O sol começava a se pôr no horizonte, pintando o céu com tons alaranjados e dourados enquanto Louis e Harry continuavam sua caminhada pela densa mata. Cada passo era uma luta contra a exaustão e a dor, mas eles estavam determinados a chegar ao vilarejo que estava a algumas horas de distância.
A trilha sinuosa os levava através de uma paisagem selvagem e intocada, com árvores altas e frondosas cercando o caminho. O canto dos pássaros e o som suave de um riacho próximo eram os únicos ruídos que quebravam o silêncio da natureza ao seu redor. A cada passo, eles avançavam com cautela, atentos a qualquer sinal de perigo ou inimigos que pudessem estar à espreita.
Conforme o tempo passava, a luz do dia foi ficando mais fraca, e eles sabiam que precisavam apressar o passo. A fome começava a apertar, mas a prioridade era chegar ao vilarejo para conseguir ajuda para Louis.
Finalmente, quase ao anoitecer, eles chegaram ao pequeno vilarejo de interior. As casinhas de arquitetura simples e rústica se espalhavam ao longo das ruas de terra batida, e o ar tranquilo e acolhedor parecia envolvê-los. Era um lugar afastado do agito das grandes cidades, onde a vida seguia em ritmo lento e sereno.
Encontraram uma pousada bem simples, mas acolhedora, onde decidiram se hospedar. Louis sacou o celular, e retirou seu o cartão black que ficava guardado atrás da capa. Ele sorriu para Harry, agradecendo a sorte por ele ter pego seu celular antes da fulga.
Com o cartão de Louis em mãos, pagaram a estadia e seguiram para o quarto. A pousada não era luxuosa, mas as camas eram confortáveis e o ambiente limpo e acolhedor.
Harry auxiliou Louis a deitar-se, preocupado com o estado de exaustão do mais velho. — Descanse, Lou. Vou sair para comprar alguns medicamentos para dor e itens para cuidar do seu ferimento.
Louis assentiu, agradecido pela dedicação de Harry. — Obrigado, princesa. Não demore e nem fique de gracinha jogando seus encantos por aí. Nem rebole essa minha bunda enquanto anda.
Harry riu suavemente — Pode deixar, vou me apressar e serei um rapaz comportado. Não quero te deixar esperando muito tempo.
Com um último olhar de preocupação, Harry saiu do quarto em direção à farmácia. O vilarejo era pequeno, mas tinha todas as comodidades básicas para atender às necessidades da população local. Ele encontrou a farmácia facilmente, e ao entrar, foi recebido por um farmacêutico gentil que parecia entender o básico de inglês.
— Buona sera, come posso aiutare? — Perguntou o farmacêutico, notando a expressão cansada de Harry.
— Buona sera. Preciso de alguns medicamentos para dor e itens para curativo. — Explicou Harry, mantendo a calma apesar da preocupação.
O farmacêutico prontamente mostrou a Harry os analgésicos adequados para aliviar a dor de Louis, além de fornecer os materiais necessários para limpar e cuidar do ferimento. Harry agradeceu, pagou pelas compras e saiu da farmácia determinado.
Ao lado da farmácia, havia uma lanchonete simples que ainda estava aberta. Harry decidiu comprar algumas comidas e bebidas para que eles pudessem recuperar as energias. Ele escolheu alguns sanduíches de tomate e queijo, acompanhados de batatas fritas e salgadinhos. Para saciar a sede, pegou água e algumas garrafas de suco natural, pensando na necessidade de manterem-se hidratados.
Carregando os suprimentos nas mãos, Harry retornou à pousada. Ao chegar no quarto, encontrou Louis deitado, parecendo um pouco mais descansado.
— Trouxe comida e água para nós. Vamos recarregar nossas energias e descansar esta noite. Amanhã cuidaremos de tudo o que precisamos fazer. — Disse Harry, enquanto organizava os alimentos na mesinha ao lado da cama.
Louis sorriu, sentindo-se grato por ter Harry ao seu lado cuidando dele com tanto carinho.
— Obrigado, princesa. - diz entre selinhos —Você é incrível.
Eles se sentaram para comer, compartilhando o pouco que tinham como um banquete, apreciando a simplicidade da comida que estava deliciosa depois de um longo dia de jornada exaustiva.
— Eu te chamo de princesa, mas hoje você que me resgatou da torre e matou os dragões. — Disse Louis, olhando nos olhos verdes de Harry.
Harry corou, balançando a cabeça. — Só estou fazendo o que qualquer pessoa faria pelo seu amado.
Louis segurou o rosto de Harry em suas mãos e o beijou com carinho. — Obrigado.
Louis sorriu, mas logo sua expressão se tornou um pouco mais séria. — Preciso de um banho, Harry. Acho que vou me sentir melhor se estiver limpo e mais confortável.
Preocupado com os ferimentos de Louis, Harry hesitou por um momento, mas sabia que seu amado tinha razão. Um banho poderia ajudá-lo a relaxar e se sentir melhor. — Tudo bem, vou te ajudar. Mas com cuidado para não molhar o ferimento no braço.
Com todo o cuidado, Harry ajudou Louis a se levantar e o guiou até o pequeno banheiro da pousada. Enquanto Louis se despiu com a ajuda do mais novo, Harry regulou a temperatura da água para que estivesse agradável e segura.
Louis entrou na pequena banheira com um suspiro de alívio, sentindo a água quente acalmar seus músculos doloridos. Harry permaneceu ao lado, atento para garantir que tudo corresse bem. Ele pegou uma esponja macia e começou a lavar o corpo de Louis com cuidado, evitando o ferimento em seu ombro. A expressão de dor era nítida na face do de olhos azuis.
Louis não perdeu a oportunidade de provocar, mesmo em meio à situação delicada. — Você sabe que em qualquer outra circunstância, esse seria um banho bem mais divertido, não é?
Harry riu, balançando a cabeça. — Você é incorrigível, Lou.
Louis riu também, mas logo a expressão de dor voltou a aparecer em seu rosto. Harry ficou sério, preocupado com o bem-estar do mais velho. — Vamos terminar logo esse banho para você descansar.
Após terminarem o banho, foram para a cama, deitando-se abraçados na posição de conchinha. Harry era a conchinha menor, protegido nos braços de Louis. O cansaço começou a se fazer presente, e a luz do quarto já estava apagada, indicando que era hora de dormir.
— Urgh...Harry, você poderia parar de se mexer assim? Esse movimento está me deixando... excitado. - Disse Louis, levemente desconcertado.
Harry, surpreso com o comentário, parou imediatamente com o movimento. — Desculpe, eu só estou encontrando uma posição para dormir. Você que está cheio de vontade hoje.
Louis sorriu maliciosamente, provocando mais uma vez. — Ah, então é isso? Você me nega o dia inteiro e agora quer bancar o inocente?
— Não é isso, Lou. Eu só... quero que você descanse e se recupere.
— Eu tenho certeza que se eu pedisse agora aquela comissária não me negaria nada.- diz Tomlinson cutucando a onça com vara curta.
A provocação de Tomlinson atingiu em cheio o coração de Harry, despertando sua insegurança e ciúme. Ele se virou bruscamente para encarar Louis, com os olhos estreitados de raiva contida.
A resposta de Louis fez Harry ficar ainda mais inquieto. Ele se afastou um pouco de Louis. — Quer ficar com o outro ombro aleijado, Louis Tomlinson?
O mais velho deslizou suas mãos pelo corpo do ondulado, enquanto ria baixinho. — Fica aqui pertinho de mim amor.- disse o puxando.
— Você... você tem pensado nela, não é? Na comissária? - Harry pergunta inseguro em um tom acusatório.
Louis suspirou, sentindo-se culpado por ter provocado Harry daquela forma. Ele segurou o rosto de Harry com suavidade, olhando em seus olhos verdes cheios de insegurança.
— Harry, eu não estou pensando nela ou em qualquer outra pessoa. Você é o meu homem e eu também sou só o seu homem. — Louis falou com sinceridade, esperando que suas palavras acalmassem o mais novo.
Styles ainda tinha um bico formado em seus lábios, Tomlinson o beijou com intensidade deixando algumas mordidas no lábio inferior, interrompendo o beijo com selinhos. — Você é mais do que suficiente, princesa. Você é tudo para mim, e eu só tenho olhos para você.
Deitaram-se novamente na posição de conchinha, os corpos de ambos estavam colados, compartilhando calor e aconchego. O mais novo fechou os olhos, deixando-se levar pelo cansaço e pela paz que sentia ao lado de Louis.
— Boa noite, Lou. — Harry sussurrou, sentindo-se grato por ter o seu Louis, somente dele.
— Boa noite, minha princesa. — Louis respondeu, beijando o topo da cabeça de Harry.
E assim, abraçados um ao outro, eles se entregaram ao sono. A dor não só física, mas as dores da alma encontravam repouso um no outro. Seria a paixão metades que se completam por seus antídotos ou pela mistura de venenos que os fere?
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Apesar das adversidades está muito amorzinho, não é mesmo? Eu prometi dark e ação, então teremos muito dark e ação pela frente! Foi só um momento de respiro. 👀