eden's garden ∆ supernatural

Από swturnno

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•❝a voz do comando, uma habilidade há muito perdida e cobiçada até pelos arcanjos do céu. | é de consenso g... Περισσότερα

elenco,
𝑨𝑻𝑶 𝒁𝑬𝑹𝑶 † ❝𝗻𝗲𝘀𝘁𝗲 𝗽𝗮𝗹𝗮𝗰𝗶𝗼 𝗲𝗺𝗽𝗼𝗲𝗶𝗿𝗮𝗱𝗼❞
o primeiro momento,
o elemento do controle,
chegando em termos,
suspeita na mente de um ser angelical,
chegada na terra natal,
o encontro de um autor e suas criações,
o oráculo disse,
quando a bebida (literalmente) ajuda,
winchester perdido,
lobo em pele de cordeiro,
alice não me escreva aquela carta de amor,
quantos anos tem, quantos gostaria de ter,
encontro de dois extremos,
preparatório prepotente,
indo colina abaixo,
𝑨𝑻𝑶 𝑼𝑴 † ❝𝗲𝘅𝗶𝘀𝘁𝗲 𝗱𝗼𝗿 𝗲 𝗽𝗿𝗮𝘇𝗲𝗿❞
o silêncio dos inocentes,
se ele for embora,

buraco negro supermassivo,

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Από swturnno

Uma bola de massa que suga
tudo que você gosta.

Sentado em uma cama num quarto de uma cabana mal iluminada, Eden tocava um violão de casca marrom com desenhos de flores na madeira. Tinha os olhos fechados e seu nariz captava o cheiro insistente dos cadáveres recém mortos espalhados pelo chão ao seu redor.

Take... — Murmurou, acompanhando o som do violão. Sua voz soava rouca e suave. Um filete de sangue desceu de sua têmpora cortada, deslizando pela pele clara. — on... me... Take me up...

— Tem uma bela voz, Eden.

Eden parou de tocar os acordes do violão, o som suave da música se perdendo no cômodo. Olhou para a porta fechada da cabana. Castiel estava lá.

— Cassie?

Castiel fitou os cadáveres no chão.

— É sobre isso que sonha? — Questionou, um pouco preocupado com a saúde mental do garoto. — Morte?

— De vez em quando. É. — O asiático albino deixou o violão sobre a cama enquanto Castiel desviava dos cadáveres para se aproximar. Ele colocou as mãos nos bolsos do sobretudo cor de creme.

— Deve ser... estressante.

— Por que tá no meu sonho, Cassie? — Se desviou do assunto.

Castiel olhou pela janela, como se estivesse se sentindo observado.

— Tem algo que eu gostaria de lhe contar. — Disse, seus olhos azuis parando na imagem de Eden sentado na cama. — Mas receio que alguém possa estar nos observando.

— Nos observando na minha mente?

— É mais possível do que imagina. — O anjo de olhos azuis retrucou. — Eu tenho pouco tempo. É difícil manter uma conexão com você. Sua mente é muito forte para ser invadida facilmente.

— Vá direto ao ponto, então.

Castiel balançou a cabeça.

— Eden, eu preciso lhe contar que-

Eden abriu os olhos antes que Castiel pudesse continuar, como se fosse empurrado á acordar. Ele se sentou em sua cama, encarando a figura de Sam Winchester deitado ao seu lado, abraçado ao seu travesseiro como uma criança abraça seu urso de pelúcia. Lembrou-se que haviam tirado pedra, papel e tesoura para ver quem ficava com o sofá, e Eden perdera, mas se recusara a dormir em um lugar tão desconfortável, e Sam o ofereceu um lugar em sua cama.

— Sam. — Gentilmente o chamou, a voz sussurrada. Tocou em seu ombro e o chacoalhou. — Sammy.

Sam murmurou uma frase sem pé nem cabeça, que tinha a ver com baldes e água. Eden revirou os olhos.

— Sam. — Chamou de novo. — Ei.

Desta vez, Sam fracamente empurrou a mão de Eden para longe. O albino se enfureceu e estapeou o rosto do jovem homem, o som das peles se chocando ecoando pelo quarto, e Dean, na outra cama, se remexeu.

— Ai! — Sam exclamou, se sentando e largando o travesseiro. Diminuiu o tom da voz ao perceber que o quarto ainda estava escuro: — Precisava disso?

— Você não acordava de jeito nenhum. — Eden revirou os olhos.

— Pensei que estivesse em perigo.

— Eu, em perigo? Me poupe. Eu sou o fodão. — Rosae resmungou.

— Bem humilde, graças a deus.

— Sou mesmo. — Ele deu de ombros. — Cassie passou pelo meu sonho.

— O que ele queria?

— Ele queria me contar uma coisa. — Disse. — Mas algo me acordou antes que ele dissesse o que era. Tô preocupado.

Dean, na outra cama, acordou em um sobressalto. Ele respirou fundo e se sentou, passando uma das mãos pelo rosto como se estivesse de ressaca.

— Dean? — Sam chamou. — Tudo bem, cara?

— Castiel passou pelo meu sonho. — Dean encarou o irmão e o amigo. — Disse que tentou falar com Eden, mas que foi expulso antes de poder falar.

— Foi o que ocorreu. — Eden saiu da cama, cruzando os braços e bocejando. Encarou o relógio digital acima do criado mudo entre as camas: 2:29 da manhã. Péssima hora para acordar.

— Ele me deu um endereço. — Dean informou. — Vamos lá agora. Não podemos perder mais tempo.

Os três caçadores chegaram a um armazém abandonado dez minutos depois. Ascenderam suas lanternas e forçaram a entrada.

— O que ele disse, Dean? — Sam questionou. — O que era tão importante?

— Se eu soubesse, estaria aqui? — Dean rebateu, o som fraco de suas botas se chocando contra o chão ecoando pelo local destruído. — Cas disse que tinha algo pra me contar. — Ele parou, iluminando o caminho. — Mas que diabos?

Eden se expremeu entre ele e Sam para passar na frente, encarando a cena. Várias prateleiras de metal estavam quebradas e retorcidas. Cabos de energia estavam pendurados no teto, liberando faíscas pelo ar por estarem quebrados. Ele franziu o cenho.

— Parece que uma bomba explodiu aqui. — Sam sussurrou, como se tivesse medo de ser ouvido.

— Houve uma luta aqui. — Dean analisou enquanto Eden os guiava mais adentro do armazém, desviando dos metais no caminho.

— Entre quem? — Sam questionou. Dean não respondeu, iluminando a parede ao seu lado.

— Olha isso. — Disse. — Parece familiar?

Sangue pintava a parede. Eden imediatamente reconheceu o símbolo que Castiel havia gravado na sua mente semanas antes.

— Sigilo de banimento angelical. — Sussurrou.

— Como o que a Anna usou.

— Então Castiel lutou contra anjos? — Sam franziu o cenho, desacreditado.

Dean deu de ombros e iluminou as costas de Eden, que estava em sua frente. O menino, por usa vez, iluminava o caminho. Seus ombros ficaram tensos e ele deu alguns passos na direção de algo no chão.

— Cas? — Chamou. — Cas, ei!

Eles se aproximaram para ver Castiel deitado no chão, desacordado. Sua respiração estava calma e profunda, e não parecia estar machucado.

— Cas? — Dean chamou, preocupado.

— Acorde. — Eden sussurrou. Castiel imediatamente se sentou, de olhos arregalados, as mãos perto do peito.

— O que? O que aconteceu? — Sua voz estava assustada e um timbre mais alto. Eden franziu o cenho. Este não era o Castiel.

— Vai com calma. — Dean o ajudou a se levantar.

— Ah, não. — O homem passou as mãos pelo rosto, aflito.

— Castiel, o que aconteceu?

— Uh, Castiel. Não sou o Castiel. Sou eu.

— Quem? — Dean o olhou desconfiado e confuso.

Mas Eden pareceu entender. — Você é o Jimmy. — Afirmou.

Jimmy olhou para o menino e balançou a cabeça, seus olhos brilhando em familiaridade.

— Eden. — Chamou. — Eu me lembro de você. Um pouco.

— Cadê o Castiel? — Dean questionou.

— Castiel? — Jimmy balançou a cabeça. — Sumiu.

— Como assim "sumiu"?

Jimmy tentou responder, mas suas pernas falharam e ele se apoiou em Eden para se firmar. O albino franziu os lábios, quase caindo com o peso do homem sobre seu pescoço.

— Vamos te levar pro hotel.

— Dá pra você ir devagar? — Dean observou Jimmy devorar seu hambúrguer. — Tá me dando azia.

— Tô faminto. — Jimmy justificou, terminando o primeiro hambúrguer. Eden deu mais uma mordida na sua própria comida, seus olhos pesados.

— Quando foi a última vez que você comeu?

— Não sei. Faz meses. — Jimmy abriu o segundo hambúrguer, dando mais uma mordida desesperada.

— O que aconteceu lá? — Sam questionou, estalando os dedos na frente de Eden, que estava quase dormindo sentado, com o hambúrguer nas mãos. O menino deu um sobressalto. — Parecia um battle royale de anjos.

— Eu não sei. Eu só me lembro de uma luz... e aí eu acordei, e eu era, tipo, eu de novo.

— Então o que foi? — Dean arqueou as sobrancelhas. — Cas só abandonou seu corpo?

— Eu não sei.

Dean se virou para Eden, que bocejava a cada 5 minutos. — Você sabia quem ele era.

— Jimmy, a casca do Cassie. — Ele revirou os olhos. — Eu sei o que Cas me contou, o que não foi muito.

— Cas compartilha a vida dele com você?

— Sou o humano preferido dele.

— Você é menino? — Jimmy franziu o cenho.

Eden mordeu mais um pedaço, soltando um som de concordância.

— Eu sou o que chamam de um moleque adorável. — Especificou, sarcástico. — O que corre nessas veias é especificamente tinta de caneta de gel rainbow unicorn versão três ponto cinco pastel brilho rosa e glitter.

Jimmy pareceu extremamente confuso, mas balançou a cabeça em concordância.

— Do que você se lembra, Jimmy? — Sam resolveu ignorar o pequeno discurso de Eden.

— Não muito. — Jimmy deu de ombros. — Ter um anjo dentro de você é como estar acorrentado a um cometa.

— Não soa muito legal. — Eden engoliu o último pedaço do hambúrguer, lambendo as pontas dos dedos.

— E não é.

— Jimmy, Cas disse que ele tinha algo importante para nos contar. — Sam arqueou as sobrancelhas. — Por favor, diga que se lembra do que é.

Jimmy deu de ombros, despreocupado. — Desculpe.

— Cara, do que você se lembra?

— Meu nome é Jimmy Novak. Sou de Pontiac, Illinois. Eu tenho uma família.

— Dean, posso falar com você lá fora?

Dean e Sam se retiraram do quarto. Eden suspirou e apoiou os cotovelos na mesa, cobrindo o rosto com as mãos.

— Tudo bem? — Hesitante, Jimmy questionou.

— É, eu... — Eden suspirou, tirando as mãos do rosto salpicado de sardas. — Tô cansado, e isso é tudo muita coisa pra absorver em uma hora.

— Eu imagino. — Jimmy lhe lançou um olhar que transmitia simpatia. — Digo, seu amigo sumiu e tudo que restou fui eu. Deve ser pesado, mesmo.

— Não é com o desaparecimento do Cas que eu me proecupo, Jimmy. — Eden sentiu um arrepio. Ainda era estranho falar com alguém que se parecia com Castiel, mas não era. — É com o que ele tinha pra me falar. Com o que está perseguindo ele. Não posso deixar que cheguem até ele, mas nem faço ideia do que estamos enfrentando.

— Não ponha tanta responsabilidade em você. — Jimmy deu de ombros. — Você é tão humano quanto eu. Não poderia parar essas coisas nem se quisesse.

Eden deu um sorriso convencido. — É aí que você se engana.

Jimmy o fitou com confusão nos olhos azuis. — O que?

— Você realmente não viu muita coisa quando Cas estava no seu corpo, não é?

— O que quer dizer com isso?

Eden deu de ombros, deixando a pergunta de Jimmy no ar. A porta se abriu em seguida e os Winchester entraram um atrás do outro. Jimmy se levantou da cadeira.

— Escutem, obrigado por tudo, mas eu tenho que ir.

— Desculpa. Você não pode ir pra casa. — Sam balançou a cabeça. — Vai ter que ficar aqui.

— Do que diabos você tá falando, eu não posso ir pra casa? — Jimmy parecia extremamente indignado.

— Tem uma grande chance de ter um alvo nas suas costas.

— O que? — O homem franziu o cenho. — De quem?!

— Demônios. — Eden respondeu, bocejando. Foi rápido em pescar a lógica dos dois caçadores. — Demônios feios e malignos.

— Fala sério, isso é loucura. — O homem balançou a cabeça, desacreditado. — O que eles querem comigo?

— Eu não sei. Informação, talvez. — Era nítido que Dean estava perdendo a paciência.

— M-mas eu não sei de nada!

— Eu sei, mas-

— Olha, acabou, okay? Pra mim já chega de demônios, anjos e tudo mais. — Jimmy olhou para a porta. — Eu só quero ir pra casa.

— Nós entendemos. — Sam tentou acalmá-lo.

— Eu não acho que vocês entendam, não. — Jimmy se aproximou de Sam em passos pesados, seus olhos cheios de indignação e cansaço. — Eu levei tiros, facadas e fui curado, e meu corpo foi arrastado pela Terra inteira. E por algum motivo eu saí ileso e estou vivo. E agora já chega, acabou.

— Olha, o que estamos tentando dizer é que o lugar mais seguro agora é com a gente.

Jimmy suspirou. — Por quanto tempo?

Sammy gaguejou um "Uh" baixo, seus olhos caçando algum ponto longe de Jimmy no quarto.

— Vamos conversar sobre isso quando chegar a hora.

Jimmy balançou a cabeça em decepção e começou a andar até a porta, Sam se colocando em sua frente.

— Pra onde você vai? — Dean franziu o cenho.

— Vou ver minha esposa e minha filha.

— Não, você vai colocar elas em perigo. — Sam adotou uma pose ameaçadora, tentando intimidar o homem. Jimmy franziu o cenho.

— Então agora eu sou um prisioneiro?

— Jimmy. — Eden se pronunciou.

— O que foi?

Fique.

Jimmy levou alguns segundos para concordar, não parecendo perceber o transe forçado no qual foi colocado.

— Tudo bem. — O homem se dirigiu á cama de Eden, se deitando.

— Tenta dormir um pouco. — O menino mandou, sua voz reverberando pelo corpo de Jimmy. O homem balançou a cabeça em concordância e se cobriu até o pescoço com o cobertor, se virando de costas para os 3 caçadores.

Dean suspirou, cansado. — Também vou dormir. Sammy, fica com o primeiro turno.

— Pode deixar.

Dean se dirigiu até sua cama do outro lado do quarto, se deitando. Eden bocejou antes de se deitar ao lado de Dean.

— Vai pro sofá. — Ele resmungou.

— Eu, não. — Eden resmungou no mesmo tom que o mais velho.

Dean encarou Eden com as sobrancelhas juntas. — Muita coisa na cabeça?

Eden concordou silenciosamente, se virando de costas para ele. Dean passou um dos braços pela cintura de Eden, o confortando.

— Relaxa. — O caçador pediu.

Eden fechou os olhos e deslizou até a inconsciência em alguns minutos.

Lá pelas 5:30, Sam acordou Eden anunciando que Jimmy tinha fugido, o que não agradou o menino nem um pouco. Dean tirou sarro da cara de Sammy por ter deixado um cara chamado Jimmy o enganar, e os 3 rapidamente partiram até Pontiac.

No caminho, Eden conseguira tirar mais 1 hora e meia de sono. Acordou e se sentou no banco, coçando os olhos.

— Perdi alguma coisa? — Questionou, olhando pela janela. Estavam passando pelos subúrbios de outra cidade.

— Nada de interessante. — Sam, sentado no banco do passageiro, negou.

— Hm. — Eden voltou a olhar pela janela, encostando a cabeça contra o vidro. O som de asas batendo se fez dentro do carro, e Eden olhou para o lado para enxergar uma mulher ruiva de casaco marrom.

— Oi, gente.

— Ah! — Dean remexeu o volante pelo susto, o carro se descontrolando antes de voltar á faixa. — Jesus!

— Legal. — A mulher murmurou.

— Por que você não liga antes? — Dean respirava fundo.

— Eu gosto de surpresa.

Dean olhou por cima do banco para a mulher. — Tá bonita, Anna.

— Não é o melhor momento, Dean. — A mulher ruiva, Anna, balançou a cabeça. — Você deixou Jimmy escapar?

— Aí você vai ter que falar com o pateta aqui. — Dean apontou para Sam, que o olhou indignado.

— Sam. — Anna chamou. — Você... tá diferente.

— Uh... é meu cabelo? — Sam parecia um pouco tenso.

— Não é disso que estou falando. — Ela balançou a cabeça em negação. Sam desviou os olhos, e Eden franziu o cenho, tentando descobrir o que se passava naquele carro. — Então, o que Jimmy te disse? Ele lembrou de algo?

— Por que? O que tá acontecendo?

— É o Castiel. — Anna respondeu de imediato. — Ele foi mandado de volta pro céu. Arrastado, na verdade.

— Pro céu? Isso não é uma coisa boa?

— Não, é uma coisa duramente, inteiramente ruim. Ele deve ter irritado muito alguém.

Eden franziu o cenho. — Merda.

— Cas disse que tinha algo pra nos contar. — Dean colou os olhos na estrada. — Algo importante.

— Você sabe o que é?

— Não.

— Jimmy sabe?

— Eu... acho que não. — Dean parecia incerto.

— Você acha que não? — Anna repetiu, desacreditada. — O que quer que seja, é importante. Vocês têm que descobrir o mais rápido possível.

— É por isso que estamos indo atrás de Jimmy. — Sam finalmente se pronunciou.

— É por isso que não deveriam ter deixado ele fugir em primeiro lugar. — Anna rebateu. — Ele já deve estar morto a esta hora.

— Bem otimista, não é, dona?

Anna se virou para Eden.

— Você é Eden. — Afirmou.

Eden franziu o cenho. — Desculpa, a gente se conhece?

— Os anjos falam muito de você. Dizem que o que você tem é perigoso. — Anna lhe ofereceu um sorriso fraco. — É um prazer te conhecer, finalmente.

E com isso, sumiu diante do olhar de Rosae. Ele se apoiou no banco da frente, sua cabeça entre Sam e Dean.

— Anjos falam sobre mim, Jimmy fugiu e se eu encontrar mais uma pessoa que me conhece, eu vou explodir.

Dean soltou um som de diversão. — Aquieta aí, bombinha.

Quando eles estacionaram na frente da casa dos Novak, Eden foi o primeiro a entrar na casa, pela porta dos fundos. Ouviu uma comoção lá dentro; uma mulher gritando, a voz de Jimmy, e uma garota jovem chorando. Ele entrou na sala de estar, Dean e Sam logo atrás, e pulou no demônio que segurava uma garota loira, uma criança. Os dois caindo no chão, enquanto a mulher loira, esposa de Jimmy, gritava.

— Seu rato! — Sob Eden, o demônio bradou. Tentou agarrar o cabelo do menino, que torceu seu braço e o quebrou. — AH!

— Volte pro inferno. — Com frieza na voz, o comando foi dado. Uma fumaça densa e preta deixou a boca do homem e saiu pela janela aberta, voltando para de onde veio. Eden foi agarrado por trás por outra mulher loira de olhos negros, e o aperto em seu pescoço foi suficiente para que ele parasse de respirar. — Ugh!

— Eu vou quebrar o seu pescoço como se fosse um graveto. — A voz da mulher rosnou em seu ouvido. Sam estendeu a mão na direção da mulher, que largou Eden e começou a engasgar, a fumaça saindo de sua boca forçadamente. Eden encarou Sam com estranheza; sabia por Castiel que o homem possuía habilidades sobrenaturais, mas nunca o viu usá-las.

— Vai! — Sam mandou. — Tira eles daqui!

Dean puxou Jimmy do chão, que puxou a esposa, que puxou a filha, e todos atravessaram a porta da sala ás pressas, saindo da casa o mais rápido que podiam. Assim que toda a fumaça deixou o corpo da mulher e ela caiu no chão desacordada, Eden voltou á realidade com Sam pegando sua mão e o puxando para fora da casa.

Eden assistiu os três Novak entrarem no carro e se ajeitarem nos bancos traseiros do Impala. Dean entrou atrás do volante, e Sam empurrou Eden para dentro do carro, entrando logo depois. O Winchester mais velho deu partida no carro e dirigiu para longe da casa.

Eden se virou para encarar Jimmy e sua família, apoiando o cotovelo no banco.

— Vocês estão bem? — Questionou. — Jimmy?

— Estamos bem. — Jimmy parecia atônito.

— Bom, que bom. — Eden fez um biquinho. — Você nos assustou, cara.

— Desculpe. — Jimmy piscou lentamente. A pequena garota ao seu lado olhava Eden como se ele fosse deus.

— Papai. — Ela chamou, repuxando a manga do homem. — É um anjo!

Eden sorriu largo. — Anjos são diferentes, querida. Não ia gostar de conhecer um.

— Desculpe, quem é você? — A mulher puxou a garota para perto de si.

— Eden Taylor. Muito prazer.

Eles dirigiram por mais uma hora até pararem em uma garagem de estacionamento. Sam, Dean e Eden desceram do carro, e Jimmy fez o mesmo, sua esposa e filha ficando no banco de trás.

— Escutem. — Jimmy começou, afilto. — Vocês estavam certos.

Dean enfiou as mãos nos bolsos da jaqueta. — É uma merda estarmos certos.

— Olhem, eu não sei de nada. — O homem os encarava com olhos arregalados.

— Os demônios não vão acreditar em você. — Eden cruzou os braços.

— Mesmo se acreditassem — Sam continuou. — Você é uma casca. Eles vão querer saber como você funciona.

— O que significa dissecação, na certa. — Dean completou. Jimmy engoliu em seco.

— Jimmy, não queremos te assustar. — Eden disse, a voz calma e rouca. — Mas, porra, demônios são demônios. Eles vão partir pra tortura no momento em que te encontrarem. E eu tenho certeza que vão te manter vivo durante toda a sessão, o que não é nada bom.

— Boa, Eden, tá acalmando o cara direitinho. — Dean rolou os olhos.

— N-não, eu entendo. — Jimmy parecia tenso.

— Tô te falando de novo, você tá colocando sua família em perigo. Tem que ir com a gente.

— Por quanto tempo? — O homem abriu os braços. — E não me venha com essa de "vamos conversar sobre isso quando chegar a hora".

— Você é tão denso. — Eden suspirou, perdendo a paciência. — Pra sempre, Jimmy. Os demônios vão estar indo atrás de você pra sempre. Ou você se mata, ou você se esconde. É assim que mantém a sua família segura.

Silêncio envolveu os quatro.

— Não seja tão doce, Eden. — Dean comentou, sarcástico e seco.

— Alguém tem que contar a porcaria da verdade.

Dean suspirou. — Olha, podemos arranjar um carro pra Amélia e pra Claire. Você pode fugir com elas ou vir com a gente.

Jimmy levou alguns segundos para se dirigir ao Impala, abrir a porta e conversar em tom baixo com sua esposa. Enquanto isso, Sam arrombou a porta de um Honda branco e fez a infame ligação direta.

Quando as duas saíram do carro com Jimmy, o homem pousou a mão no ombro da filha, os olhos marejados.

— Ei. — Chamou. — Cuida da sua mãe, okay?

— Okay, papai.

Jimmy deu um beijo leve na testa da menina, assistindo a esposa e a menina entrarem no carro hesitantes. Os 4 entraram no Impala e dirigiram para longe. Eden assistiu Jimmy encarar a família uma última vez através do vidro traseiro do carro. Suspirou.

Depois de alguns minutos, Jimmy colapsou em sono ao lado de Eden. O menino se apoiou contra ele e cruzou os braços, fechando os olhos.

— O que aconteceu lá atrás? — Dean quebrou o silêncio, sua voz baixa.

— O que?

— Você praticamente desmaiou tentando matar aquele demônio de quinta.

— Eu não desmaiei, só fiquei um pouco tonto.

'Fofoca?', Eden se remexeu calmamente no banco, tentando se concentrar na voz dos dois homens.

— Pode chamar do que quiser. — Dean não tirava os olhos da estrada. — O ponto é, você estava forte o suficiente pra matar o Alistair, e agora não consegue matar um demônio da terceira patente?

— O que quer que eu diga, Dean?

— Pra começar, o que tá acontecendo com seu mojo? Tá indo e voltando como um maldito ioiô. Eu não tô tentando criar uma briga, é só que- você tá me assustando, irmão.

— Eu tô me assustando. — Sam quietamente admitiu. Houve um momento de silêncio antes do celular de Sam começar a tocar. Ele atendeu de imediato. — Alô? Quem é?

Sam franziu o cenho e se virou para o banco de trás. Eden grunhiu e se endireitou, se afastando do apoio de Jimmy.

— É pro Jimmy. — Ele mostrou o celular.

— Acorda, Jimmy. — Eden quietamente ordenou, e o homem foi forçado a abrir os olhos devagar.

— O que? — Ele grunhiu.

— É sua esposa.

Jimmy pegou o celular e o colocou em sua orelha. — Amélia?

Houve alguns segundos de silêncio até que a face do homem se contorcesse em horror e medo.

— Ai, meu deus. — Sussurrou. — Temos que voltar. Agora.

— Voltar?

— Eles estão com minha família. — Ele quase gaguejou. — Temos que voltar. Por favor.

Dean virou o volante e os pneus cantaram quando o carro se virou com tudo, derrapando sobre o asfalto úmido. — Onde eles estão?

— Em um armazém na saída de Pontiac. — A voz do homem de olhos azuis tremia. — Eles me disseram que tenho que ir sozinho.

— O caralho que você vai sozinho. — Eden rosnou, possesso com a covardia dos demônios. — Vamos, rapazes. Temos que matar alguns demônios.

Em 5 minutos, eles estacionaram na frente de um armazém velho e sombrio. Jimmy, hesitante e nervoso, foi o primeiro a entrar. Eden, Sam e Dean circularam a construção, Sam comentando sobre como aquilo era provavelmente uma armadilha. Dean respondendo que tinha um plano.

Assim que entraram, grandes mãos calejadas taparam a boca de Eden e o agarraram por trás. O menino soltou um grito abafado, tentando se livrar do aperto. Dean buscou a faca especial, mas mais 3 demônios apareceram, agarrando os irmãos em apertos firmes.

— Vamos. — Os demônios empurraram-nos para mais adentro do armazém.

— Ótimo plano, Dean.

— Ei, ia funcionar.

Á sua esquerda, estava Amélia - ou o que deveria ser ela - exibindo seus olhos completamente negros. Atrás dela, Claire amarrada a uma cadeira, e á sua direita, Jimmy, nervoso.

— Têm a faca? — A mulher questionou os demônios, que responderam com um breve som de afirmação.

Eden tentou se libertar mais uma vez do aperto do demônio; sem sucesso. 'Estamos ferrados.', concluiu mentalmente, seus olhos checando cada canto do cômodo. 'Cas, ajuda a gente, por favor. Estamos completamente ferrados. Eu preciso de você.'

— Sabe o que é engraçado?

— Você bancando a super mãe? — Dean rebateu.

— Acham que eu ia me preocupar com a escolha da casca? — O demônio sorriu, as mãos nos bolsos. — Foi a primeira que eu vi. E olha quem caiu no meu colo? Apesar de que, eu gostaria muito de ter uma melhor... — Seus olhos pararam em Eden, que revirou os olhos.

— Vocês pegaram a gente. — Sam rosnou. — Pegaram o Eden. Deixem essas pessoas irem.

— Oh, Sam. É tão fácil agir cavalheiresco quando seus poderes de Menina Super Poderosa não estão funcionando, não é? — O demônio riu pelo nariz. — Agora vamos á piada. Todos morrem.

De repente, a mulher tirou do bolso uma arma e atirou. Jimmy grunhiu e caiu no chão, um ponto vermelho se fazendo em sua camisa branca. Eden gritou abafado e se debateu, recebendo um olhar feio da demônio.

— Cale a boca ou o próximo é você. — O ser pareceu pensativo. — Na verdade, nem precisa fazer escândalo.

Mais um tiro foi disparado. Dean e Sam assistiram de olhos arregalados Eden parar de se debater e ser solto, caindo com as mãos no peito, que sangrava demasiadamente. Ele se encolheu e tossiu sangue.

— Não! — Dean se debateu. — Sua vadia!

— Cuida da orfãzinha. — O demônio disse para o que segurava Eden até então. O homem alto andou até Claire, agarrando uma barra de metal e a balançando contra a menina, que de repente defendeu, seus olhos brilhando em azul. A menina colocou uma das mãos sobre a testa do demônio, que brilhou e gritou, caindo morto no chão.

De repente, todo o lugar estava vivo e vibrante. Dean e Sam brigavam com os demônios que os seguravam, Castiel, no corpo de Claire, falava com Jimmy, que estava morrendo, e Eden sentia o corpo mais e mais fraco e frio. O menino se arrastou pelo chão, deixando um rastro de sangue, mas parou quando sapatos apareceram na sua frente. Olhou para cima. Era o demônio possuindo Amélia.

— Você é bem resistente, não é? — Desferiu um chute no rosto do menino, que cuspiu sangue no chão e grunhiu alto. Mais um chute, contra o local ferido, e desta vez Eden soltou um grito de dor. A mulher se ajoelhou sobre Eden, o virando para que seu peito estivesse para cima, e agarrou o rosto do menino. — Vou possuir o Demônio do Controle. Quem diria!

— V-v... Volt-— Eden tentou falar, a dor em seu peito o impedindo. A mulher riu, mas de repente engasgou, fumaça negra saindo de sua boca. Eden arregalou os olhos, com medo de ser possuído, mas Sam apareceu em seu campo de visão, sangue ao redor de sua boca e em seu queixo, a mão estendida na direção dos dois. 'Ele tá fazendo de novo', pensou.

Castiel, já no corpo de Jimmy, se aproximou dos dois irmãos e de Eden no chão. Ele se ajoelhou ao lado do menino, que segurou sua mão. Estava frio, pálido e tremendo.

— C-Ca- — Tossiu sangue.

— Cas. — Dean chamou, um pouco desesperado. — Ajuda ele.

Castiel ajudou Eden a se sentar e apoiou-o em seu próprio corpo, sua mão flutuando sobre o local atingido. Brilho dourado iluminou o interior de sua palma e Eden de repente conseguia respirar e não sentia mais dor. Ele tossiu e tocou a camiseta agora seca, não havia mais sangue.

— Cas? — Chamou, vendo o anjo se levantando e andando na direção da porta.

— Cas, espera! — Dean andou atrás do anjo, que parou e se virou, seus olhos frios. — O que você queria nos contar?

— Eu aprendi a minha lição quando estava longe, Dean. — Começou. — Eu sirvo ao céu. Eu não sirvo aos homens, e definitivamente não sirvo a você. — E voltou a se retirar. Dean e Eden se encararam, assustados, e o menino impulsivamente se levantou e correu até a entrada, batendo a porta atrás de si.

— Castiel, seu desgraçado!

Castiel suspirou antes de se virar mais uma vez. Foi surpreendido por um soco potente em seu rosto. Desta vez, Eden não sentiu dor na mão.

— O que foi isso?! — Ele estava bravo. — Ninguém pede pra você servir a nós! Somos seus amigos!

— Amigos? — Castiel franziu o cenho. — Ser seu amigo foi o que me levou a ser retirado do meu cargo, em primeiro lugar.

— Foda-se o seu cargo! — Eden praticamente gritou. — Foda-se seu céu! Você passou o meu aniversário comigo, me proveu companhia diversas vezes, eu amo falar com você — Listou. — E você ainda tem coragem de dizer uma coisa dessas?

— Sei que é difícil de absorver isso- — Castiel começou, seus olhos ganhando frieza em meio a frase. Ele levantou os ombros, como se tentasse parecer maior. — e eu não ligo.

Eden bufou, respirando descompassado, achando que ia explodir. Os olhos de Castiel finalmente se iluminaram com emoção quando as íris do menino brilharam em um vermelho intenso, e ele deu um passo para trás.

Castiel sabia o que era aquilo. Sabia e não queria estar ali no momento. Sabia que Eden estava atingindo seu limite e que era culpa sua.

E ele não deveria ligar.

Castiel não se importava com Eden.

— Quer saber? — O brilho vermelho nos olhos de Eden sumiu. Sua voz era rouca e baixa. — Foda-se você. Some da minha frente, e espero que tenha o bom senso de nunca mais voltar.

Castiel se afastou em silêncio antes de bater as asas e sumir. Dean e Sam abriram a porta e passaram por ela, Dean se aproximando do menino.

— O que aconteceu? — Ele pegou nos ombros de Eden, que não o encarou. — Eden, você conseguiu falar com ele?

Eden encarou Dean, então Sam, e seus olhos pararam em Amélia e Claire. Ele balançou a cabeça.

— Ele não vai mais voltar.

Lá no fundo, Eden esperava estar errado.

ooiii hoje é meu aniversário!! tô fazendo 18 aninhos :)


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