HEARTBREAKER | SEBASTIAN STAN

By tomcruisre

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Sebastian Stan é o baterista de uma banda famosa e está vivendo com todo o glamour e prestígio de um verdadei... More

Personagens & Avisos
Soundtrack & Avisos
00. Prólogo
01. A vadia da Rolling Stones
03. Tudo o que poderia dar errado
04. O contrato
05. Aparição Pública
06. Upper East Side
07. Tequila e limão
08. Lençol de seda
09. Jantar a dois
10. Caixa de veludo
11. O equivoco
12. Preço da liberdade
13. Estúdio de gravação
14. Mais uma casualidade
15. Topless & TMZ
16. Massagem relaxante
17. O acidente de Skyler
18. A maldição
19. Lavagem a seco
20. Olho por olho
21. Noite de jogos
22. No limite
23. O álibi perfeito
24. Artigo da cosmopolitan
25. Escolha errada
26. Revelações
27. Um lugar chamado notthing hill
28. Como conquistar uma mulher
29. O depoimento
30. Dupla traição
31. Inimigo do meu inimigo
32. Envelope de fotos
33. Good morning america
34. Novas suspeitas
35. Feliz aniversário
36. Voyeur
37. Cottage grove - parte I
38. Cottage grove - parte II
39. Momento em família
40. Dia de SPA
41. Sorvete de baunilha e escândalo
42. Ação de graças
43. O primeiro corte é o mais profundo
44. O dia seguinte
45. Arma de choque
46. Pedido de desculpas
47. O peso do passado
48. Acerto de contas
49. Primeiro encontro
50. Ouroboros
51. Contagem regressiva
52. Um pequeno favor
53. Negocio Arriscado
54. Desastre de natal - Parte 1
55. Desastre de natal - Parte 2
56. A verdade nua e crua
57. Mais um beijo

02. Primeiro escândalo

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By tomcruisre

1 SEMANA DEPOIS

O som do telefone tocando fez Sebastian despertar assustado, seus olhos demoraram para se acostumar com a luz do sol que entrava dentro daquele quarto de hotel. A mulher seminua que estava abraçada a ele, se remexeu quando ele esticou a mão para pegar o telefone.

Sem ver o identificador de chamada, Sebastian desligou o aparelho e voltou a dormir.

Poucos minutos depois alguém começou a esmurrar a porta batendo desesperadamente.

— Mas que porra é essa? — Sebastian gemeu em frustração olhando para a mulher deitada ao seu lado. — Você não é casada, é?

— Não. O que está acontecendo? — A mulher agarrou firme o lençol tentando esconder sua nudez para se proteger de seja lá quem fosse que estivesse atrás da porta.

— Deixa que eu resolvo. — Sebastian levantou pegando o roupão de banho e vestindo para atender a porta.

Kraig, seu empresario entrou como um verdadeiro furacão fazendo a mulher dar um grito assustada.

— Ai meu deus! O que está acontecendo?

— É só meu empresário. — Sebastian deu de ombros coçando os olhos cansado por ter sido acordado tão cedo.

— Querida, preciso que pegue suas coisas e saia daqui. — Kraig juntou as roupas da mulher que estavam jogadas no chão entregando para ela.

A mulher estava em completo choque mas obedeceu saindo do quarto correndo enrolada no lençol com suas roupas em seus braços.

— Antes de começar seu sermão, ela disse que queria um autografo. — Sebastian riu. — E eu não poderia negar.

— Você vai dar vários autógrafos na prisão se não parar com essa sua atitude de babaca. — Kraig respondeu irritado com aquela atitude de Sebastian.

— Nossa, você acordou de mau humor, hein? — Sebastian pegou um cigarro dentro da cartela e colocou nos lábios mas antes que pudesse acender Kraig o jogou no chão em um tapa. — Mas que porra...?

— Sou eu que pergunto... — Kraig desbloqueou o celular e empurrou contra o peito de Sebastian. — Mas que porra é essa?

— Quem é essa? — Sebastian perguntou vendo uma foto sua e logo ao lado a foto de uma mulher loira que ele não fazia ideia de quem era. — É gostosa.

— Eu pensei que pudesse me responder. — Kraig disse em um leve tom de deboche. — Ou talvez você pudesse me dizer o porque ela está te acusando de estupro.

Ao ouvir aquilo Sebastian sentiu o ar lhe faltar nos pulmões como se ele tivesse acabado de receber um soco certeiro no estômago.

— Eu nunca vi essa mulher na minha vida. — Sebastian disse desesperado com os olhos fixos na imagem dela. — Diz pra mim que a Hope não viu isso.

Sua única preocupação naquele momento era saber se sua filha não tinha visto aquela mentira sobre ele.

— Está por todo o país. — Kraig respondeu. — Duvido que ela não tenha visto.

Aquilo era muito ruim.

— Merda, eu preciso ir para casa...

— Você precisa se acalmar e me dizer exatamente o que aconteceu. — Kraig seguiu Sebastian que havia começado a fazer as malas jogando todas as roupas que tinha e que não tinha dentro daquela mochila. — Sua reputação está em risco aqui.

— Que se dane a minha reputação! — Sebastian se exaltou. — Eu não sei quem é essa mulher e não dou a mínima se isso é uma tentativa de extorquir meu dinheiro ou se é apenas uma fã maluca querendo os seus cinco minutos de fama. A única coisa que importa é o que minha filha vai pensar de mim quando ler essa mentira.

— Se você se importa mesmo com sua filha você vai querer resolver essa merda. — Kraig disse fazendo Sebastian respirar fundo.

— Eu preciso falar com a Hope primeiro. — Sebastian disse firme e naquele momento Kraig não viu outra saída a não ser concordar com ele.

— Tudo bem.

Pegando o celular e se trancando no banheiro, Sebastian digitou o número da sua filha e depois de várias chamadas finalmente ela atendeu.

— Hope, amor. Você está bem?

Pai? — A voz sonolenta de Hope indicava que ela tinha acabado de acordar. — O que aconteceu?

Sebastian suspirou aliviado por saber que sua filha provavelmente não ligou o noticiário ou não acessou a internet naquela manhã para ver o que estavam falando do pai dela.

— Eu estou com problemas. — Sebastian disse engolindo o nó em sua garganta. — Mas eu vou resolver tudo, eu prometo. Só confia em mim, tudo bem?

Você está drogado? Está falando que nem o Tio Chace. — Hope disse bocejando logo em seguida.

— Onde está sua avó? — Sebastian perguntou e a linha ficou muda por alguns segundos.

— Está lá embaixo fazendo o café da manhã. — Hope respondeu sem muito entusiamo. — Acho que ela está fazendo bagel frito de novo... Pai, você precisa pedir pra vó parar de fazer essas receitas americanas.

— Finja pelo menos que gostou dessa vez. — Sebastian riu imaginando a cara que sua filha estava fazendo. — Você sabe que eu te amo, não é?

Eu sei. — Hope disse dando uma risadinha no fundo. — Eu também te amo.

— Então me prometa que vai ficar longe de qualquer site de fofoca ou de notícias durante o resto do dia. — Sebastian disse apreensivo esperando a resposta da filha mas a ligação ficou muda e ele precisou checar para ter certeza que não tinha caído. — Hope?

Por que tem uma mulher te acusando de estupro? — Hope perguntou e Sebastian arregalou os olhos totalmente incrédulo.

— O que eu te falei agora mesmo?

Eu não prometi nada. — Hope disse com a voz calma. — Quem é ela?

— Eu não sei mas o que ela está falando é mentira. — Sebastian respondeu apertando a têmpora sentindo uma dor de cabeça lhe atingir. — Te liguei porque queria que você soubesse que eu não sei quem é essa mulher ou o por que dela estar me acusando disso. Eu jamais faria algo assim...

Eu sei disso, pai. — Hope respondeu com a voz calma trazendo todo o conforto e calmaria que Sebastian precisava no momento. — Te conheço melhor do que você mesmo.

— Desculpe por fazer você passar por isso. — Sebastian encarou seu reflexo no espelho.

Pela primeira vez na vida ele estava envergonhado da imagem que encarava de volta no espelho.

Você sabe que a vovó vai te matar, não é?

— Vou pedir para minha equipe buscar você e sua avó o mais rápido possível. — Sebastian disse e no fundo ele podia ouvir o gritinho de animação da filha. — Mas é temporário.

— Tudo bem, eu sei que preciso ficar longe da mídia.

Ninguém sabia que o baterista do Winter Soldiers tinha uma filha exceto, Kraig que era seu empresário e Chace seu colega de banda, melhor amigo e padrinho de sua filha. Para o resto do mundo ninguém sabia da existência de Hope e Sebastian gostaria que continuasse assim.

Desligando o telefone, Sebastian abriu a porta do banheiro e caminhou até Kraig com a mandibula cerrada mostrando o quão furioso ele estava com aquela situação.

— Eu quero que essa aproveitadora pague por isso. — Sebastian disse jogando o celular em direção ao empresário que o pegou no ar.

— Tem certeza que não conhece ela? — Kraig perguntou mas Sebastian continuava negando. — Stella Moris. Esse nome não é familiar?

— Nunca ouvi falar. — Sebastian se sentou na ponta da cama pegando o maço de cigarro.

— Ela divulgou para o TMZ a foto que tirou com você no dia do crime. — Kraig disse digitando no celular mas Sebastian continuava dizendo que nunca tinha visto a mulher.

— Não existiu crime nenhum.

— Você sabe que as vezes essas mulheres mudam de ideia mesmo quando estão ocupadas engasgadas com um pau na boca. — Kraig disse fazendo Sebastian levantar o olhar para ele. — E muitas vezes o "não" pode até parecer brincadeira mas é real. 

— Eu sei disso porra! — Sebastian respondeu irritado com aquela acusação. — Eu não sou um estuprador.

— Não estou dizendo que você é. — Kraig deu de ombros. — Só que talvez as coisas tenham sido interpretadas de forma errada.

Entregando o celular, Sebastian pode ver a foto que havia sido divulgada. Ele estava ao lado da tal Stella junto com a banda e outras mulheres dentro do ônibus.

— Quem é essa aqui? — Sebastian apontou para a silhueta da mulher mais ao fundo que estava cortada e não dava para ver o rosto dela.

— É você quem está na foto, não eu. — Kraig respondeu e Sebastian se segurou para não xingar o empresário. — Não me olhe assim, eu estou aqui para tentar te ajudar mas você não consegue me fornecer nem se quer uma informação precisa.

— De quando foi essa foto? — Sebastian perguntou tentando identificar qualquer coisa que pudesse ajudar a sua memória mas ele conhecia muitas mulheres em shows e turnês e lembrar de cada uma delas era impossível.

— Dia 27 de setembro. — Kraig respondeu. — No show em Las Vegas para divulgação do lead single.

— Espera um pouco. — Sebastian arregalou os olhos. — Esse foi o show onde aquela repórter da Rolling Stones apareceu para dar uma entrevista.

— Sim, ela assistiu ao show nos bastidores. Eu lembro disso. — Kraig respondeu com uma ruga na testa. — Por que isso é relevante?

— Ela estava no ônibus com a gente e ficou comigo o tempo inteiro. — Sebastian disse animado. — O Chace pode confirmar isso.

— O mesmo Chace que está desmaiado no quarto ao lado depois de tomar tanta anfetaminas que não consegue nem lembrar o próprio nome? — Kraig perguntou sem esconder a ironia em sua voz. — Você tem certeza que não tocou nessa mulher?

— Eu tenho certeza, caralho! — Sebastian exclamou apontando para a foto. — Fiquei preso no banheiro com a vadia da Rolling Stones o caminho inteiro até a estação.

— Se estiver certo, essa vadia vai salvar a sua vida.

[...]

O barulho do liquidificador fez Skyler puxar o travesseiro para tampar os ouvidos na tentativa de continuar dormindo.

— Bom dia flor do dia. — Layla disse desligando o liquidificador e servindo o suco em seu copo.

— Eu estava tendo um sonho incrível sabia? — Skyler resmungou.

— Estava sonhando que saia do meu sofá e comprava um apartamento no Upper East Side? — Layla perguntou debochada fazendo Skyler se sentar no sofá com a cara amassada fuzilando a amiga. — Porque eu sonho com isso todos os dias.

— Você acordou de mau humor? — Skyler perguntou esticando os braços para se espreguiçar.

— Estou tentando te convencer a fazer uma escolha inteligente na vida.  — Layla disse pegando Skyler de surpresa.

— E que escolha seria essa?

— Pedir dinheiro a Sra. Martell. — Layla disse e Skyler puxou o lençol se levantando e alongando a coluna.

Dormir naquele sofá sempre lhe causava dores.

— Eu prefiro me prostituir antes de recorrer a minha mãe. — Skyler disse se arrastando até a cozinha.

— Não sente falta de acordar em uma cama macia e ter pessoas te servindo o tempo todo? — Layla perguntou observando os passos da amiga.

— Você me serve todos os dias. — Skyler disse esticando a mão para pegar o copo mas Layla foi mais rápida. — Se eu voltar para casa isso significa que eu fracassei e eu não quero ouvir um sermão sobre como meu pai estava certo e eu estava errada.

— Eu não me importaria de me humilhar por uma mansão em malibu ou uma cobertura no Upper East Side. — Layla disse pensativa.

— Estou procurando emprego descente, tá legal? É difícil encontrar uma vaga sem uma carta de recomendação. — Skyler serviu seu copo com o suco que a amiga havia preparado sem nem ao menos perguntar o que tinha dentro.

— E porque você não pediu uma para a Rolling Stones? Você poderia estar escrevendo uma matéria para a Vogue agora. — Layla disse se jogando no sofá empurrando as coisas de Skyler que ainda estava na cozinha colocando seu cereal de sempre dentro do bowl.

— Por que eu fui demitida depois de não ter conseguido uma materia exclusiva com aquela banda de fundo de quintal.

— O Winter Soldiers? Eu até que gostei da música nova. — Layla disse esticando a mão para pegar o controle remoto. — Eu gosto deles.

— Eu odeio eles. — Skyler se sentou ao lado da amiga com o bowl de cereal na mão. — Por causa deles eu perdi meu emprego.

— Pensei que tivesse perdido o emprego porque mandou seu chefe ir tomar naquele lugar.

— Não, isso foi depois de eu confessar que cuspia em todo café que ele me mandava comprar. — Skyler respondeu levando a colher até a boca. — Se ele soubesse que eu já fiz o café dele com a água da privada eu provavelmente estaria presa agora, não é?

— Que nojo! — Layla fez uma careta enojada.

— Aquele cretino mereceu.

— Olha, não é o baterista da banda? — Layla perguntou apontando para a televisão assim que a foto de Sebastian apareceu na tela.

— Aumenta o volume.

A equipe do astro do rock ainda não se manifestou contra as acusações de estupro feita pela jovem de 29 anos que alega ter sido vítima do baterista depois de um show da banda em Las Vegas, há uma semana atrás.

— Não foi nesse show que você fez a entrevista? — Layla perguntou mas Skyler estava concentrada vendo a foto da mulher que estava passando na tela.

— Eu lembro dela. — Skyler se sentou melhor no sofá. — Ela estava no ônibus da turnê.

— Eu acho que a carreira deles vai por água abaixo depois dessa acusação. — Layla disse chamando a atenção de Skyler. — Acho que você perdeu o emprego por nada.

— É, eu acho que sim... — Skyler respondeu pensativa voltando a atenção para a TV onde agora passava outra notícia.

— O que foi? — Layla conseguia ver as engrenagens do cérebro de Skyler trabalhando.

— Nada não. — Skyler sacudiu a cabeça. — Eu preciso me trocar ou vou me atrasar para o trabalho.

— Conseguiu uma entrevista de emprego naquele jornal que te falei? — Layla perguntou e Skyler fez uma careta mordendo o lábio inferior.

— Na verdade... — Skyler riu sem graça. — Eles disseram que eu precisava ter experiência na área de criminologia e eu fiz doutorado em moda. Eles praticamente riram da minha cara.

— Então onde você conseguiu um emprego?

— Naquela lanchonete na beira da estrada nos fundos da cidade.— Skyler respondeu sem animação fazendo Layla cair na risada. — O que foi? É um emprego digno e honesto, tá legal?

— Você é formada e tem um doutorado nas costas e vai servir caminhoneiros em uma lanchonete beira de estrada? — Layla perguntou indignada.

— Sabe como é difícil passar em frente a uma loja da chanel e não conseguir comprar nem se quer uma carteira? — Skyler disse irritada. — Isso está me matando.

— Para você deve ser muito difícil mesmo... — Layla precisou espremer os lábios para não rir.

— Eu vou me trocar.

— Não esqueça de prender o cabelo ou você vai voltar cheirando a fritura e bacon. — Layla disse assim que viu a amiga sumir no corredor para ir ao banheiro.

— Vai se ferrar!

Skyler saiu mais cedo de casa para conseguir chegar a tempo na lanchonete para o seu primeiro dia de trabalho.

Enquanto isso Layla estava se alongando na sala assistindo a um video de yoga para iniciantes quando a campanhia da sua casa tocou.

— Já vai! — Layla gritou pegando a toalhinha para enxugar o suor do rosto.

Ao abrir a porta ela deu de cara com um rapaz careca e alto que usava um terno caro.

— Pois não?

— Skyler Vardon? — O homem perguntou confuso a olhando dos pés a cabeça.

— Desculpe, mas quem é você? — Layla não iria responder a pergunta daquele homem intimidador que se vestia como se fosse um matador de aluguel.

— Sou o agente e empresário do Sebastian Stan. — Kraig tirou de dentro do bolso do paletó um cartãozinho entregando nas mãos da mulher. — Gostaria de falar com a Srta. Vardon.

Layla ainda estava em choque depois de ouvir o nome do baterista.

— Você é a Skyler? — Ele insistiu em perguntar.

— É minha amiga. — Layla finalmente saiu do transe. — Ela saiu para o trabalho faz alguns minutos.

— E você poderia me dizer onde ela trabalha?

— Eu acho que o nome de lá é Maine's ou Mayer's. — Layla coçou a cabeça tentando lembrar. — Eu acho que é Maine's.

— É uma revista? — Kraig perguntou confuso.

— Revista? — Layla riu como se estivesse ouvido uma piada. — É uma lanchonete. Fica próximo a saída da cidade.

— Lanchonete? — Kraig perguntou totalmente incrédulo. — Desculpe, acho que estou procurando a pessoa errada.

— A Skyler trabalhava na Rolling Stones mas foi demitida graças ao seu cliente. — Layla disse com certo rancor na voz mesmo sabendo que Skyler havia sido responsável pela própria demissão.

— Então acho que o meu cliente deve um pedido de desculpas a ela. — Kraig tentou ser gentil apesar de Layla estar fuzilando ele com os olhos. — Que horas eu posso encontrar a Srta. Vardon?

— Acredito que no final da noite.

— Tudo bem. — Kraig acenou com a cabeça. — Agradeço a paciência.

Do outro lado da rua dentro daquela BMW preta e de vidros escuros, Sebastian observava o agente na porta da mulher. Ele estava ansioso esperando que ele conseguisse o contato de Skyler já que só ela poderia salva-lo daquela acusação.

— E ai? Conseguiu falar com ela? — Sebastian perguntou ansioso sem esperar que o homem se acomodasse ao seu lado.

— Ela está no trabalho. — Kraig fez sinal para o motorista seguir o caminho. — Tentaremos a noite.

— Não, eu quero resolver isso agora. — Sebastian disse nervoso. — Eu não vou esperar.

— Porque não se acalma? Vamos resolver isso. — Kraig disse tentando manter a calma apesar do surto de Sebastian.

— Como consegue estar tão tranquilo com toda essa merda acontecendo?

— Talvez isso seja algo bom para a sua carreira. — Kraig disse dando de ombros sem se importar com a seriedade do assunto. — Eu conversei com um amigo que trabalha com relações públicas e ele acha que isso seria perfeito para promover o novo álbum. Você seria inocentado dessa acusação e seria idolatrado e amado por homens e mulheres.

— Eu tenho uma filha, Kraig. — Sebastian disse em um tom sério. — Então me desculpe se eu estou pouco me fodendo para isso.

— Pensasse nisso antes de pular nos braços de uma mulher diferente a cada noite. — Kraig disse fazendo Sebastian engolir o palavrão que estava na ponta de sua língua. — Coisas assim acontecem.

— Onde essa tal de Skyler trabalha? Eu vou pessoalmente até ela.

— Eu não acho uma boa ideia.

— Você não precisa achar nada. — Sebastian disse colocando o cigarro nos lábios e o acendendo com o isqueiro. — Onde ela trabalha?

— Melhor você esfriar a cabeça...

— Se você não me disser o que eu quero, eu vou te demitir... — Sebastian soltou a fumaça devagar. — E ainda dou um jeito de você nunca mais ser contratado por outra pessoa de novo.

[...]

O primeiro turno tinha sido tranquilo e muito cansativo.

Skyler não estava acostumada a servir mesas ou passar o dia em pé recebendo assobios e cantadas baratas de caminhoneiros, mas as gorjetas iriam vir a calhar.

Até a hora do almoço ela tinha conseguido cinquenta dólares em gorjeta servindo 8 mesas diferentes.

— Consegui uma grana legal hoje. — Skyler soltou a fumaça do cigarro pelo nariz. — Quer dizer, para alguém que nunca serviu uma mesa na vida eu até que me saí bem.

— Você se deu bem porque é novata. — Judith disse olhando para Skyler que estava encostada ao lado da porta com o cigarro entre os dedos. — Esses tarados adoram uma carne nova.

— Talvez você devesse diminuir um pouco mais essa saia. — Vivian disse olhando para a roupa de garçonete que usava. — Com essas pernas você vai triplicar essa grana em uma semana.

— Se funcionar me avisa, garota. — Judith riu achando graça. — Eu preciso de grana fácil.

A porta dos fundos foi aberta por Fred, o velho barrigudo e careca que era dono daquela lanchonete.

— Levantem essas bundas gordas dai e vão trabalhar. — Fred disse de mau humor. — Os clientes já estão chegando.

— Ainda estamos no nosso horário de almoço. — Judith disse olhando para o relógio em seu pulso.

— E o que vai fazer a respeito? Uma greve? — Fred perguntou debochado. — Anda logo!

— Melhor obedecer ou ele vai acabar chutando a gente.

— Tudo bem, eu só preciso fazer uma ligação. — Skyler colocou o cigarro na boca e se afastou digitando o número da sua seguradora.

Seu carro estava atrasado e ela precisava se humilhar mais uma vez para o departamento de trânsito não confisca-lo. Ela havia conseguido enrolar eles por 4 meses.

Mas a chamada nem se quer completou.

— Você só pode estar brincando comigo. — Skyler quase soltou um palavrão ao ver que não havia nem se quer um pontinho de área no seu celular.

A sua linha foi cortada pela falta de pagamento da operadora.

— Merda... — Skyler deu a última tragada no cigarro e jogou a bituca no chão apagando com sua bota caríssima da valentino.

A lanchonete estava começando a encher por causa da hora do almoço e era muita gente para conseguir dar conta no seu primeiro dia.

— Fica com aquela mesa, aqui o pedido. — Judith disse apontando com a cabeça para a mesa onde havia uma família sentada esperando pelo especial do dia.

— Valeu. — Skyler agradeceu apressando os passos para fazer o pedido na cozinha.

Na mesa mais afastada da lanchonete, Sebastian estava sentada com um boné e um capuz para tentar não ser reconhecido ali, além dos óculos escuros para que pudesse seguir Skyler com os olhos sem que ninguém notasse.

— Boa tarde, bonitão o que vai querer? — Judith se aproximou dele chamando sua atenção.

— Eu gostaria de ser atendido por ela. — Sebastian apontou para Skyler que estava cruzando o salão com a bandeja equilibrada na mão.

— Todos aqui querem. — Judith disse sem paciência. — O que vai pedir?

— Só uma cerveja por enquanto.

— Eu te conheço de algum lugar? — Judith tentou olhar bem para o rosto de Sebastian que abaixou a cabeça e arrumou os óculos escuros no rosto.

— Acho que não. — Sebastian respondeu de forma seca. — Não esquece da cerveja bem gelada.

— Pode deixar.

Equilibrar todos aqueles pratos em cima de uma bandeja foi uma tarefa quase impossível para ela, mas por sorte nenhum desastre aconteceu e Skyler talvez conseguiria chegar até o final do dia sem quebrar nada.

— Vão querer mais alguma coisa? — Skyler perguntou se aproximando da mesa de uma família.

— Pede um cupcake mãe. — A garotinha olhou para a mulher com seus olhos pidões.

— De chocolate? — Skyler perguntou com o bloco de notas na mão e a caneta.

— Desculpe nós não temos dinheiro. — A mulher abraçou a filha de lado que abaixou o olhar triste por não conseguir o doce. — Pode fechar o pedido.

— Foram dois especiais do dia e um refrigerante. — O homem entregou na mão de Skyler duas notas de vinte dólares e algumas moedas.

— Tá legal, esperem um minutinho. — Skyler sorriu para a garotinha e deu as costas indo até o balcão da cozinha. — Vocês jogaram os muffins no lixo?

Por ter optado por chegar mais cedo, Skyler havia ajudado a equipe a arrumar a lanchonete e tinha visto uma remessa de muffins que estavam com uma cara ótima serem separados para irem ao lixo.

— Ainda não, porque? — O cozinheiro perguntou confuso.

— Eles estão bons? — Skyler perguntou pegando o bolinho na mão e cheirando.

Baunilha e chocolate.

— Os clientes não gostam deles requentados.

— Não tem problema, valeu. — Skyler deu uma piscadela e se apressou atravessando o salão para chegar até a família que estava prestes a ir embora. — Aqui.

Skyler se ajoelhou em frente a garotinha entregando o muffin em suas mãos.

— Não podemos pagar por isso.

— É por conta da casa. — Skyler disse e a garotinha  a abraçou com força em agradecimento.

— Obrigada.

— De nada.

Levantando do chão com um sorriso satisfatório no rosto, Skyler foi até o balcão pegar a próxima comanda com o pedido.

— O que foi aquilo? — Fred perguntou chamando a atenção de Skyler que estava de costas tentando equilibrar os pedidos na bandeja.

— Os muffins da noite passada... Iam para o lixo e eu resolvi dar um destino digno a eles. — Skyler disse concentrada nos pratos. — Dei um deles aquela garotinha.

— De graça?

— Iam para o lixo. — Skyler respondeu.

— Alguém vai ter que pagar por aqueles bolinhos. — Fred se esfregou de propósito na bunda de Skyler que segurou firme o papel que estava em sua mão o amassando. — Por sorte eu não vou cobrar muito caro por eles.

— Você quer um pagamento? — Skyler se virou de frente ao homem agarrando suas bolas com força e apertando tão forte que o homem gemeu de dor chamando a atenção de todo mundo que estava ali. — Então toma a porra do pagamento.

Skyler pegou as gorjetas que havia recebido e enfiou dentro da boca do homem.

— Para você comprar quantos bolinhos quiser, seu porco desgraçado. — Skyler deu um tapinha no rosto do homem se afastando e arrancando o avental do seu uniforme.

Do outro lado do restaurante, Sebastian observava toda aquela confusão sem conseguir parar de rir. Todos pareciam estar horrorizados com o que aconteceu exceto ele que estava se divertindo.

Ao perceber que Skyler havia saído pela porta dos fundos, Sebastian se apressou para tentar alcançar a mulher antes que ela desaparecesse.

Sebastian não conseguiria esperar nem mais um minuto porque ele sabia que aquela mulher na sua frente era sua única esperança para limpar sua imagem e lhe inocentar de uma acusação tão seria e absurda.

Ao dobrar a esquina, Skyler trombou com Sebastian que estava apressado tentando alcança-la.

— Ei! Olha por onde... — Skyler parou de falar assim que viu quem estava na sua frente. — Você? Só pode ser brincadeira.

— Skyler, não é? — Sebastian abriu um sorriso galante fazendo-a rolar os olhos. — Eu vi o seu showzinho lá dentro...

— E se você não sair da minha frente vai acabar sofrendo o mesmo que ele. — Skyler deu um passo para o lado e Sebastian fez o mesmo bloqueando sua passagem. — Qual o problema?

— Preciso da sua ajuda.

— Eu não trabalho na Rolling Stones, agora pode sair da minha frente.

— Você estava comigo na semana passada. — Sebastian disse de uma vez deixando Skyler ainda mais confusa. — Ficamos presos dentro do banheiro do ônibus a viagem inteira até a rodoviária.

Skyler cruzou os braços.

— Você e todas aquelas mulheres desceram na rodoviária e eu e os rapazes seguimos o caminho até o hotel. — Sebastian disse fazendo uma pausa dramática. — Sozinhos.

— Entendi tudo. — Skyler balançou a cabeça devagar ao perceber que Sebastian estava tentando enrolar ela.

— Entendeu? — Sebastian tinha uma ruga na testa.

— Eu não vi nada.

— Isso! — Sebastian disse animado juntando as duas mãos. — Você só precisa dizer isso para a polícia e para a impressa.

— Eu disse que não vi nada. — Skyler respondeu. — Isso não quer dizer que você não fez o que fez antes ou depois de eu ter aparecido.

— O que? — Sebastian perguntou chocado.

— Esse boné e óculos escuros são ridículos e não está enganando ninguém. — Skyler disse e ela tinha razão.

Até mesmo Judith na lanchonete o havia reconhecido.

— Escuta aqui...

— Cara, eu nem te conheço. — Skyler disse irritada. — Por que você não me deixa em paz?

— Porque você resolveu arruinar minha vida por causa daquela merda de crítica e agora estamos aqui.  — Sebastian disse abrindo os braços para enfatizar. — Acha que eu queria estar nesse fim de mundo te pedindo um favor?

— Então você estuprou alguém porque eu te dei uma crítica ruim?

— Eu não... — Sebastian estava prestes a xingar mas respirou fundo. — Eu não fiz nada disso.

— Que bom para você. — Skyler forçou um sorriso e deu um passo para o lado mas Sebastian seguiu seus passos de novo a impedindo de sair.

— Eu preciso de testemunhe e fale a verdade. — Sebastian disse. — Quero que diga que passou o dia comigo.

— Quer que eu coloque a minha mão no fogo por você?  — Skyler perguntou tentando mostrar que aquilo era loucura. — Eu não te conheço, não faço ideia do que você é capaz e você está me assustando pra caralho aparecendo no meu trabalho desse jeito exigindo que eu dê meu depoimento para te livrar de uma acusação.

— Você foi demitida. — Sebastian disse e Skyler o fuzilou com os olhos. — Do seu segundo emprego em duas semanas?

Naquele momento Sebastian havia pisado no calo dela.

— Ai meu deus! É o Sebastian Stan do Winter Soldiers! — Skyler gritou chamando a atenção de um grupo de jovens que passava ali.

— Filha da puta! — Sebastian xingou assim que ficou cercado enquanto os adolescentes gritavam e pediam fotos. — Oi, e ai?

Sebastian perdeu ao menos uns 10 minutos naquele lugar dando autógrafos e tirando fotos mas por sorte nenhum daqueles garotos pareciam saber sobre a mais nova fofoca envolvendo seu nome.

Vagando pela cidade em sua moto para tentar colocar as ideias no lugar, Sebastian só voltou para o hotel no final da noite aceitando seu fracasso e pensando em outra forma de lidar com aquela situação.

Se não fosse pela sua filha, ele provavelmente ignoraria tudo aquilo e mandaria todos se foderem mas ele não podia fazer isso com ela.

— Pai! — Hope correu em direção aos braços de Sebastian o abraçando o mais rápido que podia.

— Eu senti saudades. — Sebastian disse fechando os olhos com força para aproveitar aquele momento com sua filha. — Você escutou a demo que te mandei? Gostou?

— Você poderia ter me mandado a versão sem censura. — Hope respondeu dando de ombros. — Mas eu gostei da música.

— Onde você esteve, Stan? — Kraig perguntou de braços cruzados ao lado da porta.

Quando seu empresário o chamava pelo sobrenome isso só podia significar que a coisa estava mais séria do que ele pensava.

— Fui dar uma volta pela cidade, sair para beber...

— E ninguém viu você? — Kraig perguntou e Sebastian franziu os lábios.

— Não, ninguém. — Sebastian mentiu e Kraig lhe fez o favor de mostrar as fotos que foram tiradas aquela tarde em frente a lanchonete. — Uau. Esse cara se parece muito comigo mas não sou eu.

— Estou começando a perder a paciência. — Kraig disse irritado. — Você me prometeu que seria discreto.

— Qual é, Kraig... — Sebastian rolou os olhos. — A Hope chegou hoje na cidade, me dá um tempo.

— Hope, querida... — Kraig olhou para a garota com um sorriso no rosto. — Porque você não vai lá dentro brincar de boneca?

— Eu tenho treze anos seu idiota. — Hope disse irritada. — Até parece que vou perder meu tempo brincando de boneca.

— Você mereceu essa. — Sebastian disse orgulhoso da filha. — Da um segundinho pra gente?

— Posso pedir serviço de quarto? — Hope perguntou já sabendo que a resposta seria positiva.

— Claro. — Sebastian beijou o topo da cabeça da filha que seguiu para o quarto fechando a porta e deixando uma brecha para que pudesse ouvir a conversa dos dois homens.

Hope sabia que seu pai estava encrencado e que aquela acusação poderia destruir completamente a carreira que ele tanto amava.

— O que aconteceu com vamos com calma para não assustar a testemunha?

— Essa mulher é a única que pode me inocentar. — Sebastian disse irritado. — Então não espere que eu fique de braços cruzados esperando uma solução cair no meu colo...

— E o que ela disse? Vai testemunhar? — Kraig perguntou e Sebastian deu uma risada sarcástica.

— Eu tenho quase certeza que ela mandou eu ir me ferrar. — Sebastian riu. — Mas não usou essas palavras.

— Puta merda, Stan. — Kraig passou a mão nos cabelos nervoso. — Você estragou tudo.

— Não é pra tanto.

— A mídia não para de falar sobre esse caso e horas depois você aparece sorrindo e tirando fotos ao lado de fãs? — Kraig perguntou incrédulo.

— Você preferia que eu tirasse foto socando eles? — Sebastian fez biquinho. — Enforcando talvez?

— Eu não gosto do seu sarcasmo.

— E eu não gosto do jeito que você está falando comigo. — Sebastian disse debochado. — Mas aqui estamos nós.

— Eu sou seu empresário e seu amigo. — Kraig disse tentando se justificar. — E eu venho abrindo seus olhos há meses... Desde que a banda resolveu vandalizar aquele quarto de hotel em Nebraska.

— Nós não vandalizamos. — Sebastian o cortou. — Nós redecoramos.

— Cem mil dólares em reparos e mais cinquenta mil pelo silêncio das testemunhas. — Kraig riu. — Pra no final o Deuxmoi vazou tudo.

— Ninguém acredita no Deuxmoi.

— Vamos adiar o lançamento do álbum. — Kraig disse com a voz firme e sem enrolar.

Sebastian pensou ter ouvido coisas.

— O que?

— As vendas do lead single caíram drasticamente hoje. — Kraig disse deixando Sebastian ainda mais preocupado. — A Hydra Records acha que a melhor estratégia para vender o álbum é te inocentar e trabalharmos a divulgação dele como o renascimento da banda.

— Quando pensamos em nomear o álbum com o título "casas do sagrado" isso não queria dizer para levar ao pé da letra. — Sebastian disse irritado.

— Está decidido.

— Enquanto a Skyler? Ela mora naquela casa na West Avenue... — Sebastian disse desesperado. — Vamos pressiona-la.

— Você já fez demais por hoje. — Kraig disse indo até a porta. — Descanse e depois pensamos na nossa proxima estratégia.

Aquilo era ruim e Sebastian não iria aceitar aquilo de braços cruzados.

NOTAS!!!

Hoje é aniversário do nosso querido Sebastian e eu resolvi postar um capitulozinho pra vocês.

O que estão achando da história? Será que a mulher realmente mentiu? E será que a Skyler vai testemunhar a favor do Sebastian????

Próximo capítulo vcs vão conhecer um pouquinho mais da Hope porque a aparição dela foi muito rápida mas adianto logo
que vcs vão amar a mini diva mkkkkkkk

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