A Verdadeira Felicidade | Liv...

By mirianviitoria

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Jasmine Freire é uma jovem gentil, de boa alma e amada por todos, com seu carisma e maneira de ser consegue c... More

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Epígrafe
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By mirianviitoria

Jasmine Freire

Assim que acordei fui até o quarto das crianças, dei um beijo no rosto do meu irmão e pela cobrança dos outros dois, tive que fazer o mesmo neles.

Saí e assim fui me aprontar.

Escolhi meu vestido branco de listras azuis, sapatilhas, colar e pulseiras. Deixei meus materiais de maquiagem já prontos e fui tomar meu banho.

Apliquei meu perfume e assim comecei a me arrumar. Catei minha bolsa e com cuidado sai de meu quarto e entrei no de Ângelo. Um sorriso amplo tornou-se em meus lábios assim que vi que a cama estava vazia. Com agilidade e rapidez peguei duas calças, uma de moletom e outra de jeans, três camisas, meias, sandália e sapatos. Os deixei dentro da bolsa e fui até o banheiro. Como sempre, fiquei contemplada com o tamanho! Era gigantesco e muito bonito. Havia um chuveiro e banheira, pia dupla, sanitário e uma pequena área para barbear. Despertei-me do transe em que fiquei e catei a pasta de dente novinha que tinha, escova e sabão. Os deixei também dentro de minha bolsa. Assim que estava pronta para sair, acabei parando, a porta sendo aberta me fez entrar em alerta.

— Jasmine, o que faz aqui? — perguntou, Valentina.

Deixei a bolsa na cama ficando próxima à ela para cobrir. Oliver em suas braços, era sacudido levemente por sua mãe.

— Eu vim, vim procurar um quadro...

— Que tipo? Com a nossa família?

— Isso.

— Ah! — disse. Ela se virou e puxou uma das gavetas da cômoda atrás de si, retirou um objeto e o estendeu em minha direção — Aqui — andei devagar e o peguei — É a melhor fotos que temos...

— É linda.

— Por que a sua bolsa está tão inchada? — engoli em seco — Ah, deve ser coisa da minha cabeça... Acabei acordando com o choro de Oliver no meio da madrugada, desde então, permaneci acordada...

— O que ele tinha?

— Cólica... Mas já está melhor, não é filho? — o olhou e deu um beijo — Você já está de saída?

— Sim, e... Não precisa se preocupar comigo, cuide de seu filho, é domingo e terá tempo de sobra.

— Queria que e os outros pensassem assim, que não trabalhassem no domingo ou sábado para poder descansar... Mas, pelo menos, descontam na semana...

— É...

— Mas, você tem certeza de que irá sozinha?

— Vou pegar um táxi.

— Você é quem sabe...

— Você está muito cansada, e eu tenho que me acostumar com a vida na cidade.

Ela assentiu, se despediu e saiu. Suspirei profundamente e peguei minha bolsa, saindo em seguida.

Descendo as escadas pude vê os donos da casa sentados juntos sobre o sofá. Nora tinha sua cabeça deitada no ombro do marido enquanto ele envolvia seu ombro com o braço, em uma de suas mãos, o álbum onde as fotos de Ângelo quando era criança aparecia estava entre eles. Me aproximando um pouco, pude vê que dormiam. Sorri um pouco triste com a cena.A mente dos dois deviam estar tão confusas cheias de inseguranças, principalmente às referentes ao futuro... Quis abraçá-los, mas permaneci no mesmo lugar, quis contar que o filho deles abriu as portas... Mas permaneci em silêncio, não era o momento, não era a hora...

Sendo deixada pelo táxi em frente a um dos mercados, pedi para que esperasse, o homem assentiu e voltou a focar sua atenção na estrada. Tive de manter minha cabeça no centro envés de olhar para cima onde queria vê até onde o mercado alcançava. Eram tantas pessoas que tive de prestar atenção onde andava. Subi os degraus com a mão no corrimão e com meus olhos fixos na visão das portas giratórias, no canto, uma barra e uma corrente separava o espaço para os diversos carrinhos e cestas. Escolhi um e entrei com cautela.

Era surpreendente ter um supermercado aberto no domingo.

Abismada pela quantidade de espaços e prateleiras, tentei conter minha euforia. Pessoas de todos os tipos e origens arrastavam seus carrinhos ou escolhiam o que por em suas cestas. Os três caixas e seus atendentes eram ágeis e rápidos para calcular e por os ítens nas sacolas. Assim, comecei às compras.

Como tinha dois espaços no carrinho, comecei a por os produtos de limpeza separados dos alimentos.

Tive um pouco de dificuldade para levar — não me preocupei com o valor e sim, como iria levar. Talvez eu estivesse pegando um pouco do jeitinho de pessoas ricas, ri comigo mesma. O valor foi bem mais baixo do que cogitei. O motorista me ajudou a pôr às compras no porta-malas de seu carro — mas suas expressões não mostrava que estava contente.

Um homem alto, magro de cabelos ondulados e grandes o parou, suas roupas eram bem intrigantes e suas sandálias também. Logo me lembrei que o estilo que trajava era hippie, Margarida estudou algo envolvendo culturas e essa não foi excluída — como prestei atenção, foi fácil identificar.

Quando o desconhecido olhou em minha direção deu um largo sorriso.

— Uau... Nunca vi uma beldade mais linda que esta! — disse, admirado, me senti confortável com sua presença, então, sorri — Não sorria, por favor! — pôs a mão no peito.

— Por que?

— Vou acabar me apaixonando cada vez mais! — brincou, ri com sua fala — Meu amigo, eu posso levá-la... — falou para o moço que me trouxe — Sua cara não está das boas e ela precisa de uma boa companhia.

O homem revirou os olhos, sem se importar.

— Se a senhorita quiser...

— Eu irei!

— Ah, que maravilha! — gritou, feliz.

Animados, colocamos nossas compras dentro de seu carro, que era bem colorido por dentro. Paguei o que me trouxe e assim que me sentei nos fundos do automóvel, logo, esse começou a se movimentar. No canto, tinha diversos adereços e produtinhos, estes eram bem cheirosos. A fala contagiante do taxista combinou perfeitamente com o clima fresco. A música; Me Gustas Tu, ao fundo, e como ele sabia acompanhar, me deixou feliz e admirada. Com certeza ele faria parte do meu grupo de amigos preferidos... E com certeza minha melhor amiga teria amado conhecê-lo.

Assim que pomos a última sacola na varanda ele se afastou. Ia entregando o pagamento mas ele recusou.

— Mas, por quê?

— Não não, sua companhia é muito agradável e ela serviu como pagamento.

— Por favor, aceite...

— Não adianta, querida — afirmou, ele retirou a flor que tinha sobre sua orelha a pondo na minha em seguida — Ficou mais linda ainda. Uau... — ri, envergonhada.

— Mas, qual é o seu nome?

— Creio que não preciso dizer, o destino nos uniu e quem sabe, ele nos una mais uma vez — piscou — Tenha um bom dia, bela moça... — se afastou — Ah, E NUNCA DEIXE DE SORRIR! — gritou, ri novamente. Ele pôs a mão no peito como se fosse afetado pelo meu gesto, e assim adentrou o automóvel.

Enquanto se distanciava, suspirei profundamente, ele seria uma lembrança que eu teria para sempre em meu coração. A porta foi aberta atrás de mim e assim Ângelo apareceu. Seus olhos curiosos olhavam para a estrada, e assim que desceram para meu rosto, o brilho em seus olhos intensificou em suas pupilas — ficando dilatadas a cada segundo que passava, sobre minha pessoa. Juntei minhas mãos, tímida.

— Pelo visto já acordou...

— É... Sim... — disse lentamente, saindo de seu transe — Estou bem melhor — pigarreou — E você, linda... — suspirou, maravilhado.

Meu fraco coração saboreou suas palavras às deixando fixada em minha mente, foi necessário apertar a minha própria mão, para que eu parasse de pensar.

— Obrigada... — sorri.

— Só disse a verdade...

— Enfim — abaixei minha cabeça — Vou pôr as coisas aí dentro...

— Posso ajudar?

— Claro..

Ele se agachou como eu e assim catou as coisas. Ao todo foram doze sacolas.

Aliviada por finalmente ter uma esponja de qualidade e detergente, os deixei na cozinha. Abasteci a geladeira e a área da lavanderia.

Preparei o café da manhã bem rápido, deixei frutas, pão e suco. Logo, Ângelo apareceu e a cor em suas bochechas estavam mais rosadas que o normal. Comemos juntos, e nesse meio tempo, conversamos.

— Estou cansado de dormir tanto... — comentou, partindo pequenos pedaços do pão.

— É o efeito do remédio, e pelo visto, dormir está te fazendo bem.

— Sim... — ficamos em silêncio — Jasmine...

Olhou-me nos olhos, meu coração saltou.

— Eu não quero que minta para mim...

— Por que eu o faria?

— Não sei... — suspirou, ele tocou em minha mão — Querida, me conte como soube de mim... Eu lhe imploro, Jasmine.

Fiquei em silêncio com o seu pedido, minha cabeça estava um turbilhão e meu coração descompensado. Somente senti paz quando o Espírito Santo me acalentou me dando forças para lhe dizer.

— Sei que é cedo demais, mas, eu preciso saber...

— Ângelo — apertei meus lábios, o homem se ajeitou na cadeira com expectativa do que eu iria lhe falar — Você tem certeza?

— A mais absoluta...

— Certo. — minhas mãos suadas pararam de tremer — Sei que pode parecer algo que não acredite na primeira vez que me escutar, mas, o verdadeiro responsável por me trazer até aqui para lhe ajudar, foi Deus.

Os olhos azuis assumiram uma cor intensa.

— Há pouquíssimo tempo, Deus me mostrou você e o quão a sua alma estava vazia... Triste... — comecei — Ele também fez isso com a sua mãe, mas foi a mim que Ele revelou.

Sua respiração, que até então estava tranquila, começou a ficar intensa.

— Ele escutou às orações de sua mãe, Ângelo. E convocou à mim para que eu ajudasse a sua família a recuperá-lo... Eles sentem tanto, mais tanto a sua falta, meu querido — toquei os fios castanhos de seu cabelo.

Ele permaneceu em silêncio, parecia pensar.

— O mais louco nisso tudo é que, nossos destinos já estava mais perto do que imaginávamos — ele me olhou, confuso. — Você lembra da Marina, não é? — ele assentiu — Foi ela quem me criou, e. A amizade que tinha com sua mãe, foi o essencial para que tudo se encaixasse...

Seus olhos inundaram e nenhuma palavra sequer saiu de seus lábios. O envolvi em um abraço e ficamos assim por minutos.

Eu não sabia ao certo o que se passava em sua mente, mas torcia para que fosse somente coisas boas.

NORA VITELLO

Acariciando os cabelos de minha filha, beijei sua cabeça. A menina dormia tranquilamente. Os medicamentos que vinha tomando me deixam preocupada, no entanto, era necessário para que ela tivesse uma melhora rápida, o lado ruim é que vinha  dormindo muito. Acariciei seu braço me lembrando do dia em que chegou em casa...

Com cuidado, saí do carro. A bebê em meus braços, era envolvida por sua manta, roupinhas quentes e toca. Segui para a porta de entrada, a trazendo cada vez mais para perto do meu corpo, o frio era intenso e podia congelar a qualquer um que estivesse do lado de fora por muito tempo. Com Otto atrás de mim, entrei no ambiente.

Sorridente, caminhei sentindo a temperatura quente do ambiente me envolver, os três jovens próximo a lareira ao notarem nossa presença, correram em nossa direção. Admirados olhavam com curiosidade para ela.

— Uau! Ela é mais linda pessoalmente... — disse Patrick.

Os três, Patrick, Ângelo e Valentina, estavam em viagem, e quando faltava apenas dois dias para o nascimento da menina viajaram para a mansão. Infelizmente, não puderam ir no mesmo dia, já que estavam na estrada e por ser natal, acabaram não comparecendo.

— É verdade... — afirmou Valentina, seu cabelo estava bem menor, mostrando o quão estava na flor da idade.

Ângelo não disse nada até aquele momento, seus olhos estavam tão focados na pequena, que uma palavra sequer não havia saído de sua boca até aquele momento.

— Posso pegar ela?  — perguntou.

— É claro... Só tome cuidado!

— Eu sei, pode ficar tranquila...

Passei a menina para seus braços e com o maior amor e cuidado do mundo, ele a pegou.

— Pelo visto às aulas fizeram efeito — comentou Patrick. O olhei, sem entender — Ele fez algumas para, poder cuidar da melhor maneira da irmãzinha... — sorri com a notícia.

Meu filho andou com a menina em direção ao sofá e lentamente se sentou.

— Oi... Eu sou o Ângelo, lembra de mim, Belinha? Sempre conversamos quando você estava na barriga da mamãe — perguntou, baixinho.

O garoto levou o dedo menor de sua mão até a mãozinha de Isabella, que foi pego com vigor. Meus olhos se encheram de lágrimas assim que o sorriso sem dentes da menina formou em sua boca. A conexão que os dois carregavam era tão forte, que me fez chorar de emoção.

— Mãe? — a voz fina de Isabella me tirou dos meus devaneios.

— Ah, sim querida... O que foi?

— Nada, não... Pensei que não estivesse aqui.

— Mas estou — sorri.

— Onde a Jasmine está? Eu a quero ver...

— Ela não está aqui por enquanto, mas assim que chegar e se você estiver acordada, vocês conversam, pode ser? — ela assentiu e virou o corpo. Pôs a cabeça próxima a meu pescoço se aproximando, a envolvi com meu braço a deixando mais aconchegada a mim.

Eu a amava tanto, e ela não tinha noção...

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