Por Megan
Perco o sono, olho o relógio e são quase seis da manhã e nenhum sinal de Oliver.
Pego meu celular, para ver se há alguma mensagem ou chamada perdida… Nada!
Sem sono, me sento na cama e, com o celular nas mãos, mando mensagem para Oliver.
“-Oliver, está tudo bem?”
Alguns minutos depois, ele me responde.
“-Oi, princesa. Desculpe pela falta de informação, mas eu estou resolvendo um problema aqui no hospital. Logo estarei a caminho de casa e, quando chegarmos, conversamos melhor, sim?”
Resolvo esperar que ele chegue em casa para perguntar, mas não nego que fiquei preocupada.
“-Tudo bem, irei esperá-lo. Estava preocupada com você.”
“-Desculpe por preocupá-la, mas conversarei com você assim que eu chegar. Você está bem?”
“-Sim, meu querido. Estou bem. Acordei, percebi que não estava aqui e que nem havia dado notícias, então me preocupei. Mas está tudo bem. Estarei o esperando aqui. Te amo!”
“-Te amo. Logo mais estarei em casa. Se cuida!”
Ponho meu telefone ao meu lado na cama.
Não consigo voltar a dormir. Olho no relógio e são quase sete da manhã.
Inquieta, me levanto e vou tomar um banho para tentar relaxar um pouco.
Coloco meu roupão e, ao sair do banho, vejo Oliver sentado na cama.
Seu rosto abatido, a camisa meio aberta, as mangas de sua camisa suspensas, o cabelo desalinhado e seu olhar vago, mostram que algo não está bem.
-Chegou há muito tempo? - caminho até ele, parando em sua frente.
Ele nada diz, apenas abraça minha cintura, escondendo seu rosto e percebo que está chorando.
Seu choro é silencioso, só sei que está chorando por esconder o rosto e escutar suas fungadas.
-Ei, o que houve? -pergunto passando a mão por seus cabelos e sentindo sua angústia.
Mesmo querendo saber o que aconteceu, prefiro deixar que ele diga no tempo dele.
Instantes depois, vejo que ele puxa o ar, limpando as lágrimas e dando um beijo em minha barriga.
Pego a garrafa de água, que estava ao lado da cama e entrego a ele.
Vejo que ele bebe a água e, seus olhos, agora vermelhos, me olham.
-Meg, me desculpe por chegar agora e não tê-la avisado antes. A noite foi horrível! - diz e sua voz sai grave e mais baixa que o normal.
-Não se preocupe com isso! Quer conversar? - digo, me sentando em sua frente, enquanto ele tira a camisa e abre o botão de sua calça, como se algo o estivesse o sufocando.
-Meg, meu pai… - encosta sua cabeça na cabeceira da cama e percebo que seus olhos se enchem de lágrimas novamente. - Meu pai teve um IAM!
-O QUE? -digo, colocando a mão na boca e me aproximando dele, percebendo que ele chora novamente.
-A noite foi uma merda, Meg! Tudo saiu do controle. Meu pai começou a passar mal, enquanto estávamos no pub. James e eu corremos com ele para o hospital e agora ele está lá… - para de falar, puxa o travesseiro, escondendo o rosto e chorando.
Mesmo bastante preocupada e aflita com meu sogro, a minha aflição não chega nem perto do que Oliver está sentindo.
Guardo minhas lágrimas e me abstenho a perguntar o que aconteceu e acabo optando por deixá-lo falar tudo em seu tempo.
É hora de ser forte por ele e respeitar seu tempo!
Me aproximo dele, tiro o travesseiro de seu rosto e o puxo para perto, o abraçando. Sinto quando ele põe sua cabeça em meu ombro, escondendo seu rosto.
-Eu não sei direito o que houve, mas o que quer que tenha acontecido, saiba que eu estou com você e confio muito que Richard ficará bem, Oliver. Se quiser chorar, chore. Se quiser gritar, grite. Mas não entregue os pontos, meu amor. Seu pai está internado e você precisa ser forte por ele, como ele já foi muitas vezes por você! Seu pai é forte, Oliver…Ele sairá dessa, eu tenho certeza!
-Eu estou com medo, Meg. Ver meu pai com todos aqueles fios ligados aos aparelhos, me deixou com medo de perdê-lo. Meu pai é meu espelho e meu exemplo... Se algo acontecer à ele, eu não sei o que será de mim!
-Eu imagino como esteja se sentindo, Oliver, mas não é momento de se entregar e pensar no que não aconteceu e, com fé, não irá acontecer, meu amor!
Quem é o médico que está de frente no caso de seu pai? -pergunto e sinto que ele já não chora mais e se afasta um pouco, bebendo água, tirando os sapatos e esticando as pernas na cama, mas não menos aflito.
-Meu pai está aos cuidados de Rick. James queria ter ficado na sala, mas ele não tinha condições. Ele insistiu em ver o nosso pai, até que eu entrei com ele e… -vejo que se esforça para não chorar. - o vimos deitado e sedado. Rick me disse que o fato James e eu termos corrido com meu pai para o hospital, o ajudou a não evoluir demais em seu IAM.
-Ele ficou sozinho lá? Se sim, eu posso ficar lá com ele. Logo mais eu tenho que ir trabalhar mesmo. -Põe sua mão, carinhosamente sobre minha perna.
-Não, princesa. Seus pais e minha mãe estão lá com ele. James queria ficar também, assim como eu, mas nossos pais acharam melhor eu vir e te avisar, assim como acharam melhor que James fosse para casa e tentasse descansar. Quem conseguiu tirá-lo do hospital foi a Selena. Ela conversou com ele e o levou para casa, daqui a pouco ligarei para saber como ele está, tenho que agradecê-la depois.
Eu vim em casa para tomar um banho, avisá-la, saber como está e voltarei para o hospital. Não se incomoda, não é?
De onde o Oliver tirou a idéia de que eu iria me chatear por ele querer ficar ao lado do pai? Eu faria o mesmo!
-Claro que não me incomodo, até porque eu irei junto e nem tente me impedir. Mas fiquei surpresa por saber que meus pais estão lá. -digo, colocando minha mão sobre a sua.
É nítido o cansaço de Oliver. Seus olhos fundos e sua fala mansa denunciam seu cansaço, tanto físico como mental, mas sei que ele se negará a descansar, mesmo que eu peça e eu não o julgo por isso. Só me resta acompanhá-lo e não deixá-lo sozinho.
-Liguei para seu pai e pedi que trouxesse minha mãe, já que eu fiquei preocupada dela dirigir de madrugada. Ele achou melhor trazer sua mãe, já que ela tem mais intimidade com minha mãe do que ele e ela teria mais jeito para lhe contar sobre o ocorrido. Mas, por favor, não se sobrecarregue, lembre-se que está grávida… - o interrompo.
-Gravidez não é doença, Oliver. Eu não o deixarei sozinho e isso não é negociável. Todas as vezes em que eu precisei de você, você estava lá por mim. Agora, somos apenas um e eu não o deixarei sozinho!
-Teimosa! - diz me abraçando. - Eu te amo e queria tentar entender como você consegue me trazer tanta paz, em meio à toda essa tormenta.
Passo a mão em seu rosto e ele fecha os olhos absorvendo o carinho.
-O dia em que você conseguir descobrir, me avise, pois eu sempre me sinto em paz quando você está por perto!
Sorri e me dá um beijo de leve.
Oliver se levanta e toma um banho, enquanto eu vou para o closet separar nossas roupas para irmos para o hospital.
Depois de terminarmos de nos arrumar, descemos para tomar café e Oliver me conta tudo o que aconteceu no pub.
-Oliver, as palavras dele, dirigidas a mim, não me importam. O que realmente importa é que você saiba que o que sinto é verdadeiro. O que me incomoda é ele tocar no nome de nossa filha, mas sei que ele está fazendo isso para tirá-lo do sério, porque ele sabe que entre você e James, você é mais calmo e tenta relevar tudo. O que ele quer, é tirá-lo do eixo… - sou interrompida por ele.
-Meg, se a intenção dele é me tirar do sério, ele conseguiu. Eu posso ser mais calmo do que James e relevar muita coisa para evitar qualquer tipo de confusão, desde que não tenha você e minha filha no meio. Qualquer um que tente falar ou fazer algo contra você e nossa filha, conhecerá minha pior parte e Thomas não está desavisado, ainda mais depois do que causou ao meu pai! - diz e vejo fúria em seus olhos.
Suas palavras, ao mesmo tempo que me causam conforto, me trazem medo. Oliver está completamente irritado com tudo o que aconteceu e, em suas palavras, deixa nítido que não deixará barato o que Thomas causou.
Terminamos nosso café e nos encaminhamos para o hospital. No caminho, ligo para Selena, para ter notícias de James e ela diz que eles estão se arrumando para voltar ao hospital.
-Meg, você sabe que tem alguém passando informações ao Thomas, não é?
-Sim, eu sei. E acredito que seja alguém próximo de nós.
-Exatamente, Meg. É bom que fiquemos atentos a todos. Eu não descarto ninguém…
-Nesse momento, eu também não. Principalmente aos que estavam presente no chá da Olívia.
-Isso mesmo. - responde, atento ao trânsito.
Oliver puxa a minha mão e a beija.
-Tente não se preocupar demais, lembre-se de que está carregando nossa filha. Cuidarei de tudo e tudo ficará bem. Só peço para que não ande por aí sozinha e nem que dispense os seguranças e o motorista.
-Pode deixar. Te amo!
-Eu também a amo muito mais do que possa imaginar!
Mais uns instantes e chegamos ao hospital.
De mãos dadas, Oliver carrega minha bolsa e, no elevador, encontramos Andy.
-Oliver, fiquei sabendo que seu pai deu entrada essa madrugada aqui. Sinto muito! - diz Andy, o abraçando.
Era completamente estranho ver o Andy falar sério, já que na maioria das vezes, estava sempre fazendo piadas!
-Obrigado, Andy. Como soube que meu pai deu entrada, essa madrugada, se não nos cruzamos e você não estava de plantão? -Oliver vai desconfiar até da própria sombra.
-Bem, é que quando eu cheguei hoje, estavam falando na cantina. Até tentei ir até você, para falar com você, mas você já não estava mais aqui no hospital. -explica.
-Entendi. Obrigado, Andy! Agora eu preciso descer. - responde Oliver.
-Ei! O que foi isso? Vai interrogar à todos que forem falar com você?
-Se necessário, sim! Até que eu descubra quem está passando as informações para o filho da puta do Thomas, todos são suspeitos! Por enquanto, a única pessoa que está fora da minha lista, é Selena. Porque eu vi o quanto ela se esforçou para acalmar meu irmão e minha mãe. E o fato de saber o trauma que ela carrega e, ainda assim, abdicou de sua dor para acolher meu irmão e minha mãe, é algo que conta bastante. E saber que você a conhece desde muito nova, também me faz tirá-la de minha lista, por enquanto…
-Ok, Sherlock Holmes! Vamos.
Ele ri, de leve e caminhamos até o corredor onde está minha mãe e minha sogra.
-Oi, minha filha! Como está? - pergunta minha mãe, bem abatida.
-Estou bem, mamãe. -digo a abraçando.
O abraço de minha mãe, me traz um conforto absurdo!
-Oi, Sarah. É algo bem idiota o que irei perguntar, mas como está? -pergunto à minha sogra, vendo que minha mãe abraça Oliver.
-Já tive dias melhores, minha querida. Mas tenho que ficar bem, não é? Temos que ficar bem para mantermos esses homens de pé! -diz minha sogra.
-Concordo. -digo e Sarah passa a mão em minha barriga.
-Como está minha princesinha?
-Está bem, graças a Deus.
Minha mãe e Oliver se unem à nós.
-Seu sogro está lá dentro, Oliver. Ele estava inquieto aqui fora e perguntei ao Dr. Rick se ele poderia ir vê-lo. -diz minha sogra.
-Sem problemas. Eu vou entrar e conversar com o médico para ter notícias sobre meu pai. Meg, tente levá-las para comer algo na cantina. Elas estão aqui desde a madrugada…
-Sim, eu irei! Olívia acabou de dizer que quer comer um sanduíche de queijo e presunto! - digo e eles acabam rindo. -Qualquer coisa, ligue para o meu celular. Assim que terminarmos de comer, voltaremos para cá.
Oliver se aproxima de nós e me dá um beijo. E, em minha sogra e minha mãe, lhes dá um beijo na testa.
-Se cuidem, por favor. Lembre-se do que eu falei com você no carro, Meg! -diz Oliver.
-Pode deixar. -respondo.
Ao chegarmos na cantina, minha mãe e minha sogra tomam apenas um café, enquanto eu como um sanduíche e bebo refrigerante.
Vejo que Mark se aproxima de nós.
-Oi, bom dia! Meg, fiquei sabendo que seu sogro está aqui, não é? - minha língua é maior que minha boca.
-Sim, como soube, se o ocorrido foi na madrugada e você não estava aqui? -pergunto, o encarando.
-Bem, você como que as notícias correm pelo hospital, não é? Ele está bem? Em que andar ele está? Queria falar com Oliver.
-Entendi. As notícias correm rápido mesmo... - digo o olhando. Avisarei à Oliver que quer falar com ele. No momento, ele está ocupado. Mas, de qualquer modo, agradeço a preocupação.
-Por nada, Meg! Podem contar comigo. -responde Mark, saindo em direção à sala de medicação. Tenho que lembrar de avisar à Oliver.
Minha mãe apenas me observa. Pelo que conheço de dona Samantha, já deve saber que estamos desconfiando de algo.
Pelo pouco que escutei, minha sogra ainda não sabe o real motivo de meu sogro ter tido um IAM.
-Eu só quero que ele saia dessa logo! Eu não vou embora até que ele esteja bem e fora de perigo. Eu me sinto inútil por não conseguir fazer nada para tirar o meu Richard dessa! -diz minha sogra, olhando para a xícara em sua frente, deixando que algumas lágrimas escorram por seu rosto.
-Sarah, você precisa tentar descansar. Tome um banho, coma algo e volte para cá. -digo à ela.
-Eu concordo com Meg, Sarah. Se você quer estar ao lado do seu marido, precisa se manter forte. Para isso, precisa descansar um pouco. Ele não ficará sozinho. Tem Oliver, James, Paul, eu e Meg.
-Sim, Sarah. -digo, colocando a mão por cima da mão de minha sogra, que chora.- Precisa descansar. Ele ficará bem e precisará de você! Se quiser, pode ir para minha casa ou para a casa de Oliver. Você quem decide!
Minha sogra respira fundo.
-Bom, seguirei o conselho de vocês! Meg, minha querida, onde fica o banheiro?
Mostro e minha mãe pergunta se ela precisa de companhia, ela se nega e ficamos minha mãe e eu conversando.
-Que barra, minha filha.
Oliver contou tudo ao seu pai, que está uma pilha de nervos, ainda mais depois de saber o que ele falou sobre você! Não nego que também estou com raiva desse babaca!
Sarah ainda não sabe o motivo que levou Richard a ter um infarto. Oliver e James optaram por não contar nada à ela agora. Oliver teme que, assim como Richard, ela passe mal. Mas disse que assim que o estado dele estabilizar, conversará com ela. Seu pai está de olho em Richard, a pedido de Oliver, que teme que Thomas apareça. E ele já deixou claro que ele não terá acesso ao pai, devido às coisas que ele disse à Richard. Seu pai está estressado, nervoso e como um cão de guarda!
-Como eu imaginei, mamãe. Só espero que não demorem muito a contar à ela, porque Sarah é bastante ligada aos filhos e logo notará que Thomas não está aqui e irá querer a presença do filho aqui. Isso só iria piorar as coisas. E acho que Thomas não seria louco de pôr os pés aqui. Depois de Oliver me contar que ele tomou uma bela surra de James. E, diga-se de passagem, uma merecida surra!
Falo e sinto vontade de eu mesma dar uma surra nesse idiota, para que ele aprenda a ser homem!
-Deus nos livre de confusão nesse momento, Meg! Não é um momento propício e todos estão de cabeça quente!
-Vamos rezar para que o quadro de Richard se estabilize e, assim, possamos refrescar nossas mentes e evitar maiores danos!
-Concordo, minha filha. -diz minha mãe, bebendo seu café e se mostrando apreensiva.
Minha sogra volta e, minha mãe e eu encerramos o assunto.
Terminamos de comer e nos encaminhamos para a sala de espera, onde Richard está internado.
Subimos e James me manda mensagem avisando que está chegando.
-A hora que quiser ir para casa, me avise que eu a levo, Sarah! - digo.
-Não, Meg! Deixa que eu a levo. É melhor que fique aqui com Oliver, se você estiver bem, é claro. A senha da porta de sua casa é a mesma? Sua casa é mais próxima daqui do que a de Oliver.
-Tudo bem, mãe. Sim, a senha da porta é a mesma. Fazem bem em ir para lá. Vou mandar mensagem para Cora e perguntar se ela pode ir lá para minha casa e preparar algo para vocês.
-Obrigada, Meg! -diz minha sogra.
Conversamos um pouco mais e, eu começo a ficar angustiada com a falta de notícias.
Inquieta, me levanto, disfarçando meu mal estar.
Oliver já entrou faz um tempinho e, até agora, nem sinal dele e de meu pai.
Essa falta de informação me deixa angustiada e inquieta!
-Meu filho, que bom que veio! O que houve com seu rosto?
De costas continuo, do jeito que James e Selena me conhecem, perceberia meu mal estar.
-Nada demais, mamãe! Onde está o papai? Quero notícias dele! Quando a senhora me mandou mensagem, eu vim correndo.
Olho para trás, percebendo que a voz não era de James e sim de Thomas!
-Vamos, mãe... Por favor, me diga como faço para entrar e ver o papai! -diz abraçado à Sarah.
Sinto medo, angústia, enjôo, aflição e uma pequena crise de ansiedade. Ponho minha mão sobre minha barriga, na tentativa de dissipar esses sentimentos que me afligem.
Olho para a porta da sala e nada do Oliver aparecer. Os seguranças contratados por Oliver, não ficam aqui, somente os seguranças do hospital, que nesse momento, não irão intervir, já que, aos olhos de muitos, essa situação é apenas um surto de nervoso de membros da família.
Minhas pernas ficam moles, minhas mãos tremem, meu coração acelera. Minha mãe se aproxima de mim e me pede calma, percebendo que não estou bem.
-Se acalme, por favor. Pense em sua filha. Eu estou aqui, seu pai, seu noivo e nada te acontecerá! -diz minha mãe, sussurrando em meu ouvido e ficando em minha frente, como se estivesse me blindando de algo.
-Onde estão os meus irmãos, que deveriam estar aqui com ele? - diz, forçando choro e exaltando a voz.
Seu fingimento é tamanho e me causa nojo. Como pode ser tão podre? Preciso me acalmar e segurar minha boca!
-Procurando por mim, seu otário? Eu estou aqui! Pode acabar com a porra do fingimento!- a voz de James ecoa pelo corredor.
James fecha seus punhos, acelera os passos, tentando ser contido por Selena, que me olha, como se tentasse me perguntar o que fazer. Mas nesse momento, estou tão perdida como ela.
-Você está no lugar certo, seu ladrão de merda. É daqui direto para o necrotério! -diz James, furioso.
-O que está acontecendo, James? Acalme-se. -diz minha sogra. Tentando conter James.
-James, lembre-se de que seu pai está naquela sala e precisa de você. Não caia na dele. Foque em seu pai e, agora, em sua mãe, por favor! - diz Selena, totalmente apavorada.
Ao olhar para trás, vejo meu pai, de braços cruzados, na porta da sala onde Richard está.
Sua cara não é das melhores e isso denuncia que é tarde demais para evitar uma confusão!
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Sam
Paul
Sarah
James e Selena
Os Windsor's
Andy e Mark