Don't Let Me Down || L.S

By larry_obsessed_28

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Em meio ao cenário da cosmopolita Londres, onde as sombras das mansões aristocráticas e edifícios arranha-céu... More

Avisos
Chapter 1 - Estranheza
Chapter 2 - Aliados
Chapter 3 - Pistas
Chapter 4 - Obsessão
Chapter 5 - Cativeiro
Chapter 6- A Primeira Noite
Chapter 7 - Revelações
Chapter 8- Margherita
Chapter 9 - Confronto
Chapter 10 - Provocações
Chapter 11 - Punição
Chapter 12 - Toscana
Chapter 13 - Vinil
Chapter 14 - O mestre mandou
Chapter 16 - Invasão
Chapter 17 - Sobrevivência
Chapter 18 - Refúgio
Chapter 19 - Pé na estrada
Chapter 20 - Emboscada
Chapter 21 - Florença
Chapter 22 - Enfermeiro
Chapter 23 - Prazer perigoso
Chapter 24 - Nas alturas
Chapter 25- Frágil
Chapter 26- Sushi
Chapter 27- Êxtase
Chapter 28 - Missão
Chapter 29 - Chantilly
Chapter 30 - Delegado
Chapter 31 - Chantagem e promessas
Chapter 32 - Jantar e chalé
Chapter 33- Escolha a caixa
Chapter 34 - Mística
Chapter 35 - Tabuleiro
Chapter 36 - O evento
Chapter 37 - Castelos e xeque-mate
Chapter 38 - Canal 6
Chapter 39 -Trouxe flores
Chapter 40 - Amanhecer
Epílogo
Agradecimento

Chapter 15 - Oliveiras

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By larry_obsessed_28

Mais tarde, Louis levou Harry para passear pelas oliveiras próximas à casa. A paisagem da Toscana era de tirar o fôlego, com as colinas ondulantes cobertas de oliveiras, vinhedos e ciprestes. O ar estava impregnado com o aroma do campo, e o céu azul se estendia infinitamente sobre eles.

Louis suspirou irritado ao ver o nome de Niall piscando na tela. Ele havia pedido explicitamente para não ser incomodado durante os três dias de descanso na Toscana. Louis se afastou de Harry para atender a ligação.

— Merda! — xingou Louis enquanto atendia a ligação. — O que diabos você quer, Niall? Eu te disse para não me incomodar!

Niall parecia tenso do outro lado da linha, e seu tom de voz refletia a urgência do assunto.

— Louis, desculpe, eu sei que você pediu para não te ligar, mas é urgente. Rio roubou a carga de drogas e armas que estava indo para o México hoje pela manhã. Ele deixou um recado, disse que está tirando tudo de você, porque você tirou alguém dele.

As palavras de Niall só fizeram Louis ficar mais furioso. Ele apertou o celular com força, controlando sua raiva antes de responder.

— Aquele desgraçado! — rosnou Louis.

— Liam conseguiu pegar dois idiotas que colaboram com ele antes que fugissem. Estão presos no galpão, mas não soltam uma palavra.

Um sorriso cruel se formou nos lábios de Louis enquanto ele pensava em sua vingança.

— Ótimo! Quero que você torture esses filhos da puta até a morte, Niall. E quero que você filme tudo e mande para o Rio como um recado. Avise para ele que é uma amostra grátis do futuro dele.

Niall concordou, sabendo que não havia espaço para hesitação no mundo em que viviam.

— Vou cuidar disso, Louis. E, Louis... tenha cuidado. Rio não vai parar até que consiga o que quer.

— Eu não tenho medo desse filho da puta. Ele vai se arrepender de ter cruzado o meu caminho — disse Louis, sua voz cheia de determinação.

Após encerrar a ligação, Louis olhou para Harry, vendo o olhar preocupado do mais novo.

— Problemas de trabalho, princesa. Mas não se preocupe, eu vou cuidar disso. Nada vai estragar nossos dias aqui na Toscana — disse Louis, tentando acalmar Harry.

Harry assentiu, confiando em Louis, mas ainda sentindo uma pitada de apreensão. Ele sabia que a vida de Louis era perigosa.

Enquanto retornavam à casinha, Harry segurou firme a mão de Louis, a Toscana podia ser um paraíso e parecer uma realidade paralela, mas eles também sabiam que a realidade do mundo nada paradisíaco estava prestes a voltar. Depois de amanhã já seria o dia para retornar a Londres.

Enquanto caminhavam de mãos dadas, o clima romance foi se transformando em um silêncio tenso. Louis sabia que precisavam conversar sobre o Rio, o seu traficante rival e agora ex namorado de Harry, não que eles tiveram a oportunidade de terminar formalmente. Afinal, Harry foi sequestrado, porém segundo Louis ele foi salvo.

Louis parou e encarou Harry com seriedade.

— Eu quero que você entenda uma coisa, Harry. No mundo do crime, é matar ou morrer. E eu tenho o dever de matar o Rio, é questão de honra. Ou ele não irá parar até que eu esteja morto. Eu não posso permitir que ele destrua o meu império e muito menos faça mal a você, e isso significa acabar com ele, então é o que eu vou fazer.

O coração de Harry apertou diante das palavras diretas de Louis. Ele sabia que o assunto "Rio" seria abordado em algum momento, afinal esse foi o motivo do sequestro de Harry Styles, mas ouvi-lo falar tão abertamente sobre matar Chris, ou melhor Rio, o deixou com um nó na garganta.

— Louis, eu... Eu não... na teoria nós ainda somos namorados. Eu fui tirado dele, sem nem sequer saber o que estava acontecendo — disse Harry com um semblante entristecido.

— Nunca mais repita a palavra "Rio" ou "Chris" junto à palavra "namorado" na mesma frase. O que vocês tinham acabou a partir do momento que eu te salvei — disse Louis, sua voz carregada de raiva.

Harry sentiu seu coração apertar ainda mais diante das palavras de Louis. Embora soubesse que sua relação com Rio havia sido conturbada e marcada por inúmeros episódios de violência, ainda doía lembrar do passado e do homem que já foi seu namorado.

— Eu sei, Louis, mas... é difícil esquecer tudo o que aconteceu. Ele não era apenas um criminoso para mim, ele era meu namorado. E, apesar de tudo, houve momentos bons entre nós... antes de tudo se tornar um pesadelo — admitiu Harry, com a voz embargada pelas lembranças dolorosas.

— E o que você sente por ele? Você o ama? — Perguntou Louis, sua voz carregada de raiva e ciúme.

— Eu... Eu não sei, Louis. Eu não sei o que sinto por ele. Eu não conheci o Rio, pra mim ele sempre foi o Chris, ele é alguém que eu conheci antes disso tudo, antes de você.

Louis negou com a cabeça, bufou irritado e adentrou a casa deixando Harry para trás. Louis pegou a maconha, em seu bolso, e começou a bolar o baseado sentado na bancada da cozinha americana. Em seguida, Harry adentra a casa completamente chateado correndo atrás de Louis.

— Lou, eu não sei o que sinto por ele. Mas sei o que sinto por você. - Diz Harry em súplica, Louis nem se quer o olha. O mais velho apenas continua concentrado em sua atividade.

— Lou, por favor... olha pra mim. - diz Harry o abraçando por trás, mas Louis se desvencilha do aperto.

— Apenas olhe na minha cara, quando tiver a resposta. Eu não divido o seu corpo, então muito menos compartilharia o espaço no seu coração. - Louis diz acendendo o seu cigarro.

Com o coração apertado, Harry deu alguns passos em direção a Louis, alcançando o cigarro que estava em seus lábios e jogando-o no cinzeiro.

— Eu não quero ninguém além de você, Louis. Eu sou apenas todo e completamente seu. - Styles diz em promessa, levando suas mãos ao rosto do mais velho e acariciando sua barba por fazer. Ele olha no fundo dos olhos azuis, é o verde no azul.

Louis resistiu por um momento, tentando manter sua postura firme e imperturbável, mas a expressão de Harry o afetou profundamente. Os olhos verdes do mais novo revelavam vulnerabilidade e o desejo de ser compreendido.

— Você me salvou, mesmo que eu não admita completamente, e tudo que eu sinto por você é real. Mas entende que é muito pra eu processar? Há uma semana eu tinha uma vida normal, um emprego e um cara que apesar de ser babaca eu pensei que era o amor da minha vida. E não Louis, ele não é, porque o meu amor é você. Como eu pude me apaixonar em tão pouco tempo... sinceramente, eu não sei Lou. Só sei que tudo isso é loucura, mas que por você eu faço questão de ser louco. - Harry disse com sinceridade, suas palavras carregadas de emoção.

Louis o analisa sem dizer uma só palavra, apenas beija a lágrima que escorre dos olhos verdes. Após uma respirada longa e funda ele pega o seu cigarro, agora já apagado, de volta do cinzeiro e o reacende.

— Vai descansar princesa, já está tarde. - É a única coisa que sai dos lábios do criminoso.

— Tá frio, Lou. Deita comigo, não quero ficar sozinho. Estou com um pressentimento ruim. - Louis assente com a cabeça e vai logo atrás de Harry para o quarto. Eles deitam-se em um silêncio confortável, mas ainda há uma sensação estranha no peito de ambos.

O calor do corpo de Louis acolhia Harry, que ainda sentia uma inquietação no coração. Louis soltou uma baforada de fumaça do cigarro e o colocou no cinzeiro próximo à cama. Ele olhou para o teto por um momento antes de virar-se para encarar Harry, que estava deitado de costas para ele.

— Harry? - chama Louis com a voz manhosa.

— Hum? - responde o mais novo ainda de costas pra ele.

— Eu também princesa... eu também te amo. - Louis fala baixo, quase em um sussurro como se confessasse um segredo.

Embora o "eu te amo" possa parecer prematuro, foi como se o tempo se distorcesse, mergulhando-os em uma intensidade que ultrapassou limites temporais. O sentimento avassalador de "eu te amo" surge como um bálsamo para suas almas feridas, oferecendo uma sensação de pertencimento e compreensão mútua que tanto desejam. Essas palavras se tornam um ponto de apoio emocional, uma forma de enfrentar juntos os desafios que suas mentes enfrentam diariamente.

Exatamente como o sol nasce e se põe, existe um horário predeterminado para que o amor floresça? Há um calendário cósmico que regula a hora exata de se entregar aos sentimentos, ou será que essa decisão repousa em nossas próprias mãos?

Poderia o amor genuíno, quando nutrido intensamente, se tornar uma obsessão benevolente, capaz de moldar nossas ações e pensamentos? Ou será que, às vezes, a obsessão disfarçada de amor pode trazer consigo um fardo obscuro, aprisionando-nos em desejos vorazes e possessivos?

Será que, em meio à tormenta das emoções internas, devemos esperar por um sinal divino ou agir seguindo o chamado de nossos corações, sem hesitação?

E se, em meio ao turbilhão das emoções, descobríssemos que a linha que separa o amor da obsessão é tão tênue quanto a mais delicada teia de aranha? O que define o ponto exato em que a paixão sincera transmuta-se em uma busca implacável, quase compulsiva, por alguém?

Talvez, o amor e a obsessão, de certa forma, compartilham um território comum, onde o coração e a mente colidem em uma dança complexa de emoções.

Assim, a declaração precoce de amor possa ser justificada como uma necessidade urgente de encontrar uma âncora em meio à tormenta interna que vivenciam. Essa conexão profunda e rápida pode ser vista como uma tentativa de preencher o vazio emocional e buscar conforto mútuo em um mundo que muitas vezes parece hostil e incompreensível.

Já na visão dos místico, o "eu te amo" precoce é, na verdade, uma lembrança velada de vidas passadas, como se suas almas já conhecessem a intimidade do afeto que nutriram um pelo outro ao longo das eras. Talvez conexões ancestrais, laços kármicos ou almas predestinadas.

Será que há resposta racional para eventos emocionais, ou os eventos emocionais desafiam a lógica racional, mergulhando-nos em um paradoxo eterno? Será possível encontrar uma resposta lógica para cada intricado momento de paixão, desejo e conexão?

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