Pov's Sn
Xxx: Como assim infecção no apêndice doutora? - A morena mais alta fala nervosa deixando algumas lágrimas caírem e pega na mão da esposa
Deixo o prontuário de lado e sorrio tentando passar tranquilidade para as mulheres
Sn: Em primeiro lugar, qual é o nome de vocês?
Xxx: O meu é Jayla Walton e essa é minha esposa Lola Ortega. E aquelas duas na sala São Jenna Ortega e Sadie Sink
Sn: Ok. É super comum ter apêndiciti. Normalmente é em adultos ou adolescentes mas também pode ocorrer em crianças ou até bebês - elas assentem - O apêndice é uma bolsa que tem mais ou menos o formato de um dedo mas não tem nenhuma função comprovada
Jayla: E como que faz para o apêndice sarar?
Sn: Não temos como curar uma apêndicite além da retirada do órgão. Uma apendicectomia
Lola: Ok, e como é a cirurgia?
Sn: O Enrico vai receber uma anestesia geral e não vai sentir nada. Eu vou fazer um corte de 2 a 3 centímetros no abdômen dele, vou retirar seu apêndice e suturar tudo
Jayla: Ele pode morrer? - está aí uma pergunta que vivem me fazendo. Respiro fundo e respondo
Sn: todas as cirurgias contêm riscos por mais simples que sejam. Seu corpo pode não reagir a anestesia, ele pode ter hemorragia ou uma grave infecção ou por ser uma criança, seu corpo pode não aguentar o impacto da cirurgia. Mas não tem como vocês não fazerem a cirurgia
Lola: Quando vai ser?
Sn: Vou dar início a sua internação e a cirurgia vai ocorrer o mais rápido possível - elas assentiram e assim que vejo que estão mais calmas falo - Vamos voltar para o quarto para conversar com Enrico - quando estamos entrando no quarto o barulho do código azul ecoa pela pediatria e logo um enfermeiro entra no quarto correndo
Xxx: Doutora é a Agatha do quarto 23. Ela teve uma convulsão e não consegue respirar agora
Corro para o quarto ao lado, vendo a garota deitada na cama sem respirar
Sn: Ela tem doença de Tay-Sachs. Coloque uma máscara respiratória nela e aumente o oxigênio para 15 litros - falo para o enfermeiro
Seguro a menina sentando ela devagar. Pego o estetoscópio escutando sua respiração que estava muito fraca
Sn: Calma. Tudo bem. Procure respirar. Devagar...isso. ótimo. Está melhorando. Muito bem. Você está bem. - aos poucos sua respiração vai voltando - Aplique uma fose de lidocaina para regular sua respiração. Levando a cama da menina fazendo ela ficar sentada e conseguir se recuperar do susto
Dylan: Obrigada doutora
Sn: Só fiz o meu trabalho. Foi só um susto pai
Dylan: E dos grandes
Agatha é uma menininha super doce. Ela tem 5 aninhos e infelizmente tem a doença de Tay Sachs - é uma doença hereditária rara que destrói as células nervosas do cérebro e da medula espinhal. Não tem cura, oque faz ser uma doença fatal - saio do quarto
Vejo uma figura baixa me encarando que pelo oque soube se chama Jenna
Jenna: Ela vai ficar bem? - me questiona
assim que se aproxima
Sn: Agatha tem uma doença fatal. Normalmente crianças com essa doença não passam de 4 anos e ela tem 5
A porta do quarto de Agatha se abre e Dylan vem até mim com um monte de papéis na mão.
Dylan: Doutora. Eu falei com um amigo mexicano e descobri sobre um estudo com celulas troncos para curar a doença da Agatha e em algumas semanas terei o dinheiro suficient... - respiro fundo interrompendo Dylan
Sn: Agatha não tem algumas semanas. É bem possível que ela só tenha algumas horas. Já conversamos sobre isso Dylan. Chegou a hora - pego nas mãos de Dylan que estava de cabeça baixa - eu sei que é difícil mas estamos fazendo de tudo e você também fez tudo oque podia
Dylan: Não. Não. Escuta, só precisamos de um pouquinho mais de tempo doutora Gonçalves. Se você ler sobre esse tratamento e os artig.. - as mãos de Dylan tremiam tanto que todas as folhas acabam caindo no chão. Me agacho no chão para recolher assim com Jenna que me ajuda - Eu só preciso de mais uns dias tá legal? Ela tá lutando. Você sabe que ela luta. Eu só preciso levá-la par.. - paro de recolher as folhas e toco no ombro de Dylan
Sn: Dylan - suspiro- ela não vai conseguir chegar até o México viva Dylan - Ele me olha chorando - Eu sinto muito mesmo Dylan mas o melhor que pode fazer por ela agora, é ficar aqui, aproveitando os últimos momentos dela.
Dylan levanta do chão chorando e levanto também abraçando Dylan e o deixando chorar em meus ombros
Xxx: Senhor Gray, Agatha está te chamando no quarto - a enfermeira saí do quarto e Dylan se afasta de mim limpando as lágrimas e entrando no quarto com um sorriso no rosto
Fico olhando pela placa de vidro que tem vista para o quarto da Agatha. Vendo Dylan deitado na cama com Agatha em cima dele. Dylan chorava fazendo carinho nos cabelos da filha
Jenna: Você está bem? - Jenna pergunta e só agora lembro que ela está do meu lado
Sn: Agatha só tem 5 anos. Eu diagnostiquei ela quando ela ainda tinha 1 ano. Venho acompanhando ela desde então. Vi sua primeira palavra. Seus primeiros passos. Sua primeira queda de dente e estive presente em todas as sua cirurgias e agora chegou a hora
Jenna: Sinto muito - Jenna me encara e solto um riso fraco
Sn: Isso já é rotina para mim senhora Ortega. A diferença é que não são todas as crianças que saem daqui com um sorriso no rosto indo para casa. A pediatria é Dura, são poucos que aguentam Sra.Ortega
Ela deu um sorriso de lado para mim e saí de lá. Já que estou aqui, já começamos a trabalhar não é mesmo? Afinal só falta uma hora para as visitas. Passo em frente ao quarto de Enrico para ver se tá tudo bem. Dou uma olhada para dentro e vejo Lola e Jayla colorindo com Enrico. Jenna falava alguma coisa no telefone e parecia irritada. Sadie olha para mim na porta e sorrio para a mesma que dá um breve aceno e um sorrisinho ladineo
INFELIZMENTE ESSE CAPÍTULO CHEGOU AO FIM
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