Sob O Domínio do sheik

By ladynight13

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Capa feita pela @CennaNunes💕⚜ Livro escrito pela autoras @ladynigth13 @MAD Zyan Mohammed Youssef Al-mim é o... More

Apresentação
🐫 Prólogo 🐫
🐫 Capitulo 01 🐫
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🐫 Capitulo 10 🐫
🐫 Capitulo 11 🐫
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🐫 Capitulo 13 🐫
🐫 Capitulo 14 - Parte 1 🐫
🐫 Capitulo 14 - Parte 2 🐫
🔥 Capitulo 15 🔥
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🐫 Capitulo 29 🐫
🐍Capitulo 30 Parte 01 🐍
🐍Capitulo 30 Parte 02🐍
🐫 Capitulo 31🐫
🐫 Capitulo 32 🐫
🐫 Capitulo 33 🐫
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🐫 Capitulo 35 🐫
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🐫 Capitulo 37 🐫
🐫 Capitulo 38 🐫
🐫 Capitulo 39 🐫
🐫 Capitulo 40 🐫
🐫 Bônus Jade 🐫
🐫 Capitulo 41🐫
🐫 Capitulo 42 🐫
🐫 Capitulo 43 🐫
🐫 Capitulo 44 🐫
🐫 Capitulo 45 🐫
🐫 Capitulo 46 🐫
🐫 Capitulo 47 🐫
🐫 Capítulo 48 🐫
🐫 Capitulo 49 🐫
🐫 Epílogo 01🐫
🐫 Epílogo 02 🐫

🐫 Capitulo 50 🐫

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By ladynight13

Zyan Youssef

Um sorriso satisfeito surge em meu rosto quando vejo a manchete estampada no jornal que seguro em minhas mãos. Perfeito! Tudo saiu conforme o que planejei. Pena que machucaram pouco o desgraçado. Contudo, ele vai receber outro corretivo na cadeia, no melhor estilo VIP. — pensei animado, jogando o periódico na minha mesa do escritório. — Aquele mauricinho de merda vai aprender a nunca mais tocar em nenhuma mulher de forma pervertida. Maldito covarde!

Ouço risadas contagiantes vindo do jardim. São risos alegres do meu pequeno e minha doce flor do deserto. Karim, em nenhum momento, perguntou sobre a ausência da mãe. Eu também não me surpreendi com isso, porque a participação de Jade na vida dele era ínfima.

As semanas de espera pelo resultado de DNA foram estressantes e tensas para mim. Mas me senti aliviado quando, finalmente, saiu a resposta com a confirmação da paternidade. Eu amo o meu filho, mesmo que ele seja também filho de uma traidora. Esse garoto foi a única alegria que resultou do meu casamento desastroso com minha primeira esposa, e não deixarei que os pecados dela recaiam sobre ele.

A única coisa que lamento é não ter matado aquela rameira dos infernos com minhas próprias mãos. Se bem que o seu estado era lamentável quando a encontraram. Seu belo rosto, que ela tanto admirava, estava irreconhecível, e sua cicatriz enorme causava repulsa. A família Hariri está em completa ruína agora. O pai dela, o Lair, está muito envergonhado pelas atitudes insensatas da filha, e com todas as revelações, decidiu se separar da sua primeira esposa, mãe de Jade. Largou a mulher no meio da rua. No entanto, ela não passou muito tempo por lá. Soraia foi reconhecida pelos súditos como a mãe da traidora que eliminou a sheika Jennifer, e assim, foi apedrejada até a morte. Quanto à serva de Jade, Dalila, ela recebeu 60 chibatadas. Eu queria a sentença máxima dela, porém a benevolência da minha esposa a salvou mais uma vez.

Escuto suaves batidas na porta que me despertam dos meus pensamentos, e um doce perfume floral invade o ambiente. Já sei que é a minha bela flor do deserto.

— Pode entrar, amira. — autorizei sua entrada.

Admiro a minha bela esposa adentrar o recinto com toda sua formosura e elegância. Layla está cada dia mais esplendorosa e deliciosa. Se é que isso é possível. Eu me sinto extasiado ao contemplar sua silhueta carregando os meus herdeiros, frutos do nosso amor. Seu lindo sorriso radiante já faz com que eu ganhe o dia. 

Layla Youssef

Eu me sinto a mais felizarda das mulheres, pois meus trabalhos na ONG, a cada dia, dão mais frutos, e diariamente surgem mais pessoas interessadas em apoiar o trabalho no orfanato. Uma boa princesa sempre se importa com os seus súditos. Tenho grande satisfação por ter me tornado uma mulher engajada nas causas sociais.

Ainda tenho um marido que me ama e um filho maravilhoso que a vida me deu. Para completar nossa felicidade, Deus nos abençoou com mais dois bebês lindos que carrego no ventre. A Jade me roubou um bebê que nunca será substituído, mas Deus nos contemplou em dobro.

Passo uma mão pela minha barriga, que já está grande o suficiente para me fazer cansar com muita facilidade, e me sento em um dos bancos do jardim para descansar um pouco e brincar com o pequeno Karim. Já exauro minhas energias com uma maior rapidez.

Ele desce do balanço onde se encontrava com sua babá e vem em minha direção.

— Mamã, bincar! — Pega em minhas mãos e me olha com seu rostinho inocente.  

— Oh, meu amor! A mamãe cansou. — Pego em sua mão e a levo até um ponto onde os gêmeos estão mexendo. — Sinta, pequeno, os seus irmãozinhos!

— Quelo que eles saiam daqui pra binca com o Karim.

— Em breve, meu amorzinho, os seus irmãozinhos vão estar aqui, conosco. Mas para eles brincarem com você, vai demorar um pouquinho, porque ainda são muito pequenos e indefesos.

— Karim gande vai poteger eles.

— Isso mesmo, meu amor.

Em um gesto inesperado, ele beija a minha barriga. Isso me deixa com os olhos marejados de lágrimas.

Acaricio os seus cabelos, retribuindo o carinho. Zyan e eu amamos o Karim como se ele fosse fruto do nosso amor. Talvez essa seja a única coisa boa que Jade deixou nessa vida: um filho que jamais poderá saber o quanto sua mãe foi cruel. No que depender de mim, esse garoto receberá muito amor e atenção, independente de ter o meu sangue ou não correndo nas suas veias. Eu o amarei como meu filho. Isso é uma promessa.

Ainda me lembro da alegria do pequeno príncipe com a notícia da chegada dos bebês. Ele pulou contente ao saber que, em breve, teria irmãozinhos para brincar com ele. Zyan também não conteve sua felicidade, e para comemorar a chegada de mais dois filhos herdeiros, preparou uma grande festa ao povo para anunciar minha gestação. As pessoas dançaram e festejaram a vinda dos novos herdeiros.

O meu marido é o mais orgulhoso entre todos os homens do mundo. Nesse dia, ele me presenteou com várias joias. Levará décadas para que eu use todas. Recordo-me de sua reação de perplexidade quando eu lhe entreguei uma caixa com dois pares de sapatinhos de lã azul e rosa que eu mesma fiz com crochês. Zyan franziu o cenho para mim como se não estivesse entendendo nada. Quando eu lhe contei a novidade de que em vez de um, seriam dois herdeiros, ele me rodopiou pelo quarto com euforia. Eu nunca me senti tão amada em toda a minha vida. 

É maravilhoso ser sua única esposa, pois dormimos juntos todas as noites e não tem mais essa de hoje ser comigo e amanhã com outra. Meu marido me prometeu que serei sua única mulher e que não irá se casar com nenhuma outra. Nunca pensei que ele fosse tão romântico.

“— Não tenho necessidade de nenhuma outra, amira. Você é a única que eu necessito por toda a eternidade.”

Sua declaração me deixou com lágrimas nos olhos.

No início, eu não sabia definir o tornado de emoções e sentimentos despertados por Zyan, mas acredito que, bem lá no fundo, eu já compreendia que desde o nosso primeiro encontro, havia me perdido em suas órbitas negras. Estar em seus braços faz eu me sentir no paraíso.

Depois Zaira vem levar o pequeno para ir tomar banho e fazer suas tarefas, mas antes de se retirar, ele se agarra ao meu pescoço e diz o quanto ama a “mamãe Layla” dele. Isso faz com que eu derrame algumas lágrimas. Ando muito chorona nesses dias, com as emoções em constante ebulição, por conta da gestação. Tudo parece se tornar maior e mais emocionante. Segundo a minha médica, isso é algo normal. E sempre que fico assim, Zyan está presente para mim.

Aproveito a oportunidade e resolvo dar uma passadinha em seu escritório. Bato na porta e ouço sua voz máscula e rouca me convidar para entrar. Como ele sabe que sou eu? 

— Pode entrar, amira.

— Como sabia que era eu? — perguntei assim que adentrei o cômodo.

Seus olhos famintos já percorrem o meu corpo de forma predatória.

— Ninguém bate tão suavemente na porta como você, habibti. Sem contar o seu perfume floral e único. Eu o reconheço em qualquer lugar.

Sorrio para ele, que faz um gesto para que eu me aproxime. Seu olhar é de safadeza sobre o meu corpo.

— Venha aqui, amira! — pediu sedutoramente, batendo em sua coxa para que eu sente em seu colo.

Que pervertido! — pensei. 

Aproximo-me em passos lentos, hesitante.

— Zyan, isso é indecente. — falei já com a voz trêmula, prevendo suas intenções. 

— Vamos, amira! Seja uma boa garota e me obedeça! Prometo que não vou mordê-la. A não ser que me peça. — Seu olhar quente vai em direção aos meus seios, fazendo-me sentir um comichão de desejo entre as pernas.

Ultimamente, eu tenho me sentido insaciável e com a libido à flor da pele. O que meu marido está adorando. Esse safado! Contudo, eu também me delicio com cada carícia sua e toque sobre mim. Só ele é capaz de deixar meu corpo em chamas com um simples olhar. 

Faço o que ele pediu. Sento em seu colo e enlaço o seu pescoço com os braços.

— Está esplendorosa, esposa. — Devora-me com os olhos negros luxuriantes.

— Estou gorda que nem uma baleia, Zyan. Como posso estar esplendorosa?

— É deliciosa, habibti. — Passa a mão na lateral do meu quadril, que está mais voluptuoso por conta da gravidez. — Isso não é ser gorda, é abundância de curvas. E esses seios estão divinos. Toda vez que os vejo, fico salivando, com ânsia de prová-los.

Começo a distribuir uma série de beijos pela sua face, agradecendo a Deus por ele ser o melhor marido do mundo.

— Muito obrigada, Zyan! — sussurrei.

— Está me agradecendo pelo que exatamente, habibti?

— Por você ser um marido atencioso e dedicado... — Acaricio o seu rosto. — Por tudo que tem feito por mim. Sei que salvou a vida da minha mãe de uma morte certa. — Seus olhos são perscrutadores. — Minha jida Nádia me contou. — Apesar de não ter muito contato com meu avô, sempre me encontro com minha jida para um chá. — Eu te amo muito! — sussurrei por fim.

Ele me analisa atentamente com seus olhos escuros e abrasadores.

— Sabe que faço qualquer coisa para te ver feliz. — Faz uma pausa e continua me analisando detalhadamente. — Não tem mais medo de me amar, habibti? — Leva minha mão aos seus lábios e a beija.

— Nunca. — respondi com toda a convicção que veio do mais profundo do meu ser. — Eu... te... amo... — declarei distribuindo pequenos beijos em seus lábios, provocando-o.

Ele logo intensifica um beijo, dominando-me em uma névoa sensual. Já consigo sentir seu membro duro e potente vir de encontro ao meu traseiro.

— Gostosa! — murmurou com a voz rouca de tesão, apertando a lateral da minha coxa. — Quero te ouvir sussurrar essas palavras enquanto você cavalga no meu pau e eu te levo ao limite do prazer. — disse no meu ouvido antes de distribuir leves beijos pela curva do meu pescoço.

Contudo, eu me recordo de que a porta não está trancada e que qualquer pessoa pode entrar no escritório. Então, imediatamente, saio do transe da sua sedução e o afasto.

— Seu libertino! Está tentando me seduzir?

— Sempre, amira. — confirmou sua intenção.

Por mais que eu estivesse desejando a mesma coisa momentos atrás, não posso ceder. Todavia, é difícil sair do seu domínio. Minha mente está embriagada pelas sensações despertadas anteriormente. Mas eu as esqueço quando pouso meus olhos sobre a mesa do escritório e algo capta a minha atenção. Uma imagem horrível estampa a manchete de um jornal.

Em um átimo de segundo, saio do colo de Zyan e agarro a folha com as mãos trêmulas. Sinto um frio subir pela minha barriga quando leio a notícia que está em inglês. De repente, um choque percorre minhas mãos e eu solto o periódico no chão como se ele me queimasse. Eu não queria, nunca mais, ver aquele rosto sombrio e maléfico novamente.

Eu sinto um aperto no peito e minha garganta se fecha em um nó. Ainda posso me lembrar do seu sorriso perverso contemplando o meu corpo com malícia. Tenho nojo e repugnância. Então, começo a reviver a cena. O corredor estava escuro enquanto eu ia para o quartinho dos fundos do hotel que minha mãe e eu ocupávamos na Califórnia. Já que não tínhamos casa, esse local nos dava essa opção, e o aluguel já era descontado do próprio salário de mamãe. E então, naquela fatídica noite, antes de eu chegar ao meu destino, encontrei-me com o desconhecido. Apesar da penumbra, vi a fome no seu olhar. Tentei passar por ele como se não tivesse o visto, mas logo fui prensada contra a parede. Seu hálito fétido de bebida alcoólica de encontro ao meu rosto me causava angústia.

* * *

FLASHBACK

— Por favor, moço! Solte-me! — supliquei.

— Por que, belezinha? Eu já vi você aqui antes, andando pelo hotel. É somente a filha da faxineira. — sussurrou em meu ouvido.

Neste momento, as lágrimas já inundam os meus olhos.

— Até que você é gostosinha. Vamos para o meu quarto! Vamos, gracinha! Eu quero te mostrar algo.

— Não, moço. Não quero ir a lugar algum. Por favor, solte-me! A minha mãe já está me esperando.

Não sei o que ele pretende fazer comigo, mas posso ver em seus olhos que é algum mal.

— É mesmo? — Sua gargalhada sinistra próxima ao meu ouvido me causa aversão. — Não estou vendo ninguém aqui. É dinheiro que você quer? 

— Não. Só quero que me solte. Deixe-me ir! — implorei. Sem sucesso.

— Calma, bebê! Eu vou te soltar. Mas antes, vamos brincar um pouquinho. — Passa sua mão asquerosa pelo meu corpo.

Neste instante, eu encho meus pulmões de ar e tento gritar, porém ele tapa a minha boca antes que eu consiga agir. Eu respiro com dificuldade e meus olhos se encontram esbugalhados, com um medo evidente estampado neles.

— Não grite, bebê! Eles não vão acreditar em você. Meu pai é muito influente.

Eu tento me soltar do seu domínio asqueroso, mas não consigo. Suas mãos tocam em meu corpo de modo humilhante, apertando meus seios e indo em direção à minha intimidade. Seu toque doentio sobre a minha pele me causa asco e nojo.

Estou imobilizada pelo seu corpo robusto.

— Tudo bem, bebê. Prometo que vai ser rápido. Já estou excitado e doido para te comer. — rosnou no meu ouvido.

Vejo que com a outra mão, ele tenta abrir a braguilha da sua calça. Meu desespero só aumenta.

Apesar do medo que me domina neste momento, aproveito um instante de descuido dele, quando vai tapar minha boca novamente, e mordo o seu braço com toda a força que possuo. Chego a sentir um gosto de sangue na boca. Em um ato de puro reflexo, meu joelho vai de encontro à sua virilha.

Ele me solta, berrando uma imprecação.

— Maldita! Vou te colocar na cadeia, junto com sua mãe, por essa afronta. Suas mortas de fome!

Eu o empurro com todo ímpeto e o vejo cair no chão, desequilibrando-se pelo estado de embriaguez. Depois bate a cabeça em um vaso de plantas que está no corredor.

A minha única atitude é sair correndo o mais rápido possível, como nunca corri na vida.

* * *

Algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto, e a voz de Zyan está distante de mim. Não ouço nada com clareza, apenas sinto seu abraço me invadir por completo, liberando em mim uma sensação de proteção e aconchego. E assim vou retornando à realidade aos poucos.

Inspiro e expiro lentamente, buscando me controlar.

— Vai ficar tudo bem, amira. Ele nunca mais irá chegar perto de você. No que depender de mim, passará o resto dos seus míseros dias na cadeia. — Zyan sabe quem é o tal homem? — É uma pena que a surra não tenha o matado. — disse baixinho enquanto me acalentava em seus braços, afagando meus cabelos. — Eu sempre irei te proteger de todos os perigos. Não se preocupe, meu anjo! — Ouço seu suspiro de pesar. — Perdoe-me, habibti! Não era assim que eu queria que você soubesse dessa notícia.

— É ele... — balbuciei. Algo me diz que meu marido já sabe de toda a minha história. — Ele está preso... Vai pagar por todas as maldades que fez.

— Sim, amira. Já sei de tudo. — confirmou o que eu já suspeitava. — Jurei que ninguém mais iria te fazer mal. E não vai. — disse firmemente. — Venha! Sente-se aqui! Não quero que você fique abalada. Lembre-se dos bebês! — Leva-me para um estofado, onde faz eu me sentar.

— Foi você? — Aponto para a folha de jornal, que está no chão.

— Sim, habibti. Eu usei a minha influência e comecei a investigar sobre a vida desse miserável quando soube que ele foi o responsável pelo seu trauma. — Seca minhas lágrimas.

— Eu sinto muito por não ter lhe contado antes, Zyan. — Dói muito reviver tudo aquilo. É um passado obscuro da minha vida que eu prefiro não relembrar. — Eu fui molestada no corredor do hotel onde minha mãe trabalhava na Califórnia. Ele... Ele... Tentou me forçar... Eu me sentia suja com seus toques asquerosos apertando o meu corpo. — Um leve tremor perpassa por mim com a recordação. — Eu sabia que aquilo era errado, mas ele era mais forte. Não sei como adquiri forças suficientes para me livrar dele. Só sei que em um momento de descuido, consegui empurrá-lo. Como ele estava bêbado, desequilibrou-se e caiu, fazendo um profundo corte na cabeça. Por sorte, não conseguiu me violar. Contudo, eu ainda tinha muito medo de que quando ele saísse do hospital, cumprisse a ameaça de mandar prender minha mãe e eu. Então, mais uma vez, saímos fugidas de um país. — Minhas lágrimas agora vêm em demasia. 

Ouço Zyan blasfemar ferozmente e me assusto com sua reação. 

— Perdão, amira! — Estreita-me entre seus braços. — Não era a minha intenção assustá-la. Mas me sobe uma tremenda raiva quando penso na minha bela flor indefesa nas mãos desse maldito filho de papaizinho. Prometo que ele irá pagar por tudo que fez a você e a outras mulheres. — Faz uma pausa. — Agora entendo perfeitamente o porquê de você ter sido tão distante no início do nosso casamento. E eu, como um sheik tosco, obriguei-lhe a casar.

 — Pode ter me obrigado ao casamento, mas... Na verdade, eu já me sentia atraída por você apesar de tentar negar no início. Se, de fato, eu não me sentisse atraída, jamais teria me entregado.

Vejo um sorriso orgulhoso se desenhar em seus lábios. E que lábios! São lábios pecaminosos que me fazem estremecer quando me lembro o que eles podem fazer no meu corpo.

— Não me olhe assim, amira! Agora, você está precisando de cuidado e atenção, não de sedução. — Fita meus lábios com um desejo indisfarçável.

Eu o necessito como jamais necessitei antes. Quero me perder no porto seguro que são seus braços fortes. Sinto o desejo físico e visceral como uma fornalha, e meus mamilos estão túrgidos e pesados. A força do tesão intoxicante do momento se sobrepõe a qualquer pensamento coerente.

Passo a ponta da língua pelos lábios, provocando-o e o observando suspirar lentamente. 

— Amira! — advertiu.

Percebo quando sua figura alta e máscula caminha até a porta e a tranca.

— Toda ação tem uma reação. Tem certeza? Ainda deve estar abalada pelas recentes emoções, habibti. — questionou.

— Tenho certeza absoluta. — confirmei decidida.

Já posso constatar em sua postura que a excitação também o consome, abalando o seu controle ferrenho. Ele está me provocando enquanto emoldura minha figura com os seus olhos abrasadores e famintos.

Em um momento, faço um gesto inquestionável, deixando em evidência o que quero. O safado dá um sorriso de lado e vem em minha direção.

— É tão bela, minha flor. — sussurrou.

De algum modo, eu vou ao seu encontro e fico entorpecida com as várias sensações despertadas pelo meu belo sheik. É como se, antes, eu vagasse perdida, sem direção; mas no seu coração, por fim, encontrei um lugar que eu nunca imaginei que encontraria.

Ah meus lindos 🥹 e o amor sempre vence.😍❤️

E a história dos nossos pombinhos já está quase chegando ao fim quero agradecer a cada leitor que me acompanhou por aqui pelo wattpad... essa história é tem um grande significado para mim e eu amo muito ela e espero que tenham gostado também...Muito...muito obrigada por cada estrelinha e comentário isso é muito importante para o autor continuem votado e comentando no sábado eu trago o epílogo e em breve início a outra postagem por aqui da obsessão do italiano.

Beijos: Lady e mad  ❤️❤️

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