A Princesa e o Guerreiro

By _LAISLINO

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~> [ Concluída ] <~ Suyen Mizuki e Katsuki Bakugou. Pertencentes de duas realidades sociais totalmente difere... More

⚠ AVISO! ⚠
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Capítulo 1 | Recordações
Capítulo 2 | Seu Grosseiro de Merda!
Capítulo 3 | Aliança Entre Reinos
Capítulo 4 | Os Preparativos
Capítulo 5 | Rei Toya Todoroki, Muito Prazer
Capítulo 6 | A Dança
Capítulo 7 | Visões
Capítulo 8 | União Estável
Capítulo 9 | A Verdade
Capítulo 10 | Entre Tapas e Beijos
Capítulo 11 | Um Passeio
Capítulo 12 | Encontro
Capítulo 13 | Reencontro
Capítulo 14 | Eu Desisto...
Capítulo 15 | Flechas
Capítulo 16 | Sensações Perturbadoras
Capítulo 17 | Seu Nome
Capítulo 18 | Promessa
Capítulo 19 | Conselhos
Capítulo 20 | Maldito
Capítulo 21 | Chamado
Capítulo 22 | Nervoso Estranho
Capítulo 23 | Carta
Capítulo 24 | Ida Ao Desconhecido
Capítulo 25 | Descobrindo, Explorando e Sentindo
Capítulo 26 | Surto Apaixonante
Capítulo 27 | Sofrimento
Capítulo 28 | Sem Escolha
Capítulo 29 | Você me ama?
Capítulo 30 | Luto
Capítulo 31 | União Desgraçada
Capítulo 32 | Noite de Núpcias
Capítulo 33 | Saúdem a Rainha!
Capítulo 35 | O Caos Começa
Capítulo 36 | Aprisionada
Capítulo 37 | Desejo Chulo
Capítulo 38 | Descoberta
Capítulo 39 | Meu Herdeiro
Capítulo 40 | Esperança
Capítulo 41 | Meu Filho
Capítulo 42 | Coragem
Capítulo 43 | Livre
Capítulo 44 | Nova Vida
Capítulo 45 | Déjà-vu
Capítulo 46 | Um Ancião?
Capítulo 47 | Perda
Capítulo 48 | Calma
Capítulo 49 | Poder Herdado
Capítulo 50 | Decisões
Capítulo 51 | Partida
Capítulo 52 | Chegada
Capítulo 53 | Batalha Travada
Capítulo 54 | Grand Finale
Capítulo 55 | Paz
Epílogo | Nós
⚠ AVISO! ⚠

Capítulo 34 | Revelação Cruel

36 1 2
By _LAISLINO

| _________ ࿇ _________ |

[ 17:10 ]
= Após a cerimônia, no Salão Central do palácio Real =

Como em todas as outras coroações que já ocorreram nesse Reino, a tradição "pede" que aconteça uma comemoração especial no palácio Real. ― o que considero uma grande besteira.

Não que eu não goste de festas, bailes, ou coisas do tipo. Pelo contrário, eu amo, mas...argh! Eu não estou com cabeça para ficar aqui, agradecendo os parabéns dos líderes poderosos que havia convidado e discutindo os "meus próximos passos" para a economia desse Reino subir.

Desde que eu cheguei naquela Catedral, desde que eu desci daquela carruagem, as falas do maldito do Toya não param de se repetir em minha mente. Ele se dirigiu à mim de uma forma tão deselegante e desrespeitosa, como se eu não fosse absolutamente nada para ele, a não ser uma mulher qualquer. Eu realmente me assustei com aquilo, mas entendi que não vale a pena sentir medo de alguém que, daqui poucos minutos, já estará nas mãos da justiça.

Assim que a poeira baixar nesse Salão e eu poder sair daqui sem levantar suspeitas de mais ninguém, resolverei as minhas pendências com aquele idiota metido à Rei. Não tenha dúvidas disso! Eu o colocarei em seu lugar de direito! Que é atrás das grades, nas masmorras, para nunca mais ver a luz do Sol!

Suyen: Ochako? ― me aproximo com discrição dela, sem chamar muita atenção. ― eu vou subir para a Sala do Trono e quero que você chame o Toya para mim, sim?

Uraraka: chamá-lo? ― ela se volta para mim, um tanto espantada. ― oh...a vossa majestade não está querendo dizer que...-

Suyen: apenas chame-o quando eu subir, okay? Preciso falar urgentemente com ele. ― esclareço e logo lhe dou as costas, sendo rápida e discreta nos movimentos.

Bom, vai ser agora, ou nunca. Preciso resolver as minhas questões com o Toya o mais rápido possível, antes que seja tarde. Só espero que...ele não resista quanto a prisão.

• ࿇ •

[ 17:30 ]

Já haviam se transcorrido alguns bons minutos e eu ainda não tinha sinal algum do Toya.

Ou a Ochako decidiu aguardar mais um pouco para chamá-lo, ou ele está simplesmente me ignorando. Até porque, perante a maneira que ele agiu comigo na carruagem, eu não duvido de mais nada da sua parte.

De qualquer forma, eu sei que ele virá. O que queremos um com o outro é recíproco. Embora ele ainda mantenha oculto o seu lado demoníaco e maléfico, eu estou ciente do que ele deseja, que é o meu Reino. E bom...se bem o conheço, ele fará de tudo para tê-lo. Possivelmente...até me tirar do seu caminho.

Eu sei, isso soa meio frio, mas eu não vejo porquê omitir a realidade. Melhor ser sincera comigo mesma do que ficar criando expectativas "bondosas" com relação ao Toya Todoroki. Katsuki me alertou muito bem sobre ele e eu me sinto preparada para confrontá-lo, seja lá o que me custe.

Toya: mandou chamar-me, majestade?

Sua voz, que parecia possuir um tom muito mais sinistro e perverso do que o normal, ecoou por aquele cômodo, retirando-me à força dos meus pensamentos fúteis.

Toya: desculpe-me. ― pede formalmente, realizando uma breve reverência perante mim antes de entrar no recinto. ― não era a minha intenção assustá-la.

Suyen: sem problemas. ― me volto para ele, sorridente. ― eu não me assustei. ― nego, mantendo a solidez na voz. ― a minha dama de companhia demorou para chamá-lo, ou...você simplesmente quis se atrasar?

Toya: perdoe-me, minha majestade. ― alcança a minha mãos direita, levando-a aos lábios com agilidade. ― não culpe a sua amiga Uraraka, ela me transmitiu a sua ordem de forma exemplar. Eu assumo que realmente me atrasei, por erro próprio. Espero que compreenda e não se magoe, sim?

Quantas palavras estúpidas. Ele acha o quê? Que eu esqueci o que aconteceu na carruagem?
Mas que idiota mais cínico!

Suyen: com todo o respeito, Rei Toya... ― recolho a minha mão e me afasto dele, sendo perspicaz e cautelosa. ― perante o que soube, e o que presenciei do senhor, dispenso com toda a gentileza as suas explicações sem fundamento algum. ― declaro, ignorando aquela expressão confusa da parte dele. ― não ouse olhar-me assim. É claramente um insulto depois de como se referiu à mim a caminho da Catedral, horas atrás. Lembra-se disso, vossa alteza? Ou, precisei refrescar a sua memória de ancião? ― ironizo, já exausta de ser tão "boazinha".

Toya: por favor, Suyen. Você está...-

Suyen: para você é Rainha Suyen, entendido? Ou então... ― respiro fundo, tentando manter a calma. ― ao menos, utilize algum pronome da realeza. Tudo bem?

Toya: como é? ― libera uma breve gargalhada, achando que eu estivesse brincando. ― e-eu realmente não estou lhe entendendo, majestade. ― se faz de inocente, uma atitude que me deixa profundamente irritada. ― eu achei que entre nós dois não existisse essa...-

Suyen: "nós dois"? Como assim, "nós dois"? ― o interrompo, sem qualquer receio de estar exagerando. ― qual o seu problema, hein? Depois de tudo o que me disse, depois da forma chula que se dirigiu à mim, ainda tem a audácia de citar "nós dois"?

Toya: somos casados, Suyen. Por consequência, esse "nós dois" existe e...-

Suyen: casados é o cacet*, okay?! ― disparo, já cansada de manter as minhas verdadeiras emoções ocultas. ― você realmente acha que eu levei aquela cerimônia medíocre de matrimônio a sério?! Acha que eu o considero como o meu marido?! Acha que... ― retiro a minha aliança, sentindo um baita alívio por aquilo ser retirado de meu dedo anelar esquerdo. ― ...acha que essa jóia idiota significa alguma coisa para mim?! A ponto de te aceitar, Toya?! ― a lanço contra o chão, escutando o seu tilintar repetitivo seguir para qualquer canto dessa vasta sala.

Toya: vo-você não está pensando direito, Suyen. O que eu lhe disse na carruagem foi apenas um...um...-

Suyen: "um" o que, hein?! UM O QUÊ?! ― me aproximo dele, olhando no fundo dos seus olhos, sem qualquer temor. ― um deslize?! Um erro?! Ou, um momento inoportuno de revelação?! Onde você decidiu mostrar quem realmente é?!

Toya: ma-mas o que você está...-

Suyen: eu já sei de tudo, 'tá? Absolutamente, tudo! ― afirmo, acabando por surpreender aquele desgraçado da forma que queria. ― achou que iria me esconder até quando? Achou que iria me enganar até quando? Eu tenho informantes, Toya Todoroki. Informantes que me deram certeza absoluta de que você... ― levo o meu dedo até o meio da sua face, expressando, de pouco em pouco, o meu ódio. ― ...de que você não presta, ouviu?! De que você não passa de um farsante! De um traíra! De um...-

Toya: veja lá como fala comigo, Suyen! ― ele segura o meu pulso, tirando o meu dedo de perto da sua face à força. ― está me insultando de tudo quanto é nome, mas esqueceu de que não é apenas eu que cometo erros aqui. Não é mesmo?! ― eleva o tom de voz, segurando-me de uma forma que já estava começando a me machucar superficialmente. ― que tal voltarmos a nossa conversa na carruagem, hein?! Que tal voltarmos ao fato de VOCÊ TER ME TRAÍDO COM UM FILHO DA P*TA VAGABUNDO E SEM TETO?!

Suyen: quer comparar as suas galhadas de mais de meses com o golpe de governo que você daria em meu Reino?! Isso é sério, Toya?!

Toya: meses?! MESES?! ― o seu aperto em meu pulso aumenta, levando-me a gemer baixo de dor. ― você estava me traindo com aquele desgraçado há mais de meses, Suyen?! Você não tem vergonha de dizer isso assim?! Justo na minha cara?!

Suyen: vergonha?! ― abro um sorriso travesso, relevando o olhar mortal que recebia dele. ― como eu posso ter vergonha de algo que eu adorei fazer, hein? ― admito, olhando no fundo das suas pupilas azuladas. ― você não tem noção do quanto foi bom, Toya. Todas as vezes, definitivamente todas as vezes, foram maravilhosas. Enquanto com você, eu preferiria morrer do que sequer dormir na mesma cama! Ouviu bem?!

Toya: cala essa boca, Suyen. Cala essa...-

Suyen: não me mande calar a boca! Pois, eu não recebo ordens, e sim as dou, entendeu?! E eu quero que você escute, em alto e bom som, as minhas palavras. Quero que você sinta, no fundo da sua alma, o peso de ouvir-me...-

Toya: eu estou te avisando, cale essa boca, ou...-

Suyen: ...saiba que eu faria tudo de novo. Eu me deitaria, quantas vezes fosse possível, com aquele tal "vagabundo" apenas para imaginar mais um par de galhadas em sua cabeça, sabia? Eu repetiria a dose de novo, de novo e...-

Antes que terminasse a minha fala repleta de insultos à esse desgraçado, senti algo atingir-me no rosto, com uma força dolorosamente grandiosa.

Toya, tendo um cálculo frio, soltou o meu pulso logo que me desferiu aquele tapa e deixou-me ser levada pelo impulso que recebi, caindo, sem qualquer segurança, ao chão. Apesar do choque, tanto físico como emocional, e da ardência presente no lado esquerdo de meu rosto, busquei as minhas forças e apoiei as palmas das minhas mãos naquele chão brilhoso, tentando reerguer-me e recuperar a minha dignidade perdida instantes atrás.

Eu não acredito que esse filho da p*ta teve essa audácia.
EU NÃO ACREDITO QUE LEVEI UM TAPA DESSE DESGRAÇADO!

Toya: é isso que você merece por ser essa p*ta mimada e sem juízo, Suyen. ― eu me coloco de pé, mantendo os meus olhos fixos nos dele, embora o desconforto em determinadas regiões do meu corpo retirassem a minha concentração e tranquilidade. ― está vendo o que eu tive que fazer para calar essa sua boca? ― fecha a sua mão que me acertou em punho, exibindo um sorriso fantasmagórico, e até mesmo demoníaco. ― a culpa foi sua, sabia? Eu não faria nada disso com você se não fosse realmente preciso. Eu te amo, Suyen. Te amo muito, muito, muito. ― declara calmamente e logo se aproxima, embora eu mantesse a distância. ― eu quero o seu bem, mas...se você não colaborar, eu vou precisar mostrar quem eu realmente sou quando estou com raiva. Entende, amor?

Desgraçado.

Suyen: eu não vou me submeter à você, Toya Todoroki. ― retomo a minha postura ereta, ignorando totalmente as dores que sentia. ― eu sou a Rainha desse Reino, e você está no meu território, ameaçando-o! Eu não permitirei tamanho crime. Não, mesmo!

Toya: Suyen. ― seu sorriso desaparece, trazendo à tona uma fisionomia amedrontadora. ― se você ousar fazer algo contra mim, saiba que irei retribuir. Em dobro, por sinal. E pouco me importa se você é mulher, compreende? ― avisa-me, por pura arrogância.

Ele acha mesmo que me assusta com essas palavras. Mas que idiota.

Suyen: GUARDAS! ― grito, ordenando a presença imediata deles ali, naquela Sala do Trono.

A partir dali, exatamente a partir daquelas minhas palavras, eu poderia me considerar em um embate direto, e até mesmo arriscado, com esse Rei.

A "guerra" entre nós havia sido declarada e o Toya, em toda a sua soberba fútil, deu-me a chance de recuar, como se não soubesse o quanto eu sou orgulhosa e corajosa. Eu NUNCA permiti que nenhum homem me dominasse profissionalmente, e não será hoje que cometerei tamanha falta de noção.

Se eu me submeter às ameaças desse imbecil, como uma mocinha assustada, será o mesmo que se todos os meus súditos se curvassem perante o Toya Todoroki, e eu não quero isso, de forma alguma!
Mesmo que eu sofra, Toya não terá o meu Reino. Isso eu garanto!

Suyen: escutem com atenção. ― me volto aos guardas que surgiram à porta, ignorando o olhar profundo daquele idiota. ― quero que apenas sigam as minhas ordens, sem quaisquer perguntas, sim? Levem o Rei Toya daqui. De preferência: para as masmorras, até o seu julgamento. ― determino e logo sinalizo aos guardas que já poderiam levá-lo daqui, porém, nada do que pedi realmente aconteceu. ― não me ouviram? Eu ordeno que tirem o Rei Toya da minha frente. Agora!

Parecia que eu estava falando com as paredes.

Não importava o que dissesse, ou ordenasse, nada acontecia. Os meus guardas se mantinham ali, imóveis e calados, como várias estátuas.

Seus olhos estavam abertos e fixos adiante, mas não possuíam aquele brilho característico. Estavam acinzentados e sem vida, o que deixou-me um tanto preocupada.

Antes que questionasse aquilo, me voltei ao Toya. Aquele seu maldito sorriso, ladino e visivelmente astucioso, entregava a sua culpa naquilo que acontecera aos meus guardas.

Há algo de errado aqui e que está me trazendo uma sensação ruim do cacet*. Parece exagerado, mas...eu me sinto encurralada, de uma forma que eu nunca imaginei estar.

Suyen: tem o seu dedo nisso, não é? ― o questiono, buscando, com discrição, a minha adaga entre as minhas vestes. ― me responde, p*rra! O que você quer, afinal?! Por que está fazendo tudo isso?! Por quê, hein?!

Toya: não leve isso à mal, Suyen. E, muito menos, para o lado pessoal, sim? Mas, é que... ― ele estrala os seus dedos com agilidade e, como mágica, a minha adaga, antes escondida em um compartimento das minhas vestes, surgiu em sua mão. ― eu não vim para esse mundo para ser pisado e depois jogado fora, entende? ― manuseia aquela lâmina entre os dedos de forma habilidosa e, em passos vagarosos, se aproxima de minha pessoa. ― eu vim para esse mundo para ser poderoso, Suyen! E eu tenho certeza de que se tomar o seu Reino idiota e uní-lo ao meu, poderei ser forte o suficiente para tomar todos os outros. Um por um. Sacou? ― declara, exibindo um sorriso diabólico e até mesmo psicopata.

O que se passa na cabeça desse cara, véi?! Ele acha o quê?! Que conseguirá ser o Rei de TODOS os Reinos?! Meu Deus! Que viagem é essa?!

Suyen: "todos os Reinos"? Você ficou maluco, Toya? ― me afasto dele em passos mais acelerados, no entanto, logo senti o meu corpo se chocar contra uma grande pilastra daquela Sala. ― pensa bem, Toya. Não adiantará nada possuir todo esse poder. Ninguém concordará com isso, entende? Os seus súditos vão se rebelar e tudo estará perdido! ― sou sincera, olhando no fundo dos seus olhos azulados. ― me escuta, 'tá? As pessoas virão atrás de você e a sua existência viverá em constante risco. Acha mesmo que conseguirá governar assim? Tendo a sua vida em jogo todos os dias? ― ele eleva o meu queixo, utilizando a própria lâmina da minha adaga para tal feito. ― To-Toya. ― resmungo, engolindo em seco perante aquela clara ameaça contra a minha própria vida.

Toya: não fique nervosa, sim? ― ele resguarda a minha adaga em um compartimento do seu terno e traz as suas mãos até as laterais do meu rosto, segurando-o firmemente. ― talvez doa um pouco, mas vai ser rápido, 'tá? E depois, quando você acordar, verá que estará em um lugar melhor do que esse. Eu lhe garanto isso, meu amor. ― sorri, trazendo-me para mais perto de si. ― eu vou cuidar de você, Suyen. Vou te fazer a dama mais feliz desse mundo e, em troca, você será minha. Apenas minha.

Suyen: "sua"? Você acha que eu serei sua, Toya? ― o questiono, fazendo o seu sorriso desaparecer aos poucos. ― eu nunca me curvaria perante você. NUNCA, TOYA!

Toya: mas, você vai! Nem que seja à força, Suyen! ― esbraveja com fúria e logo crava as suas unhas em meu pescoço, trazendo-me uma sensação sufocante desesperadora. ― não adianta negar, ouviu?! Você será minha, Suyen! APENAS MINHA, ENTENDEU?!

Suyen: ar-argh...! ― arranho o seu pulso com as minhas unhas, tentando recuperar o meu fôlego, já perdido. ― va-vai...VAI PARA O INFERNO! ― insulto gritante, expressando em belas palavras todo o ódio que me consumia.

Após essas minhas falas, tudo aconteceu em uma agilidade que eu não consegui acompanhar. No entanto, pelo o que pude perceber antes de ter a minha visão escurecida, Toya, visivelmente cego de desgosto pela minha relutância, fez ainda mais uso da sua força e empurrou-me contra a pilastra, existente logo atrás de mim.

Minha nuca se chocou exatamente contra ela e, como uma consequência automática, senti as minhas forças se extinguirem dos meus membros e o meu corpo, sem conseguir se manter firme de pé, se perdeu chão abaixo.

Antes dessa segunda queda, ainda me via consciente, contudo, assim que aquele piso se colidiu contra a minha cabeça, trazendo-me mais uma dor agonizante, notei com total clareza a minha lucidez desvanecer e a minha visão, antes iluminava, escurecer totalmente.

Aqueles choques, preferencialmente localizados em minha região cerebral, me apagaram com um efetivo e uma facilidade impressionantes.

A partir daí, apenas me recordo de sentir, com o meu último resquício de consciência, alguém resmungar uma ordem e retirar-me do chão sem qualquer cuidado, me levando para sabe-se lá onde.
Somente isso, e nada mais.

| _________ ࿇ _________ |

Esse foi o capítulo de hoje...
Espero que tenham gostado...
Se gostou, fique a vontade para comentar ou votar, tudo bem?
É muito importante para mim :)
Obrigada por ler!

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