a palavra a ti, irá olhar para mim esperando que eu responda por ti.

Antes mesmo que ele terminasse de falar, ela já estava boquiaberta e pronta para rebater, mas o homem ergueu a mão pedindo para que se mantivesse calada.

— Ouvi dizer que é muito difícil para você seguir ordens, madame — agora gesticulava com elegância a mão que havia erguido para silenciá-la —, mas o sucesso da nossa missão depende também da sua atuação. Acha que consegue fazer isso?

O tom de desafio e pouca confiança que ele depositou nela, muito possivelmente de propósito, a fez engolir em seco e com raiva. Aquilo tornara-se um desafio quase pessoal para a mulher e ela não sabia se Zemo sabia que aquele seria o efeito, mas vendo-a erguer o queixo com determinação e maxilar travado, esboçou um sorriso agradável.

— É claro, querido — repleta de ironia, ela enlaçou seu braço com o dele, entrando no personagem quando um carro se aproximou deles. — Mas preciso dizer que deve ser um porre ser sua esposa de verdade — resmungou mais baixo.

Bucky, que ao lado dela ouvia e observava tudo mesmo calado, não pôde deixar de focar, com certo incômodo, na mão da mulher que agora repousava sobre o braço do outro homem. Precisou respirar fundo algumas vezes, pois já não bastava ter de ver aquele outro loiro desprezível que andava para lá e para cá com um escudo que não era dele, chamando-a de esposa e exibindo-a por aí como se fosse um troféu ou algo do tipo, agora, por algumas horas, teria além de fingir ser o Soldado Invernal sem esboçar reação alguma que denunciasse seus sentimentos para o que dizia respeito àquela mulher. Além disso, também teria de vê-la fingindo ser noiva de outro loiro desprezível.

Não sabia qual Deus estava no controle de sua vida, mas definitivamente o odiava.

Zemo respirou profundamente, absorvendo os odores do ambiente que se aproximavam.

— Sentem esse cheiro? — Queria confirmar.

Os outros três repetiram seu gesto.

— Sinto — foi o Wilson quem respondeu numa careta. — O que é isso? Ácido?

— Madripoor — sereno, corrigiu. Apesar de desagradável, estava acostumado. — Não importa o que aconteça — reforçou a orientação para o trio com ele —, permaneçam no personagem — era quase uma suplica.

Ele definitivamente temia que algo ruim acontecesse e a razão seria por um deslize de qualquer um dos três, menos dele. Esse pensamento quase fez Daiana revirar os olhos, ainda com mais sede de atuação. Daria sua vida pelo personagem que lhe foi dado, apenas para esfregar na cara de Zemo que ela era boa o bastante e ele não a conhecia tão bem quanto dizia só porque leu alguns documentos ilegais a seu respeito.

— Nossas vidas dependem disso — continuou. — Não há margens para erros.

— Preciso dizer que eu vou rir com tanto gosto se algo der errado por sua causa — Daiana o informou com um pequeno sorrisinho zombeteiro, recebendo do outro um olhar sério enquanto ele abriu a porta do carro estacionado para ela.

— Isso não é uma brincadeira — a repreendeu, não gostando de seu comentário.

— E quem está brincando? — Sentou-se no banco traseiro entre Bucky e Zemo, com Sam na frente junto do motorista que os levaria até o local que precisariam invadir de maneira educada e discreta.

— Deixa eu adivinhar uma coisa — Sam foi o primeiro a se pronunciar quando o carro entrou em movimento. — Não temos amigos na Cidade Alta.

Zemo havia explicado anteriormente que Madripoor era dividido em Cidade Alta e a Cidade Baixa. Em resumo, a Cidade Baixa, ele aconselhou, não era um lugar bom para se visitar. Nem um pouco segura até mesmo para eles, e isso incluía Bucky que, sem dúvidas, era o mais forte e resistente entre os quatro, por ser uma área mais pobre e um dos mais violentos de toda a ilha, pois lá ficavam os assassinos de aluguéis e caçadores de recompensas contratados pelas pessoas da Cidade Alta.

A Cidade Alta também tinha os seus defeitos, mas não era um lugar "ruim" de se visitar, segundo o Barão, apesar de saberem que não era nenhum ponto turístico para se visitar com a família no fim de semana. Pelo contrário. Era a área mais rica da ilha, onde os mais ricos aproveitavam do conforto e esbanjavam seu dinheiro de forma ilegal. Entretanto, essas pessoas ricas em sua grande maioria eram pessoas violentas e fora da lei, apesar de seus crimes serem mais organizados que o outro lado da metrópole.

Bucky conhecia bem as divisões e o tipo de pessoas que encontrariam em Madripoor, e isso só o deixava ainda mais inquieto. O lugar era um inferno e extremamente perigoso, principalmente para desconhecidos. Por isso Sam estava disfarçado como um criminoso local, mas Daiana era, mesmo "disfarçada", uma completa estranha.

Não sairia do lado dela em hipótese alguma. Era bom que Zemo soubesse disso, mas a parte racional dele gritava insistentemente que se por um descuido agisse fora da linha e fossem descobertos, ela estaria em risco de qualquer forma e por culpa dele. Era frustrante ter que confiar sua segurança e total controle da situação ao Barão.

Em resposta a Sam, Zemo manteve-se calado. A desvantagem de não terem aliados na Cidade Alta, era que nessa região se encontrava o poder de tudo por alí, inclusive influenciando e controlando o outro lado da metrópole. Não ter aliados na Cidade Alta, significava também não ter nenhum na Cidade Baixa. Ou seja: se algo der errado em qualquer um dos dois lados, o outro acabaria se envolvendo e eles teriam uma ilha inteira contra eles.

Como se para confirmar que as coisas poderiam ficar ruins, o tempo se fechou rapidamente e nuvens escuras e pesadas dominaram o céu sobre eles. Apesar de ser noite, era possível reparar esses detalhes devido as luzes dos prédios serem tantas e tão fortes que o tornava visível aos olhos. Não demorou para que uma fraca chuva, acompanhada de trovões, começasse a cair.

— Eu sei que não trouxe a sua fiel vassoura, madame — Zemo falou de repente, desviando a atenção de Daiana dos motoqueiros que rodeavam o carro e tanto ela quanto Bucky ao seu outro lado tinham os olhos atentos nas armas penduradas em seus cintos.

Barnes a havia informado, desde que eles chegaram e os rodearam, que era um tipo de escolta não oficial dos criminosos para leva-los até a entrada da Cidade Baixa.

— Sim, a deixei no jatinho— respondeu vagamente. — Chamaria muita atenção.

— Então — enfiou a mão no bolso — tomei a liberdade de conseguir isso para você — estendeu para ela um pequeno objeto pouco maior que sua mão. Era fino e de metal prateado.

— O que é isso? — Franziu o cenho, aceitando-o por curiosidade.

— Um bastão portátil — informou imediatamente conseguindo que os olhos de lentes azuis subissem para ele. — Funcionará tão bem quanto a sua vassoura e não correrá o risco de quebrar.

— Eu não faço mais isso — tentou devolver, mas o loiro recusou afastando sua mão.

— Olhe ao redor, querida — pediu suavemente, mas severo. — Não acho que esteja em posição de negar uma arma para autodefesa e tenho certeza de que o seu soldadinho de braço de metal concorda comigo — ele lançou a Bucky um olhar significativo, e então Daiana percebeu que Barnes observava a todos os movimentos e palavras trocadas entre os dois.

A mulher virou o rosto e os dois se encararam por alguns instantes antes de Barnes quebrar o silencio:

— Acho que não deveria recusar — aconselhou em voz baixa, mesmo sabendo que ela se ressentia pelo passado.

Mesmo que cogitar fazer algo como já fizera antes a ferisse, ele não podia recusar qualquer coisa que fosse que pudesse garantir a segurança dela, não importando os meios. Hesitando brevemente em uma luta interna, Daiana deixou os ombros caírem e por influência de Barnes, acabou aceitando o objeto.

— E onde eu vou esconder isso? — Entre os dedos, o girou no ar testando seu peso apesar não estar acionado.

Ela sabia bem como um daqueles funcionava, mas nunca chegara a usar.

— Nisso aqui — outra vez retirou de seu bolso, desta vez o interno do sobretudo de couro pesado, um coldre de perna que estava embolado.

Era fino de forma que não seria notado por sob o vestido.

— O que mais tem nesse bolso aí? — Com o queixo, apontou para o citado. — Um carro? Um iate? Uma frigideira? — Brincou um tanto incrédula, arrancando dele uma risada.

— Uma frigideira? — Sam virou-se para trás, olhando-a como se fosse maluca por sugerir aquilo.

— Os outros dois está tudo bem, então? — Em mesmo tom, ela retrucou conseguindo um revirar de olhos dele que endireitou sua postura no banco da frente, disfarçando o fato e que não havia se atentado aquilo.

....

Quando o carro estacionou, já não chovia mais e houve um trajeto que tiveram que percorrer a pé. Seus pés estariam doendo se tivesse que caminhar num salto tão fino e com certeza teria tropeçado ou os torcido com tantas elevações e rachaduras no asfalto.

Dizia a si mesma o tempo todo para se manter no personagem e manter suas expressões o mais neutras possível para não atrair atenção, mas era impossível controlar os batimentos acelerados de seu coração. Quando se viu entre a multidão de gente, passou a agradecer por ter aquele bastão portátil preso em sua perna, pois lhe dava um pouco mais de segurança, apesar de ter Zemo com o braço firme ao seu lado, e Sam e Bucky os ladeando, este último andando bem próximo a ela, os olhos atentos a absolutamente tudo ao seu redor.

Todos os sentidos deles estavam em alerta naquele ambiente.

Daiana algumas vezes precisou prender a respiração para não inalar a densa fumaça nas ruas estreitas pelas quais passaram, tanto pela poluição quanto das drogas e cigarros que parecia ser comercializado aos montes e livremente por aquele lugar. Tudo era muito colorido. As luzes neon piscavam em cada canto que seus olhos alcançassem, as músicas diferentes tocavam em diferentes caixas de som em cada canto daquela cidade, podendo serem ouvidas de diferentes direções e distancias.

Além das muitas pessoas que circulavam por todos os lados. Daiana precisou muito fortemente disfarçar sua surpresa e horror em ver que além de uma grande quantidade de dinheiro e drogas que circulavam livremente e completamente avista pelas ruas, tanto homens quanto mulheres de variadas idades ostentavam grandes e pesadas armas carregadas, sem medo de expô-las.

Daiana sabia que era um local perigoso, mas apenas agora conseguia entender o quanto. Ela poderia morrer muito facilmente alí. Bastava um tiro, apesar de seu interior dizer que se erguessem a arma para atirar nela, não seria apenas um único tiro que a atingiria. Isso a fez suar frio.

— Chegamos — Zemo sussurrou para eles de maneira discreta, que ergueram a cabeça para o letreiro neon roxo que brilhava acima no edifício.


Princess Bar


Oieee :)

A foto no inicio é o modelo do vestido que a Dai ta usando. Eu demorei pra encontrar um modelo que me agradasse, pois apesar de ter uns bem bonitos, não queria nada extravagante ou revelador (porque ela tem a aparência de uma mulher madura que ta chegando aos 40) e nem um que parecesse de dançarina de baile de debutante. Achei que esse se encaixou no perfil da Daiana.

Zemo rindo na cara da morte kkkkkkkkk

Tentei descrever da melhor forma possível para que entendam que o Bucky se apaixonou pela Daiana muito mais que pela aparência dela, e o fato de ela ter um rosto diferente agora comparado ao dos anos 40 quando se conheceram, não muda nada para ele.

Olha onde a mulher foi parar 🙊

Me julguem, mas eu simpatizo um pouquinho com o Zemo (fora que ele não está totalmente errado ao falar de heróis). Não passo pano, mas não odeio totalmente.

Bucky desenvolvendo um ódio profundo por loiros perto da Daiana kkkkkkkkkkkk

Ele não pode nem sonhar com ela morta e o Zemo mete uma daquelas. Ai ai

•  ✨Me desculpem qualquer erro 

•  ♥ Espero que estejam gostando ♥

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