ON THE JAIL - l.s

By Juhxjbm

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"De todos os meus pesadelos, nunca imaginei que a realidade seria pior que qualquer um deles, desde que fui s... More

OBSERVAÇÕES
YOU'VE GOT TIME
Bohemian Rhapsody

YOU'VE GOT TIME pt.2

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By Juhxjbm

Quando Louis acordou, a enfermeira lhe explicou que o rapaz teve uma concussão devido à um golpe muito forte na cabeça, e que estava a dois dias desacordado, e que também tinha um ferimento na perna causado por um tiro, mas nada grave, felizmente a bala não acertou nenhum ponto importante, foi retirada com sucesso de sua perna e que só teria uma cicatriz. Louis percebeu que estava algemado à maca do hospital. O policial que estava antes em frente à porta, entrou no quarto e cruzou os braços.

— E quando que ele vai poder ser liberado? Ele tem que ser rapidamente transferido. — O policial não parecia nada feliz de ter que ficar ali.

— O doutor que pode dizer quando que ele vai ter alta, mas não deve demorar... — A enfermeira examinava os olhos de Louis e olhava em alguns papéis que estavam em uma mesinha ao lado da maca. — Felizmente nada foi grave o Sr. Tomlinson parece estar muito bem... Talvez ele saia daqui andando sozinho até.

— Isso eu duvido, haha — O policial debochou e voltou para a porta, do lado de fora do quarto, de braços cruzados e olhando sempre de um lado para o outro.

Louis não tinha expressão em seu rosto, mas por dentro estava completamente despedaçado, sua vida tinha virado completamente de cabeça para baixo, de uma hora para outra. Ele só queria acordar desse pesadelo e ver que estava tudo bem, em sua casa, com sua família... família...

— E minha mãe?? — Louis olhou para a enfermeira — Meu pai... eles vieram? Eles sabem que eu estou aqui?

A enfermeira abaixou a cabeça e se afastou da cama do rapaz, deu de ombros e saiu de dentro do quarto, deixando Louis mais uma vez desolado e preocupado, o que seus pais estavam pensando nesse momento? Será que já sabiam o que aconteceu? Será que vieram atrás dele? Ou será que estavam tão decepcionados que não quiseram nem ajudá-lo... O que sua mãe iria pensar dele? Será que ela acreditou que seu filho inocente e sonhador era realmente um traficante?

O dia passou lentamente para Louis, a enfermeira entrava, o examinava, saía, ele ficava sozinho, ela entrava, examinava, saía... repetidas e repetidas vezes. Ninguém falava com ele, não davam nem uma informação, não respondiam suas perguntas, era torturante e humilhante. A noite o trouxeram jantar, e a enfermeira teve que alimentá-lo pois o policial se recusou a soltar as algemas para que ele pudesse ao menos comer, e quando pediu para ir ao banheiro, teve que ser acompanhado pelo mesmo policial - que parecia estar com muita raiva por ter sido colocado como segurança particular do "playboy traficante" como o chamava entre resmungos. Durante o resto da noite, Louis tentava dormir pois sentia seu psicológico muito cansado, porém simplesmente mal conseguia fechar os olhos, sua mente trabalhava como nunca antes, era mil pensamentos por segundo, com certeza a maior tortura de sua vida.

Na manhã seguinte, o doutor finalmente assinou a alta de Tomlinson, que foi guiado para o camburão pelo policial, ao sair do hospital o policial avisou à Louis que se fizesse qualquer movimento brusco, ele tinha permissão de seus superiores de encher a cabeça de Louis de balas - obviamente era mentira, mas a intenção era assustar o garoto o suficiente, a ponto dele andar quase que roboticamente - quase, pois Louis estava mancando por causa da dor que ainda sentia em sua perna - até o veículo.

O caminho que o camburão fazia parecia infinito, Louis perdeu as contas depois de trinta minutos de viagem, mas finalmente o veículo chegou ao seu destino, Louis conseguia ver pela janela que era o presídio de segurança máxima de Londres. "MAS QUE DIABOS? Por que eu estou aqui???? Segurança máxima, que porra é essa?! Esse lugar não deveria ser para assassinos? Não dá pra acreditar!!!" . O veículo estacionou e em poucos minutos a porta se abriu, o policial o tirou do camburão e o conduziu para dentro do lugar. Na primeira sala que entrou, foi revistado superficialmente e logo foi conduzido para a próxima sala, onde tinham mais quatro homens algemados, homens mal encarados e com cara de poucos amigos, todos em silêncio, um guarda entrou na sala e colocou luvas de latex.

— Abaixem as calças e se curvem, vamos ver se vocês tem algo de interessante aí embaixo. — Louis tossiu ao ouvir o que o guarda falou e arregalou os olhos ao ver que os outros quatro homens prontamente fizeram, parecia até que já estavam acostumados com aquela situação, o guarda foi de um em um fazendo a revista íntima, mas Louis ainda estava imóvel. — Você não me ouviu, garoto? Abaixa a calça e se curva, e 'vamo logo que eu tenho que almoçar!

Louis abriu a boca querendo falar alguma coisa, mas nem encontrou palavras para expressar o que estava pensando, o guarda impacientemente virou Louis de costas, que relutantemente abaixou a própria calça e se curvou levemente, mas o guarda o curvou mais ainda. Durante a revista íntima, Louis começou a chorar pois nunca havia passado por tanta humilhação em sua vida. Quando a revista terminou, ele levantou a calça e escondeu o rosto com as mãos por alguns instantes, até que seu rosto estivesse seco novamente, porém só pela cor avermelhada que suas bochechas e seu nariz tinha, qualquer um podia notar que ele estava chorando. Os cinco foram conduzidos à outra sala, onde outro guarda tirou as algemas deles e entregou uma troca de roupa - uniformes do presídio, era um macacão de cor laranja, com um tecido muito fino, uma toalha, um par de sapatos e um travesseiro, a fronha do travesseiro de Louis tinha "Cela 223, bloco B" escrito em cima.

— No travesseiro de vocês tem o número da cela e o bloco de vocês. Assim que entrarem, coloquem o uniforme e se instalem em suas celas. O almoço é das 12h às 13h, o banho de sol é das 15h às 17h, janta das 19h às 20h, as luzes desligam às 21h e ligam às 6h, o café é das 8h às 9h. Ninguém é permitido de transitar pelos corredores enquanto as luzes estiverem desligadas, ou serão severamente punidos e levados para a solitária, sigam as regras atentamente ou serão levados para a solitária e poderão ter acréscimo na sentença de vocês. Vocês tem 1 hora de visita por dia, que é as 18h, e serão informados caso alguém venha visitá-los, se não tiverem visitas, vocês podem utilizar o telefone 1 vez por dia dentro do horário de visita. Alguma dúvida? — O guarda que entregou o "kit prisão" explicou rapidamente, e quando perguntou, nem ao menos esperou antes de voltar a falar — Que bom, agora entrem e se comportem.

— E-eu tenho uma dúvida — Louis olhou para o guarda e levantou uma das mãos — Que horas são?

— 14h. — O guarda olhou para seu relógio para confirmar a hora, e em seguida abriu uma das portas que tinha na sala, a porta dava diretamente para um imenso pátio, onde havia muitos homens circulando, todos com o mesmo uniforme, era um lugar visivelmente muito barulhento e grande. — Bem vindos ao seu novo lar.

Depois que todos os homens passaram pela porta, Louis passou e ficou parado ali, olhando tudo em volta. Era um pátio muito grande, com visão para o segundo e o terceiro andar do local, a partir do segundo andar era possível ver as celas, uma ao lado da outra, pareciam quartos, porém com uma porta de ferro e uma janela com grades, todas iguais. No primeiro andar, tinham muitas portas, mas todas tinham identificação em cima: refeitório, biblioteca, quadra, sala do diretor, banheiro 1, banheiro 2, banheiro 3, tinha duas escadas enormes no meio do pátio, uma contrária a contra, uma tinha uma placa apontando "BLOCO A" e a outra "BLOCO B". Havia também no final do pátio, uma porta enorme fechada com um portão de barras de ferro, de lá tinha visão para o lado de fora, que parecia ser bem grande também, porém ainda não estava na hora do "banho de sol" e por isso estava fechada.

Quando finalmente Louis conseguiu observar todo o perímetro do local, ele pôde observar as pessoas em volta. Em todas as portas tinham guardas parados ao lado, todos tinham enormes cacetetes presos à cintura, bem visíveis, e nos andares tinham alguns circulando. E agora observando a sua volta, Louis percebeu que vários dos homens de laranja que passavam, o encaravam e o observavam, alguns até mesmo paravam de andar para olhar para Tomlinson, que engoliu em seco levemente assustado e seguiu em direção à escada que dizia "BLOCO B", ainda mancando pois sua perna doía a cada passo que dava, até parecia que a bala ainda estava dentro de sua perna, mas o médico lhe disse que seria normal por alguns dias, e que logo ele nem iria lembrar que aconteceu, como se fosse possível. Subiu as escadas, se apoiando no corrimão, pois se estava difícil andar, imagine subir escadas, quando chegou no primeiro andar, olhou para os números em cada cela para ver se identificava a sua, e logo percebeu que a sua provavelmente seria no segundo andar, e lá foi ele novamente subir mais um lance de escadas. No total, subiu 40 degraus. O segundo andar - diferente do primeiro, estava completamente vazio, não tinha absolutamente ninguém além dos carcereiros e, agora Louis, que se locomoveu rapidamente pelo extenso corredor, a procura da cela 223, e depois de 20 celas, finalmente encontrou, e assim como o resto do andar, estava vazia. Louis observou que em todas as celas tinham duas camas em lados opostos da parede, algumas bagunças, chinelos jogados, toalhas penduradas, fotos nas paredes... mas a 223 não tinha absolutamente nada, estava completamente vazia, talvez não tivesse ninguém ali além de Louis. O garoto entrou e fechou a porta, colocou as coisas em cima de uma das camas, e então colocou o macacão, o tecido era horrível e fazia o corpo dele pinicar... Tomlinson se deitou na cama e voltou a fazer o que mais fez nas últimas horas: pensar. Pensar em toda sua vida, pensar nos seus pais, nas suas irmãs, pensar no sonhado futuro que não terá e em como foi burro e estúpido: Mesmo que descubram que não foi Louis que estava traficando dentro da faculdade, ele seria julgado por ter agredido um policial e ter tentado fugir, ainda responderia por isso, mesmo que só fosse alguns meses, ainda assim teria seu histórico manchado para sempre.

Pelo menos em algumas horas ele iria poder ligar para seus pais e explicar tudo que aconteceu, falar onde estava, e provavelmente no dia seguinte iria vê-los novamente. Assim que explicasse para seus pais exatamente tudo que aconteceu, tinha certeza que eles iriam entrar em contato com um bom advogado para tentar tirá-lo dali. Não era uma situação tão difícil, afinal, na faculdade existe câmeras, assim que o advogado pedir para olharem as câmeras daquele dia, iriam ver que Anthony colocou as drogas dentro da mochila de Louis para não ser pego... e a agressão, poderiam dizer que foi um ataque de pânico. Provavelmente ainda teria que fazer alguns trabalhos comunitários, mas isso era melhor do que a cena em que se encontrava. Esses pensamentos acomodaram Louis, e assim ele pôde finalmente tranquilizar momentaneamente o seu coração. Vai ficar tudo bem...

Vai ficar tudo bem...

Eu vou ficar bem...

Vai dar tudo certo...

Né?

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