Após fazer o pedido da comida japonesa, Louis aguardou ansiosamente a chegada da encomenda. Ele estava determinado a tornar aquele almoço especial, como uma forma de demonstrar seu carinho e tentar reestabelecer a conexão entre eles.
Enquanto esperavam, Louis chamou Harry para ajudá-lo a arrumar a mesa na sala de jantar. O mais novo aceitou o convite, curioso para ver como seria o esforço de Louis em fazer algo que ele nunca tinha feito antes: uma mesa posta. A governanta da mansão, que normalmente cuidava desses detalhes, estava de folga naquele dia, e Louis estava disposto a tentar copiar o modo como ela fazia para surpreender sua princesa.
Com cuidado e atenção, Louis pegou as peças de louça e talheres, seguindo as orientações que lembrava de ter visto em ocasiões anteriores. Ele colocou os pratos pretos, dispostos de maneira elegante e alinhada, os hashis de madeira descansando perfeitamente ao lado de cada prato e os guardanapos de linho dobrados de forma impecável.
Enquanto preparavam a mesa, a campainha tocou, anunciando a chegada da comida japonesa. Louis sorriu animado e foi buscar a encomenda, agradecendo ao entregador e retornando para a sala de jantar com a grande bandeja repleta de caixas de sushi, sashimi, tempurá e outros pratos deliciosos.
A comida estava disposta de forma magnífica, em pratos de porcelana preta que realçavam as cores vibrantes dos sushis e sashimis. Cada peça vinha cuidadosamente arrumada, com atenção aos mínimos detalhes. Os sushis eram verdadeiras obras de arte culinárias, com cores vibrantes e combinações de sabores irresistíveis.
Os olhos de Harry brilharam de admiração ao ver a apresentação dos pratos. Ele nunca havia comido comida japonesa daquele nível, e aquilo o impressionou profundamente.
— Louis, isso está incrível! Eu nunca vi uma comida tão bonita assim! — Harry exclamou, admirando os pratos servidos.
Louis sorriu, satisfeito com a reação de Harry.
— É do melhor restaurante japonês da cidade. Eu queria que nosso almoço fosse especial. Vamos experimentar, tenho certeza de que você vai adorar. — Louis convidou, sentindo-se feliz por conseguir surpreender o mais novo.
Sentaram-se à mesa e começaram a se deliciar com a comida japonesa. Cada mordida era uma explosão de sabores, e Harry ficou encantado com a variedade e a qualidade dos pratos.
— Hummm... isso tá maravilhoso! — Harry disse, saboreando um uramaki.
Enquanto continuavam o almoço, Louis fez questão de elogiar cada prato e de compartilhar suas experiências com a culinária japonesa. Ele contou histórias de suas viagens e das vezes em que experimentou a comida em diferentes países.
Aos poucos, Harry foi se abrindo novamente para Louis, sentindo-se mais à vontade em sua presença. A tensão que havia existido entre eles começou a se dissipar.
Depois do almoço, enquanto os pratos vazios estavam na mesa e os hashis descansavam ao lado dos restos de comida, Louis sorriu para Harry, feliz em ver que o mais novo estava apreciando a refeição.
— Fico contente que tenha gostado, princesa— Louis disse, acariciando a mão de Harry com carinho.
— Realmente estava tudo maravilhoso, Louis - Harry retribuiu o sorriso e concordou
— Louis? Hummm... prefiro quando me chame de Lou, de amor, de meu Dom... - Tomlinson ergue a mão do mais novo e se inclina depositando um beijo em sua pele macia.
— Louis... — Harry começou, sua voz carregada de sinceridade. — Eu sei que você queria tornar esse almoço especial e eu realmente aprecio isso, mas ainda estou chateado com a forma que você negligenciou minha autonomia de escolha.
Louis olhou para o mais novo, compreendendo a validade de seus sentimentos. Ele acariciou a bochecha do mais novo com ternura.
— Me perdoe, princesa. — Louis pediu, seus olhos azuis expressando remorso.
Harry apenas deu um suspiro fundo, mas não respondeu. Os olhos verdes analisavam cada expressão do rosto do mais velho, tentando buscar um sinal sincero de arrependimento.
Louis se inclinou e beijou a testa de Harry e colocou uma mecha de seus longos fios atrás da orelha. O mais velho acaricia o rosto de Harry, este mantinha seus olhos fechados enquanto apreciava os delicados toques em sua face. Louis deslizou os dedos pelas marcas de chupões que estavam grafadas no pescoço leitoso do de fios longos. Em cima de cada marca Louis depositou um breve beijo.
Harry o afastou delicadamente, ele se levantou da mesa, começando a retirar a louça vazia e levar para a cozinha. Louis se dirigiu a cozinha ajudando a retirar o resto da louça, seguidamente as colocando na pia.
Harry riu ao ver a expressão claramente desajeitada de Louis enquanto o mais velho tentava lavar a louça. Era evidente que aquele não era um ambiente onde o mais velho estava acostumado a estar.
— Você quer ajuda para lavar a louça? — Harry ofereceu, ainda rindo um pouco.
Louis fez uma careta divertida e admitiu — Não sou exatamente um especialista nessa área. Geralmente, tenho outras pessoas para cuidarem dessas tarefas.
— Tudo bem, deixa comigo. — Harry já acostumado com a tarefa, lavava rápido e com habilidade.
— Vou ficar aqui te fazendo companhia, então. — Louis disse, sentando-se em uma das cadeiras da cozinha.
Harry começou a lavar a louça, concentrado na tarefa, enquanto Louis contava histórias de suas viagens pelo mundo. Ele descrevia as comidas exóticas que havia experimentado, os sabores únicos que descobriu em diferentes culturas e as aventuras que viveu ao lado de seus amigos.
Enquanto lavava, Harry não conseguia deixar de rir das expressões engraçadas que Louis fazia ao tentar ajudar. O mais velho estava claramente fora de sua zona de conforto, mas seu esforço era adorável. Em um dado momento o mais novo reparou a expressão de dor no de olhos azuis.
— Lou... liga para o seu médico de confiança e pede pra ele dar uma olhada no seu ferimento. Isso está me preocupando, por favor. - Harry disse fechando a torneira, após terminar de lavar a louça.
— Você tem razão, princesa. Vou ligar para o médico agora mesmo. — Louis concordou, agradecido pela preocupação de Harry.
Enquanto Louis fazia a ligação, Harry se aproximou e acariciou o rosto do mais velho com ternura.
— Eu não quero que isso piore, Lou. Por favor, cuide de si mesmo. — Harry pediu, seus olhos verdes cheios de afeto.
Após a ligação, Louis marcou uma consulta com seu médico de confiança para verificar o ferimento em seu ombro. Ele sabia que não podia negligenciar por mais tempo a sua saúde. Já havia 4 dias desde o dia da invasão da sua casa na Toscana, onde ele havia sido atingido pelo tiro de raspão.
— O Dr. Smith disse que pode me atender hoje mesmo daqui a uma hora. - Disse Louis respondendo ao olhar apreensivo do ondulado.
— Eu quero ir junto com você, Lou. - Harry pediu determinado.
— Claro, meu amor. Eu adoraria ter você ao meu lado. — Louis respondeu, grato pela preocupação e apoio de Harry.
Os dois se encaminharam para a garagem da mansão, onde o carro de Louis estava pronto para levá-los até o consultório médico ultra avançado e tecnológico. Era um lugar onde an elite buscava tratamento, e o Dr. Smith, o médico de confiança de Louis, era reconhecido como um dos melhores do mundo.
Enquanto Louis dirigia o carro, eles foram escoltados por sua equipe de segurança, garantindo que estariam protegidos durante todo o trajeto. Era uma demonstração da importância que Louis dava à segurança deles, especialmente após o incidente na Toscana.
O consultório era impressionante, com uma arquitetura moderna e tecnologia de ponta. Ao entrarem, foram recebidos por uma equipe de profissionais atenciosos, que acompanhavam cada passo de qualquer tratamento de Louis.
O Dr. Smith, um homem de meia-idade com uma aparência serena e confiante, cumprimentou-os calorosamente. Ele já era familiarizado com Louis e sua equipe de segurança, e seu tratamento aos dois era igualmente respeitoso.
— Sr. Tomlinson, que bom vê-lo novamente. E este é o Senhor? — O Dr. Smith perguntou, estendendo a mão para Harry.
Harry apertou a mão do médico com firmeza e sorriu:
— Styles, prazer em conhecê-lo, Dr. Smith.
— O prazer é meu. - O médico responde com um sorriso amigável
— Vamos para a sala de exames. Quero verificar o ferimento em seu ombro, Louis, e garantir que não houve complicações. — O Dr. Smith explicou, conduzindo-os pela clínica.
— Isso é um trabalho bem feito, Sr. Tomlinson. Quem fez essa costura? — perguntou o Dr. Smith, examinando a sutura com atenção.
Louis sorriu, olhando para Harry com admiração.
— Foi o Harry quem fez. Ele teve coragem de me suturar logo após o incidente na Toscana. Fiquei impressionado com a habilidade dele. — Louis respondeu, orgulhoso do seu companheiro.
O médico assentiu, apreciando o trabalho de Harry.
— Devo dizer que ele fez um excelente trabalho. A sutura está bem feita e a cicatrização está ocorrendo conforme o esperado. Parece que temos um talento escondido aqui, Sr. Styles. — O Dr. Smith elogiou, sorrindo para Harry.
Harry corou ligeiramente, envergonhado com o elogio, mas também orgulhoso por ter conseguido ajudar Louis daquela maneira.
— Eu só fiz o que precisava ser feito, Dr. Smith. Queria garantir que o Louis ficasse bem. — Harry respondeu humildemente.
O médico assentiu novamente, satisfeito com a resposta de Harry.
— Bom trabalho, jovem. Continue cuidando do Sr. Tomlinson dessa forma. — O médico afirmou, elogiando novamente o mais novo.
Harry sorriu, agradecido pelas palavras do médico, e olhou para Louis com carinho.
— Sempre vou cuidar dele, pode ter certeza disso. — Harry afirmou.
Louis segurou a mão de Harry com ternura, transmitindo-lhe seu agradecimento e amor.
O exame foi realizado com precisão, e o médico concluiu que o ferimento estava cicatrizando bem, sem sinais de infecção.
— Fico feliz em informar que a recuperação está ocorrendo dentro do esperado, Sr. Tomlinson. Continue seguindo as orientações que lhe passei, e em mais algumas semanas, você estará completamente recuperado. — O Dr. Smith disse, satisfeito com os resultados.
Louis agradeceu ao médico, sentindo um alívio ao saber que estava progredindo em sua recuperação. Ele sabia que precisava seguir as recomendações médicas à risca para garantir sua saúde e bem-estar.
Enquanto deixavam o consultório, Harry e Louis conversavam sobre o tratamento e as medidas que precisariam tomar para que a recuperação fosse completa.
— Vou me certificar de que você cumpra todas as orientações do médico, Lou. Não quero que você exagere e piore as coisas. — Harry afirmou, olhando com carinho para o mais velho.
Louis sorriu, apreciando a preocupação e cuidado de Harry.
— Eu prometo que serei cuidadoso, princesa. — Louis respondeu, se inclinando para selar um beijo nos lábio de Harry.
No entanto, antes que seus lábios se tocassem, Harry afastou-se suavemente, negando o beijo. Seus olhos verdes estavam sérios, mostrando que ele ainda estava chateado com a situação anterior.
— É melhor entrarmos no carro e voltar para casa. Daqui a pouco seus amigos estarão lá e precisamos estar prontos para recebê-los. — Harry disse, desviando o olhar dos olhos azuis de Louis.
Sem dizer mais nada, eles retornaram ao carro. Louis assumiu o volante, mas o carro ainda era escoltado por sua equipe de segurança. Enquanto dirigiam de volta para casa, Harry olhou pela janela, perdido em seus pensamentos.
Louis dirigia com uma mão firme no volante e a outra repousando nas coxas de Harry. Era um gesto de carinho e proximidade, uma forma sutil de mostrar que estava ali para ele, mesmo sem palavras.
Styles continuava a olhar pela janela, seu olhar perdido em pensamentos, mas ele podia sentir o toque reconfortante do mais velho em suas coxas, o que o fazia sentir leve choques ecoando em sua pele. O silêncio entre eles não era desconfortável, era um momento para reflexão, para processar tudo o que havia acontecido durante os dias turbulentos.
Enquanto dirigiam, a cidade movimentada começou a ficar para trás, e eles se aproximaram de uma área mais afastada, onde o apartamento se localizava. Louis aproveitou o momento para quebrar o silêncio suavemente:
— Me chateia te ver tão distante, princesa.
Harry olhou para Louis e encontrou sinceridade em seus olhos azuis. Ele suspirou, buscando as palavras certas para expressar seus sentimentos:
— Eu sei, Lou. E eu também não queria que isso acontecesse. Mas acho que eu preciso de um tempo.
— Harry, por favor, me peça qualquer coisa, mas não me peça um tempo. Eu juro que farei o que for preciso para que possamos ficar bem novamente. Eu te amo mais do que tudo— Louis disse, sua voz carregada de emoção e foi a primeira vez que Harry viu Louis com a fala afoba em desespero.
Harry olhou nos olhos de Louis, vendo a sinceridade e o amor que transbordavam em seu olhar.
— Eu também te amo, Lou. Não estou terminado isso aqui que temos. Só quero ficar na minha hoje, apenas isso Lou. - Harry explica, enquanto Louis solta um suspiro aliviado
Louis sorriu aliviado, entendendo agora que o tempo que Harry precisava era apenas para ficar mais tranquilo e reflexivo, e não o fim do relacionamento.
— Se é só isso, então tudo bem, princesa. Fique à vontade para ter o tempo que precisar. Eu estarei aqui quando você estiver pronto para conversar. — Louis disse, com um sorriso reconfortante.
Harry retribuiu o sorriso, sentindo-se grato pela compreensão de Louis.
— Obrigado, Lou. Você é incrível, sabia? E, ah... — Harry acrescentou com uma pitada de ciúmes brincalhão —, só para deixar claro, você não vai ficar solteiro Louis Tomlinson. Isso jamais vai acontecer.
— E você também não vai ficar solteiro, Sr. Styles. Eu não deixaria isso acontecer nem se quisesse. — Louis respondeu com um sorriso travesso, puxando Harry para um abraço apertado.
Enquanto continuavam abraçados, Louis depositou um beijo suave na testa de Harry. Entre eles há uma perigosa linha tênue entre o amor incondicional, a paixão avassaladora e a obsessão irracional.
Após o abraço reconfortante, saíram do carro e caminharam juntos até a entrada da mansão. Ao abrir a porta da sala, foram recebidos por uma cena inusitada que os pegou de surpresa.