Akuto

By MuaraAbreu

31.5K 4.2K 809

A sociedade era tóxica quando se tratava de classes sociais, principalmente com ômegas. Esses são seres consi... More

Capítulo 1
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28

Capítulo 2

1.9K 233 46
By MuaraAbreu

--- Estarei trabalhando no escritório. Se quiser algo, peça para uma das empregadas. — disse Sasuke tirando um cigarro do bolso de sua calça

O alfa colocou entre os lábios o entorpecente enquanto tirava a parte superior de seu terno e desabotoava os primeiros botões de sua camisa, deixando à mostra mais algumas tatuagens que desciam pelo peito.

— Tudo bem. — respondeu, enquanto via o alfa subir as escadas.

Naruto, ainda admirando a casa, andou até a cozinha onde viu algumas empregadas sentadas em volta de uma pequena mesa, conversando e rindo. Todos ali eram ômegas.

— Olá. — disse sorrindo gentilmente

As subordinadas se levantaram de uma só vez olharam-no de cima a baixo antes de começarem a cochichar e rir. Naruto sentiu uma pontada esmagadora em seu coração. Envergonhado, por estar patético diante dos criados e criadas da casa, Naruto saiu da cozinha com seus olhos azuis encapuzados cheios de lágrimas.

Por quê?

Sentia-se envergonhado, humilhado e insignificante. Mal havia chegado naquela casa e já desejava ir embora.

Ir para onde?

Agora era um homem casado. Não tinha como escapar, havia conseguido sair da tutela de sua mãe exigente e fria, e de seu pai ignorante ao seu sofrimento, no entanto, agora estava sob a tutela do alfa mais perigoso do condado e sob o mesmo teto de empregados preconceituosos e ridículos.

Com um suspiro fundo e entristecido, o loiro subiu as escadas, visando chegar ao quarto que passaria a dividir com seu marido. Abriu a porta do cômodo enorme, e pôde ver uma cama de casal grande no centro do quarto, uma sacada enorme e um banheiro imenso e luxuoso com regalias, e alguns poucos móveis de cores escuras.

O ômega adentrou o quarto e analisou os móveis e cada detalhe dentro daquelas quatro paredes. Naruto sentia-se um pouco intimidado com o tamanho do cômodo, podia passar dias lá dentro e, mesmo assim, não se sentiria preso.

— Deseja mudar algo?

Naruto se assustou ao ponto de gritar quando ouviu a voz atrás de si. O ômega girou rapidamente em seu próprio eixo, encontrando seu marido parado a poucos centímetros de distância.

— Desculpe, não desejei assustá-lo. — desculpou-se, com seu semblante culpado. Naruto apenas abaixou seus olhos timidamente, como sempre fora criado para fazer.

— N-não, está perfeito desse jeito! — O loiro permaneceu de cabeça baixa e entrelaçou as mãos na frente do corpo.

— Se não gostou da decoração, podemos mudar… — o alfa continuou

— Eu gostei dele desse jeito. É belíssimo e parece ser aconchegante. — elogiou, mas seus olhos não se levantaram em momento algum, causando desconforto no alfa. — Eu… posso tomar banho? — o loiro pediu e alfa sorriu.

Sasuke tirou o cigarro — seu segundo naquela noite — dos  lábios, sentido ele queimar entre seus dedos.

— Não precisa me pedir pra tomar banho, a casa é sua também. — respondeu docemente, apesar de estar indignado com o modo de agir do ômega.

— É que eu tenho que pedir permissão… — Sasuke levou o cigarro até os lábios mais uma vez, tragando-o, enquanto observava o ômega atentamente.

Apesar de repudiar o modo como Naruto se comportava, o alfa sabia que o loiro não tinha culpa. Na sociedade, ômegas sempre eram tratados como inferiores, submissos e meros objetos de satisfação. Naruto, mesmo sendo seu esposo, não mudaria do dia pra noite, já que viveu enclausurado por anos, sendo educado de maneira obsoleta e tão arcaica quanto a existência do fogo.

— Não, não precisa. — Sasuke se afastou do batente da porta, onde estava encostado e caminhou até o ômega. Colocou o indicador no queixo do loiro, levantando sua cabeça para que o encarece nos olhos. — Não quero que me peça permissão para comer, dormir e muito menos tomar banho. Eu não sou seu dono, sou seu marido, e meu dever é cuidar e proteger você. — o alfa não soltou o queixo do loiro e depois de uma curta pausa, continuou: — Esqueça tudo que lhe foi ensinado sobre ser inferior, pequeno ômega. Agora é meu marido, e cuidarei para que seja tratado com respeito.

O loiro sentiu seu coração errar uma batidinha quando o moreno se aproximou e deixou um beijo em sua bochecha com aqueles lábios antes de  se afastar e sair fechando a porta.

Quando Naruto se viu sozinho no cômodo, não conseguiu evitar o sorriso nos lábios.

Talvez, estar casado com o alfa mais temido da região, não seja assim tão ruim.

O ômega seguiu para o enorme banheiro e se deslumbrou com o que viu. Tudo era lindo, havia uma banheira enorme, um chuveiro e vários frascos de sabonetes, shampoos e cremes hidratantes.

Com um suspiro aliviado, o ômega seguiu até a banheira e a encheu com água quente para seu banho. Naruto começou a despir-se de suas roupas, enquanto esperava a banheira encher. Um suspiro aliviado e doloroso rompeu por seus lábios quando se viu livre do espartilho exageradamente apertado. Pelo grande espelho, conseguia ver as marcas avermelhadas escuras em sua pele, consequência do aperto incessante da peça de roupa durante o dia inteiro. O ômega sabia que ficariam roxas e a sensação dolorida demoraria um pouco para passar.

Assim que se livrou de toda a roupa, entrou na banheira e sentiu a sensação gostosa da água quente cobrindo seu corpo. O loiro ficou minutos aproveitando as sensações

Vez ou outra o loiro se pegava tendo pensamentos assustadores, onde a qualquer momento sua mãe ou até mesmo Sakura entrariam naquele banheiro e reclamasse com ele pela demora, mas, de forma medonha, o semblante de Sasuke fazia o medo ir embora.

Talvez pelo fato de saber que Sasuke, mesmo sendo mais perigoso que sua mãe e Sakura, não demonstrou hostilidade.

Depois do banho demorado, Naruto sentia-se sonolento, apesar de ainda estar dolorido. Vestiu um pijama de seda e se acomodou na cama enorme e se rendeu ao sono. Seu corpo merecia um descanso depois de um dia tão agitado.

                               ༺★☯♥☯★༻

Sasuke se atentou ao silêncio e a falta do ômega para jantar em sua companhia. Deixou o escritório e seguiu até a cozinha onde encontrou seus funcionários.

— Meu ômega já jantou? — perguntou com as mãos nos bolsos.

— Não, senhor Uchiha. — respondeu uma criada de cabelos vermelhos e uma expressão insatisfeita.

— Ele não desceu? — indagou novamente sem entender a razão do ômega estar tão recluso.

— Não o encontramos depois que chegaram. — mentiu uma das criadas. Sasuke não se deu ao trabalho de questionar.

— Obrigado. — agradeceu rispidamente enquanto saía da cozinha. — Sirvam o jantar, irei buscá-lo. — instruiu sem se dar ao trabalho de virar e olhar os funcionários.

Apesar de cansado, não estava irritado com o ômega, apenas curioso sobre o comportamento de Naruto. Não é possível que o ômega fique o tempo todo no quarto recluso, né?

Subiu as escadas em passos rápidos e assim que alcançou a porta, abriu-a, se deparando com a coisinha mais linda de toda sua vida.

O ômega loiro estava dormindo encolhido no meio cama. Seu rosto estava relaxado e seus feromônios estavam calmos e felizes, deixando seu cheiro doce e agradável.

Se aproximou da cama com cuidado e chegou perto o suficiente para tocar a pele do ômega, acariciando seu rosto enquanto dormia. Sasuke o cobriu com um grosso edredom, preocupado com a baixa temperatura do ômega.

Sasuke ainda ficou parado ao lado da cama, admirando a feição do loiro, que, apesar de serena, aparentava exaustão. Mesmo sendo cedo para se recolher, percebeu que Naruto estava cansado e o deixou dormir.

Saiu do quarto com cuidado e seguiu até a sala de jantar, onde a comida já estava servida. Fez sua refeição sozinho, como de costume. Ao terminar, seguiu novamente para o quarto e se preparou para dormir.

Mais tarde, já de banho tomado e com apenas uma calça de cetim preta, Sasuke tomou seu lugar ao lado de Naruto na cama. Não pôde deixar de sorrir quando o loirinho se aninhou em seus braços, inconsciente do que fazia.

      ༺★☯♥☯★༻

Naruto murmurou manhoso e se sentou na borda da cama, colocando os pés no chão frio, sentindo um arrepio subir pela coluna. Olhou em volta, e foi quando percebeu que seu marido já não estava mais na cama, porém seu cheiro estava impregnado no quarto. Se levantou em passos preguiçosos e lentos, adentrando o banheiro para sua higiene de rotina, entretanto, pulou de susto quando viu duas ômegas dentro do cômodo.

— Bom dia, senhor. — a ômega de cabelos vermelhos com cheiro de amora, falou com sarcasmo, arrumando os óculos de grau no rosto fino — Não queríamos atrapalhar seu sono, então o esperamos aqui no banheiro. Me chamo Karin, e essa ao meu lado, é Temari.

Naruto apenas concordou e observou as ômegas começarem a despí-lo. Era comum os nobres serem banhados, vestidos e alimentados pelos seus criados, mas ainda se sentia muito envergonhado ao estar nú diante de duas estranhas e não evitou levar os braços para tentar esconder seu corpo.

— Venha. — a ruiva puxou o ômega para a banheira que estava cheia de água e espuma.

Sentou-se sentindo a água morna arrepiar-lhe a pele. As ômegas passavam esponjas por todo o seu corpo e Naruto estava relaxado, até se assustar com a forte presença que entrou no banheiro.

— Senhor Uchiha! — as duas mulheres fizeram uma reverência um tanto exagerada em direção ao alfa que se encostou na porta e olhou diretamente para o ômega dentro da banheira. Naruto a essa altura estava tão envergonhado que se abraçava em consolo e auto-piedade.

— Vou preparar seu banho… — Temari se calou quando o alfa começou a se despir

Naruto rapidamente virou o rosto para o outro lado, sentindo suas bochechas esquentarem. Uma gargalhada ecoou pelo banheiro atraindo atenção do ômega, que encontrou o olhar divertido de Sasuke.

— Não se sinta envergonhado. Sou seu marido. Hora agora ou depois, iria ver-me assim.

Entrou na banheira, sentando de frente para o ômega. Sasuke esticou os braços e puxou Naruto para o meio de suas pernas, fazendo-o encostar as costas em seu peitoral com algumas tatuagens

— Saiam, deixe-me a sós com meu marido. — o tom autoritário fez até Naruto engolir em seco.

As empregadas saíram e deixaram o casal a sós. Sasuke começou a passar de forma delicada um esponja pelas costas do ômega. Pôde notar que a pele do loiro era macia e sensível, por causa dos avermelhados deixados no rastro da bucha ao passá-la por ali.

— Irei mandar que comprem esponjas melhores — Naruto apenas concordou com a cabeça baixa deixando que o alfa fizesse o que quisesse com seu corpo. — Olhe para mim. — Sasuke tentou não soar tão autoritário, não desejava intimidá-lo

O ex Uzumaki se virou e olhou para Sasuke, que segurou nas laterais de seu rosto e beijou a ponta de seu nariz com carinho, fazendo Naruto se arrepiar, coisa essa, que não passou despercebido pelo alfa, que sorriu com sua reação. Todavia o sorriso do alfa desapareceu quando notou as marcas roxas no corpo do ômega.

— O que é isso? — não estava gostando do que via .

— N-não foi nada. — o ômega se amaldiçoou por gaguejar. — Não foi nada. — repetiu um pouco mais firme. Não gaguejou mas falava tão baixo que se Sasuke não estivesse perto, não ouviria. — Foi a roupa apertada... — tentou explicar com um arremedo de voz.

— Que roupa foi essa? — Sasuke Indagou ainda mais enraivecido.

— O espartilho que usei durante  ontem...

O alfa ponderou por alguns segundos antes de falar:

— Não deve usar algo apertado ao ponto de te machucar! — Sasuke tentou soar gentil mas sua indignação era tão grande que não conseguiu disfarçar.

— Não foi eu... — murmurou a mais baixo que o normal, fazendo Sasuke se inclinar para ouvi-lo.

— Se não foi você, quem foi ? — perguntou com um pouco de raiva.

— Minha mãe... —  revelou com seu semblante contorcido em uma careta.

— Continue. — O Uchiha sussurrou, instigando o ômega a explicar.

— Minha mãe exigiu que a criada apertasse o  espartilho ao máximo.

Sasuke soltou um suspiro forte.

— Não será mais sujeito a isso. Nunca mais. — o alfa garantiu e continuou cuidando e mimando o ômega durante o banho.

Depois de minutos em silêncio, Sasuke percebeu que o loiro estava inquieto.

— Se quiser perguntar algo, não hesite. Não é necessário a espera por minha permissão. Apenas fale. — disse o alfa e Naruto tomou coragem.

— P-por que decidiu aceitar o casamento? — perguntou.

Era uma coisa que — além da raiva e triteza.  — rondava sua cabeça desde que soube do arranjo. 

— Porque eu senti que era meu ômega. — os lindos olhos azuis brilharam e ele sorriu com isso. Era lindo. — Naruto... você acha que algum dia poderá me amar?

O loiro arregalou os olhos diante da pergunta. Não esperava que o alfa tivesse sentimentos por si. O ômega se desencostou do corpo de Sasuke e  sentou-se de frente para ele, que lhe olhava atentamente.

— E-eu não sei. — ele mordeu o lábio inferior, estava receoso.

Naruto não desejava esse casamento, mas também não era o tipo de pessoa que gostava de contar verdades que magoava os outros. Não desejava magoar Sasuke com sua sinceridade.

— E-eu não sei... quer dizer... não nos conhecemos.

— Eu conheço você, mas entendo o quer dizer.

— Como me conheceu?

— Há um tempo atrás, vi você com sua mãe. Vocês estavam saindo de uma carruagem no centro da cidade, aparentavam estar indo à alfaiataria. Foi a primeira vez que eu o vi...

O alfa se deixou levar pelas lembranças

Flashback on:

Nove meses e uma semana atrás

Tinha acabado de comprar o jornal daquele dia. Queria saber mais sobre a situação no extremo norte do país. As revoluções contra o trabalho infantil estavam violentas, e doenças assolavam aquela parte do país pobre e com unidades de saúde precárias e com pouco investimento na industrialização.

Estava entretido na leitura quando senti um aroma leviano… com toda certeza, cheirava a morangos e laranjas.

Procurei meio afobado pela nascente daquele cheiro gostoso. Alguns até olhavam curiosos para minha pessoa que virava a cabeça para todos os lados possíveis rapidamente. Estou parecendo um louco, eu sei.

Comecei a nadar pela rua comercial atrás do aroma. Pura curiosidade da minha parte. Parei ao sentir que havia ficado mais forte. Consegui identificar de onde vem o delicioso cheiro de morangos com laranjas, como se fosse uma suave salada de frutas.

Era loiro, e possuía, no máximo, vinte e dois anos. Talvez menos. Estava acompanhado de uma mulher ruiva, provavelmente sua mãe, e uma outra mulher de cabelo rosa; pela roupa muito básica para alguém que frequentava aquele lado da cidade, era empregada da família.

Era um ômega, um dos poucos ômegas machos que pude ver na minha vida. Ele estava sendo puxado pela ômega ruiva até o outro lado da rua, onde ficava uma alfaiataria, enquanto atrás, fechando a porteira da carruagem, a empregada carregava uma bolsa.

Pude ver por míseros instantes seus olhos azuis. Sabe quando você está observando tudo ao redor e do nada, seu olhar para em uma pessoa, mas não de propósito? Então, foi exatamente isso o que ele estava fazendo.

Eu senti ali, naquele momento, que era dele que eu precisava. Era dele que meu âmago¹ precisava.

Talvez fosse loucura, mas o persegui durante todo o dia em que ele passou no centro comercial. Só parei quando tive que voltar aos meus próprios afazeres. Por minha vontade, teria continuado ali, mas o dever me chamava e a obrigação me gritava.

Flashback off.

— Desculpe, eu não fazia ideia...

— Tudo bem, não lhe exigirei nada, pequeno ômega. — deu um peteleco na testa do ômega e se levantou da banheira expondo seu corpo nú

O pobre loiro arregalou os olhos e tapou o rosto com as mãos sentindo suas bochechas esquentarem levemente. Ao assistir a reação engraçada de Naruto, Sasuke riu.

—  Por que a vergonha? Não tenho nada que você também não tenha, meu querido.

— M-mas o meu n-não é tão grande. — O Uzumaki murmurou envergonhado e o outro riu mais ainda.

— Não se preocupe, ainda verá isso muitas vezes... E sobre o tamanho, é proporcional já que sou um alfa. — o alfa se abaixou e deixou um selar carinhoso na pontinha do nariz do ômega que enrubesceu com o gesto.

Sasuke saiu do banheiro deixando o chão cheio de água e molhando tudo conforme andava, não se importando nem um pouco. Afinal, não é ele que irá limpar de qualquer forma. Deixou Naruto dentro da banheira completamente vermelho e com o coração pulando que nem coelho é batendo que nem canguru. O ômega nunca tinha visto um alfa livre de suas roupas em toda a sua vida, e ver seu marido assim completamente nú, pelado, despido, sem roupa, fez com que seu interior formigasse.

Naruto não soube quanto tempo ficou na banheira até se levantar e ir para o quarto se secar. Suas roupas, que as criadas haviam separado, jaziam em cima da cama.

Quando terminou de se vestir, desceu as escadas sentindo- se leve e distraído, porém se arrependeu de ter descido quando viu, no andar de baixo, seu marido conversando com outros alfas. O ômega abaixou a cabeça rapidamente e seu corpo tencionou.

— Naruto, venha aqui. — o Uchiha ordenou,

O loiro obedeceu  — ordens ainda são ordens —, andando até posicionar-se ao lado de seu marido fazendo uma reverência a todos na sala.

— Esse e meu marido, Naruto Uzumaki Uchiha.

— Uau! Ele é mais bonito pessoalmente, neh. — Um dos alfas falou olhando o loiro de cima a baixo.

Ele tinha cabelo azul e sorria para si, mas Naruto não o olhava, apenas se deu conta que esse mesmo alfa tinha um cheiro de maresia exóticamente maravilhoso.

— Não tinha coisa melhor? — uma mulher perguntou enojada,deixando seu cheiro de rosas mais forte na tentativa de intimidar o ômega

Coisa… então qualquer outra coisa seria melhor que eu? Eu não sou uma coisa, nem uma coisinha, e nem um objeto.

-— Sério?! Tantas ômegas e alfas mulheres que dariam lágrimas por você, e isso foi o que você escolheu?

— Não ouse insultar meu ômega dentro da minha casa! — Sasuke praticamente rosnou. Como ela se atreve? — Se achou ruim... — apontou com a mão, a porta. A mulher se calou e virou o rosto empinando o nariz. — Simplesmente saía. Já conhece a porta, é a mesma pela qual você entrou. Se continuar proferindo coisas pejorativas contra meu ômega novamente, não serei agradável, não serei educado, não serei controlado. — estava irritado e dizia tudo com raiva. — Creio que não deseja ter uma mancha em sua reputação comigo, senhorita Konan. — o alfa ironizou, ainda irritado, com seus olhos fuzilando a mulher de cabelos roxos.

— Parem com isso. — um outro alfa falou com a voz pesada

Naruto levantou minimamente os olhos. E viu um homem de cabelos ruivos e várias pecinhas de prata presas ao seu rosto. Seu cheiro era algo que não conseguia identificar.

— É um prazer conhecê-lo senhor Uzumaki. — ele disse.

Naruto o cumprimentou com um abaixar de sua coluna e logo voltava com ela para seu devido lugar.

Empregadas entraram no cômodo servindo chá para os alfas que agora conversavam sobre negócios, coisa essa que o loiro não fez questão de prestar muito atenção, até que seu marido tocou na sua mão. Isso havia chamado sua atenção.

— Melhor ir. Os cheiros estão ficando fortes e não devem ser agradáveis para você. — concordou e saiu, deixando-os ali sem realmente se  incomodar em se despedir

Agora estava em busca de algo pra se distrair. Pensou em ir para o quarto, mas mudou de ideia quando viu uma porta meio esverdeada no final do corredor. Era muito curioso, e por isso, entrou no local dando de cara com uma biblioteca enorme, o cômodo era dividido em dois andares e nesses andares cada haviam várias prateleiras, e cada uma dessas prateleiras era repleta de livros.

Sempre amou ler, e saber que tinha uma biblioteca dentro de sua nova casa, foi uma descoberta maravilhosa, já que ômegas não podiam sair de casa sem seus alfas — por segurança, devo ressaltar. — pois poderiam ser confundidos com um meretriz e isso era a última coisa que queria.

Passou os dedos nas lombadas grossas dos livros empoeirados, maravilhado com a visão. Neste momento se considerava um homem de sorte por saber ler, já que muitos ômegas machos vem de famílias pobres — a maioria da população em si, é pobre — e não tem tempo, nem condições para pagar por estudo, muitas vezes acabam trabalhando nos campos e em feiras muito cedo, ou até como meretrizes.

O loiro pegou um dos livros:

O nome da rosa

— "O sono diurno é como o pecado da carne: quanto mais se tem mais se quer, contudo nos deixa infelizes, satisfeitos e insatisfeitos ao mesmo tempo." "Se libertar do medo do diabo é sabedoria." "Do único amor terreno de minha vida, não sabia, e nunca soube, o nome."

༺★☯♥☯★༻

Âmago: a parte mais íntima ou fundamental; essência.

Fanfic original da autora bille-b

A autora me deu a história e me autorizou a reescrever e repostar.

Reescrita e repostada por mim e a minha querida Lyana138, Muito obrigada pela ajuda e pela capa maravilhosa.

Continue Reading

You'll Also Like

4.9K 529 15
"Sasuke é um jovem que após perder seus pais quando criança, teve que mudar sua identidade para sobreviver, ele é conhecido como uma simples empregad...
2.4K 182 19
Depois da morte do Xerife Stilinski, Stiles se mudou com seus melhores amigos, Scott Mccall, Vernon Boyd e Jackson Whittemore para a casa de praia do...
643 69 20
também tem no Spirit Sasuke um playboy alfa lúpus que estuda na escola de konohigh School particular tem 23 anos e um mimado Naruto uma pessoa simp...
937K 46.6K 70
"Anjos como você não podem ir para o inferno comigo." Toda confusão começa quando Alice Ferreira, filha do primeiro casamento de Abel Ferreira, vem m...