Por Megan
Dormir nos braços de Oliver é algo que eu considero uma das maiores maravilhas do mundo. Me traz paz, segurança e me faz sentir amada.
Ao acordar, percebo que Oliver não se encontra na cama.
Me levanto, tomo um banho e vou a procura de Oliver, que se encontra na cozinha, preparando o café da manhã.
-Pulou da cama, é? - digo me aproximando e babando a imagem à minha frente. Oliver está apenas com um short preto, sem camisa, cabelos molhados e desalinhados... que homem!
-Na verdade não. -diz se aproximando- Levantei para preparar um café da manhã para a aniversariante, mas ela acordou antes da hora! - diz e morde meus lábios.
-Ah! Era pra ser surpresa, né? -digo, enquanto, na ponta dos pés, mordo seu queixo.
-Sim, era!- Oliver diz e me pega no colo, me colocando sentada na ilha na cozinha.
Sem pensar muito, ataco sua boca de modo feroz, na medida em que Oliver aperta minhas coxas, me fazendo gemer.
-Acho que o café da manhã que você está querendo me proporcionar não estava nos planos, não é mesmo?
Digo isso e vejo brotar um sorriso malicioso em seus lábios.
-Acho que esse café da manhã é mais interessante...
Oliver não perde tempo e começa a abrir os botões de minha blusa.
-Quero fazer amor com a minha namorada bem aqui, nessa cozinha...
-Hmmm... sua namorada gostou da idéia! - mais um sorriso malicioso em seus lábios.
Oliver ataca minha boca e desce seus beijos para meu pescoço, no mesmo instante em que minhas mão segura seu membro, arrancando gemido de nós dois.
-Meg... -diz e me beija novamente - você vai me deixar louco, sabia?
Dito isso, apenas sorrio pra ele.
Quando Oliver tirou minha blusa por completo, me deixando apenas de sutiã, ouço o telefone dele tocar.
-Ah não, Meg! É sério isso? - diz, choramingando.
-Sim... Atenda, é do hospital. Pode ser que estejam precisando de alguma coisa.
Vejo que ele respira fundo, completamente contrariado e atende o telefone.
"-Alô."
Percebo que Oliver muda suas feições e põe o telefone no viva voz.
"-Oi, Oliver! Sou eu, Lauren."
Sinto meu sangue ferver, mas quero ver qual será a atitude de Oliver com essa vagabunda. Continuo sentada e cruzo meus braços, sem tirar os olhos de Oliver.
"-O que quer, Srta. Lauren? Quando estou fora, qualquer problema ou dúvidas relacionadas ao trabalho, devem ser reportados a Harry e James.
-O que eu quero? Sou contratada para ser sua assistente pessoal e, no entanto, você viaja e não me leva? Me diga onde está que eu irei até você. Sou sua assistente e devo estar com você para onde for, Oliver.
-Primeiramente, Srta. Lauren. Mesmo que eu esteja fora do hospital, ainda sou seu patrão. Então sugiro que mantenhamos o padrão e respeito. Para você, Dr. Windsor, por favor. Em segundo lugar, não lhe devo satisfações sobre minha vida, mas irei satisfazer sua curiosidade. Estou com minha namorada e espero não ser interrompido por você novamente.
Em meus lábios, brota um sorriso, mas tento me conter para não encher a bola de Oliver.
-Você está me dizendo que está com Megan e que vocês voltaram, é isso?
Não me seguro e puxo o telefone da mão de Oliver.
-É isso mesmo que você ouviu, sua empata foda! Agora, se nos der licença, temos algo a fazer, no qual você nos atrapalhou. E se eu souber que continua atrás de Oliver, resolveremos nós duas. De mulher para vagabunda. Estamos entendidas?
-Des...desculpe Dra. Megan. Isso não irá se repetir.
-Espero que não, do contrário, entenderá o motivo de dizerem que eu sou o meu pai de saia! Você não sabe onde se meteu e eu terei o prazer de lhe mostrar..."
Desligo em sua cara e respiro fundo.
-Meg, me desculpe por isso. - percebo que Oliver fica cabisbaixo novamente.
Levanto seu rosto e o faço olhar pra mim.
-Desculpe-se apenas por não terminar o que começou, Dr. Windsor! - digo e ataco sua boca. Sinto que Oliver ficou tão angustiado e irritado quanto eu, mas não irei permitir que isso nos atrapalhe novamente.
Oliver aperta minhas coxas, no mesmo instante em que sua boca nervosa ataca meus seios, já sensíveis ao seu toque.
-Continue, Oliver...
-Quem te disse que quero parar, hein...
O telefone toca e, dessa vez são meus pais!
-Puta que pariu! Desisto, Oliver! Prefiro o café da manhã tradicional mesmo!
Digo isso e a risada de Oliver ecoa pela cozinha.
-O dia está apenas começando, minha princesa. Mais tarde, quero levá-la para jantar fora. Você, eu ainda não sei, mas eu já escolhi minha sobremesa...
Sua frase, carregada de desejo, acende meu corpo e me deixa ansiosa pelo que me espera...
Desço da ilha, com a ajuda de Oliver e atendo meus pais.
"-Como está nossa princesa que agora tem trinta anos? -perguntou minha mãe.
-Algumas dores nas costas e um pouco mais de ódio em minhas veias.
Ouço sua risada de minha mãe do outro lado do telefone.
-Ah, Meg! Está tudo dentro dos conformes. Seu pai começou a ficar com mais ódio depois dos trinta também!
Rimos juntas.
-Princesa, estou ligando para dizer que, mesmo não estando juntos de corpo, meu coração está sempre junto à você e que não existe um só dia em que eu não agradeça à Deus por sua vida e pela filha maravilhosa que ele me deu. Você, sem dúvidas, é o meu melhor presente, minha filha. Eu te amo, minha princesa e, pra mim, não importa o quanto o tempo passe, você sempre será aquela menina que andava pela casa, de calcinha e emburradinha. Meu colo estará sempre aqui para você, minha filha. Eu a amo muito e desejo que esse novo ciclo que inicia em sua vida, seja repleto de realizações. Eu tenho muito orgulho da mulher que você se tornou. Eu te amo, minha birrenta. Feliz aniversário.
Choro ao ouvir as palavras de minha minha mãe e a ouço chorar também.
-Mamãe, eu a amo. A senhora sabe como me deixar sem palavras. Quero que saiba que mesmo que estejamos à quilômetros de distância, meu coração sempre estará com você e com o papai. Eu tenho muito orgulho de carregar o sangue de vocês em minhas veias. E se sou a mulher que sou, é porque eu sempre tive uma mulher de fibra, dentro de casa, para poder me espelhar.
-Eu te amo, Meg. E não quero atrapalhar seu dia, sei que está acompanhada e, de todo meu coração, fico feliz por saber disso. Sua felicidade sempre será a minha.
-Eu te amo, Sra. Bennet!
-Eu também, minha Birrenta. Seu pai está em uma reunião agora, logo mais ele ligará para falar com você. E antes que eu me esqueça, marque um dia para que possamos comemorar seu aniversário.
-Pode deixar, mamãe. Marcaremos um dia sim!"
Conversamos um pouco mais, nos despedimos e desligamos o telefone.
-Tão chorona essa minha Feiosa de trinta anos. -disse Oliver me abraçando, enquanto eu ainda chorava.
-Vá se foder, Oliver. - disse, retribuindo o abraço.
-Também te amo, Feiosa.
Oliver e eu tomamos nosso café e passamos o dia curtindo a companhia um do outro.
Depois de receber várias ligações, entre elas, Sarah, Richard, James, Cora e nossos amigos do hospital. Recebo apenas uma mensagem, de whatsapp, de Thomas, totalmente fria.
"Feliz aniversário, Meg!"
Não percebemos o dia passar. Tomamos banho e, quando ia começar a me arrumar, vejo que meu pai me liga.
"-E aí, bravinha. Como é acordar trinta anos? Parece que foi ontem que você tinha vinte e nove anos...
-Nossa, pai! Essa piada é mais velha que a vovó!
Rimos juntos.
-Me desculpe por não ter ligado mais cedo, minha filha. Mas eu estava preso no trabalho. Mas isso não significa que o dia não tenha sido seu, minha princesa. Na verdade, desde que eu me tornei pai, todos os dias são teus, Meg.
À meia noite, me lembrei de quando sua mãe me disse que estava grávida e eu sempre dizia que não tinha preferência, mas no fundo, eu sempre quis ser pai de menina, só não imaginava que essa menina seria uma mini eu!
Minha filha, hoje eu me lembrei de que, muitas coisas eu perdi, por trabalhar demais, mas também me lembrei dos abraços fortes e dos sorrisos largos quando eu chegava do trabalho. Lembro das noites em que você fugia para nosso quarto, para dormir com sua mãe e eu, mas também me lembro das noites em que eu pegava você no colo, colocava em nossa cama e, no dia seguinte, dizia para sua mãe que você tinha ido sozinha. Eu não levaria bronca da sua mãe nem fodendo. - diz, fungando e dando uma risada de leve. - Meg, me lembro que eu estava de folga no dia em que deu o seu primeiro passo e foi justamente para o meu colo que você correu. Eu não estava em casa quando você disse papai, mas estava em casa, quando fomos chamados na escola, porque você havia batido em um amiguinho na escola, por ele ter te chamado de gostosa. E não conte à sua mãe, mas eu achei do caralho!
Quando você me chamou para conversar e me contou sobre sua primeira vez, eu quis cortar as bolas do cara, mas gostei de você ter confiado em mim.
Quando você resolveu sair de casa e viver sua vida, sua mãe e eu nunca quisemos te impedir, mas a verdade é que sua ausência, aqui em casa, ainda dói. Não tenho mais minha companheira mais competitiva para jogar sinuca, assistir futebol, beber cerveja e trocar idéias.
Sinto falta de abrir a porta do seu quarto e ver se você está coberta...
Meg, você pode ter trinta, quarenta, cinquenta anos, mas sempre será a melhor versão de mim e eu sou o puto mais sortudo de ter uma filha como você. No dia em que você nasceu, o seu choro fez com que eu renascesse. E se hoje eu sou alguém melhor, mesmo tento defeitos infinitos, foi por você! E sempre será por você!
Desejo que sua vida seja repleta de luz e saúde. Te desejo felicidade, porque a sua felicidade é a minha também.
Eu te amo, Megan Benner! Jamais se esqueça disso.
Feliz aniversário.
Ficamos em silêncio por alguns segundos e as lágrimas escorriam pelos meus olhos, enquanto, do outro lado, eu escutava o choro de meu pai.
-Meg, você nunca saberá o tamanho do orgulho que eu tenho em dizer que sou seu pai. Eu não tenho religião e você sabe, mas se Deus realmente existe, eu sou eternamente grato à Ele, por ter me presenteado com você!
-Pai, eu o amo e tenho muito orgulho quando apontam o dedo pra mim e dizem que sou como você! Eu te amo com todas as forças que habitam em mim!
-Eu te amo, minha princesa estressada!
Agora chega, eu não quero mais chorar. Eu desejo que você curta sua noite como se não houvesse amanhã. E se eu puder lhe dar um conselho, deixe para trás o que lhe machucou e foque no que lhe faz bem e feliz.
-Seus conselhos são os melhores e sempre muito bem vindos, Sr. Bennet! Eu te amo muito!
-Eu também, minha Meg!
Conversamos um pouco mais e encerramos a ligação.
Eu amo meus pais na mesma medida, mas minha ligação com meu pai, sempre foi gigante.
Seco minhas lágrimas e me arrumo para o jantar com Oliver.
Já prontos, ele me espera na sala.
Em seu terno grafite, impecável, vejo o quão lindo esse homem é. Não que seja muita areia para o meu caminhão, porque eu posso fazer umas três viagens numa boa, mas sou sortuda por tê-lo ao meu lado, não apenas como namorado, mas como companheiro de vida.
-Uau! Está linda, Meg!
-Olha quem fala... o Sr. Gostosão Grey!
Ele ri de meu comentário.
-Podemos ir?
-Sim!
O caminho para o restaurante não foi tranquilo. Conversamos, escutamos música...
Chegando ao restaurante, fazemos nossos pedidos e, enquanto aguardamos, Oliver não tira seus olhos de mim.
-Meg, tenho algo aqui que lhe pertence.
O olho confusa.
-Me pertence?
-Sim...isso! -diz e me entrega o meu anel de formatura.
-Nossa...Como eu senti falta dele!
Ele me entrega e vejo que busca palavras para se expressar.
-Meg, tudo entre nós dois aconteceu muito rápido. Mas eu já te amava antes mesmo de que eu soubesse. Hoje, eu não sei o que é seguir sem ter você do meu lado e, sinceramente, eu não tenho a menor curiosidade, porque sei que meu destino é você. Sem você, eu sou apenas uma página em branco. Em você eu tenho uma colega de profissão, uma amiga para todas as horas, minha parceira fiel, o meu amor de hoje e para sempre. Você foi feita pra mim e eu pra você.
Você me perdoou quando eu não merecia, você me ensinou a aprender com meus erros e ensinou que o amor cura.
Eu não sou bom com palavras, Meg. - nesse instante, o garçom aparece com um prato e um buquê de rosas, que vinha acompanhado de uma caixinha
-Você aceita dividir sua vida comigo? Eu não quero que mude em nada, você é perfeita do jeito que é, a única coisa que eu mudaria, seria seu sobrenome. Você aceita ser a minha Sra. Windsor?
Meg, você aceita se casar comigo?