Pov's Sn
Me sento na cama já inquieta. Algo me diz para sair de casa e ir ajudar as pessoas, sei que tem pessoas inocentes sendo atingidas por balas perdidas e se não for para eu sair para ajudar elas que eu saí para ajudar os vapores do morro que foram baleadas
Já são quse 5 da manhã. Os tiros deram uma diminuida mas ainda estão tentando destroir os galpões do morro. Gael dorme tranquilamente na minha cama e após chorar tanto Eva pegou no sono, está deitada com Gael também. A Mikey tá comigo sentada em umas poltronas do meu quarto e Emma deve estar largada em algum lugar da minha casa
Uma das meninas esqueceu o radinho aqui no quarto então eu e Mikey estamos acompanhando tudo por ele mas infelizmente esses vapores falam tudo por códigos
Monte A, grupo Z, torre 3, escada 10....sou um desastre nisso
Xxx: Uma mulher acabou de ser baleada por engano, ela está caída em um beco junto de uma criança --- ouço uma voz feminina avisando e logo depois ninguém responde
Não vou deixar essa mulher morrer enquanto fico aqui parada. Pego o radinho e o ligo
Sn: Em qual beco ela está? Estou indo para lá -- falo rápida enquanto Mikey me olha angustiada
Xxx: no beco perto da escada principal do morro, só passar lá que dá para saber onde a mulher tá patroa
Patroa....essa é nova
Sn: estou indo para lá -- desligo o radinho e deixo ele em cima da mesa -- fica com meus filhos -- encaro Mikey e antes dela responder corro para meu closet pegando uma arma que deixo guardada
Coloco ela na minha cintura e prendo a blusa e depois pego o radinho o guardando também. Saio do quarto ignorando os gritos de Mikey e desço as escadas com certa rapidez
Emma dormia no sofá....
Abro a porta de casa vendo vários vapores fazendo a segurança nossa. Eles não me impedem de sair e corro morro a baixo tomando cuidado para não ser vista
Enquanto passava pelos cantos da escada ouvi uns barulhos de dor. Segui os barulhos em meio a tiros e quando vi estava de frente a um beco onde a mulher machucada estava
Tinha bastante sangue a sua volta e ela estava caída no chão. O menininho estava sentado no chão ao seu lado
Sn: Qual o seu nome? -- me agacho na
frente da mulher
Xxx: Agatha -- fala fraca
Sn: Ok Agatha, me chamo Sn Gonçalves. Vou cuidar de você tá bom? -- levanto um pouco sua blusa vendo o estrago que a bala casou
Não está nada bonito. Tem muito sangue e ela está extremamente fraca, meu medo é da bala ter atingido algum órgão
Agatha: Eu sei quem você é bobinha, antes só por nome mas agora vou poder falar que conheci a mulher da JO e da SS -- sorri com expressão de dor
Sn: Não sabia que meu nome ronda pelo morro -- puxo assunto enquanto analisava o ferimento
Agatha: Ninguém te conhece direito só sabemos o nome e alguns murmurios sobre você, elas escolheram bem a mulher delas, você é linda. -- ofega e sussuro um "obrigada"
Continuo a analisando mas era difícil quando se tinha um tirotei rolando. Minhas mãos sempre firmes agora ficavam trêmulas ao notar a hemorragia que crescia....é muito sangue para não ter atingido algum órgão
Sn: A bala passou da massa muscular preciso te levar no hospital para saber em qual órgão você foi atingida -- preciono a ferida tentando diminuir o fluxo forte de sangue
Agatha: Tu realmente não é do morro -- ri fraco -- bala perdida é bala perdida, não tem como se salvar. Se você tentar me levar para o hospital quem vai levar uma bala vai ser você e pode ter certeza que vão mirar bem no meio da sua cabeça. Tá tudo bem nega, só não quero que meu filho presencie isso -- olha para o garotinha que estava encolhido em um canto
Sn: Você não vai morrer, não vou deixar. -- afirmo
Agatha: Não pegue esse dever para você, pode tentar me salvar mas eu pedi por essa bala quando saí de casa no meio da invasão com meu filho, pelo menos a bala pegou em mim e não nele -- admira a criança que a encarava cansado
Fico em silêncio tentando achar um jeito que levar ela para um hospital sem sair do morro, se levarmos ela em um hospital qualquer na pista vão suspeitar por ter sido baleada e aí já viram o rolo que vai dar
Na boca tem uns "quartos" onde tem macas e algumas coisas medicas, como remédios, faixas, pinças, anestésico....se eu der um jeito de levar ela lá para cima vou conseguir que alguém cuide dela. Pego o radinho preso na minha cintura
Sn: preciso que alguém venha buscar a mulher baleada e levar ela para a boca em um quarto ou essa mulher vai morrer -- falo pelo radinho e espero o retorno
Vk: Dá não patroa, não vai rolar. Deixa a mulher morrer aí que amanhã tacamos ela em uma vala qualquer -- Vk um dos vapores do morro fala e reconheço sua voz
Sn: Me escuta bem Vk. Eu não estou pedindo, estou mandando. Essa mulher não vai morrer tacada em um beco, então dá a porra de um jeito de vir buscar ela -- o silêncio fica por uns segundos
Jenna: Ouviu minha mulher não Vk? Dá um jeito de ir buscar a mulher baleada --fala curto e grossa pelo radinho e Vk dá um confirmamento pelo rádinho. Guardo o rádio na minha cintura e volto a atenção a Agatha
Agatha: Você é boa nisso, sabe mandar neles. Eles te respeitam porque é mulher da JO e da SS mas faça eles te respeitarem por ser você, por ser a patroa desse morro também. Tá na hora da patroa se revelar pro morro, tá na hora de você parar de se esconder dentro da sua casa e começar a ver esse morro com outros olhos -- susurra a última parte extremamente fraca
Sn: Farei o possível -- sorrio e tiro minha mão do ferimento
Minha mão estava toda ensanguentada e minha roupa também. A hemorragia não tinha parado, pela região do ferimento deve ter atingido algum de seus rins se ela tiver sorte.
Rasgo um pedaço do tecido de meu pijama e passo pelos dois cantos da sua cintura, amarro forte tendo certeza que o ferimento está sendo pressionado
Xxx: AGATHA -- ouço uma voz fina entrando no beco e logo uma mulher negra aparece na nossa frente -- oque passou na sua cabeça para sair no meio de uma invasão sua vagabunda? Tem merda na cabeça? -- se agacha na nossa frente pegando na mão da amiga
Agatha: Eu sei que errei Camila mas agora já foi, me faz um favor? -- a mulher negra assente -- cuida do meu filho por mim, seja a mãe que nunca fui para ele
Camila: para de falar assim Agatha você não vai morrer...né? -- me encara -- sei que você é mulher da JO e da SS e que é médica, qual a chance da minha amiga
Sn: a bala infelizmente atingiu algum órgão, por isso ela tá tão acabada. Consegui controlar por enquanto a hemorragia mas se não levar ela para um aposento e fazer um curativo certo ela sangrara até a morte -- falo direta vendo os olhares assustados da amiga
Camila: a invasão já acabou pelo que fiquei sabendo por isso vim até aqui -- fala e só agora noto que não tem mais tiro -- você vai ficar bem
As duas amigas continuaram conversando agora com o menininho que estava no colo da mulher negra. Fiquei no meu canto esperando a merda de alguém aparecer
Demorou em torno de 10 minutos para Vk chegar em um carro na frente do beco e Sadie chegar junto emcima da sua moto. Ambos sujos de sangue e com armas na cintura
Sn: finalmente. -- bufo impaciente e Vk se aproxima pegando a mulher do chão -- toma cuidado com ela. Deixa ela em algum quarto da boca que depois JO ou SS mandem alguém para cuidar dela -- mando e Vk assente
Vk: tá bom patroa -- responde sério e leva a mulher para o carro, a deita no banco de trás e vai embora com o carro
Camila: eu vou ir para casa...er... obrigada por cuidar da minha amiga, ela estaria morta se não fosse você -- pega na mão do menininho exausto e sorrio em agradecimento -- tchau -- vai saindo do beco sem olhar na cara de Sadie
Sadie: já está tudo bem no morro, a invasão já acabou. -- suspiro aliviada -- Jenna está em casa já, vim te pegar -- se refere a moto -- bora
Vou até a moto com ela e com sua ajuda subo na moto. Sadie se senta na frente e me seguro na sua cintura quando ela começa a acelerar subindo o morro
Sads estaciona a moto na frente da nossa casa e consigo já ver o sol nascendo. Lindo. Desço da moto com ajuda de Sadie e entramos em casa cansadas
Emma não estava mais na sala...
Subo as escadas com Sadie e adentro nosso quarto. As crianças nem Mikey estão aqui. Coloco a arma que estava na minha cintura emcima da mesinha e o radinho também
Jenna nós encarava em silêncio. Ou estão cansadas ou estão bravas comigo, mas oque caralhos eu teria feito?
Sadie: vou tomar um banho, tô com sangue em tudo por causa daquele filho da puta que levou uma bala logo atrás de mim -- taca a arma encima da mesinha e vai até o banheiro
Jenna estava sentada/deitada na cama só com uma calça e top preto. Seus cabelos estavam molhados indicando que tomou banho
Jenna: levei as crianças para os quartos deles. Emma e Mikey já foram para casa delas também -- assinto pensativa e ficamos em silêncio por um bom tempo -- tá tudo bem com você? Foi só um susto que é normal aqui no morro acontecer morena
Sn: Pode ser normal para vocês mas não foi nada normal para mim -- encaro Jenna e Sadie sai do banheiro já com outra roupa
Sadie: A gente conversa amanhã morena, porfavor, mesmo tendo sido extremamente leve essa invasão ainda estou cansada. Só quero dormir um pouco antes de ter que ir para a boca -- assinto já que estava cansada também
Me troco o mais rápido possível e quando volto para o quarto Sadie e Jenna já estão acabadas na cama. Apago a luz e rio indo até a cama
Elas estão exaustos e com motivo
Deito no meio das duas e me cubro me ajeitando nos braços delas. Jenna dormia de bruços na cama e Sadie tinha um olhar sereno para mim
Sn: eu amo vocês -- susurro mais para mim do que para elas
Sadie: também amamos você morena, nossa morena -- beija o topo da minha cabeça e o olho cansada
Jenna: huhum -- diz embolado já que Jenna praticamente dormia
Fecho meus olhos tentando dormir mas depois de tanta adrenalina fica até difícil acalmar o coração. Foi um dia entanto, uma experiência totalmente nova...
Impressionantemente as palavras de Agatha não saiem de minha cabeça....está na hora do morro me conhecer? Está na hora de me apresentar como fiel de Jenna e Sadie? Está na hora de sair do meu anonimato?
Que madrugada.....
Estão gostando?