Como superar um amor em 3 lis...

By TaniaPicon

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LIVRO REGISTRADO NA BIBLIOTECA NACIONAL. "Numa noite que parecia comum, Luiza vê sua vida desabar. Do nada o... More

Capítulo 1
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Disponível até dia 10.03

Capítulo 2

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By TaniaPicon


Meus olhos estavam vermelhos de tanto lacrimejar. Eu aproveitava cada minuto de solidão para chorar. Estava no refeitório exclusivo dos funcionários, quando a Carla e a Josi praticamente me sequestraram, segurando uma em cada braço meu, e me arrastaram para um dos dormitórios, os quartinhos minúsculos a que a gente tinha acesso para dormir durante os intervalos dos plantões. A Karine nos encontrou no caminho.

– Pronto! Agora você não vai mais se fingir de morta! – Josi exclamou ao fechar a porta conosco dentro.

– Hmmm. – Ouvimos um gemido vindo da cama. Alguém dormia em plena hora do almoço.

– Isso é uma reunião, Gustavo. – Josi, que não tinha papas na língua, disse. – E você não foi convidado.

Ele, sonolento, sentou na cama, arrumou os cabelos castanhos, penteando-os com os dedos, e colocou os óculos de aros finos marrons.

– Que horas são? – perguntou em meio a um bocejo, com uma expressão carrancuda.

– Meio-dia – Karine respondeu com uma voz estranhamente meiga. Parecia encantada. Que estranho... Seus olhos verdes estavam fixos em algo que ela observava no Gustavo, mas que eu ignorava o que era.

Gustavo Calderas, aliás, era o cirurgião abdominal do hospital. Ele era meio esquivo e antissocial. Não que não fosse simpático, ele até que era, mas evitava se misturar muito. Nunca ia nas festas ou em qualquer evento social. Eu não sabia muito a respeito dele. Mas eu sabia que ele não usava aliança, estava na faixa dos trinta e era extremamente competente em sua profissão.

Ele colocou o jaleco branco enquanto três mulheres olhavam para ele. A Carla e a Josi, as casadas, com um olhar nada amistoso. A Karine daquele modo esquisito. Eu olhava para o chão.

– Gustavo... – a Josi já estava impaciente. Ele se atrapalhava para colocar as mangas do jaleco – Nós temos pouco tempo, quer fazer o favor de sair?

– É. – a Carla disse – Vaza, Gustavo.

Ele, contrariando as minhas expectativas, ao invés de ficar irritado, sorriu. E então se levantou e se despediu. Saiu e fechou a porta.

Sentei na cama em que ele antes dormia. A Carla e a Josi sentaram uma de cada lado. E a Karine continuava olhando para a porta, em pé, como se visse um rastro invisível do Gustavo.

– E então? – Carla chamou minha atenção, mas eu continuava observando a Karine. Ela parecia ter algo a dizer.

– Vocês viram? – Karine falou. Pelo visto, eu não me enganei. Ela tinha algo a dizer.

– Viram o quê? – eu disse, achando graça. Um sorriso mínimo se formava nos meus lábios. Um dos únicos nos últimos dias.

– O Gustavo... – Karine continuou – Vocês não viram? Caraca! Ele sem os óculos é muito gato! E o que são aqueles músculos do braço dele? Como eu não tinha visto isso antes?

– Ah... – a Carla comentou olhando para as próprias unhas – Ele corre na praia de vez em quando, no calçadão de Ipanema. Já esbarrei com ele algumas vezes. – Ela assoprou as unhas, de modo displicente.

– Então... – eu concluí, ainda achando graça – Temos dois médicos gostosos no hospital?

– É. – As três concordaram. A Karine, com um aceno de cabeça mais enfático.

– Que bom que eu sou solteira – Karine afirmou – Porque você três podem olhar, e eu posso, quem sabe, provar, não é?

– Bom... – eu baixei meus olhos e observei meus pés – Eu não me interesso por eles no momento – murmurei – Mas eu também estou solteira... Eu acho...

– Rá! Eu sabia! – Josi gritou. Mas logo se arrependeu. Até porque a Karine e a Carla olharam para ela de maneira fulminante.

Um silêncio desconfortável se fez. As três ficaram caladas, me observando, esperando.

– É... Ele foi embora... Há duas semanas...

– Por quê? – Josi perguntou. – Ora, vocês duas não me olhem assim, eu sou amiga da Luiza e eu quero saber! Como poderemos ajudá-la sem saber? É, Lupi. Essa minirreunião é com o propósito de te ajudar. Não aguentamos mais te ver infeliz. Se arrastando pelos corredores. Sabemos que você não está bem.

– Lógico que ela não está bem! – Carla contrapôs – Ela está se separando! – ela se calou e virou para mim – Mas por que, Lupi? Por que ele foi embora?

– Porque... – eu engoli em seco e continuei olhando para os meus pés. – Ele disse que conheceu outra pessoa, disse que ia morar com ela...

– O QUÊ? QUE CANALHA! – Josi gritou.

– É... Mas eu não falei mais com ele... Lá em casa, só a Isa atende o telefone. Eu me nego a conversar toda vez que ele liga...

– E ele liga para falar com você? – sensata, a Carla questionou.

– Não, liga para falar com a Isa. Eu não quero falar com ele. Nem vê-lo. Ainda é cedo para mim... Eu ainda não consigo... – cobri meu rosto com as mãos. Eu não iria mais chorar. Já estava farta.

O Alex tinha sumido nos primeiros dias para me dar um tempo, mas antes mesmo da minha mãe ligar para cobrá-lo, ele já tinha telefonado para a casa dos meus pais e falado com a filha.

– Meninas – foi a vez da Karine falar. – Precisamos marcar uma reunião. Um dia que todas nós possamos ir. Vamos ver, de preferência num sábado ou numa sexta-feira à noite...

– Sexta que vem eu não posso, tenho plantão – eu disse.

– E sábado que vem eu tenho um aniversário – Carla falou.

E foi difícil chegarmos a um consenso. Mas, no fim, a reunião ficou marcada para duas semanas, sábado à noite, na minha casa.

– Olha... – Karine continuou, de um jeito confiante – Eu também fiquei muito mal quando o Michael me deu um pé na bunda, como vocês sabem. Mas umas amigas foram na minha casa, me propuseram algumas listas, as mesmas que nós faremos para a Luiza, e foi assim que eu comecei a melhorar. – Ela sorriu, nos deixando bem curiosas.

– Que listas? – eu perguntei.

– É, que listas? – Josi e Carla também perguntaram.

– Ah! – Karine sorriu. – Quando chegar o dia, vocês saberão. Se for surpresa, o efeito é mais legal. E vocês verão que elas funcionam. Pelo menos funcionaram comigo. Não é nenhuma receita infalível, vai depender da Luiza.

Elas saíram, voltaram para trabalhar, e eu fiquei sentada mais alguns minutos, sozinha. E pela primeira vez, ao ficar sozinha, não senti vontade de chorar.

As listas... Que listas? Eu sorri um pouquinho ao imaginar as inúmeras possibilidades de listas... Mas meu pensamento foi interrompido.

– Desculpa... – Gustavo voltou ao quarto e ficou sem jeito ao me ver ali. – Esqueci meu celular...

– Ah.

– E acho que, provavelmente, você deve estar sentada em cima dele.

– Ah... – eu me mexi, e ele realmente estava embaixo da minha bunda. Que vergonha! Corei, constrangida. Ele sorriu para mim, um sorriso leve, certamente com a intenção de diminuir meu embaraço. E então me deixou sozinha de novo.

Eu também tinha que ir trabalhar. Meu bip vibrou logo em seguida, me chamando para ir ao bloco cirúrgico. Ah... Eu estava sendo chamada para o setor onde o gato do Bruno costuma operar! Bem... Dois minutinhos em frente ao espelho não farão diferença... Agora eu sou uma mulher solteira...

Passei um pouco de gloss e amarrei meus cabelos castanhos claros num penteado mais bonitinho. Mas as minhas olheiras profundas e minha face pálida não cooperaram muito com esse penteado bonitinho.

– Gustavo! – eu o chamei. Ele ainda estava no corredor, desligando o telefone no momento em que eu o vi. Ele me olhou – Você pode me fazer um favor? – eu perguntei num impulso, sem pensar.

– Sim?

Não sei de onde veio isso, ele nem era tão meu amigo assim, era apenas um mero colega de trabalho. Mas e daí? Eu resolvi seguir meu impulso.

– Coloca isso no lixo para mim?

– Isso? – ele franziu as sobrancelhas, de uma maneira intrigada. Sim! Eu estava entregando a minha aliança de casamento para ele colocar no lixo!

– É. Porque eu não tenho coragem de fazer isso, e sei que se eu entregar para as minhas amigas, elas também não o farão. E eu não quero mais ela.

– Ah. – Ele olhou para o meu anel, que estava agora em sua mão, então olhou para mim, e depois para o anel de novo. – Tem certeza?

– Certeza absoluta.

– Então venha cá. – Ele me puxou para o elevador.

– Eu não posso, tenho que ir para o bloco cirúrgico no setor 3. – Meu bip tocava novamente.

– Então vamos para o lado de lá. – Ele me puxou na direção certa. E então subimos numas escadas, até chegarmos numa janela alta. – Pronto – ele me entregou a aliança e ordenou – Jogue.

– Jogar? Lá embaixo?

– Sim.

– Mas eu não posso!

– Pode sim! – ele ordenou de novo.

– Será? – olhei para ele, olhei para a aliança, e depois para a janela, ainda em dúvida.

Ele sorriu para mim, um sorriso encorajador.

– Você consegue.

– É! Eu consigo! – e eu taquei a aliança com força e fiquei olhando-a se perder no ar. – Legal. – Eu esfreguei minhas mãos, mais entusiasmada. – Agora tenho que ir, muito obrigada.

– De nada.

E ele ficou apoiado na janela, provavelmente procurando o meu anel entre os vãos das telhas, enquanto eu me afastava.

❀❀❀

Quando eu cheguei, a sala de cirurgia estava um rebuliço. Vestiram-me às pressas, parecia que todos estavam aguardando por mim. Os auxiliares me ajudaram a colocar a camisa e a calça estéril azuis, o par de pro-pés, gorro e óculos de proteção. No fim, nem adiantou a maquiagem e o mero batonzinho, já que a única coisa que ficou a mostra foi o meu par de olhos castanhos sem graça.

– Desculpem a demora... O que houve?

O Bruno, que estava operando a cabeça da paciente, concentrado em algo que havia em seu cérebro (ele era neurocirurgião), me lançou um olhar tão fulminante e assassino, que eu me senti pequeninha. Tudo bem que eu estava atrasada, mas não precisava me olhar como se eu fosse uma criminosa...

– Ela sofreu um acidente de carro. Bateu com a cabeça e sofreu um derrame que estava comprimindo partes importantes do cérebro. Tivemos que operá-la às pressas, senão o dano seria irreversível – Jacson, o anestesista, me explicou. – Ela estava grávida de sete meses, tivemos que fazer uma cesariana de urgência para salvar o bebê.

– O bebê? – olhei para os lados a procura dele. Eu era pediatra, minha função naquela sala seria monitorar o pobre ser pequeninho e indefeso.

– Ele está bem, está na sala ao lado.

– Ok, vou para lá agora.

Antes de sair, olhei novamente para o Bruno. Ele ainda me olhava com uma expressão raivosa. Tudo bem que ele era gato, mas precisava ser tão arrogante?

Quando tudo acabou e a paciente ainda inconsciente seguiu para a sala de recuperação, o Bruno parou do meu lado. Eu ainda estava cuidando do pequeno ser prematuro. Suas primeiras horas indicavam que ele seria capaz de sobreviver, apesar de ter que passar algum tempo na incubadora. E eu seria uma das pessoas responsáveis por ele.

– Por que você demorou tanto? – Bruno praticamente rosnou no meu ouvido, me assustando um pouco com seu tom de voz rude. – Não sabe que, em casos como esse, um minuto de atraso pode ser fatal?

Então era isso! Ele estava me chamando de irresponsável! Quanta injustiça! Eu nunca fui irresponsável! Sempre dei o máximo de mim pelo hospital, pelos pacientes! É só que eu não estou bem, ok? Eu tenho o direito de não estar bem uma vez na vida, não tenho?

– Isso é muito antiprofissional, Luiza – o tom de voz era severo, o que não combinava com o Bruno que eu conhecia. O Bruno que era sempre sorridente e gentil. Que estava sempre flertando com todas as mulheres. – Você não pode deixar que a sua vida pessoal interfira no seu trabalho.

Eu nada falei. Nem me virei para olhar para ele. Então ele me surpreendeu quando sua mão pousou no meu ombro de forma quase gentil. Como se dissesse com esse gesto: eu soube que teu marido foi embora, mas não deixe que isso interfira no teu trabalho, ok? E ele ficou quase uns dois minutos com a mão no meu ombro, sem falar nada. E depois foi embora. Estranho...

Nossa! O que foi isso? Eu queria poder ler pensamentos... Como eu queria... O local onde a mão ficou posada pareceu ter ficado formigando... Aliás, que mão!

❀❀❀

Era o meu quinto sábado à noite sozinha. Mas, dessa vez, seria o primeiro em que eu ficaria definitivamente sozinha, já que o Alex estava vindo buscar a Isa para ficar com ele. E no momento, eu preparava uma sacola com as coisas dela para que ele levasse.

Será que ele a levaria para conhecer sua nova namorada? Será que a minha filha gostaria dela? Ai, meu Deus! Nem posso cogitar uma coisa dessas! E se a minha filha gostasse mais da sua nova mãe?

Será que o Alex teria a coragem de apresentá-las, sendo algo tão recente? Se isso acontecesse, seria o marco definitivo que a gente não teria mais volta. E pensando bem: eu queria que tivesse volta? Não sei. Eu realmente não faço ideia. Só o que sei é que algo havia mudado em mim, como se eu tivesse levado uma pancada forte na cabeça. Se por um lado eu ainda sentia muita falta dele, por outro eu não sabia se o queria de volta.

Como ele estaria vestido? Teria comprado roupas novas? Teria feito um novo corte no cabelo? Ele estaria lindo como sempre? Ou ainda mais lindo? Ai, meu Deus! E eu? O que eu faço? Eu não o vejo desde que ele foi embora, há infinitas semanas!!!

Nervoso. Muito nervoso. E agora?

Parei na frente do espelho e observei meu reflexo com atenção. Fazia tempo que eu não o analisava, porque desde que o Alex se foi, eu estava pouco ligando para a minha aparência. Uau! Pouco mais de cinco semanas, e eu claramente já havia emagrecido, pois a bainha do meu short estava folgada! E eu sorri. Isso era bom. Pelo menos isso... Quem sabe se eu mudasse de roupa...

Tirei o meu camisetão preferido de ficar em casa e coloquei uma regata justa laranja. Girei na frente do espelho e gostei do resultado ao ver a minha silhueta mais afinada. Mas podia melhorar. Que tal uma roupa mais colada no corpo? Ah, já sei! Posso fingir que eu vou sair! Fingir? E por que fingir? É sábado de noite, e eu estou solteira, e se eu realmente fosse sair?

Liguei para a Karine, a minha amiga solteira, e combinei de sair com ela e com mais duas de suas amigas que eu não conhecia. Isso vai ser legal, eu acho. Tirei do fundo do armário um vestido que não me servia mais. Preto. Justo. E curto.

Uau! Uau mesmo! Girei na frente do espelho, sentindo realmente feliz pela primeira vez em dias. Mas podia melhorar, quem sabe se eu tirasse o sutiã? Ai, meu Deus! O decote ficou bem insinuante. E agora um par de brincos. Pronto! Escolhi um dourado, comprido, com uma pedra verde água na ponta. Maquiagem.

Quando eu terminava de me pintar, ainda descalça, a campainha tocou. Din Don. O Alex chegou. Toda a minha alegria desapareceu no mesmo instante, dando lugar ao medo.

Oh, Deus! Ele está lindo! Definitivamente está lindo! Não consegui me controlar, fiquei parada na porta, pasma, olhando ele passar! Ele é meu marido, meu marido! E de alguma forma, ele não é mais meu! Quero beijá-lo, mas não posso mais! Quero abraçá-lo, mas não posso mais! E agora, meu Deus! Como agir normalmente?!

Ele me cumprimentou com um "oi" meio sem jeito, sem me olhar direito, e disse:

– Vou lá no quarto pegar algumas coisas minhas.

E eu não consegui responder. Onde foi parar minha voz? Ele foi para o quarto, e eu fiquei ainda parada na porta olhando para ele. O meu Alex, o homem que eu amo desde os dezenove anos, não é mais meu!!! Como isso foi acontecer? Não era para ser Luiza e Alex para sempre??? Onde foi que eu errei???

– Pai!!! – ouvi a voz da Isa, que corria e certamente se jogava no colo dele. Ela podia fazer isso, eu não. Não era justo!

Ele falava alguma coisa para a Isa de um modo carinhoso, mas eu não consegui entender nada. Nada. Sua voz parecia um zumbido. E eu esfreguei a cabeça para passar a dor.

Fechei a porta da casa, que eu ainda mantinha aberta, e fiquei escorada nela, aguardando.

– Bem, nós já vamos. – Ele comentou olhando para a Isa que estava em seu colo. Na mão levava uma sacola cheia de roupas.

Eu fiquei olhando para ele, ele não me olhava. Mas eu não conseguia tirar meus olhos de cima dele. E também não conseguia falar. Oh, Deus! E eu que achei que já estivesse bem! Por que eu tenho que ter essa recaída?

Olhei para as mãos dele... E eu engoli em seco... As mãos que costumavam me acariciar agora acariciavam outra! Meu peito se apertou um pouco mais. Na hora que ele passava pela porta, foi que ele reparou.

– Vai sair? – ele perguntou, analisando a minha roupa, com uma expressão surpresa.

– Vou... – eu menti. Porque sabia que, depois de vê-lo, eu não teria mais ânimo para nada. Provavelmente eu me jogaria na cama e me acabaria de tanto chorar. Mas ele não precisava saber disso.

– Vai aonde? – ele perguntou, me surpreendendo. Acho que nem ele esperava por essa pergunta.

– Quê? – eu disse num fio de voz, meio perplexa. Por acaso ele ainda se importava?

– Vai aonde e com quem?

– Quê? – eu repeti ainda mais atordoada. Aonde e com quem? Para que ele quer saber disso? Será que ele ainda se importa? Será que ele sente ciúmes? Mesmo que eu não quisesse, meu peito involuntariamente se encheu de esperança. E se ele ainda gostasse de mim? E se ele ainda sentisse algo por mim?

Ele também deve ter percebido que suas perguntas não faziam o menor sentido, porque falou:

– Nada. Esquece. – Ele ia saindo, mas depois parou, de costas para mim, como se pensasse, e então e disse – Você está muito bonita, Lupi. – E daí sim ele foi embora com a Isa quietinha no colo.

Oh, meu Deus! Mas o que significava isso? Fiquei imóvel uns dois minutos, totalmente atordoada. Depois fui direto para o meu quarto, me joguei na cama e compulsivamente desatei a chorar.

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