HOPELESS | BUCKY BARNES

By tomcruisre

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Buscando se encaixar em sua nova vida, Bucky se vê perdido tentando se recuperar das memórias e das lembrança... More

⍟ ᴘᴇʀsᴏɴᴀɢᴇɴs
⍟ sᴏᴜɴᴅᴛʀᴀᴄᴋ
ᴘʀᴏ́ʟᴏɢᴏ
01. ᴇɴᴄᴏɴᴛʀᴏ
02. ᴛᴇsᴛᴇᴍᴜɴʜᴀ
03. ᴅɪᴀᴍᴀɴᴛᴇ
04. ᴄᴏɴᴛᴀᴛᴏ
05. ᴅᴇsᴏʀᴅᴇᴍ
06. ᴇsᴘɪᴀ̃ᴏ
07. ᴀɴᴛɪ-ᴠɪᴅᴀ
08. ʀᴇғᴏʀᴍᴀ
09. ʙɪɴɢᴏ
10. ᴄᴏɴᴠɪᴛᴇ
11. ᴅɪsғᴀʀᴄᴇ
12. ᴇᴄʜᴏ
13. ʙᴜɴᴋᴇʀ
14. ᴛʀᴀɪᴄ̧ᴀ̃ᴏ
15. ʟɪᴍɪᴛᴇ
16. ᴄᴏɴғɪssᴀ̃ᴏ
17. sɪɴᴛᴏɴɪᴀ
18. ᴛᴇᴍᴘᴇsᴛᴀᴅᴇ
19. ᴘʀᴏᴘᴏsᴛᴀ
20. ᴠᴇʀᴍᴇʟʜᴏ
21. ʙᴇʟʟᴇ ʀᴀᴠᴇ
22. ᴍɪssᴀᴏ
23. ʙʙᴄ ɴᴇᴡs
24. ᴏʙsɪᴅɪᴀɴᴀ
25. ʀᴇᴄᴏᴍᴘᴇɴsᴀ
26. ᴄᴀᴄ̧ᴀᴅᴏʀ
27. ᴀɴᴇʟ
28. ᴄᴀʀᴛᴀs
29. ᴀᴛʀᴀsᴏ
30. ᴅᴇᴍᴏʟɪᴅᴏʀ
32. ғᴇsᴛᴀ
33. ᴅᴇsᴛɪɴᴏ
34. ᴀᴘᴀɢᴀ̃ᴏ
35. ɪɴᴛᴇʀʀᴏɢᴀᴛᴏ́ʀɪᴏ
36. ᴠɪʙʀᴀɴɪᴜᴍ
37. ᴅᴇᴠᴏᴄ̧ᴀ̃ᴏ
38. ᴛʜᴜɴᴅᴇʀʙᴏʟᴛs - ᴘᴀʀᴛᴇ 1
39. ᴛʜᴜɴᴅᴇʀʙᴏʟᴛs - ᴘᴀʀᴛᴇ 2
40. ᴄᴏɴғʀᴏɴᴛᴏ
41. ᴍᴇᴍᴏ́ʀɪᴀ
42. ᴜʟᴛɪᴍᴀᴛᴏ
43. ᴘᴇʀɪɢᴏ
44. ᴘᴀssᴀᴅᴏ

31. ʀᴇᴠᴇʟᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ

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By tomcruisre

Gente me desculpem por esse capítulo, ele ta curtinho e eu tive um surto e tava odiando tudo o que estava escrevendo e não ironicamente esse foi o pior capitulo que já escrevi na vida. Me perdoem mas prometo que o próximo vai ser bom ❤️

— Minhas costas estão me matando e só encontramos um monte de nada. — Selene se alongou apoiando as mãos na coluna.

Os dois estavam há horas revirando a caixa que Vallery havia entregue a eles e tudo o que tinham conseguido até o momento tinha sido dados de antigos trabalhadores e vários recibos.

Nada que pudesse comprometer Wilson Fisk.

— Acho que encontrei algo. — Bucky se levantou indo em direção a Selene entregando uma pasta amarela em sua mão.

— Espero que não seja mais um recibo da Walmart ou eu juro que vou enlouquecer.

Ao ver o que estava escrito naquele papel seu coração gelou.

Era equação anti-vida e vários outros rascunhos.

— Puta merda, ele desvendou a fórmula. — Selene olhou concentrada para os símbolos. — Por isso que ele precisa do diamante e da obsidiana.

— E o que tem escrito ai?

— Esses símbolos representam uma fórmula. — Selene apontou para algumas letras. — R é usado para simbolizar a resistência elétrica, o I corrente e U tensão.

Selene fez silêncio passando algumas páginas.

— Ele está construindo uma maquina. — Selene mostrou o que parecia um rabisco de uma máquina desenhada porém ainda inacabada.

— Uma maquina? Pra que?

— Eu lembro de ter visto algo no meio desses recibos... — Selene começou a jogar os papéis para cima deixando Bucky desconfortável com toda aquela bagunça.

— Você precisa de ajuda com isso? — Bucky deu u

— Não, eu to bem. — Selene pegou um papel velho que estava todo dobrado o abrindo com cuidado e revelando a planta do lugar. — Isso é a rede elétrica da cidade.

— Espera, o Fisk quer roubar a energia da cidade? — Bucky parecia incrédulo com aquela informação.

— Ele não parece o tipo de cara que roubaria algo. — Selene respondeu. — Talvez ele esteja construindo um Frankenstein.

Bucky olhou para Selene com uma ruga na testa e imediatamente ela se explicou.

— É um personagem.

— Eu sei o que é um Frankenstein. — Bucky a olhou feio. — Não sou tão velho assim.

A pouca informação que eles tinham era aquela.

— Seja lá o que for é algo grande ou ele não arriscaria tudo por aquelas duas pedrinhas. — Selene colocou os papéis sobre a mesa junto com a planta do lugar.

— E se isso tudo for uma distração? — Bucky perguntou e Selene cruzou os braços.

— Pensei que confiasse na sua amiga. — Selene enfatizou a palavra "amiga".

— O Fisk já passou a perna na gente antes. — Bucky se justificou. — Eu só acho que isso aqui não faz o menor sentido.

Os dois estavam se encarando esperando que um admitisse que estava errado mas aquilo não durou muito já que o telefone de Selene começou a tocar no quarto.

— Droga... — Selene correu até o quarto para atender o telefone. — Agente Ackard... Sim, estaremos ai em um minuto.

Bucky fechou os olhos com força por que já sabia o que estava por vir.

— Você faltou sua terapia?

— Você estava no meio da uma emergência mais cedo. — Bucky respondeu. — Tenho certeza que a Dra. Raynor não vai se importar.

— Acho que ela se importa já que me ligou. — Selene balançou o aparelho incrédula. — Disse que você faltou as últimas sessões do mês.

— Isso não é verdade. — Bucky disse em um tom sério como se estivesse se sentindo ofendido com aquela acusação. — Eu faltei uma ou duas sessões.

Bucky se sentiu pressionado depois que a Dra. Raynor começou a fazer perguntas sobre sua convivência e relação com Selene já que parecia que seus pesadelos não eram mais tão importantes para a médica.

— Sua sorte é que a Dra. Raynor gosta de você. — Selene pegou a jaqueta de Bucky jogando em direção a ele. — Ou caso contrario você estaria fazendo terapia atrás das grades.

— Eu estou fazendo exatamente o que me pedem. — Bucky mentiu.

— Está mesmo? — Selene arqueou a sobrancelha. — Você só precisa ser um bom samaritano por mais alguns meses, tá legal?

— O que está planejando? — Bucky perguntou sendo praticamente arrastado para fora do apartamento.

— Depois que eu colocar o Fisk na cadeia... — Selene empurrou Bucky em direção a saída. — A próxima vai ser a Abigail.

— Ainda não terminamos de olhar aqueles documentos... — Bucky tentou dar meia volta mas Selene continuou o puxando para descer as escadas.

— Você tem terapia e eu preciso comprar uma fantasia. — Selene riu ao ver a cara de Bucky.

— Fantasia?

— Para a festa. — Selene respondeu.

— Não. — Bucky sacudiu a cabeça. — Definitivamente não.

— Por que? — Selene fez biquinho. — Você me prometeu.

— Eu disse que irei para a festa com você. — Bucky disse firme. — Não falei nada sobre uma fantasia ridícula.

A porta do apartamento em que eles estavam na frente discutindo foi aberta fazendo os dois se afastarem.

Nakajima apareceu segurando um vaso de plantas.

— James! — Nakajima apontou para Bucky prestes a lhe dar um sermão. — Você deu sorte por que eu não chamei a polícia.

Bucky pareceu surpreso ao ouvir aquilo mas atenção de Nakajima foi voltada para Selene.

— Você não tinha viajado?

— Eu já voltei. — Selene sorriu de forma simpática.

— Então foram vocês dois? — Nakajima estava com uma carranca na cara revezando entre olhar para os dois.

— Do que está falando?  — Bucky perguntou preocupado.

— Do barulho! — Nakajima exclamou irritado. — O barulho que durou quase duas horas. Eu estava tentando assistir minha novela e o maldito barulho não parava.

Arregalando os olhos, Selene olhou para Bucky esperando que ele dissesse algo mas ele parecia estar em choque depois de ter sido pego pelo mais velho.

— O barulho? — Selene pensou rápido. — Eu tinha voltado de viagem, a gente tava mudando umas coisas de lugar.

— Uma reforma. — Bucky completou.

— Isso! — Selene sorriu sem mostrar os dentes implorando para que Nakajima acreditasse naquela desculpa.

— O teto do meu banheiro está rachado. — Nakajima olhou para os dois. — Alguém vai pagar por isso!

— Sem problema eu posso concertar. — Bucky respondeu.

O teto rachado do banheiro de Nakajima era onde ficava o quarto de Selene e pelo visto a cama de $400 dólares que era resistente tinha valido cada centavo.

— Acho bom. — Nakajima se virou para Selene. — Senti sua falta no bingo.

— Eu pensei que eu era seu parceiro de bingo. — Bucky chamou a atenção de Nakajima que riu.

— Gosto dela porque ela distrai os participantes. — Nakajima disse fazendo Selene espremer os lábios para não rir. — Você deixou de ganhar uma cafeteira porque passou a noite toda olhando pra ela.

Bucky abriu a boca surpreso. Ele não fazia ideia que Nakajima tinha notado aquilo na noite do bingo.

— Vou adorar ser sua distração, Sr. Nakajima. — Selene disse olhando para Bucky.

— Ah, e James... — Nakajima o chamou. — Da próxima vez que sua amiga deixar a porta de entrada aberta, eu vou jogar esterco na sua porta.

Engolindo seco, Bucky olhou para Selene que ainda estava com um sorriso simpático para o homem mais velho e por um segundo ele pensou que ela não tivesse entendido.

— Então a Vallery veio aqui? — Selene continuou descendo as escadas ao lado de Bucky.

— Uma vez. — Bucky respondeu olhando de relance para Selene.

— E o que ela queria? — Selene perguntou.

— Saber o que tinha nos documentos do Fisk. — Bucky abriu a porta da frente para que Selene pudesse passar. — Acho que ela está tão desesperada quanto a gente pra prender o rei do crime.

— Não mais do que eu. — Selene respondeu de forma seca. — Eu vou indo, se cuida.

— Você também.

Subindo em sua moto, Bucky seguiu para a sede da S.W.O.R.D onde teria que ir para mais uma terapia. Ele estava cansado de ter que lidar com as perguntas repetitivas sobre sua vida e depois que ele havia contado para a Dra. Raynor sobre seu pesadelo envolvendo a Selene, tudo tinha piorado.

Ao adentrar a garagem, Bucky pode ver mais ao longe Walker depositar o capacete sobre a própria moto dando as costas para seguir até o elevador.

O som do veículo de Bucky fez Walker ficar em alerta, olhando por cima do ombro esperando qualquer investida contra ele.

Bucky estacionou sua moto ao lado da de Walker encostando de leve no pneu traseiro da moto dele o bastante para que o veículo despencasse no chão.

— Tá maluco? — Walker apressou os passos para tentar alcançar sua moto mas Bucky já estava de pé o impedindo de passar. — Com certeza seu laudo de insanidade já deve ter sido assinado pela sua psiquiatra. É com ela que você vai se encontrar, não é?

— Fique fora do meu caminho. — Bucky o empurrou pelo peito para que se afastasse. — E longe da Selene.

— Claro... — Walker riu debochado. — Você não quer que ninguém saiba que vocês dois estão tendo um "lance casual".

— Acha que eu não sei o que tentou fazer? — Bucky perguntou dando um sorriso debochado se segurando para que sua raiva não o fizesse se descontrolar. — Tentando me jogar contra a Selene?

— Eu só faço o que me mandam. — Walker deu de ombros e Bucky o agarrou pela jaqueta de forma agressiva.

— Quem te mandou fazer isso? — Bucky perguntou com o rosto próximo a Walker que ainda tinha um sorriso convencido nos lábios.

— Você e a Selene fizeram muitos inimigos. — Walker disse rindo. — Mas talvez o Fisk seja o maior problema de vocês.

Afastando a mão de Bucky de si, Walker recuou.

— Minha chefe me mandou manter vocês dois incomunicáveis e eu só consigo imaginar que tenha sido um pedido do Fisk. — Walker passou a mão pela roupa amarrotada. — Ela tem o rabo preso com ele por isso quer ajudar vocês a joga-lo na cadeia.

— Não se meta nisso ou eu acabo com você. — Bucky trincou os dentes fazendo sua mandíbula marcar. — Se chegar perto da Selene ou até mesmo se falar com ela de novo... Eu acabo com você.

— Quer mesmo fazer isso Buck? — Walker perguntou se forma provocativa. — Tem câmeras por todo lado desse prédio e eu acho que a canarinho não vai conseguir te livrar dessa.

Sem paciência Bucky o empurrou fazendo o corpo de Walker cair no chão e ser arremessado há alguns metros.

— A surra que eu te dei não foi o bastante da primeira vez? — Bucky perguntou no mesmo tom.

— Esse é o Buck ou o Soldado Invernal falando? — Walker perguntou rindo se levantando do chão ao ver Bucky dar as costas. — Vai fugir da conversa?

— Eu não tenho nada pra falar com você.

— Posso te dar um conselho de amigo? — Walker perguntou e Bucky riu pelo nariz seguindo até o elevador. — Se quer mesmo a sua liberdade se afaste da Selene.

Bucky apertou o botão ignorando Walker.

— Se alguém da agência descobrir que está juntos você vai ser monitorado como um verdadeiro prisioneiro e ela... — Walker riu. — Não existe terceiras chances na agência.

— Você não sabe do que está falando, então eu sugiro que cale a sua boca. — Bucky nem se deu ao trabalho de olhar para ele quando entrou no elevador apertando o botão para que as portas se fechassem.

— Eu li suas cartas. — Walker entrou no elevador se apoiando no espelho. — Um gesto muito romântico, admiro isso.

Bucky sorriu.

— O que foi? — Walker perguntou vendo Bucky calmo demais.

— Estou pensando em uma forma de fazer você sumir. — Bucky estava sério com a mandíbula cerrada. — Permanentemente.

— Sou apenas um cara cumprindo ordens e como minha chefe está me pressionando para ter vocês dois na minha equipe... — Walker disse e Bucky se segurou para não rir ao vê-lo dizer "minha equipe". —  Eu tive que pensar rápido, sabia que vocês iam se resolver. Você e a Selene são como o Jack e a Rose...
Mas se quer saber, eu prefiro vocês aonde estão, trabalhando para a S.W.O.R.D. Então se eu puder ajudar vocês dois idiotas a se livrarem da pitbull da Brand, eu vou.

— Não preciso da sua ajuda.

— Deveria ao menos ouvir o meu conselho. — Walker tentou falar mas Bucky avançou contra ele fazendo-o recuar.

— Se abrir a boca de novo...  — Bucky ameaçou.

— Abaixa a bola. — Walker ergueu o queixo de forma presunçosa. — Você e a Selene estão me devendo e eu não que...

Bucky respondeu aquilo acertando um soco no estômago de Walker que se inclinou para frente tentando recuperar o fôlego.

— Eu não estou brincando, Walker. — Bucky deu dois tapinhas nas costas dele. — Se chegar perto da Selene de novo eu te mato.

— Eu estou tentando ajudar... — Walker disse quase sem fôlego.

— Ajude ficando longe dela. — Bucky apertou a parte de trás do pescoço de Walker mostrando que estava falando sério.

— O Fisk... — Walker tentou recuperar o fôlego. — Ele pediu para a Valentina se livrar de vocês dois por algumas semanas.

Bucky ficou em silêncio.

— A Valentina tinha o contato desse ex agente que estava foragido. — Walker finalmente se colocou de pé respirando fundo. — E entregou para a Abigail na esperança que ela convocasse vocês dois para essa missão mas como você estava incapacitado sobrou pra mim. Por alguma razão o Fisk queria vocês dois longe do país...

Aquilo só podia significar que o Fisk estava realmente desesperado atrás do diamante.

— Não sou o seu inimigo. — Walker parecia estar sendo sincero. — Mas não posso deixar você ou a Selene tomarem o que é meu por direito.

— Eu não tenho o menor interesse em liderar ou participar dessa sua equipe. — Bucky respondeu. — Espero que eu esteja sendo claro.

— É um alívio ouvir isso.  — Walker balançou a cabeça.

— Mas se você...

— Se eu chegar perto da Selene você me mata. — Walker rolou os olhos. — Eu já entendi da primeira vez que você falou. 

— Ótimo. — Bucky saiu do elevador em passos firmes assim que as portas se abriram.

Não era novidade para Bucky que Valentina e Fisk haviam trabalhado juntos, o registros de depósitos no nome dela provavam isso.

Depois de sua terapia forçada, Bucky seguiu até o andar de armas e protótipos, procurando por Gina mas ele nem se quer conseguiu passar da primeira porta.

— Tudo bem, pode deixar ele passar. — Gina fez sinal para o segurança. — Ele é meu amigo.

Gina sempre sonhou em dizer aquelas palavras, Bucky Barnes era seu herói de guerra favorito e agora ela podia dizer para todo mundo que ele também era seu amigo.

— Como sabia que eu estava aqui? — Gina perguntou sendo acompanhada por Bucky dentro daquele arsenal de armas.

— Eu só soube. — Bucky respondeu olhando para cada arma ali com brilho nos olhos.

— É um daqueles seu lance de super soldado? — Gina perguntou com um animação que fez Bucky sorrir. — A Selene diz que você é um detector de mentiras infalível.

— Ela diz? — Bucky perguntou ainda com um sorriso nos lábios.

— Aconteceu alguma coisa? — Gina finalmente perguntou.

— Não, eu só tive essa preocupação... — Bucky sacudiu a cabeça. — Você lembra do clube do livro, não é?

— Claro. Alguma novidade? — Gina perguntou e Bucky tirou a anotação do bolso.

— A Selene me pediu pra te entregar isso. — Bucky olhou ao redor para ter certeza que não haviam câmeras ou algo que pudesse detectar os dois.

— Caramba... — Gina exclamou. — Com uma maquina assim ele conseguiria sobrecarregar toda a cidade.

— Como assim? — Bucky perguntou confuso.

— Um blackout geral na cidade. — Gina respondeu ainda olhando para o papel com atenção.

— E porque ele faria isso? Eu não entendo. — Bucky estava com uma ruga na testa. — Construir uma arma séria muito mais conveniente pra ele.

— O diamante é um armazenador de energia e isso nós já sabíamos. — Gina respondeu passando o indicador pela anotação. — E a obsidiana vai servir como condutor. Como não pensaram nisso?

— E se destruímos a maquina?

— Ele tem a equação. — Gina respondeu. — Construiria outra em dois tempos.

— Precisamos nos livrar do diamante. — Bucky estava ainda mais preocupado porque não fazia ideia do porque ele iria querer sobrecarregar a energia da cidade.

— Ele está comigo em um lugar seguro. — Gina sorriu. — Não precisa se preocupar. Teriam que me matar para conseguir chegar naquela pedra.

— Precisamos pensar em um jeito de nos livrarmos desse diamante pra sempre.

— Eu pensei em jogar no meio de um vulcão ou no fundo de um oceano... — Gina deu uma risada sarcástica. — Mas o Fisk tem dinheiro o suficiente para recuperar a pedra até mesmo se estivesse no inferno.

— Vamos pensar em um jeito de resolver isso. — Bucky disse sério. — Isso é uma prioridade.

— Por falar em resolver... — Gina abraçou o caderno que estava segurando. — Conseguiu se resolver com a Selene?

— Como assim?

— Ela parecia bastante magoada por você não estar respondendo as mensagens dela. — Gina disse com uma ruga na testa. — O que é estranho porque você me disse que estava passando pelo mesmo problema.

— A gente conversou. — Bucky espremeu os lábios para não deixar o sorriso escapar. — E resolvemos.

— Então você estão mesmo juntos? — Gina dobrou um pouco os joelhos prestes a dar pulinhos de felicidade.

— Como amigos.

— Sem essa. — Gina bufou. — Por que não admitem logo que se gostam?

— Não, a Selene quer manter as coisas casuais. — Bucky disse fazendo Gina rolar os olhos. — Como amigos.

— Não, ela acha que quer manter as coisas casuais. — Gina o corrigiu. — Os relacionamentos antigos da Selene foram todos complicados e tudo porque a maioria dos caras não queriam se comprometer por muito tempo, então eu não a culpo de querer tentar uma abordagem diferente com você.

Bucky ficou em silêncio ouvindo atentamente as palavras de Gina.

— Mas se você não falar logo o que sente por ela... — Gina deu um sorriso. — Você vai perde-la para sempre.  Foi assim com o Hugh, foi assim com o Steve... Não cometa o mesmo erro.

— Eu não sei o que você quer que eu diga.

— Você a ama? — Gina perguntou de uma vez deixando Bucky um pouco desnorteado. — Você ama a Selene?

Aquela pergunta pairou pelo ar. Parecia que todo o corpo de Bucky tinha entrado em curto circuito e ele nem ao menos conseguiu ouvir as duas pessoas se aproximando da sala.

— Gina Williams, precisamos de você no setor 2. — Um dos agentes fez sinal para a morena.

— Se a ama diga a ela. — Gina segurou o braço de Bucky olhando em seus olhos. — Não tenha medo de não ser correspondido.

E então Gina deu as costas seguindo até a saída.

Saindo do prédio da S.W.O.R.D, Bucky deu voltas e voltas pela cidade praticamente andando em círculos enquanto tentava organizar seus pensamentos.

A conversa com Gina ainda estava muito clara em sua mente "se a ama diga a ela". Como ele poderia fazer isso se não tinha certeza se poderia ser para Selene o tipo de cara que ela precisava?

Bucky não tinha certeza do amanhã e tinha medo que acabasse a magoando ou a machucando no futuro.

E se S.W.O.R.D mudasse de ideia e o considerasse inimigo do estado? E se algum de seus inimigos aparecesse e tentasse machuca-la? E se o Soldado Invernal voltasse?

Eram muitas hipóteses e Bucky analisou cada uma delas antes de tomar uma decisão.

— Você demorou. — Selene estava sentada no chão da sala usando um moletom e shorts. — Colocou suas terapias em dia?

— Eu acho que precisamos conversar. — Bucky arrancou a jaqueta do corpo colocando cuidadosamente atrás da porta.

— Tudo bem, mas antes... — Selene esticou a mão pegando alguns papéis que estava em cima do sofá. — Fui na biblioteca da cidade fazer uma pesquisa.

Selene entregou os papéis nas mãos de Bucky que pode ver várias notícias de jornais da cidade em datas diferentes mas todas sobre o Fisk.

— O demolidor está atrás do Fisk. — Selene disse animada. — Olha as datas, todas dos últimos dois anos. Talvez ele saiba algo sobre essa maquina ou o motivo dele querer roubar a energia da cidade.

— Sobrecarregar. — Bucky a corrigiu. — Conversei com a Gina, ela acha que o Fisk quer criar um blackout na cidade.

— Ele é a nossa resposta. — Selene disse apontando para a foto do demolidor no jornal. — O demolidor é um vigilante mascarado que...

— Mascarado? — Bucky perguntou e pelo seu tom de voz, ele não estava gostando nada disso. — Você sabe o que eu penso sobre esses heróis mascarados.

— Talvez ele só esteja tentando protejer alguém que ama. — Selene ergueu a mão para que Bucky a ajudasse a levantar. — Você e eu sabemos que nessa vida fazemos muitos inimigos e as vezes manter nossa identidade secreta é o melhor a se fazer.

— Eu não quis dizer que todos são iguais. — Bucky engoliu seco. — Só que a gente não precisa de um cara mascarado para resolver isso. Estamos perto...

— Tudo bem. — Selene ergueu a caixa de papelão empurrando contra o peito de Bucky. — O que você queria falar?

A parte de baixo da caixa se rasgou espalhando todos os documentos no chão.

— Droga. — Selene se ajoelhou tentando arrumar tudo antes que a brisa que vinha da janela bagunçasse tudo ainda mais. — Não vai surtar com a bagunça, tá legal?

Ao esticar a mão para separar os papéis, Selene pode notar o que parecia algumas polaroides dentro de um envelope.

— Eu gostaria de falar sobre nosso lance... — Bucky disse pigarreando. — Nosso lance casual.

Selene havia se desligado do mundo ao seu redor ao ver o que tinha naquelas fotos ou melhor, quem estava naquelas fotos.

Seu coração começou a bater rápido e seus olhos encheram de lágrimas arrancando um soluço profundo de sua garganta.

— Selene? — Bucky a chamou mas ela estava com a mão trêmula em frente a boca. — O que foi?

Ao se aproximar para tentar ajuda-la, Bucky pode ver o punhado de poladoides na mão de Selene. As fotos eram de sua mãe dentro de o que parecia ser uma gaiola gigante de pássaro, com grandes de ferro, algumas delas mostravam o que parecia sessões de tortura.

— Essa é a minha mãe. — A voz de Selene falhou e ela soluçou em meio a lágrimas. — Por que isso está aqui?

— Tudo bem, larga essas fotos... — Bucky tentou abraça-la.

— Não, não, não... — Selene se afastou das mãos de Bucky que tentavam puxa-la para um abraço. — Ele torturou a minha mãe... Violou o corpo dela e agora isso?

— Eu sinto muito que tenha visto isso. 

— Ela sabia. — Selene passou as costas de sua mão no nariz fungando. — A Vallery colocou essas fotos de propósito ai, ela sabia...

— O Fisk é o único culpado por isso. — Bucky enfiou as fotos de volta no envelope. — E ele vai pagar pelo que fez.

— Acha que foi coincidência essas fotos estarem ai? — Selene riu em meio a lágrimas.

— Como ela poderia saber? — Bucky tentou acalma-la mas parecia em vão.

— Ela me entregou a caixa.

— A caixa deveria ser minha. — Bucky tentou se justificar. — Ela não fazia ideia que você iria aparecer lá.

— O Fisk a prendeu como um animal. — Selene soluçou sentindo suas lágrimas escorrerem pelo rosto. — A manteve daquele jeito por meses. Minha mãe não merecia isso...

— Eu sinto muito. — Bucky novamente tentou alcança-la para um abraço mas Selene se afastou dando as costas e se trancando no quarto.

‎✪ ‎ ‎✪ ✪

Uma chuva fina caia do lado de fora e Bucky encarava o teto daquele quarto sentindo seu coração se despedaçar a cada segundo que passava porque era impossível dormir ouvindo o choro baixinho de Selene.

Por um tempo ele pensou que o melhor para ela seria ficar sozinha por que foi exatamente isso que ela lhe pediu quando deu as costas batendo a porta do quarto, mas lidar sozinha com aquelas fotos perturbadoras seria um trabalho difícil.

A última vez que ele tinha visto alguém ser tão cruel assim tinha sido na hidra.

Jogando as cobertas para o lado, Bucky levantou do chão e tomou coragem para ir até ela.

Vestindo uma calça moletom, Bucky parou em frente a porta do quarto dela e ergueu a mão para dar duas batidinhas mas pelo som do seu choro e da dor que ela estava sentindo, seria impossível ela responder o seu chamado.

Abrindo a porta devagar, Bucky pode vê-la deitada de costas para ele.

Ele não precisou ver o rosto dela para ter certeza que estava molhado com suas lágrimas.

Puxando o cobertor com delicadeza, Bucky se deitou ao lado de Selene a abraçando para tentar acalma-la. Ele sabia que palavras não iriam trazer o conforto que precisava naquele momento mas ele também não poderia deixa-la sofrendo em silêncio.

E em poucas horas os dois tinham caído no sono abraçados embaixo daquele cobertor.

NOTAS!!!

Parece que o plano do Fisk foi descoberto mas será que ele vai conseguir colocar ele em prática????

Próximo capítulo não teremos muita depressão porque vou focar nessa festa dos anos 80 que a Selene conseguiu o convite RSRSRSRS

Certeza que vocês vão amar!

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