Por Oliver
Depois de desmascarar Jacob e Lauren, agora é hora de descobrir quem está por trás de tudo isso. Não é possível que eles tenham conseguido arquitetar tudo isso sozinhos. Meg pensa que isso tem o dedo de Marie, e eu acredito que sim, mas acho que ela também não agiu sozinha. Espero está muito errado com meus pensamentos...
Em minha sala, tento pensar em uma maneira de conversar com meu pai sobre Thomass. Uma forma que não o machuque tanto, mas, como disse James, não tem saída...Ficar enrolando só vai piorar as coisas!
Resolvo ligar para meu pai e marcar de ir visitá-lo, e assim, conto a verdade à ele!
"-Bom dia, meu filho! - disse meu pai.
-Olá, papai. Como estão as coisas?
-Por aqui está tudo bem. Sua mãe tem reclamado que está sentindo falta de você e de seus irmãos. E não nego que também sinto falta dos meus meninos...
-Sinto falta de vocês também, mas o senhor sabe como é complicado arrumar tempo por aqui, não é?
-Sim, meu filho...
Sinto sua voz um pouco mais cabisbaixa.
-Esse final de semana, se não houver nenhum problema aqui, pretendo ir visitá-los.
-É sério? Sua mãe vai adorar saber disso! - diz empolgado. -E eu também.
-Vai ser bom passar um tempo com vocês. Mas não podemos passar muito tempo, por causa do trabalho. Chegamos na sexta e domingo estaremos voltando, sim?
-Certo. Seu irmão vem também?
-Verei com ele, papai. Se ele estiver disponível, eu o levo comigo.
-Ótimo. E Meg? Virá junto?
-Bem, eu não sei. Vai depender de como estará a escala dela e se ela vai querer me acompanhar.
-Diga à ela que sua mãe fará a famosa torta de maçã, que eu tenho certeza de que ela chegará aqui antes de você! - disse rindo. Meg sempre teve uma ótima relação com meus pais e minha mãe sempre fez as vontades de Meg, por ser a única mulher que frequentava nossa casa, minha mãe sempre a considerou como filha.
-É... eu perco fácil para a torta da mamãe! - digo e o escuto rindo do outro lado. O que acaba me destruindo ainda mais por dentro, já que terei que ir e contar algo que, certamente, irá devastá-lo.
-E então, Oliver, como está o namoro de vocês?
-Namoro? - me finjo de desentendido, para saber sua reação.
-Não vai me dizer que você pisou na bola, de novo, e terminaram? -diz com a voz mais séria e acabo rindo. -Isso não é engraçado, Oliver...
-Vejo que Meg tem um fã clube, não é? -digo rindo. - Seu filho, agora, é um homem comprometido e está noivo da mulher mais perfeita desse mundo! - digo e olho para minha foto e de Meg em minha mesa.
-Porra, que susto, Oliver! É sério? Você pediu Meg em casamento? Paul já sabe e não quis arrancar suas bolas não?
Dou risada de sua reação e de sua pergunta.
-Sim, pai, é verdade que Meg e eu estamos noivos, mas antes, eu conversei com Paul. E não, ele não disse que arrancaria minhas bolas, mas disse que se eu magoasse Meg, ele acabaria com a minha vida.
-Ah! Então está tudo certo. E eu, como seu pai, sinto orgulho do homem que você está se tornando, meu filho. Aquele cara que dormia com uma uma mulher diferente quase todos os dias, deu espaço a um homem sério e, futuramente, um homem de família. Eu sempre tive orgulho por você ser tão responsável em sua vida profissional, mas sua vida pessoal, a forma como você a levava, ficando com uma mulher aqui e outra ali, nunca me agradou e você sabe disso. Mesmo você sendo homem, eu nunca gostei da vida que você levava, mas eu não podia me meter, já que você já era maior de idade e sabia o que estava fazendo. O melhor que eu pude fazer, era sempre alertá-lo e dizer que não era certo. Eu os criei para serem homens responsáveis na vida profissional e pessoal também. Agora, saber que você está noivo e tornou-se um homem diferente, muito me agrada, meu filho.
-Obrigado, pai! Não posso negar meus erros do passado, mas posso afirmar que o que me faltava era Meg. Ela sempre esteve ali. E hoje posso afirmar, com todas as letras, que se sou alguém melhor, é por ela!
-É isso aí, estou muito orgulhoso de você, meu filho. Agora é aguardar o casamento e os netinhos. Não vejo a hora de ver minha casa cheia de crianças correndo pela casa... - diz e percebo a felicidade em suas palavras.
-Por mim, eu me casava o mais rápido possível, mas respeitarei o tempo de Meg, mas pretendemos nos casar ainda esse ano. E sobre os filhos, só depende dela. O senhor sabe que ser pai sempre foi o meu sonho, mas Meg prefere esperar e eu respeitarei sua vontade.
-Que ótima notícia! Precisamos nos reunir para comemorar isso, Oliver! Sua mãe vai adorar saber.
-Podemos marcar nesse final de semana em sua casa, o que acha?
Talvez, com Paul por perto, seja mais fácil de levar essa situação...
-Por mim tudo bem. Falarei com Paul hoje mesmo.
-Certo então. Pai, preciso desligar. Tenho algumas coisas para resolver.
-Tudo bem, meu filho. Também voltarei ao trabalho."
Nos despedimos e mando mensagem para Meg a chamando para almoçar. Ela me responde que, assim que terminar de atender seu paciente, irá me avisar.
Aproveito meu tempo vago e vou visitar meus pacientes recém operados.
Já em nosso almoço, falo com Meg sobre a ida à casa de meus pais e a presença de seus pais.
-Claro que eu aceito ir, meu amor. -diz enquanto devora um prato de fettuccine com camarão. -Nossa, Oliver! Isso está maravilhoso!
-Está dando pra vê. Estava com vontade mesmo! -digo rindo. -Princesa, posso lhe fazer uma pergunta?
-Claro!
-Por que não marcamos a data de nosso casamento logo?
-Hmmm...
Vejo que Meg larga os talheres, bebe um gole de seu suco, limpa a boca com o guardanapo e me encara. Ela não vai aceitar...
-Tem medo que eu desista de nosso casamento, Dr. Windsor? Por isso está querendo marcar logo a data? Bem, se esse é o seu medo, preciso lhe informar que não se livrará de mim tão cedo. Vamos marcar nossa data agora mesmo! - diz e abre o mais lindo dos sorrisos.
Beijo sua mão e a encaro.
-Meg, eu não tenho palavras que possam expressar o quanto eu a amo e estou feliz por saber que em breve estaremos casados e, em um futuro não muito distante, serei pai de seus filhos.
Meg sorri.
-Vamos com calma, Dr. Windsor. Os filhos precisarão esperar um pouco. Não se esqueça que troquei meu chip há pouco tempo e ele tem a durabilidade de três anos e eu não pretendo retirá-lo...
-Bem, mesmo querendo muito ser pai, eu respeito sua decisão e será em seu tempo, minha princesa. Enquanto isso podemos ir treinando... - digo e vejo um sorriso malicioso brotando em seus lábios.
-Essa parte muito me interessa...
Rimos e terminamos nosso almoço.
Ao voltarmos para o hospital, mal colocamos os pés na recepção, Meg já é solicitada na sala de emergência.
Preciso contratar novos neurologistas. A carga está muito grande em cima de Meg, Selena e Chris.
O dia passa rápido e recebo a mensagem de meu pai, avisando que os pais de Meg aceitaram ir para a casa deles no final de semana.
Aviso a James sobre nossa ida à casa de nossos pais e ele confirma sua ida.
Olho em meu relógio e vejo que já são quase dez da noite. Pego minhas coisas, tranco minha sala e vou atrás de Meg, que ainda está por aqui.
A encontro no berçário, com um bebê no colo. Essa imagem me desmonta por inteiro.
Meg será uma excelente mãe...
Me aproximo, cumprimentando à todos os funcionários presentes.
-O que houve com ele, Meg? - digo baixo, já que o bebê estava dormindo.
-Nossa, que susto, Oliver. -diz quase sussurrando. - Ele teve uma convulsão, mas já está tudo sob controle.
-Entendi. Não deu alta à ele ainda não, né? - pergunto, olhando a criança no colo de Meg.
-Claro que não. Ele precisará ficar aqui por pelo menos quarenta e oito horas, só para observação mesmo.
-Certo. Vai embora que horas, princesa?
-Agora! Estava aqui apenas para saber como ele estava reagindo à medicação e já estou indo.
Meg põe a criança de volta ao berço, analisa e assina alguns documentos e nos encaminhamos para o estacionamento.
Dentro do carro, aproveitamos para conversar sobre nosso casamento.
-Oliver, vi duas casas que acho que você gostará. Guardei o contato da corretora e enviei as fotos para o seu e-mail pessoal.
-Ótimo! Assim que chegar em casa, vou olhar.
-Posso dormir em sua casa hoje? - pergunta deitando a cabeça em meu ombro.
-E precisa perguntar? Pra ser bem sincero, eu já estava fazendo o caminho da minha casa! - digo e ela ri.
-Está muito cansado? - me pergunta.
-Pra você? Nunca!
-Ótimo! Quero seu smoothie de morango!
-Seu pedido é uma ordem! E o que eu ganho com isso, hein?
Meg aperta minha coxa e morde meu pescoço, deixando meu corpo em alerta.
-Você saberá... -Diz e sua voz sai carregada de desejo.
-Estarei ansioso por isso, minha Foguenta...
Ao chegarmos em casa, Meg sobe direto para meu quarto para um banho e eu aproveito para tomar um banho aqui embaixo mesmo.
Depois de terminar meu banho, faço o smoothie de Meg e aproveito para ver as casas que Meg me enviou e, realmente são muito bonitas. Por mim, qualquer uma das duas, que ela decida, está ótimo, mas conhecendo Meg, se eu disser isso, ela vai dizer que eu não estou interessado, então já escolhi uma, mesmo sabendo que ela vai escolher a outra opção!
-Oliver...Corre aqui!
Subo correndo, preocupado. Ao chegar no quarto, Meg ainda estava dentro do box.
-O que houve, Meg? Está bem? - pergunto preocupado.
-Pode pegar a toalha, por favor? Você trocou as toalhas de lugar e agora estão no alto... eu não alcanço!
-Porra, Meg! Que susto...Achei que tivesse acontecido alguma coisa!
-E aconteceu! Você sabe que eu sou menor do que você e põe as toalhas no alto? que merda, hein...
-Ficou bipolar, é? -digo, rindo de sua cara e entregando a toalha.
-Vai à merda, antes que eu me esqueça! -continuo rindo, a deixando ainda mais invocada.
-Também te amo, minha princesa!
-Te amo, seu idiota!
Desço para pegar seu smoothie e acabo rindo da bipolaridade de Meg. Ela é braba demais, mas eu a amo assim mesmo, e cada dia mais...
Richard Windsor