immaculate sin of the lovers...

ohtommoyeah tarafından

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Nem mesmo nos mais tenebrosos pesadelos Harry e Louis imaginariam que, ao invés de renunciarem os próprios co... Daha Fazla

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septendecim
ūndēvīgintī
vīgintī
vīgintī ūnus
vīgintī duo
vīgintī trēs
vīgintī quattuor
vīgintī quīnque
vīgintī sex

duodēvīgintī

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ohtommoyeah tarafından

Vodka com suco. Harry não pensava em voltar a beber essa combinação tão cedo.

O mais inesperado, porém, é isso estar acontecendo na presença da irmã e dos amigos dela numa noite de sábado após o trabalho.

Durante o percurso de carro até a margem do Rio Dane, pela conversa que rolou, Harry previu que não seriam os únicos e tampouco seriam os primeiros a chegarem lá. E estava certo.

Apesar de nunca ter ido, desde muito novo sabia que todo início de primavera os jovens das redondezas se reuniam para encher a cara por aquelas bandas. Mas, somente quando chegaram, Harry viu a proporção que o evento tinha.

A fama em torno dele é meio incoerente, para ser sincero. O lugar não é soturno como a estação abandonada, mas há alternativas melhores, como os parques que a esta hora ficam desertos ou o galpão que, vez ou outra, era alugado para festas desse tipo.

Ali, por outro lado, nenhuma estrutura improvisada pode proteger seus tornozelos do lamaçal causado por dez minutos de chuva. Mas, ok, os festivais em Chester sofrem desse mesmo mal. 

O mais preocupante de fato é o perigo de se organizarem a poucos metros de uma ribanceira tão desconcertante alta que Harry, ao invés de perguntar se alguém já caiu, quer logo saber:

– Quantas pessoas já se afogaram aqui? 

 Afinal, em se tratando de jovens bêbados, não espera menos que isso.

De resposta, no entanto, ele recebe risadas espirituosas, um comentário "tomara que a Justine, aquela piranha, se afogue hoje" e um copo de papel com a mistura sabor cranberry preparada pelo do namorado de Gemma, Jesse.

Ao contrário da dona do comentário, Harry não quer testemunhar nenhum acidente ou tragédia hoje. E como também não quer protagonizá-los, fica longe da margem não cercada. 

Enfim, como ia pontuando, a fama é incoerente, mas também inegável. Há mais gente ali do que ele é capaz de contar, dispersos em grupinhos ao redor de carros e coolers.

De vista, Harry reconhece a maioria dos presentes, senão todos. E como a vida aparentemente não está muito afim de lhe permitir uma noite de sossego, um desses é o rapaz a quem ele certa vez empurrara para defender Niall e cuja reação fora um soco bem no seu rosto. 

O pior é que, pelo franzir de cenho e riso cínico após um contato visual rápido, o cara também deve se lembrar do ocorrido.

Naturalmente, ele age com cautela e vigilância pelos minutos seguintes, antecipando o momento em que o outro se aproximaria para tirar uma com sua cara.

Embora nem de longe Harry tenha o pavio curto - na verdade, sua tolerância a provocações  e atitudes desagradáveis chega a ser alarmante -, nada impediria o outro de caçar um motivo para socá-lo uma segunda vez.

Se isso se suceder, tudo que deve fazer é torcer para alguém intervir em seu favor já que fugir está fora de questão - não pagaria de covarde na frente dos amigos da irmã - e tentar se defender ou rebater golpes seria mais desastroso que aceitar o destino.

De qualquer forma, Harry apenas não quer ser pego desprevenido.

Não obstante, um tempo considerável se passa sem que nada demais aconteça. Tanto que a bebida que pensou que duraria a noite inteira - Jesse encheu seu copo - já está perto de acabar.

Parte de Harry está intrigada com a rapidez com que o líquido foi ingerido, enquanto a outra parte se orgulha dele mal sentir o álcool no corpo.

É verdade que conhece o baque que rola depois, mas mesmo que tenha sido uma experiência única, ele comete o erro de já se considerar familiarizado com ela.

Além do mais, a bebida escarlate o ajuda a perder o interesse pelo seu agressor - que parece tê-lo esquecido também - e a relaxar um pouco mais.

Ainda assim, Harry está longe de se sentir confortável. Ora essa, ele está entre pessoas parcialmente desconhecidas e qualquer disposição para socializar é inibida pela sensação de que todos ao redor o tratam com simpatia apenas por causa da irmã. 

Até porque, salvo por dois ou três que costumam sorrir para ele ao encontrá-lo por aí, o resto nunca demonstrou ter se dado conta de sua existência.

Sem problemas. Ele não se sente ofendido e nem diria que são um bando de falsos. Só não são a sua turma, então tudo bem ficar quieto.

Entretanto, isso muda ao receber um pouquinho de atenção.

– Você não tava numa escola de padres? - quer saber Jimmy.

Harry entende porque grande parte das garotas do vilarejo, em algum momento, já se apaixonaram por ele. 

Jimmy é lindo. Seu rosto é delicado e sua pele negra reluz com um brilho natural.  Seus músculos robustos, mas não intimidantes. Ele exala um cheiro bom. Além disso, sua boca está sempre curvada num sorriso maroto.

O curioso é que a febre Jimmy - Harry assim nomeou o fenômeno - já acometeu Gemma… que hoje namora Jesse, gêmeo não-idêntico dele.

Ambos fazem sucesso entre as meninas pois, apesar de não serem cópias perfeitas um do outro, as diferenças são tão sutis que passam despercebidas à primeira vista. 

O que mais destoa entre eles é a personalidade: Jimmy se comporta como um pavão e Jesse está mais para um flamingo, ou um cisne. Enquanto um é belo e elegante, o outro é exuberante.

Por isso, Harry também entende porque Gemma acabou se envolvendo com Jesse. Jimmy é o mais atraente, mas o irmão é a escolha mais segura para algo mais sério.

– Estava - concorda ele acenando com a cabeça.

– O que pensariam de você tomando vodka, huh?

O garoto dá de ombros – Não sei - e então argumenta: – Olha, lá a gente tomava vinho toda semana, então acho que eles não iriam se importar muito com isso.

Jesse arqueia as sobrancelhas e solta um: – Não brinca. Quem diria. Então você gosta mais de vinho? Por que não pegou uma dose? Tem umas duas garrafas no cooler.

Harry ainda se nega a tomar vinho. Não gosta de como bagunça seu corpo, de como o faz arder incomodamente.

Não é o caso da vodka diluída.

– Ah, não, tô bem com isso aqui - Harry diz, no entanto.

– Já experimentou virar um shot?

Harry por um instante reluta em dizer a verdade. Preocupa-se que Gemma vá relatar tudo para os pais quando chegarem. Receia que fiquem bravos por isso.

Mas ela não contaria, não é? 

Apesar de ela só bebericar o copo e ir jogando o resto fora esporádica e disfarçadamente, o irmão tem a acompanhado fazer isso desde que chegou, foi ela quem o convidou para vir e sibilou "não sou sua mãe" quando ele lhe lançou um olhar de dúvida antes de aceitar o copo que tem em mãos.

– Na verdade, sim. Uma vez. Foi terrível.

– A segunda é melhor, quer ver? - Jimmy não espera que responda – Dan, trás aqui a vodka. O irmão da Gemma quer virar um shot. 

Harry não reclamaria de outra dose com suco - ele só não quer beber até vomitar -, no entanto, vodka pura não lhe soa muito atraente. Mas com esse holofote jogado sobre si, ele não se atreve a dar pra trás.

Ele lança um olhar incerto para Gemma enquanto Jimmy pega seu copo, joga o resto da bebida no chão e derrama o conteúdo transparente da garrafa nele. A irmã comprime os lábios num sorriso resignado.

Assim que o copo lhe é devolvido, Harry se conforta no pensamento de que não é sua primeira vez, de que este não será tão ruim quanto aquele.

E assim o é, para o seu espanto. 

Não é como se ele dissesse que existem gostos melhores que aquele. Só é tolerável.

Comemorações explodem. 

Ele ri junto.

– Pela cara dele eu acho que ele tá afim de outro shot - alguém grita, desafiante. 

Um coro repete seu nome. O líquido transparente se re-materializa no copo em sua mão. Então Harry aceita a provocação, grunhindo triunfante ao final.

Em seguida, Gemma determina que já está bom e agora é em torno dela que o centro das atenções se vira. À contra gosto, ela acaba tendo que tomar um gole. 

Logo Jimmy e companhia estão entortando a cabeça de todos com seus shots. 

Harry observa essa crescente efervescência de longe, na companhia da irmã e de Jesse, que prepara margaritas no capô do carro que divide com o irmão.

À pedido do namorado dela, dá um gole do coquetel e no instante em que o corpo absorve o crítico adocicado, ele se sente definitivamente bêbado e maravilhoso e etéreo.

– Gostou?

– É a melhor coisa que eu já tomei na vida. Com quem aprendeu a fazer isso?

Por algum motivo, Jesse e Gemma gargalham como se ele tivesse dito algo hilário. Ele fica confuso, mas logo cai na risada também.

Gemma se inclina em direção ao cooler e volta com uma garrafinha de água, que o entrega enquanto pede para que beba aquilo por enquanto. Ele obedece prontamente.

As pessoas vêm na direção deles a fim das margaritas. Jesse revela a ele que trouxeram material o suficiente para muitos coquetéis, mas que não dá aos outros, apenas troca por bebidas do seu agrado.

É assim que ao longo da noite a variedade naquele cooler triplica.

Harry o acha tão genial que admite:

– Eu não aprovava nem desaprovava você namorar Gemma, só achava que ela merecia coisa melhor. Mas agora eu vejo que você é perfeito.

Isso rouba gargalhada dos dois. Jesse agradece, irônico e bem-humorado e diz que ele também é ótimo.

Ah, Harry já está bebendo de novo. Está no terceiro copo, na verdade.

Gemma se afastou para ficar com amigas. Harry continua com Jesse e mais algumas pessoas que se agrupam ao redor deles. Está bem entrosado. A mandíbula chega a doer pelo tanto que fala e ri. 

No momento em que a insegurança lhe diz que está sendo irritante - ele até tenta se conter, mas não consegue - Jimmy surge e tira dali. 

Por mais que o estômago se encolha e o peito dispare pelo braço que contorna seu pescoço, Harry solta um suspiro de alívio por agora poder encher o saco de alguém diferente.

Depois de querer saber se está gostando da festa, Jimmy pergunta se se interessou por alguém, o que deixa confuso, embaraçado e repentinamente embananado com as próprias palavras. 

Desconfortável, Harry passa a desejar um pouco mais de espaço… e que Jimmy abandone esse tom insinuante, provocador.

– Sabia que você tá fazendo sucesso?

– Tô? Não. Isso é coisa sua.

Em retribuição, Jimmy abre um largo sorriso.

Harry agora está no meio de gente a quem o gêmeo caloroso deve o privilégio de sua dedicação. Mas, ainda assim, não o solta do aperto seus braços. E também não para quieto. Gesticula demais. É como se nem percebesse o garoto que obriga a se mexer junto com ele. O resultado disso é a bebida respingando para fora do copo dele. 

Ele sente as gotas em sua calça e assiste resignado a uma boa quantidade ser derramada no Vans da garota ao seu lado.

– Ei,  Jimmy, não dá pra soltar seu amigo? - ela diz – Tá fazendo ele me dar um banho.

Felizmente seu tom não é hostil. Ela está se divertindo com aquilo.

– Churchy - o rapaz encara ela profundamente, com um sorriso malicioso –, gosta de Netball? - Harry é indiferente a esportes, mas murmura que sim – Kristen está jogando na liga de Chester. É a capitã do time.

Harry demonstra sua admiração com um comentário contido e Jimmy o convida para assistir ao jogo dela na quinta.

– Vai ser legal te ver por lá - Kristen comenta.

– Claro. Absolutamente. Mal posso esperar.

Pelo menos não seria tão enfadonho quanto assistir futebol. Quando vai ao estádio de Chester com o pai, Harry precisa contar os minutos para não morrer de tédio. Ele sabe que o pai não insistiria se revelasse seu desprazer, mas nunca declina o convite. Até porque, sem isso, eles seriam ainda mais distantes do que são.

Não obstante, nas últimas semanas eles encontraram uma nova maneira de suprimir a deficiência daquela relação: o pai vinha o ensinando a dirigir, e está contente que pela esperteza que descobria no filho.

Elogios são feitos a Kristen, que na maior parte do tempo se pronuncia ora com falsa modéstia ora com extravagância teatralizada. 

Harry se encanta pela relação entre Kristen e Jimmy. Eles se comportam com tanta intimidade e cumplicidade que é impossível não lembrar e não sentir a ausência de Niall. Niall estaria se divertindo tanto ali. Harry mal vê a hora de poder contar tudo a ele. 

No entanto, os amigos estão no meio de um jogo que Harry sente que também deveria participar. Mas ele é péssimo com jogos, então no fim acaba parecendo que estão brincando com sua cara. 

Talvez estejam mesmo.

No decorrer daquela interação, o garoto vai ficando chateado com a própria estupidez e ofendido por nenhum dos dois dar um tempo naquilo.

Ele desiste. Para de dar ouvidos a eles. Dá uns murmúrios desinteressados quando eles tentam reconquistar sua atenção.

Em dado momento, Kristen os deixa e vai dançar.

– O que houve, cara?

– Como assim?

– Não gostou dela?

– Claro que gostei, ela é incrível.

Jimmy ri, meio zombeteiro e Harry se controla para não bufar e sair batendo os pés.

– Então por que não vai dançar com ela?

– Não sei dançar.

– Kristen te ensinaria. Aposto que você pegaria o jeito fácil, fácil com ela.

– É, acho que vou fazer isso mesmo.

Jimmy lhe dá tapinhas aprovadores do pescoço e o libera.

De jeito nenhum, Harry pensa consigo mesmo. Um tanto desorientado, ele procura com o olhar Gemma ou Jesse. Anda meio sem rumo, esbarra em algumas pessoas e termina vendo a si mesmo diante do rapaz que o agrediu, de costas.

Harry sente a cabeça enevoada pela embriaguez, pela irritação, pelo medo, pela humilhação de outrora e, paradoxalmente, por uma súbita soberba destemida.

Seu indicador cutuca o ombro alheio, fazendo o outro se virar para ele com uma interrogação armada na face. Harry não faz ideia do que quer com ele, por isso fica calado por um bom tempo.

– Que que é?

Harry nega com a cabeça. Seu mundo gira, a mente fica pesada e ele decide que é melhor não repetir o movimento por enquanto.

– Lembra de mim?

– Por quê? Deveria? - retorque o outro, mas claramente se lembra.

– O que te leva a ser tão…

– Tão o quê?

– Desagradável. Maldoso.

Ele solta uma risada de escárnio e dá as costas para Harry, que deveria ir embora neste exato momento, enquanto ainda se sente por cima da situação. Todavia, seu orgulho e estupidez não permite que ele saia ileso dessa.

– Não gosto de gente como você, que sai por aí bancando o rei do universo e faz o que dá na telha. Por que vocês são assim? O que de tão errado tem dentro de vocês? Não conseguem se controlar? Ou fazem o que fazem porque se sentem bem com a própria mediocridade?...

É assim que o punho alheio reencontra seu rosto; mais especificamente o seu nariz. Um estalo alto. Uma dor excruciante. Tontura e uma fraqueza intensa. 

Para ir ao chão, só é preciso um chute.

Ah, meu Deu. Ah, meu Deus. Ah, meu Deus. Ah, meu Deus. Ah, meu Deus.

Um lapso de sobriedade desabrocha. 

O que diabos deu nele? Por que cargas d'água não calou a boca?

Um chute lhe acerta a têmpora. E a visão escurece. E a consciência oscila.

– O que mais? - o outro ladra, dando-lhe mais um chute, dessa vez no ombro - Vamos, continua. Quero ouvir mais. Maluco do caralho.

Depois de mais um chute, Jimmy aparece para socorrê-lo. Em seguida, uma Gemma furiosa e uma amiga apaziguadora entram no seu campo de visão.

Ele agarra a mão de Gemma para poder levantar e precisa de seu apoio para chegar até o carro. O namorado dela não demora a entender o que aconteceu.

Harry treme e chora fraco.

Sangue lambuza suas mãos e lábios.

Enquanto Jesse procura pela chave nos bolsos, o garoto murmura para a irmã, em tom baixo e aterrorizado, que seu nariz está quebrado.

– Gelo, preciso de gelo - ela pede quando consegue abrir a porta traseira e quase o empurra para dentro – Tira a mão do rosto, deixa eu ver - pede ao sentar.

A cara dela o faz entrar em pânico.

Jesse senta no banco do motorista e entrega a ela um compressa de gelo feita com o casaco preto que usava. Harry não deixa que Gemma chegue perto de seu rosto com aquilo. 

– Eu mesmo faço isso, eu mesmo faço isso - geme choroso.

– E então? - questiona Jesse.

– Ele quebrou mesmo - observa Gemma.

Com isso, o namorado enfia a chave na ignição, grita para o irmão que voltará em breve e parte em direção ao vilarejo.

Antes de parar no posto de saúde público, Jesse se certifica de que Harry trouxe alguma identidade. 

Como a unidade está praticamente vazia, não é necessário mais que cinco minutos até que ele e Gemma estejam numa sala de atendimento, respondendo a perguntas da enfermeira que analisa seu rosto. Harry esmaga a mão da irmã, que por sua vez também geme de dor, quando  seu nariz é colocado no lugar certo. Ele recebe um remédio para dor e um antinflamatório na veia antes de sairem.

[...]

– Você tá… grávida? - indaga, cuidadosamente.

Foi uma noite e tanto. Além do que aconteceu, enquanto se encaminhavam para casa, após a confissão que ele mesmo tinha causado aquilo, Gemma brigou com ele e o lembrou que teria que se explicar no café da manhã e o fez prometer que jamais cometeria a mesma loucura novamente.

Harry está exausto. Ainda levemente embriagado. A dor havia desaparecido, mas como Gemma o forçou a colocar outra compressa de gelo no nariz, a face está dormente. Ele está na cama dela. Então por que não o sono não vem?

– O que?  - ela se levanta assustada – Tá  doido? Da onde você tirou isso?

– É porque você não estava bebendo de verdade.  Achei que pudesse…

– Não!  - ela volta a se deitar – Vai dormir, Harry. 

– Não perguntei por mal - ele tenta se defender – Só queria saber.

– Harry. Eu não tô grávida. Só não gosto de beber.

– Eu entendi.

– Então dorme.

Harry a deixa em paz e lida com sua inquietude sozinho, antecipando o sermão “eu não te criei pra você ser esse tipo de pessoa” da mãe que enfrenta na manhã seguinte. A avó também se mostra decepcionada e triste por sua atitude.

– Não precisa disso - o pai resmunga – Ele é só um garoto.

– Exato, ele é um garoto, não um animal selvagem - ela rosna de volta – Eu nem falei nada sobre ele ter largado o seminário, mas de jeito nenhum vou aceitar que comece a se meter em confusão por aí. Quando tiver sua própria casa, pode arranjar os problemas que quiser, mas enquanto estiver debaixo desse teto, vai ter que se comportar como uma pessoa direita! 

Havia demorado três semanas até que a mãe voltasse ao seu estado normal e, de alguma maneira, aquilo dá a Harry a sensação de ter retomado a vida de antes.

Honestamente, é um alívio. Porque essa vida é até melhor do que antes. Claro, exceto pelo nariz fraturado.

O Reverendo Julian havia pedido desculpas por ter se exaltado naquele dia, assim fizeram as pazes e voltaram a conversar após as missas de domingo.

E por mais que só veja Niall aos finais de semana, depois da festa de primavera Harry a se envolver mais com os amigos de Gemma, com seu namorado, e até mesmo com Jimmy e Kristen.

Ele achou que tinha estragado as coisas com os dois, mas na quinta Jimmy exige que vá ao jogo logo que sair do trabalho. 

“Vai ser difícil”, Harry responde a sua mensagem, “não tenho como voltar pra casa depois, desculpe”. 

Os transportes públicos que ligam o vilarejo às regiões vizinhas param de circular às dez e meia da noite. 

“Não esquenta, você volta comigo”

“Se é assim, beleza, eu vou”

Harry ainda está com um hematoma no nariz e quando a garota com quem Jimmy está saindo quer saber o que houve, Jimmy dispara: 

– Devia ter visto como o outro cara ficou, não vai esquecer de Harry tão cedo…

Todos ao redor riem fraco e Harry constata que foi idiotice ter se irritado com ele. Jimmy é ótimo.








// gente, primeiro preciso me desculpar pela frequência com que volto aqui... também preciso agradecer a quem tá tendo a paciência de esperar por essas atts e mais ainda pra quem tá votando e comentando (sintam seus corações beijados com mt amor)

outra coisa: meu plano era não passar de 25 capítulos PORÉM, como sempre, tenho (quase) certeza que vamos passar disso - eu realmente preciso de um leitor beta pra colocar a mão no meu ombro e dizer "segura a onda, mana"

enfim, também pretendo fazer uma segunda parte dessa história (que vai se passar anos mais tardr e ter outro título)... assim, mais adiante vou precisar de opiniões pra decidir se extendo ou não esse universo

isso é tudo por enquanto

bjs e loads of love xx

Okumaya devam et

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