Josh beauchamp
Quando tomei a decisão de fechar a porta e me trancar junto a minha esposa Any , nesse quarto hospitalar improvisado por meu pai , acho que não pensei muito bem a respeito e agi por impulso.
Afinal o que vou fazer com ela nessa situação? Eu não entendo nada sobre esses aparelhos e não sei que medicação ela precisa e muito menos como medica-la .
Suspiro fundo pensando no que pode acontecer daqui para frente , afinal já estamos presos nesse quarto há três dias e por enquanto não aconteceu nada , aparentemente ela está bem , pelo menos é o que eu espero .
A única coisa que tenho feito é repor o soro de minha esposa , é a única coisa que consigo fazer , por tantas vezes que observei os médicos a fazer , mas fora isso sou um completo inútil se algo acontecer.
E esse é meu maior medo , apesar que se eu não tivesse tomado alguma atitude, provavelmente minha esposa estaria morta , e por isso não me arrependo de minha atitude mau pensada , pelo menos ela está viva , ou pelo menos o seu coração ainda bate .
Sinto meus olhos pesando e meu corpo fraco , deve ser por causa que estou sem comer a três dias vez de quando tranquei essa porta sem qualquer outro plano em mente para salvar minha pequena.
Esses dias foram agitados tanto meu pai e minha mãe e minha esposa Taylor vieram a porta me convencer de abri-la , para se alimentar e descansar na promessa de que não vão desligar os aparelhos de Any , mas medo de estar sendo enganado por eles é maior que minha fome , não quero correr o risco de perde-la .
Mas confesso que preciso dar um jeito nessa situação o quanto antes , afinal não posso ficar trancado aqui para sempre , mas se for para eles tirarem ela de mim eu prefiro morrer aqui nesse quarto com minha pequena .
Sinto as lagrimas de meu rosto escorrer , como posso descrever o medo que sinto no momento ? De não viver o amor que sinto por minha pequena , que nem tive a coragem de dizer a ela o quanto a amo .
E agora que tenho a coragem de me declarar a ela , eu não posso .
Eu não posso fazer isso com ela inconsciente e desacordada , preciso me confessar perante aos seus olhos castanhos, é mínimo depois de ser um tolo idiota e covarde por não ter dito antes .
Só espero que eu tenha essa chance , eu morreria junto a ela se eu tiver que me declarar sobre uma tampa de um caixão.
Seria meu fim .
Afasto todo esses pensamentos de minha mente e foco somente no rosto de minha pequena .
— Josh : como pode ser tão bela ...
Eu susurro enquanto faço carinho eu seu rosto .
Percebo que minha visão está turva , isso significa que estou chegando no meu limite.
E eu começo a entrar em desespero , eu não posso desmaiar agora , não posso de maneira alguma deixa-la .
Sinto meu estômago embrulhar minha cabeça girar minha vista escurecer e seu que meu corpo não vai aguentar muito mas mesmo assim eu tento lutar contra meu próprio corpo.
Começo a me debater em tapas sobre meu próprio rosto e dar leves puxões em meus cabelos , faço de tudo para me manter acordado .
Começo a escutar batidas na porta, tanto os médicos e minha família pedem para que eu ceda e deixe minha pequena descansar, mas isso não é uma opção para mim.
Sinto minhas forças indo embora , e quando percebo já estou caído de joelhos a frente a cama de minha pequena .
Não! Isso não pode estar acontecendo tento lutar com minha mente mas percebo que estou perdendo a luta contra meu corpo.
Então em um ato de desespero junto toda força que me resta e grito em desespero por minha pequena e imploro .
— Josh : por favor acorde ...
E antes que eu apague completamente eu apenas escuto os aparelhos apitar.
Será que ela me deixou ?
*****
(Até o próximo capítulo não esqueçam de comentar e votar 😌)