Flor da meia-noite

ThalitaFagundes tarafından

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Dizem que quando estamos prestes a morrer, um filme da nossa vida passa na nossa cabeça. Mas não foi bem isso... Daha Fazla

1. Brisa de (i)realidade
2. Adina Hale?
3. Ninguém gosta de quem sabe demais
4. O que é ser um humano, afinal?
5. Visitas do passado
6. Asas. Magníficas... asas
7. Doses e algum Caído para acompanhar
8. A historia toda? Acho que não
9. Sofrimento adora companhia
10. Ligações perigosas
11. Quase uma rainha
12. Um adeus, a coroa, e o mestre
13. Barreira
14. Qual o seu tipo de psicose?
15. Anjos do FBI
16. Vamos esclarecer as coisas
17. Anjo da guarda?
18. Adina Hale
19. Um baile de máscaras é sempre um bom lugar para expor alguém
20. Não desista de mim de novo
22. Ache os Arcanjos. Mate Jordan Benacci
23. Marie Blake
24. Cinco minutos
25. Vamos jogar
26. A rainha do baile
27. Adina de Riverland
28. A última dança
29. A chave
30. Vingança é um prato que se come frio
31. Primeiro você sonha...
32. ... depois morre
33. Isso é magia, Allyson
34. Amor, eu so sirvo pra despedaçar o seu coração
35. Hora de voltar pra casa
36. Lar, terrivel lar
37. Não minta para um mentiroso
38. A nova ordem da esperança
39. Amor. Uma palavra cortante.
40. Pandemônio
41. Vida cega e inconsciente
42. O cadáver de Allyson Hale
43. Colcha de retalhos
44. Antes do pôr do sol
45. Eu sei o que você fez no verão passado
46. Terra Prometida
47. Ainda estou aqui

21. O Mestre mente

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ThalitaFagundes tarafından

— Passou a noite toda acordada? — Jessica me perguntou e eu tentei esconder o sorriso enquanto diagramávamos o anuário.

— Não mesmo — Ruborizei ao pensar em Jordan na minha cama, sem Adina noite passada. Foi a primeira vez que dormi com alguém que não fosse o Jake. Foi a primeira vez que dormi com uma garota. E ao contrário do que achei que seria, pareceu... certo.

— Passou sim. Um olho tá maior do que o outro, tá parecendo uma das meninas super poderosas chapada.

— Para de olhar pro meu olho e presta atenção no que eu tô te falando.

— Não, espera — Hazel disse rindo — Tá parecendo uma garota inflável esvaziando.

— Ah, essa foi boa — Jessica disse batendo na mão da Hazel.

— Fico muito feliz que minhas melhores amigas estão se divertindo às minhas custas — Sorrio cinicamente e me viro para a Jordan — E você me paga por isso — Sussurro para ela, que sorriu com a lapiseira na boca.

Que visão do paraíso.

— O que tá rolando entre vocês, afinal? Estão de conversinha a manhã inteira — Zack pergunta olhando para nós com uma feição curiosa e safada.

— Nada, nada mesmo — Me viro para Jordan de novo e sussurro ainda mais baixo — Claramente, precisamos achar maneiras de fazer nos verem como um casal, mas sem o Peter descobrir, e sem a escola toda achar que sou uma piranha, afinal só tem três meses que Jake morreu.

— Que tal eu te apresentar como minha ursinha? – Ela passa o dedo indicador pela minha perna, e eu quase largo tudo o que estou fazendo para levá-la a alguma sala vazia.

— Péssimo — Rio e Peter entra na sala em seguida.

Endireito a postura imediatamente.

═══ ◖◍◗ ═══

Meu quarto estava irreconhecível se eu levasse em conta quatro meses atrás. A mesa de estudos estava tomada por livros, mapas, equipamentos e manuais. As páginas permaneciam na parede e no teto, mas os adereços de menininha tinham sumido completamente.

O treinamento com o Peter no centro em Lichtenstein estava indo maravilhosamente bem, e Caídos não conseguiam me pegar porque eu estava camuflada com a Jordan. O Mestre tirou um descanso e ainda não tinha me atingido, o que nos deu uma oportunidade de relaxar e focar na escola. Voltei a treinar e estava pronta para o campeonato estadual, esperava que a essa altura nada me tirasse a atenção.

Nada exceto Jordan, no meio da noite na minha cama, depois de entrar sorrateiramente pela janela.

Zack ainda estava aprendendo sobre o que nos rondava, mas se comportava como um garoto viciado em séries que acabou de descobrir que seu personagem favorito virou realidade. O que fez bem para ele, já que agora estava se distraindo da saudade que sentia do melhor amigo.

Suspirei depois de olhar ao redor, peguei uma bolsa e coloquei algumas coisas de comer: pasta de amendoim, pães doces e coisas que sei que ele gosta. Arrumei o cabelo, calcei as botas e bati na porta do meu vizinho.

— Nós vamos andar de bicicleta — Disse sorrindo.

Adam e eu éramos o tipo de criança esquisita da escola, andávamos sempre juntos e conversávamos sobre coisas que ninguém mais conversava. Enquanto os garotos queriam saber do novo videogame e garotas colocavam meias no sutiã, Adam e eu conversávamos sobre o novo filme do Tim Burton, juntando teorias.

Quando tínhamos doze anos, construímos um tipo de cabana na floresta perto da enseada, era mal feita e pequena, mas amávamos aquele lugar. Fazia quatro anos que eu não vinha aqui e achava que devia isso a ele. Nos sentamos um de frente para o outro e abri a sacola.

Suspirei sentindo uma paz inexplicável por Adina ter dado um tempo para o meu amigo. Ela entendia o que eu precisava fazer e tirou uma folga como eu tirava às vezes perto de Jordan. Ainda era difícil decifrar o que ela realmente sentia. Ela queria me apresentar como sua ursinha, ou a Adina? Apesar de ela sempre saber quando eu estava no comando, e deixar claro o que queria.

Estávamos apaixonadas, perdidamente apaixonadas. Eu queria me sentir culpada, de verdade. Não passava um dia sem que eu pensasse em Jake.

— Lembra quando costumávamos vir aqui? — Adam junta as mãos no colo e suspira sorrindo, mas ele estava estranho, ansioso — Nosso maior problema era conseguir comer pasta de amendoim usando aparelho.

— Agora somos os "heróis" que costumávamos falar sobre, e nem sabemos contra quem devemos lutar.

— Fico feliz que as coisas tenham voltado ao normal – Ele sorri.

— Eu também.

Franzo as sobrancelhas quando sinto uma picada no pescoço. A princípio penso ser um inseto, mas meus sentidos vão perdendo o foco e os objetos ao meu redor parecem derreter e mudar de forma. Adam arregala os olhos para algo além de mim e leva uma pancada na cabeça. Rastejo pela grama, mas logo sou erguida com força e apago.

Jordan

— Hazel! — Adam gritou correndo na nossa direção enquanto comíamos no Bake's. Ele parecia assustado, estava ofegante e com medo — Estávamos na cabana e... e aí ele...

— O que foi, garoto?! — Hazel se levantou da mesa e eu apenas prestei atenção, ele estava estranho.

— O Mestre, quer dizer, pelo menos eu acho que é ele, pegou a Allyson, jogou ela em uma van e...

— Como é que é? — Me levantei também, puxei seu braço porta afora e Hazel nos seguiu — Eles não fizeram nada com você? Viu quem foi? Viu pra onde foram? Desembucha, Summers.

— Injetaram algo nela e a jogaram em um carro. Bateram na minha cabeça, mas eu não apaguei direito. Seguiram aquele caminho abandonado para os túneis da antiga usina. O rosto dele estava coberto por uma máscara, não vi nada, eu juro Jordan. Podia nem ser ele mesmo. Parece que o Mestre cansou de brincar de pique-esconde. Acho melhor você ir, e a Hazel tenta fazer alguma coisa daqui.

— Você está certo, vamos até lá, agora. Hazel, você avisa os outros, vou levar o celular — Peguei a chave da moto no bolso e corri.

— Espera! — Hazel puxou a mão de Adam — Você sabe algo sobre aquela adaga que matou Jake? Peter disse que entregou pra você dar uma olhada antes de entregar à Ally. Tenho umas perguntas em relação às iniciais gravadas nela. Por que DB se não era David Barney?

— Hazel, não temos tempo pra pensar nisso agora — Ele respondeu nervoso.

— Você fez alguma coisa naquela adaga? – Ela estreitou os olhos.

— Hazel! — Gritei ansiosa — Outra hora!

Eu estava desesperada. Sabia que a essa altura Allyson podia se virar sozinha, ela era inteligente, mas mesmo assim algo dentro de mim gritava que tinha alguma coisa errada.

Relaxamos porque não houve nenhum ataque, e esse desgraçado aproveitou nossa guarda baixa. Depois de anos consegui me resolver com a Adina, eu sei, mas a Allyson... meu Deus, nada podia acontecer com a Allyson. Ela virou meu mundo de cabeça para baixo, e essa sensação me tornou viva de novo. Eu não ia deixar aquela garota se machucar. Não quando ela finalmente estava começando a viver e a se arriscar. Não quando finalmente nos encontramos. Quando eu finalmente me apaixonei pela alma da garota e não pela alma da Adina.

Allyson

Acordei com dor de cabeça, com uma dificuldade imensa de focar o que eu via e ouvia. Como se eu estivesse debaixo d'água. Aos poucos as imagens foram se ajustando e percebi que, na verdade, estava em algum porão velho e antigo. Parecia abandonado e fedia a coisa morta, suor e ferrugem. Tinha vários canos no teto e o barulho de água pingando no chão não me acalmava nem um pouco.

Eu sabia que deveria ter visto aqueles episódios de Lost, quem sabe assim eu saberia como sobreviver aqui debaixo, como montar uma armadilha, como...

— Quem está aí? — Ouvi uma voz familiar gritar e meu corpo gelou — Oi? — Não, não pode ser, estou ficando louca. Completamente louca — Pode vir aqui, por favor? Estou com fome.

Olhei para todos os lados, mas não achei ninguém, e ao invés disso notei uma entrada estreita no canto, logo no final do porão. A voz vinha de lá. Andei com a mão na cabeça, me apoiando nas paredes até chegar no corredor e perceber que havia uma grade aberta na saída. Criei forças para ir até lá apenas para tirar essa ideia ridícula da minha cabeça.

Mas arfei quando os cabelos loiros dele entraram no meu campo de visão. Ele estava deitado de costas, mas eu o reconheceria em qualquer lugar, de qualquer ângulo. Jake se virou e sorriu aliviado.

— Ah, graças a Deus, você está viva.

Eu estou viva?! Você está vivo! — Gritei e arrastei meu corpo pelo chão o mais rápido que consegui até ele — Mas como? Eu vi você morrendo em meus braços, eu fui no seu enterro, eu chorei no seu túmulo!

— Eu não morri. Allyson, o que está acontecendo?

— Ai meu Deus, cala a boca — O puxei pelo colarinho do moletom e o abracei forte, sufocando a nós dois — Você está vivo, é só isso que importa agora.

— Por que acha que eu morri, Ally?

— Porque você morreu! — Me afastei para encarar seus olhos claros, e quando percebi o que estava prestes a acontecer, que ele estava prestes a me beijar, chorei abraçando Jake de novo.

O que eu estava fazendo? Era o Jake, meu namorado estava vivo. Eu devia estar beijando-o. Matando a saudade de cada centímetro dele. Nós fomos feitos um para o outro em completamente tudo. Ele era tudo para mim.

— Fui sequestrado na escola, passei meses aqui, quer dizer, foram meses? Fiquei com tanto medo, pensando se tinham pego você.

— Não me pegaram. Quer dizer, agora me pegaram.

— Ah, Allyson, que saudade.

Não tinha mais como eu fugir, então deixei ele me beijar, e foi estranho. Eu estava me acostumando com o beijo de Jordan. Com o corpo de Jordan. Mas era... era o Jake. E Jordan estava com a Adina, não comigo. Segurei os fios do seu cabelo e me permiti ficar com ele. Me permiti derramar cada grama de amor nele de novo. Eu o amava. Todos os sentimentos voltaram, todos os anos de paixão voltaram com tudo. Eu me sentia viva de novo.

Allyson...

Cala a boca, Adina.

— Ainda não acredito, mas como... Você morreu no meu colo, Jake.

— Devem ter usado truque da mente, um muito forte, sobre todos naquela escola, os médicos e... sei lá. A não ser que os médicos não fossem médicos.

— O que sabe sobre isso?

— Muito, estive tentando te proteger por algum tempo.

— Eu estou em choque, eu...

Ri, nervosa e me afastei, notando de repente que tinha algo grudado no braço dele, algo como uma máquina, daquelas que vimos em hospitais, exceto pelo fato de que essa máquina estranha estava suja e enferrujada.

— O que é isso?

— O Mestre tem... feito experiências.

Fiquei deitada, encarando-o com olhos fixos, observando cada músculo, cada traço de seu rosto, me permitindo sentir saudade. Até que por fim, conclui: A abstinência de alguém é o pior efeito colateral que podemos ter. Ver Jake acendeu alguma coisa dentro de mim, uma parte do meu coração que tinha morrido ressuscitou junto com ele. O beijei de novo, e de novo e de novo. Toquei seu cabelo, a barba, os cílios longos e grossos, a sobrancelha sem decidir se seria clara ou escura, os lábios finos.

Queria dizer que amava ele, mas sabia que isso tinha que esperar. Tínhamos muito para conversar ainda.

— Se a Jess não te matou, quem fez isso com você?

— Como assim, você ainda não sabe?

— Baby, quem é o Mestre?

Jordan

— Você tem certeza que foi aqui que trouxeram ela? — Pergunto ao Adam.

— Certeza eu não tenho, só vi o carro vindo nessa direção, e os capangas conversando.

— Se ela gritasse para a Hazel seria bem mais fácil, mas ainda deve estar desacordada.

Passamos pelo mesmo corredor de novo, eu já estava começando a achar estranho. A usina estava sem nenhuma segurança na cerca, entramos fácil demais, mas eu precisava encontrar a Allyson e tirar ela daqui, então não me importei com detalhes. O cheiro daquele lugar estava me enjoando, então pensei que talvez para a Allyson seja quase insuportável. Aí me lembrei que Allyson não era mais a mesma pessoa, ela era forte agora.

— Jordan, acho que estamos totalmente ferrados — Adam diz e me viro para saber o que era. Encontrei dois caras maiores que eu prontos para atacar.

Jordan

— Ally, é o...

— Qual é, Jake, já vai me entregar assim de cara? Achei que nosso tempo juntos tinha nos tornado amigos — Ouço uma voz e nós dois nos viramos ao mesmo tempo.

Adam estava de pé na porta com os braços cruzados sobre o peito. Ele tinha um sorriso assustador no rosto e meu coração parou. Juro que meu coração parou.

Adam?

— Eu deveria ter deixado os dois bem separados, mas como já perceberam, era hora de meu plano andar.

— É você?! Você era o mestre esse tempo todo? — Pergunto com voz de choro e ajoelho ainda sem acreditar — Como pôde fazer isso comigo?

— Como pude?! Me poupe, Allyson. Sabia que descobri muita gente que queria se vingar de você? Juro, foi assustador. Jess, David... tudo o que eu fiz foi oferecer mudança e aqui estamos.

— Por quê? O que eu te fiz? Por causa de uma besteira na escola? Eu achei que você fosse melhor do que isso, Adam, porque...

— Você roubou tudo o que era pra ser meu só por ter nascido! As duas me roubaram.

As duas? Seria minha mãe a ter roubado algo dele?

Adam se aproxima um pouco e eu caio de medo pela visão totalmente diferente que ele passa. Ele me puxa pelo braço até a porta do porão.

— Baby! Solte ela, Adam! Eu faço o que você quiser.

— Nossa, como você é trouxa, Jake. Allyson tá em outra agora, pergunte à Jordan, já que as duas estão tendo um caso. Espera, esqueci que você está aqui e ela está lá pronto para um reencontro.

— Jordan? – Jake pergunta, horrorizado — A garota do acampamento? Ally...

— Achei que estivesse morto. Jake, me perdoa, achei que estivesse morto! — Supliquei chorando e Adam me puxou com força de novo até uma sala branca, fui arrastada na verdade. Não tentei lutar, pois sabia que não adiantaria gastar forças com o cara que me ensinou tudo o que sei.

A hidroelétrica era o lugar mais sujo que eu tinha visto, menos a sala para qual Adam me levou, como se tivesse preparado ela para mim por muito tempo, para esse momento. Isso era assustador.

Sabe quando bate aquela sensação ruim de Déjà Vu? Foi isso que eu senti. Senti como se fosse passar exatamente pelo que passei no Peter, mas dessa vez não estávamos errados, e dessa vez era algo bem ruim, alguém ia me transformar em outra pessoa. Agora sabia quem queria fazer isso. Adam, meu melhor amigo, quer me roubar de mim mesma.

O fundo da sala se estendia com algumas obras de artes bizarras, duas janelas grandes cobertas e poeira, e pude notar Jordan atada à uma cadeira, bem ali. Ela suava e parecia um pouco machucado. Ela me viu e tive vontade de chorar de novo.

— Ah Adam, você a achou, graças a Deus — Ela disse e abaixei a cabeça, percebendo que ele tinha enganado todo mundo — Agora me tire daqui e vamos sair desse lugar.

Adam riu ao passo que eu me demonstrei rendida.

— Eu confiei em você — Sussurrei, fraca, quando ele me prendeu em uma cadeira de dentista — Te contei tudo.

— É uma pena.

— Mentiu pra mim durante todos esses anos?

— Não, só esse. Eu ainda era cego pelo amor que sentia por você nos últimos, mas agora eu acordei. Ah, vocês caíram tão direitinho que comecei a ficar desconfiado. Primeiro colocar na cabeça do Peter que ele precisava entrar em contato com você, depois dar a entender que Jessica tinha matado o Jake pra você ficar tão desolada e querer vingança, então procuraria a mim porque sou seu porto seguro e não confiava no Peter ainda. David tão apaixonado a ponto de fazer tudo pra você notá-lo. Foi só eu falar sobre um procedimento e pronto, os dois faziam tudo por mim, até fingir que ele era o Mestre pra te despistar. Então é claro, pedi sua cabeça para os reis do submundo, o que fez você ir ao Peter pra libertar Adina da maldição e se tornar Nephilim de verdade pra aguentar o soro que logo vou colocar em você. Tudo. Vocês são tão burros.

— O que está acontecendo?! — Jordan gritou, tentando se soltar, o cabelo escuro cobrindo o rosto, finalmente percebendo que a sorte não estava a nosso favor, afinal.

— Ah é, sem falar que soltando Adina, ela estaria louca de saudades da Jordan e ela perderia as asas por causa do beijo.

— Adam, não faz isso, vamos conseguir resolver tudo. Não estamos bem agora? Você é meu irmão! — Eu queria pegar sua mão, mas não conseguia. Não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Não conseguia gritar.

— Irmão? Não, quem me dera ser o que você tem escondido. Não estou fazendo isso por ciúme, Ally, logo você vai descobrir qual o seu papel nisso tudo, descobrir quem o seu sangue pode acordar. Não sei se você prestou atenção em uma aula de história que Peter deu um dia, ele estava ensinando sobre o mito de Ártemis e Actéon. Bom, — Adam andou de um lado para o outro casualmente, se sentindo bem à vontade. Ele realmente era um psicopata — Ártemis era uma deusa, e Actéon era um caçador que viu Ártemis tomando banho nua. Ah, e você sabe que Ártemis odeia homens em geral, ela não ficou nada feliz em ser espiada. Aliás, ela ficou tão irada que transformou Actéon em um cervo. Os cães dele ficaram atiçados e famintos, e ele foi devorado pelos próprios cães de caça.

Adam pega uma seringa em cima de uma mesa pequena de metal ao seu lado e a testa, soltando uma pouco de um líquido verde no chão.

— O que você está fazendo? — Pergunto me mexendo.

— Calma, eu não vou te transformar em um cervo — Ele ri e se aproxima bem perto do meu rosto — Mas você vai ficar totalmente irreconhecível para os seus amigos, e eles para você. Ah, Ally, você nem vai saber contra quem está lutando, ou matando. Seja bem-vinda, Alisha.

— O quê? Adam, não! — O brilho metálico da ponta da seringa chega até a veia em meu braço — Para com isso, Adam! — Mas eu já estava fechando os olhos e perdendo as forças, sentindo meu corpo se virar contra minha mente — Jordan, vai embora daqui, vai embora pra bem longe de mim, antes que eu mate você, não quero isso, me perdoa. Eu juro que não quero. Dá um jeito de... sair... daqui.

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