A manhã seguinte chegou com uma brisa suave, trazendo consigo a promessa de um novo dia. Harry acordou no quarto de hóspedes, ainda pensando no encontro intenso que teve com Louis na noite anterior. Ele se levantou, vestiu-se e desceu para a cozinha, onde a governanta, Sra. Turner, estava preparando o café da manhã.
— Bom dia, Sr. Styles. O Sr. Tomlinson pediu para lhe dizer que precisou sair cedo, mas que logo estará de volta. Ele disse que estou a suas ordens para qualquer coisa que precisar — informou a governanta com um sorriso amigável.
— Bom dia, Sra. Turner. Obrigado por me avisar — respondeu Harry com um aceno de cabeça.
Enquanto tomava seu café, Harry não conseguia deixar de relembrar os toques de Louis. Cada carícia, cada beijo, cada momento íntimo que compartilharam na noite anterior estava gravado em sua mente como um filme em repetição. Ele podia sentir novamente a eletricidade no ar quando seus corpos se aproximavam, o calor ardente de suas peles se encontrando, a doçura dos lábios de Louis contra os seus.
Era tudo tão intenso e, ao mesmo tempo, insano. Harry estava sendo mantido em cárcere e não sentia repulsa, não sentia raiva e em nenhum momento resistiu. São condutas incompreensíveis para pessoas comuns. O medo, a angústia e a incerteza dos dias de confinamento deveriam estar presentes em sua mente, mas em vez disso, seu coração estava preenchido com a imagem de Louis Tomlinson, um homem que ele mal conhecia.
Ao mesmo tempo, a lembrança do relacionamento que ele ainda mantinha com outra pessoa o fazia sentir culpa. Ele não podia simplesmente ignorar tudo o que construiu no passado, mesmo que esse relacionamento estivesse cheio de mentiras e agressões. Perdido em seus pensamentos, Harry nem percebeu quando Zayn adentrou a sala de jantar.
— Você não é o cara do supermercado? — perguntou Styles confuso.
— Zayn Malik. Prazer em te conhecer, Harry. Eu estava aqui para buscar algumas coisas que Louis me pediu — explicou Zayn.
— Você trabalha para o Louis? — Harry ficou intrigado.
— Sim — respondeu Zayn de maneira simples.
Enquanto isso, do outro lado da cidade, Louis estava em seu trabalho, ocupado em uma reunião com Liam e Niall.
— Temos que garantir que tudo esteja pronto para a próxima semana — disse Louis com seriedade.
— Pode deixar, chefe. Estamos cuidando de tudo — respondeu Niall com um sorriso travesso.
Enquanto trabalhavam, Liam e Niall passavam informações codificadas para Louis, falando sobre "entregas" e "encomendas especiais".
De volta ao apartamento, Harry e Zayn continuavam conversando, e o rapaz de olhos cor de mel percebeu a distração de Harry em alguns momentos.
— Algum problema? — perguntou Zayn, observando-o atentamente.
— No dia que esbarrei contigo no supermercado... bom... aquilo não foi coincidência, não foi? — questiona Harry, receoso.
— Não. — respondeu Zayn, simples e direto.
Enquanto o dia avançava, Harry se viu envolto em um mar de sentimentos conflitantes. Com o coração pesado e a mente cheia de incertezas, Harry nunca imaginou que sua vida mudaria tanto de uma hora pra outra.
Louis chegou em casa com uma beleza impecável, vestindo um terno sob medida que realçava seus traços elegantes e másculos. Seu cabelo, com uma franja longa e despojada, caía levemente sobre seus olhos azuis, conferindo-lhe um charme irresistível.
Um cigarro estava entre seus lábios, e a forma como ele segurava o cigarro com um ar de despretensão apenas aumentava sua aura misteriosa e sedutora. Ao entrar no apartamento, a fumaça do cigarro se dissipava no ar, criando um cenário quase cinematográfico.
Harry não pôde deixar de admirar a figura deslumbrante que se movia com graciosidade pelo cômodo, tornando cada detalhe ao seu redor ainda mais cativante.
— Olá, princesa. Senti sua falta durante o dia todo. Com está se sentindo? — disse Louis, depositando um beijo suave na testa de Harry.
— Tirando que me sinto usado como moeda de troca por traficantes e estou em cárcere privado, acho que está tudo bem. Quem nunca não é? — afirma Harry com sarcasmo.
Louis ignorou a fala do mais novo, mostrou as sacolas de compras que trazia consigo.
— Foi um dia cheio de trabalho, mas encontrei algo que acredito que você vá gostar — disse Louis, entregando as sacolas a Harry.
Curioso, Harry abriu as sacolas e se deparou com roupas e acessórios de grife, todos escolhidos cuidadosamente por Louis.
— Quer me ganhar sendo meu sugar daddy, Louis? — disse Harry, havia uma certa irritação em sua voz.
— Acho que sou um pouco novo pra isso, não?- responde Louis na mesma intonação de deboche, afinal estamos falando do rei do sarcasmos - 35 anos, afinal.
Harry o olha dos pés ao último fio de cabelo, mas permaneceu em silêncio. A mente do mais novo estava um turbilhão, o ondulado busca compreender como o seu sequestrador, um homem gostoso de meia-idade o trata bem e o dá presentes caros. Nesse quebra-cabeça nenhuma das peças se encaixam.
— Isso é alguma espécie de fetiche doentio ou algo assim? Creio que sequestrados normalmente não são tratados assim. - Harry o indaga.
Tomlinson ignora completamente a sua pergunta.
— Vá experimentar suas novas roupas, espero que os modelos te agradem. Fique à vontade para guardá-las no closet do meu quarto. O lugar está praticamente vazio, tenho poucas peças de roupa. - diz Louis tentando ser gentil, mas ainda com o tom de autoridade em sua voz.
Após o breve momento de tensão, Harry assentiu e se dirigiu para o closet, enquanto Louis seguia em direção ao banheiro para tomar um banho. O banheiro era espaçoso e luxuoso, com azulejos brancos e detalhes em mármore. O vapor da água quente tomava conta do ambiente, tornando-o ainda mais convidativo.
Como dito por Liam, trazer o ondulado até sua própria casa era loucura. Louis sabia disso, estava preparado para dor de cabeça que isso o causaria. Só não levou em conta a dor que sentiria em seu membro, o mesmo que estava sempre enrijecido só de pensar no homem jovem de pele leitosa, com algumas tatuagens espalhadas pelo seu corpo esbelto, de cintura fina e quadris e coxas recheadas.
Louis encostou o seu corpo quente no azulejo frio, enquanto a água escorria pelo o seu corpo esculpindo, deixando a sua pele dourada ainda mais brilhante. Seus próprios polegares tocavam seus mamilos rosados e enrijecidos,logo a sua palma da mão escorregou pelo seu abdômen seco e levemente definido. Quando suas mãos tocaram seu membro rosado e completamente duro, Louis arfou soltando um gemido abafado pela água. Os movimentos de vai e vem eram lentos, aos poucos foram se intensificando. Tomlinson respirava fundo enquanto inclinava sua cabeça para trás e sentia o prazer o consumido. Em sua mente passavam imagens tão sujas, baixas, pecaminosas e incrivelmente prazeirosas de coisas que poderiam ser feitas com o Harry. Assim, ele chegou ao seu ápice emitindo gemidos roucos do fundo de sua garganta.
No cômodo ao lado, Harry organizava suas novas roupas no closet, podia ouvir o som da água caindo no chuveiro, e isso inevitavelmente trouxe à sua mente flashes dos momentos íntimos que compartilharam na noite anterior. Ele se pegou corando ao lembrar das carícias de Louis, da forma como suas mãos percorreram seu corpo, e o tesão inexplicáveis que Harry sentiu ao ter a arma de Louis deslizando por sua pele. Tomlinson fazia do tipo dominador sadomasoquista? Pensamentos com este fazia Styles umedecer os lábios com a língua, mas também o fazia umedecer outra parte do corpo.
Sacudindo a cabeça para afastar esses pensamentos, Harry tentou se concentrar em arrumar suas roupas. No entanto, ele não conseguia ignorar o desejo que ainda pulsava dentro de si, o desejo por Louis. Era uma batalha interna, querer se entregar completamente ao moreno, mas ao mesmo tempo, resistir por causa de suas inseguranças e receios.
Enquanto isso, Louis terminou seu banho e saiu do chuveiro, envolto apenas em uma toalha branca. Seu corpo estava molhado, e algumas gotas de água escorriam por seu peito definido. Harry engoliu em seco ao vê-lo, sentindo seu coração acelerar.
Louis secou o cabelo com outra toalha e caminhou até o closet, onde encontrou Harry parado, com as bochechas coradas tentando não olhar para o corpo de Louis. Ele notou a tensão no corpo do rapaz e percebeu que suas palavras anteriores o afetaram.
— Hey, você está bem? — perguntou Louis, colocando uma mão no ombro de Harry.
O toque de Louis enviou um arrepio pela espinha de Harry, e ele se virou para encarar o moreno, seus olhares se encontrando em um momento carregado de tensão e desejo.
— Eu... eu estou bem. Só estou me acostumando com tudo isso — respondeu Harry, desviando o olhar.
Louis assentiu compreensivamente, mas o desejo em seus olhos não passou despercebido. Ele deu um passo mais perto de Harry, deixando suas respirações se misturarem.
— Princesa, preciso abrir essa armário logo atrás de você. É onde estão meus ternos. — disse Louis esticando um dos braços até uma parte do armário robusto, enquanto a outra rodeava a cintura de Harry o afastando lentamente para que Louis tivesse o espaço necessário, a fim de pegar a peça de roupa.
Harry engoliu em seco, sentindo sua boca ficar seca. Ele sabia que estava sendo provocado, mas não cederia tão fácil aos encantos do homem mais gostoso que já viu a sua frente.
Louis sorriu de forma predatória, seus olhos brilhando com luxúria.
— Algum problema, princesa? — questionou Louis, soltando a cintura de Harry observando o leve desapontamento do mais novo por esse ato.
Apesar da tensão palpável no ar, Harry se manteve firme. Ele não queria se deixar levar pelo desejo momentâneo, não queria ceder aos impulsos sem pensar nas consequências.
— Vai sair?— pergunta Harry, sua voz é firme apesar da turbulência em seu interior.
— Sim, tenho alguns assuntos de... trabalho
a serem resolvidos. — disse Louis, demorando um pouco a pensar na palavra "trabalho".
Harry assentiu e deu um passo para trás, afastando-se do moreno. Ele precisava de espaço para respirar, para processar tudo o que estava acontecendo dentro dele.
Louis retornou brevemente ao banheiro para se vestir. Saiu de lá ajeitando sua franja enquanto exibia uma elegância inquestionável. O mais velho pegou a sua arma e a colou entre sua cueca Calvin Klein preta e cós da calça preta. Harry observava a ação simples, porém inexplicavelmente sedutora.
Antes de sair, Louis depositou um beijo provocativo nas bochechas do mais novo.
— Volto em breve para você, princesa. — O criminoso disse quase em um sussurro.
Com um último olhar cheio de desejo, Louis saiu do cômodo rumo à mais um trabalho de alta periculosidade.