HEARTBREAKER | SEBASTIAN STAN

Por tomcruisre

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Sebastian Stan é o baterista de uma banda famosa e está vivendo com todo o glamour e prestígio de um verdadei... Más

Personagens & Avisos
Soundtrack & Avisos
00. Prólogo
01. A vadia da Rolling Stones
02. Primeiro escândalo
03. Tudo o que poderia dar errado
05. Aparição Pública
06. Upper East Side
07. Tequila e limão
08. Lençol de seda
09. Jantar a dois
10. Caixa de veludo
11. O equivoco
12. Preço da liberdade
13. Estúdio de gravação
14. Mais uma casualidade
15. Topless & TMZ
16. Massagem relaxante
17. O acidente de Skyler
18. A maldição
19. Lavagem a seco
20. Olho por olho
21. Noite de jogos
22. No limite
23. O álibi perfeito
24. Artigo da cosmopolitan
25. Escolha errada
26. Revelações
27. Um lugar chamado notthing hill
28. Como conquistar uma mulher
29. O depoimento
30. Dupla traição
31. Inimigo do meu inimigo
32. Envelope de fotos
33. Good morning america
34. Novas suspeitas
35. Feliz aniversário
36. Voyeur
37. Cottage grove - parte I
38. Cottage grove - parte II
39. Momento em família
40. Dia de SPA
41. Sorvete de baunilha e escândalo
42. Ação de graças
43. O primeiro corte é o mais profundo
44. O dia seguinte
45. Arma de choque
46. Pedido de desculpas
47. O peso do passado
48. Acerto de contas
49. Primeiro encontro
50. Ouroboros
51. Contagem regressiva
52. Um pequeno favor
53. Negocio Arriscado
54. Desastre de natal - Parte 1
55. Desastre de natal - Parte 2
56. A verdade nua e crua
57. Mais um beijo
58. O ultimo suspiro

04. O contrato

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Por tomcruisre

As horas estavam se passando e através das lentes de grau daqueles óculos, Skyler sentia sua visão pesar enquanto continuava a rabiscar e escrever naquele contrato.

— O que está fazendo ai sozinha de novo?— Layla apareceu indo direto para a cozinha pegar um copo de água.

Era tarde da noite e aquela já havia virado uma rotina, Skyler passava a manhã e a tarde na rua em busca de emprego em alguma revista de renome e a noite ela se preocupava com aquele contrato entregue a ela pela equipe de Sebastian.

— Eu não estou sozinha, o Bruce está me fazendo companhia. — Skyler virou o rosto vendo o yorkshire da sua amiga no sono mais profundo deitado no sofá. — Estou dando uma revisada no contrato.

— Vai mesmo aceitar isso? — Layla perguntou encostando na mesa ao lado da amiga.

— Tecnicamente é um emprego. — Skyler forçou um sorriso que saiu como uma careta.

— Fingir que é namorada de um astro do rock é seu emprego dos sonhos? — Layla perguntou debochada.

— Se eles pagam bem. — Skyler mostrou o valor que seria pago por mês. — Que mal tem.

— Caramba, será que algum outro cara da banda precisa de uma namorada também? — Layla riu chocada com a quantidade de zeros naquele papel. — Então você está pronta para voltar para os holofotes? E passar por tudo aquilo de novo? Pensei que tinha mudado de nome por isso.

— De novo? — Skyler riu sem graça. — Antes era diferente, eu era somente a filha de um magnata que usava da família para se promover.

— E como isso é diferente? — Layla perguntou ao ver que Skyler estava tentada a aceitar aquele contrato. — Você vai continuar sendo a sombra de outro homem.

— Eu estou tentando ver isso como uma oportunidade. — Skyler deu de ombros sem muita animação. — Quem sabe agora eu não consiga um estágio na Vogue? Vou ser a melhor amiga da Anna Wintour.

— Você pode ter razão. — Layla passou a mão no ombro da amiga fazendo carinho. — Espero que esteja certa.

— Obrigada.

— Porque não descansa um pouco? Você está há horas sentada nessa cadeira lendo esse papel. — Layla disse vendo Skyler arrancar os óculos do rosto e massagear os olhos. — Faz três dias que você está nessa.

— Esse contrato foi feito pela equipe do Sebastian e eu estou modificando algumas coisinhas para o meu benefício. — Skyler riu. — Não achou que eu iria entrar nessa sem barganhar, achou?

— Você é mesmo filha do seu pai. — Layla sacudiu a cabeça desacreditada.

— Eu aprendi algumas coisinhas com ele. — Skyler respondeu sentindo um nó na garganta ao falar sobre seu pai. — Mas pelo visto valeu a pena.

Provavelmente ele estaria orgulhoso dela ou a odiaria por estar se submetendo aquilo.

Mas de uma coisa ela sabia, quando sua foto estivesse estampada em todas as revistas e sites de fofoca do país com certeza o Sr. Martell teria o seu primeiro enfarte ao ver sua única filha mulher namorando o baterista do Winter Soldiers.

[...]

— Ela não vem. Então vamos acabar logo com essa palhaçada e ir pra casa. — Sebastian se levantou da cadeira pronto para ir embora. — A Hope está esperando por mim.

A reunião foi marcada em um hotel três estrelas e bastante reservado que ficava no Brooklyn, sem mídia e sem paparazzi.

— Você quer se acalmar? — Kraig olhou para o relógio em seu pulso.

Skyler tinha 10 minutos para chegar.

— Me acalmar? Você quer levar essa farsa adiante por oito meses e quer que eu me acalme? — Sebastian perguntou incrédulo. — Vai se foder!

— A ideia foi sua. — Kraig respondeu enquanto balançava de um lado para o outro naquela poltrona chique e acolchoada. — Foi você quem resolveu meter os pés pelas mãos chamando uma coletiva de imprensa para dizer que estava em um relacionamento com a mulher que iria te inocentar.

— Eu...

— E essa com certeza está no topo das coisas mais burras que você fez na vida. — Kraig abriu os braços e apontou para si. — Mas por sorte eu sou o tipo de cara que trabalha com o controle de danos.

— O plano era simples. — Sebastian começou a argumentar.

— O seu plano ou do Chace? — Kraig perguntou debochado. — Ele contou que vocês dois estavam chapados naquela tarde e foi só por isso que ele te deu aquela maldita ideia.

— Era um plano bom. — Sebastian ignorou aquela acusação verdadeira, com certeza fumar maconha e dar uma coletiva de impressa não tinha sido nada inteligente, mas ele não iria admitiria isso. — Eu iria para a mídia e obrigaria aquela mulher a falar a verdade e depor ao meu favor... Mas você complicou tudo.

— Eu compliquei tudo? Sua filha teve que intervir e eu quem compliquei tudo? — Kraig riu debochado. — Seu trabalho é batucar naquela bateria e fazer música, o meu trabalho é resolver suas merdas e da sua banda.

— Está falando como se eu tivesse feito aquilo. — Sebastian disse irritado elevando o tom de voz. — Eu não toquei naquela mulher.

— E não me interessa se tocou ou não. — Kraig respondeu. — Meu trabalho é limpar o seu nome.

— Então sua solução é vender um relacionamento para a mídia?

— Te colocar na linha é minha solução. — Kraig estava começando a perder a paciência com a insistência de Sebastian.

— Tá legal e porque o Chace ou os rapazes não estão aqui? — Sebastian perguntou gesticulando. — Somos um time.

— Porque é sua imagem que estamos tentando limpar. — Kraig disse olhando novamente para o relógio.

2 minutos.

Duas batidas na porta foram o bastante para que Sebastian se acalmasse e puxasse a cadeira se sentando o lado de Kraig.

— A Srta. Vardon está lá embaixo.

— Pode mandar subir. — Kraig acenou com a cabeça para a mulher que fechou a porta da sala de reunião.

— Essa mulher provavelmente é uma vigarista, uma pobre coitada que vai vender essa história em alguns anos escrevendo um livro sobre isso. — Sebastian disse tentando convencer Kraig a mudar de ideia. — É isso que você quer? Que ela escreva a porra de um livro que vai ser adaptado para o cinema? E ainda vão chamar a porra do Timothée Chalamet para me interpretar.

— Ela não vai fazer isso. — Kraig disse se segurando para não rir.

— E como pode ter tanta certeza disso?

— Conhece William Martell? — Kraig perguntou e uma ruga de confusão se formou na testa de Sebastian.

— O advogado das celebridades? O que tem ele? — Sebastian perguntou sem entender aonde seu agente queria chegar com aquilo.

— É o pai da Skyler.

— Como é que é porra? — Sebastian arregalou os olhos totalmente chocado com aquela informação.

Como uma mulher como Skyler, sendo filha de William Martell, um dos maiores advogados de hollywood acabava escrevendo criticas em uma revista e logo depois sendo uma garçonete em uma lanchonete local?

Aquilo não fazia o menor sentindo.

A porta se abriu e Skyler apareceu usando um terninho cinza, com abotoaduras e uma camiseta de seda pura por baixo do blazer. Os cabelos estavam presos em um choque arrumado e não havia nem se quer um fio de cabelo fora do lugar, ela parecia que estava indo para uma reunião de negócios muito importante.

Sebastian por outro lado estava usando um jeans surrado e uma regata branca onde era possível ver a tatuagem em seu braço os piercings de mamilo marcados naquele tecido fino.

— Boa tarde, sente-se. — Kraig apontou para a cadeira vaga naquela mesa e com um aceno de cabeça, Skyler se sentiu. — Aceita algo para beber?

— Champanhe, por favor. — Skyler sorriu para a mulher que começou a servir as bebidas.

— São duas da tarde. — Sebastian disse apenas para provoca-la.

— Esse copo de uísque vazio é seu? — Skyler perguntou com a voz suave olhando para o copo que estava de frente a ele.

— Outra dose, querida.— Sebastian estendeu o copo para a mulher que servia as bebidas enquanto olhava fixamente para Skyler que não se intimidou nem por um segundo.

— Imagino que se está aqui é porque aceita o contrato. — Kraig disse com um sorriso largo no rosto.

— Não exatamente. — Skyler deu um gole no champanhe e passou a língua pelos lábios. — Hmm, rosé.

— Você não aceita nossos termos?

— Na verdade, eu fiz algumas mudanças no contrato. — Skyler abriu a bolsa que estava carregando tirando de lá três cópias do novo contrato que ela tinha redigido a noite toda. — Espero que não se importe.

— Claro que nos importamos. — Sebastian puxou o papel das mãos de Skyler entregando a cópia para Kraig.

Ele nem ao menos tinha lido nada daquele contrato, a sua versão estava jogado na mesa de centro do seu hotel sendo usado de porta copo.

— Como podem ver eu mantive o sigilo de ambas as partes, sei o quanto é importante a confidencialidade nesse tipo de acordo... — Skyler nem terminou de falar quando foi interrompida.

— Não estou vendo nenhuma mudança no contrato. — Kraig passou as paginas rapidamente.

— Foram só algumas pequenas mudanças, nada demais. — Skyler voltou a atenção para o papel na sua frente. — Página 5 parágrafo 3.

— "Todo e qualquer benefício sejam roupas, bolsas, sapatos ou parcerias com marcas famosas serão todas selecionada a dedo pela parte interessada".

— A parte interessada sou eu. — Skyler sorriu assim que Kraig terminou de ler.

— Parece justo.

— Ótimo, agora no parágrafo 5. — Skyler disse olhando diretamente para Kraig. — Aqui diz que eu preciso estar sempre a disposição do Sr. Stan para acompanha-lo em eventos ou para aparições na mídia. Não me importo com isso mas acrescentei que gostaria de ser avisada ao menos vinte quatro horas antes.

— Esse é um termo que não pode ser modificado. — Kraig disse pegando a caneta e riscando a anotação. — Qualquer coisa pode mudar a qualquer momento e as vezes não temos o luxo de nos prepararmos.

— Tá legal. — Skyler fez o mesmo riscando aquele termo.

— Isso é ridículo. — Sebastian balançava a cabeça enquanto lia linha por linha daquela página. — Vai deixar ela modificar o contrato?

— Página 7, parágrafo 1. — Skyler pigarreou ao começar a ler. — "Toda e qualquer intimidade de ambas as partes serão mantidas em sigilo após o fim do contrato. Dentre eles inclui: sexo, sexo oral, sexo anal, ménage ou qualquer preferência sexual ou fetiche."

— Você descreveu tudo muito bem. — Sebastian disse rindo achando graça.

— Eu gostaria de entender isso. — Skyler estreitou os olhos. — Eu sou obrigada a transar com o seu cliente? Porque eu não sou uma prostituta e esse é um termo que eu não aceito.

— Não, isso é apenas para a sua e a nossa segurança. — Kraig disse tentando tranquiliza-la. — Não queremos que isso vaze para a mídia daqui a alguns anos no caso de vocês se envolverem... fisicamente.

Skyler olhou com desdém para Sebastian como se soubesse que aquela parte do acordo jamais iria ser concretizada.

— Por isso existe uma cláusula onde você e o meu cliente precisam se submeter a exames para descartar qualquer tipo de doença sexualmente transmissível.

— Estou com os meus aqui. — Skyler pegou os papéis e deslizou pela mesa. — São de três dias atrás. Fiz todos assim que saí daqui e inclui os valores dos exames no débito de vocês, é claro.

— É claro. — Kraig respondeu analisando o resultado dos exames.

Sebastian esticou o pescoço para tentar ver o que tinha ali.

— Espero que esse não seja um problema para o seu cliente já que com a reputação dele...

— O que você quer dizer com isso? — Sebastian perguntou irritado. — O que ela quer dizer com isso?

— Eu acho que você entendeu, Sebastian. — Kraig disse tentando controlar a situação. — Os exames dele serão anexados junto com os seus. Se viu sobre esse termo, viu a parte sobre o uso de contraceptivos.

— Sim. — Skyler respondeu.

— E concorda em usar pílulas até o final do contrato?

— Não. — Skyler respondeu. — Página 7 parágrafo 1.

Kraig voltou a atenção para o contrato lendo a modificação que Skyler havia feito.

— Claro, você usa DIU. Vou precisar de exames que... — Kraig levantou o rosto mas Skyler já estava com ele em mãos. — Você é eficiente.

— É uma qualidade. — Skyler passou a página e Kraig fez o mesmo enquanto Sebastian ainda estava preso nos termos de intimidade.

Havia pelo menos uma folha inteira explicando o que ele poderia ou não fazer.

— Aqui diz que eu vou ser vestida por uma equipe. — Skyler disse arqueando a sobrancelha. — Gostaria de ter controle criativo do que eu vou ou não vestir.

— Isso está fora de cogitação. — Sebastian riu como se estivesse acabado de ouvir uma piada. — Acha que as pessoas vão acreditar que eu estou namorando com uma mulher que se veste com uma bibliotecária?

— Eu estou em uma reunião de negócios. — Skyler manteve a voz firme olhando dentro dos olhos de Sebastian. — Eu me visto de acordo com a ocasião.

— O Sebastian tem razão, você precisa se adequar a essa vida. — Kraig disse fazendo Skyler morder a própria bochecha. — E pra isso você precisa mudar um pouco.

— Um pouco quanto? — Skyler perguntou e Kraig olhou para Sebastian e em silêncio parecia que eles estavam se comunicando.

— As roupas e o cabelo. — Kraig deu de ombros. — Nada demais.

— Tudo bem, desde que ele também passe por essa pequena mudança. — Skyler não iria ceder tão fácil, ela estava ali para negociar. — Nada demais.

Kraig olhou para Sebastian pedindo para que ele concordasse com aquilo e facilitasse o seu trabalho já que Skyler estava indo muito bem. Ela tinha a frieza e a boa vontade que ele precisava para livrar Sebastian daquela acusação.

— Você não está considerando aceitar isso, está? — Sebastian perguntou e Kraig parecia estar pensativo. — Porra, não!

— Talvez isso seja bom. — Kraig disse e Sebastian jogou a cabeça para trás soltando um palavrão. — Pense nesse PR como um recomeço para a sua carreira, e uma limpeza de imagem requer uma mudança drástica.

— Qual sua ideia, Skyler? Quer que eu me adeque a você?— Sebastian perguntou debochado. — Seu tipo deve ser um engomadinhos de terno caro com um cabelo bem penteado que abre a porta do carro e chora na hora do sexo.

Skyler espremeu os lábios para não rir e abaixou a cabeça para não gargalhar ao vê-lo tentar insulta-la.

— Eu não vou entrar em um terninho e muito menos falar como a porra de um mauricinho. — Sebastian irritado. — Não vou mudar meu estilo e nem minhas roupas.

— Você é meio temperamental, não é? — Skyler perguntou debochada. — A única coisa que peço é que pare de usar roupas de departamento e dê um jeito nesse seu cabelo.

— O que tem de errado com o meu cabelo?

— Lavar o cabelo não faz mal sabia? — Skyler riu ao ver Sebastian respirar fundo prestes a xinga-la.

— Eu gostei de você. — Kraig parecia animado ao ver Sebastian praticamente espumando de raiva. — Vamos assinar logo esse contrato.

— Eu tenho mais um pedido. — Skyler disse cruzando as duas mãos em cima da mesa. — Eu quero uma cobertura no Upper East Side.

— Como é? — Kraig pensou ter ouvido errado.

— Eu disse que ela era uma vigarista.

— Eu preciso de um lugar para morar durante esse tempo e um que seja seguro já que imagino que vou ser seguida e perseguida por paparazzi o dia inteiro. — Skyler disse tentando argumentar mas Kraig parecia estar com um pé atrás. — Não quero o imóvel em meu nome se é isso que estão pensando.

Skyler fez uma pausa revezando entre olhar para Sebastian e Kraig.

— Só quero um lugar para ficar durante esse tempo. — Skyler deu de ombros. — Eu tenho certeza que um astro do rock como você jamais deixaria sua querida namorada dormindo de favores no sofá da melhor amiga.

Sebastian deu uma batidinha no ombro de Kraig e se levantou indo para o canto mais distante da sala para conseguir conversar com o empresário sem que a mulher escutasse a conversa.

— Isso é furada. — Sebastian disse baixinho. — Uma cobertura no Upper East Side? Um salário fixo? O que mais essa mulher vai querer? Parte das vendas do disco?

— O imóvel ficaria no seu nome e eu não vejo problema nenhum em aceitar isso. — Kraig disse olhando para Skyler acenava para ele balançando os dedos apenas para provocar Sebastian que a fuzilava. — Você vai colaborar ou não?

— Não. — Sebastian respondeu como se fosse óbvio.

— Aceitamos os seus termos. — Kraig disse animado olhando para Skyler.

— Maravilha. — Skyler se levantou apertando a mão do empresário. — Sabia que faria a coisa certa.

— Mas temos um pedido para acrescentar. — Kraig disse tirando o sorriso do rosto da mulher. — Não queremos Skyler Vardon.

Sebastian pareceu confuso.

— Queremos a Skyler Martell. — Kraig disse fazendo Skyler engolir seco. — Seu nome tem peso e prestígio na indústria e acho que isso iria beneficiar muito o meu cliente.

Aquilo a pegou totalmente de surpresa porque ela não fazia ideia que aqueles homens sabiam sobre seu verdadeiro nome e de quem ela era filha.

— Tudo bem, mas se eu soubesse com certeza teria pedido um aumento. — Skyler riu tentando não demonstrar seu nervosismo.

— Vamos assinar os papéis e vocês podem ficar aqui para se conhecerem melhor. — Kraig entregou a caneta nas mãos de Sebastian que parecia relutante. — Anda assina.

Com uma carranca no rosto ele assinou o papel jogando a caneta de qualquer jeito sobre a mesa e com agilidade Skyler a pegou assinando seu nome logo abaixo.

— Espero que essa merda dê certo. — Sebastian deu as costas passando a mão pela lateral do cabelo tentando mante-los no lugar.

— Tenho uma reunião com a relações publicas da banda e para decidir qual o próximo passo. Preciso que nos dê acesso a suas redes sociais, vamos começar a criar alguns rumores. — Kraig recolheu o contrato colocando dentro do envelope e selando. — Mas de ante mão nenhum dos dois deve fazer uma aparição pública ou falar sobre o relacionamento.

— Não vai ser um problema pra mim. — O tom de voz de Skyler pareceu mais áspero do que ela pretendia.

— Tudo bem. — Sebastian respondeu.

— Ótimo. Conversem e encontrem algo que tenham em comum. — Kraig caminhou em direção a porta. — Vejo vocês amanhã.

A porta fez um barulho estrondoso ao ser batida e o silêncio naquela sala estava começando a sufocar Skyler pela forma que Sebastian a encarava esperando que ela dissesse algo.

— Espero que não tenha detector de fumaça aqui. — Skyler tirou o maço de cigarro de dentro da bolsa e colocou um entre seus lábios. — Aceita?

— Não valeu. — Sebastian respondeu de forma seca.

— Então eu vou precisar bancar a madrasta da sua filha ou...? — Skyler perguntou e aquilo pareceu irritar Sebastian.

— Não quero que fale ou pense na Hope. — Sebastian disse a fuzilando. — Ninguém sabe sobre ela e eu espero que continue assim.

— Eu li o termo no contrato. — Skyler soltou a fumaça devagar. — Tinha uma cláusula específica falando sobre a privacidade dela... Então me diz, você não assumiu a paternidade? É por isso que ela veio até mim pedindo ajuda?

— Dobre sua língua pra falar dela. — Sebastian disse em um tom ameaçador.

— Ela parece ser uma garota legal. — Skyler se levantou da cadeira indo até a janela que ficava do outro lado da sala. — Só fiquei curiosa.

— Por falar em curiosidade... Me diz, o que uma mulher como você filha de um dos maiores advogados de Hollywood faz aqui? — Sebastian estava com os braços cruzados fazendo seus bíceps marcarem ainda mais naquelas tatuagens. — Assinando um contrato de namoro com o baterista de uma banda fracassada de rock...

Skyler abriu a boca para falar mas foi imediatamente cortada.

— Foram suas palavras, não foi? Me chamou de baterista fracassado. — Sebastian deu alguns passos se aproximando de onde Skyler estava encostada próxima a janela na tentativa de intimida-la. — Eu vendi mais de 25 milhões de discos no ano passado, então não ache que eu preciso de você.

— Eu não acho. — Skyler balançou a cabeça. — Eu tenho certeza, porque se eu não der aquele depoimento a seu favor... Eu acho que os 25 milhões de discos que você vendeu vão se transformar em 25 milhões de horas que você vai passar na cadeia sem o meu depoimento.

— Você se vendeu por um depoimento e quer se achar melhor do que eu? — Sebastian riu pelo nariz.

— E você acha que eu vou me importar com isso dentro de uma cobertura no Upper East Side dormindo nua em lençóis de seda? — Skyler deu uma risada apagando o cigarro no vão da janela. — Pense de novo.

Um sorriso sacana brotou nos lábios de Sebastian ao imaginar a mulher nua, sua imaginação era fértil.

— Bom, se vamos entrar nessa juntos... — Sebastian espalmou a mão na parede ao lado da cabeça de Skyler que só agora tinha notado o quão próximo ele estava. — Podemos aos menos aproveitar as vantagens desse contrato.

— Que tipo de vantagem? — Skyler perguntou se fazendo de desentendida olhando para o rosto de Sebastian que estava concentrado no decote da blusa social da mulher.

Da onde ele estava, ele conseguia ver a curva dos seios fartos de Skyler, bem onde ela havia pulado alguns botões.

— Eu também adoro lençóis de seda. — Sebastian sorriu levando seu dedo até o colarinho do blazer de Skyler o afastando para poder ver melhor o que ela escondia mas antes que ele pudesse dizer ou falar alguma coisa ela caiu na risada abaixando a cabeça. — O que foi?

— Desculpe, é muito engraçado. — Skyler se afastou com a mão em frente a boca tentando controlar sua risada.

Sebastian ainda estava imóvel sem conseguir entender a reação da mulher.

— É assim que você chega nas mulheres? — Skyler espremia os lábios para não rir. — Isso geralmente funciona?

— Elas geralmente estão com a boca muito ocupada para responder alguma coisa. — Sebastian respondeu de forma maliciosa.

— Talvez você tenha razão e já fechamos o contrato eu vou precisar de algo que só você pode me dar.

— Eu sabia que você não ia se fazer de difícil. — Sebastian levou as mãos até o cinto de sua calça mas antes que ele pudesse abrir ele foi surpreendido pela mulher que estava com a mão estendida na frente dele.

Skyler balançou os dedos.

— O seu cartão de crédito.

— O meu... — Sebastian repetiu como se não estivesse levado um choque. — Você quer a porra do meu cartão de crédito?

— Eu preciso comprar algumas coisinhas e na página 9, parágrafo 7, dizia que você iria me disponibilizar um cartão de crédito ilimitado para gastos emergenciais. — Skyler disse com a voz calma fazendo Sebastian respirar fundo. — E você não vai querer ser visto comigo vestida como uma bibliotecária, vai?

— E o que me garante que você não vai comprar roupinhas sem graça? — Sebastian voltou a fechar o cinto de sua calça. — E porque diabos o Kraig colocou essa porcaria em um contrato?

— Espera um pouco. — Skyler iria apelar para o ego dele. — Você não leu o contrato? Que tipo de idiota assina algo sem ler?

A contra gosto Sebastian tirou do seu bolso o cartão black entregando nas mãos de Skyler que balançou aquele objeto como se tivesse acabado de ganhar na loteria.

— Vou ficar esperando a ligação do seu empresário. — Skyler lançou um beijo no ar e pegou sua bolsa em cima da mesa. — Até amanhã.

Assim que ficou sozinho na sala, Sebastian foi até o contrato que estava jogado em cima da mesa indo até a página 09, parágrafo 07.

"Ambas as partes declaram que este contrato é assinado por seu livre arbítrio e que nem eles nem ninguém mental, física ou emocionalmente próximo a eles foi ameaçado com danos corporais ou mentais."

— Vagabunda.

[...]

Era tarde da noite quando Skyler voltou para o apartamento da melhor amiga carregando mais sacolas do que seu braço poderia suportar.

— O que é tudo isso? — Layla riu ao ver Skyler tropeçar em uma sacola que tinha acabado de cair no chão.

Em apenas uma tarde ela havia gastado pelo menos 200 mil dólares comprando roupas, sapatos, bolsas, joias e perfume.

— Lembra daquela bolsa da chanel? — Skyler disse procurando dentro das sacolas até que ela finalmente achou. — Eu comprei e era a última do estoque! Estava esperando por mim.

— Caramba, ela é linda mesmo. — Layla pegou a bolsa nas mãos sentindo o cheiro de loja cara e riqueza. — Mas como você pagou por tudo isso?

— Eu não paguei. — Skyler balançou o cartão black fazendo Layla dar um gritinho animada.

— Você já ganhou um cartão de crédito? — Layla perguntou mas ao ver o nome escrito no verso seu sorriso desapareceu.

— Ainda não. — Skyler se ajoelhou no chão tirando algumas caixas de sapato.

— O cara te deu o cartão de crédito? — Layla perguntou chocada ao ver o nome de Sebastian no verso.

— Eu não dei muita escolha para ele.

— Cuidado, não vai se envolver com esse cara. — Layla disse se sentando ao lado de Skyler para ajudar a tirar as compras da sacola. — Você sabe que tem fraqueza por homens como ele.

— Caras que tem um cartão de crédito ilimitado? — Skyler riu achando graça balançando os louboutin.

— Você sabe do que eu estou falando.

A sutileza em sua voz demonstrava exatamente de quem Layla estava falando.

— O Kurtis é passado. — Skyler começou a tirar as roupas da sacola. — E foi ele quem me chutou ou você esqueceu?

— O cara era louco por você.

— Será que podemos falar do Valentino? — Skyler disse mostrando a bota preta de cano alto que tinha comprado. — Ou do Christian Dior?

— Caramba, você comprou tudo muito... — Layla arregalou os olhos. — Preto.

— Eu vou precisar convencer as pessoas que estou namorado o Sebastian Stan. — Skyler tirou de dentro do bolso o celular mostrando a colagem de fotos que tinha feito.

— Quem são essas?

— Eu fiz minha própria pesquisa, são todas as mulheres que já foram fotografadas com ele ou são algum tipo de affair não confirmado. — Skyler se aproximou apontando para as imagens. — Está vendo o que elas tem em comum?

— São todas loiras? — Layla perguntou com uma ruga na testa.

— Exatamente. — Skyler disse animada. — Marquei uma hora no salão amanhã.

— Você não vai fazer isso...

— Por um cartão de crédito ilimitado? Com certeza eu vou. — Skyler riu pegando a frasco de perfume que ele tinha comprado.

— Skyler, você não acha que está exagerando um pouquinho? — Layla perguntou preocupada. — Você está se jogando nisso de cabeça sem pensar nas consequências.

— Quando eu saí de casa eu prometi que iria ser rica e bem sucedida e isso faz o que? Dez anos? — Skyler abriu os braços. — Olha onde eu estou agora, pulando de emprego em emprego e dormindo de favores na casa da minha melhor amiga... Eu não quero que o meu pai tenha razão ou que meu irmão perfeito ache que é melhor do que eu por ter cedido a vontade do nosso pai.

— Você já é melhor por ter arriscado e tentado.

— Eu quero ser muito melhor do que isso. — Skyler engoliu o nó em sua garganta. — E eu vou usar essa oportunidade para chegar lá.

— Se envolvendo com um cara que foi acusado de estupro?

— Ele não fez aquilo. — Skyler deu um sorriso fraco. — Eu lembro daquele dia e lembro da mulher que estava com ele. Na matéria ela disse que tudo aconteceu dentro do banheiro do ônibus da turnê depois do show mas é mentira porque eu fiquei presa lá dentro com aquele idiota o caminho inteiro. E eu tirei uma foto naquele dia da maçaneta porque tentei achar uma solução no google. Foi idiotice mas meio que é uma prova que vai inocenta-lo, não é?

— E por que você não inocenta logo o cara e deixa isso pra lá?

— Você conhece o mínimo sobre a banda? Os rapazes do Winter Soldiers só se envolveram em polêmicas desde que debutaram no mercado há 2 anos. — Skyler riu debochada. — Era difícil não ler as matérias quando eu estava catolografando na Rolling Stones.

— Então isso é uma vingança por eles serem quem eles são?

— Só estou dando uma lição e me divertindo um pouco. — Skyler riu. — Eles precisam entender que não estamos mais nos anos 80 e que se eles continuarem tratando a mulheres como objeto a carreira deles vai fracassar e os desgraçados tem talento.

— Agora você é fã? — Layla riu porque lembrava muito bem da amiga xingando a banda todo santo dia.

— Eu não disse isso. — Skyler fez uma careta enojada ao ouvir aquilo.

— Entendi, agora você é o anjo da guarda do Winter Soldiers.

— Pense em mim como o karma deles.

NOTAS!!!!

E ai? O que estão achando? Próximo capítulo  vamos ver a mudança de visual da Skyler para enlouquecer de vez o Sebastian kkkkkkkkkkk

E no próximo capítulo vcs vão conhecer a Lexi, então se preparem

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