Vendido + Perdido

By iamnanaschue

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Vendido - (disponível agora no Spirit) Loui é um ômega, o que não o ajuda muito. O clã dos Dauphiné não é nad... More

capítulo 1 -Loui
capítulo 2-Stephan
Capítulo 3-Família Potterfield
capítulo 4 -Novo membro da família
Capítulo 5- Música dos noivos
Capítulo 6-Finalmente, casados!
Capítulo 7-Cegonha
capítulo 8-anunciação
capítulo 9-Vida de casado
capítulo 10 -Turbulências
capítulo 11-Fugir pra viver
Capítulo especial-A Fuga
capítulo 13
capítulo 14
Capítulo 15-Vadia Triste
capítulo 16
especial
Capítulo 17
Capítulo 18
PERDIDO
cap 1 - Inferno acima
cap 2 - Nós não precisamos dançar
cap 3 - a estrada pro inferno foi pavimentada em linha reta
cap 4 - adereços e caos
cap 5 - como gosto de cloro
cap 6 - meu imortal
cap 7 - eu desejo ouvir sua voz
cap 8 - dormindo com sirenes
cap 9 - sou apenas eu, desgraçado como eu
teaser
cap 10 - vamos fazer isso durar para sempre
cap 12 - eu morreria todos os dias para te encontrar
cap 13 - as vezes as paredes do quarto se tornam minhas únicas amigas
cap 14 - Viena espera por você
cap 15 - James Dean e Audrey Hepburn
especial - de Alfa para Alfa
cap 16 - Aguente Até Maio
cap 17- Não olhe Para o Passado com Raiva
cap 18 - as coisas que eu queria, apenas um final feliz (capítulo final)
agradecimentos
Nunca Se Esqueça de Mim (Miguel - Brian)

cap 11 - o futuro está a algumas batidas de coração do desastre

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By iamnanaschue

título: Kissing in Cars - Pierce the Veil

Em certo ponto do capítulo, meu Spotify resolveu que seria de bom tom tocar Highschool Sweethearts, então tem um trecho inspirado em música da Mel sim. Descubram qual. Comprei agora um teclado pro meu tablet só para escrever melhor pra vocês! Estou escrevendo agora o capítulo 15 (aproveitando as férias lol)

/Brian/
Não sei o quanto o mundo mudou enquanto eu estava fora, mas Louisa só fala em uma coisa.

Chá revelação. Ela me mostrou 300.000 vídeos iguais de confetis rosa ou azul saindo de tubos brancos, ou bolos que se corta e tem a cor dentro, ou baldes de tinta despejados na cabeça dos pais ou fogos de artifício, até iluminação de pontes ou cachorros golden retriwer com o rabo pintado da cor. Já estava odiando a ideia.

1- não queria ter que ver toda a família novamente para eles ficarem me perguntando sobre os últimos 6 anos ou agindo como se eu precisasse de uma babá 24 horas por dia.

2- Não sabia se de fato queria saber o sexo dos meus filhos antes do nascimento. Não quero que isso impacte o que eu sinto por eles. Não quero assumir coisas deles antes de os conhecer.

3- Ela não para de me encher o saco. E agora ela fez a cabeça de quase todo mundo que isso pode ser legal. E óbvio que Miguel está mais animado do que qualquer um.

Hoje completamos um mês juntos e não teve um dia sequer em que ele não me ligou ou mandou mensagem, que ele não foi me ver e ver Vincent em algum lugar. Ele que passou o resultado do exame para Louisa que estava organizando tudo. Sem eu saber do resultado. Agora estava com ela a responsabilidade de me convencer que isso de fato era uma boa ideia.

Miguel é extremamente gentil e paciente comigo. Ele me segurou quando eu desmaiei tirando a imobilização do joelho. Confesso que só não foi maior do que a dor de parir Vincent.

Vincent agora fala algumas palavras. Resumindo: Mamãe, fofó, Tito ou Tita dependendo do humor dele, e bolo. Meu bebê estava viciado em bolo. E papai. Ele deu agora de chamar Miguel de papai. Como se explica pra uma criança de um ano e meio que o namorado da mãe há apenas um mês não tem como ser seu pai? O que me alivia é que ele esqueceu completamente de Catalina.

Pedi para remarcarem o julgamento para daqui há um ano. Talvez eu esteja pronto para depor lá, mas agora não estou. Todo dia é uma luta, mas sei que estou bem melhor do que cheguei.

-Aqui está... -Miguel se senta na minha frente trazendo nossos pedidos. Ele me passa meu suco de laranja e eu despejo metade dele no copinho de Vincy que já estava batendo na mesa de tanta irritação.

-Bolo! Bolo! -Ele repete gritando.

-Sh sh... Já vou pegar seu bolo, filho. Espera um segundo. -Falo tentando encontrar o pote dentro da mochila depois de quase ser estapeado por meu bebê, encontro o pote e começo a dar para ele os pedacinhos. Ele os pega na mão e começa a esfarelar antes de levar a boca.

Estamos em um café levemente movimentado próximo a universidade de belas artes. Hoje era dia de uma apresentação de um projeto de Miguel e resolvi acompanha-lo como bom namorado que sou.

Parte do meu acompanhamento consistia em aplaudi-lo de pé ou tentar silenciar os gritos de Vincent de "papai" toda vez que ele tentava falar alguma coisa. O projeto de Miguel estava agora em trâmite e bastava a gente esperar uma resposta.

-Já te disse que está lindo hoje? -Ele pergunta me observando. Imagino a cena ridícula que ele estava vendo, pois estava tentando prender os cabelos para que Vincent não me sujasse de bolo e suco de laranja. Nego com a cabeça rindo.

-Já disse sim... -deslizo minha mão livre para cima da mesa enquanto ainda seguro um pedaço de bolo para Vincy. Miguel pega minha mão e dá um sutil beijo me fazendo sorrir.

-Não vai comer, Bry? -Ele pergunta me observando.

-Desculpe, tinha esquecido. Graciás, Cariño. -Agora havia pego com ele o hábito de soltar algumas frases em espanhol. Graças e ele y su mamá. Nos conhecemos por video chamada e logo ela quis me adotar como outro filho. As vezes ele tinha que intervir para me traduzir o que ela falava, mas estava me divertindo em aprender espanhol. Conheceria minha sogra na próxima semana.

Seus pais marcaram de nos visitar novamente na semana em que estava programado o parto dos gêmeos. Não vou negar que me assusta saber que logo logo não vai ser só um tirando meu sono, e sim três. Espero que Vincy não se sinta excluído com a chegada de mais dois.

Começo a comer meu croissant dando uma mordida e uma olhada para Vincy.

-Você dormiu ontem? -Nego com a cabeça. Seus olhos se arregalam e ele inclina levemente a cabeça. -O que aconteceu?

-Só insônia mesmo. Estou com tanta energia que não sei por onde começar a fazer as coisas... Louisa não para de me encher sobre o tal chá revelação... Me enviou outro vídeo agora.

-Mas ela está certa. Vai ser divertido, Bry... Mas se você não quiser, podemos não fazer.

-Não não, eu não tenho problemas com isso... Só... Não sei. -Respondo desviando o olhar para a rua. O sol de maio aquece o asfalto. No dia 2 de maio, visitei o meu próprio memorial com Miguel. Busquei minhas coisas de lá e não sei como não desabei em choro. Faziam 6 anos exatos desde o dia em que "desapareci na noite" e acordei em um avião de carga sentado em um saco de soja. Tentei resignificar esse dia como o sexto aniversário de Anne. Mas sempre me restaria a memória do por que eu não estive presente no primeiro, no segundo, no terceiro... Mas agora, no dia 14 de maio, me sentia menos pior existencialmente. Tinha total consciência agora de que não mereci isso, mas as vezes ainda me deixo levar sob os pensamentos.

-Quer passar pra ver Alex? Eu te deixo lá. -Miguel me diz segurando minha mão tranquilo. Concordo com a cabeça.

-Depois. Vamos curtir agora. -Sorrio para ele e voltamos a comer. Entramos em algum assunto trivial como o quanto Lila está odiando o calor.

Lila virou a melhor amiga de Vincent recentemente. A cachorra, embora tenha um porte grande, parecia um bicho de pelúcia quando via meu bebê. Não tinha medo algum de deixa-lo com ela. Um dia, quando fomos a um parque passear com ela, acabei não conseguindo abaixar para levantar Vincy do chão e a cachorra fez o próprio suporte para levanta-lo com o focinho. Lila é de fato o cão mais doce que conheci.

Estávamos atravessando a rua quando meu celular começa a tocar no bolso do carrinho. Espero chegar a outra calçada para pega-lo e atender. Alice.

-Alô.

-Oi, Bry. Como foi?

-Foi ótimo. Vamos ter a resposta em breve por email. -Respondo mais aliviado quando Mig assume a frente do carrinho.

-Que ótimo. Ainda está na rua?

-Sim sim. Precisa de alguma coisa?

-Ah não. Alex que disse que você não respondia as mensagens dele. Ele está no meio de uma necropsia. Pediu pra te avisar para fazer mais uma horinha antes de chegar no DP.

-Ah, tranquilo. Eu odeio aquele lugar de morto mesmo. Uma hora a menos é melhor pra mim.

-Certo. Se cuida ein. Usa camisinha e tenta não engravidar de novo. -Rio do que agora havia virado nossa piada.

-Vish, agora ferrou ein. -Respondo em tom de piada.

-Ah não, Brian... Não vai me dizer que são gêmeos!

-Lamento muito, Alice... Mas sim. -Ela ri e conhecendo ela, sei que está negando com a cabeça passando a mão pelo rosto.

-Tchau Brian. Desisto de você, seu mimado.

-Também te odeio. Pisa na bosta, Tchau. -Ela desliga a ligação e eu volto a deslizar meu celular no bolso do carrinho.

-Que conversa de maluco, ein... -Miguel diz negando com a cabeça. Escoro meu corpo ao seu lado caminhando ainda.

-Eu sei... E você gosta assim. -Respondo com um sorriso. Ele passa a mão por minha cintura me trazendo para perto e sela meus lábios suavemente. Viramos o quarteirão e logo damos de cara com seu Jeep preto. Ele destranca o carro e vou prender Vincent na cadeirinha do banco de trás. Ele havia me surpreendido com essa depois da nossa primeira semana juntos. Emocionado? Talvez. Mas não poderia negar que gostava disso nele. O jeito como queria incluir meu filho em tudo.

Diferentemente de Catalina onde nosso relacionamento era puramente necessidade sexual, Miguel é sentimento. Não fui forçado a nada com ele, o que me faz sentir que vamos ter uma longa relação saudável. Termino de prender o pequeno na cadeirinha e logo me sento em meu banco. Coloco meu cinto enquanto espero ele iniciar o carro.

-Pra onde vamos agora? -Pergunto sorrindo.

-Pra casa. Você já andou muito hoje, mocinho. Quando Alex ligar eu te levo pra DP, não se preocupe. -Suspiro me ajeitando no banco.

-Vocês me mimam demais...

-Devia começar a aceitar nossos mimos. -Ele acaricia suavemente minha barriga. -Tenta dormir um pouco, tá? -Concordo com a cabeça meio cansado. A caminhada hoje havia me ajudado a cansar o corpo, pelo menos. Minhas pernas agora doem um pouco e sinto que o tênis está apertando mais do que o normal.

Olho pelo espelho para Vincy e ele está observando pela janela o movimento dos carros atento. Sorrio para seu reflexo e me viro para minha janela. No rádio do carro está tocando algo como um piano instrumental de Frank Sinatra. Boa estratégia de me fazer dormir, Miguel... Resolvo ficar o observando enquanto ele dirige atento pelo trânsito movimentado.

Quando ele nota que estou o observando, põe a mão em minha coxa acariciando de leve por cima do tecido da calça de malha. A esse ponto, ele já sabe o que tem por baixo, mas mesmo assim, ele nunca comenta nada sobre. Apenas limpa e faz curativos quando tenho novos acessos.

O silêncio parece nos descrever bem pois nos entendemos assim. Palavras não precisam ser trocadas com tanta frequência, mas temos conversas profundas apenas pelo olhar.

Ponho minha mão em cima da sua a acariciando suavemente. Ele aperta a pressão em minha coxa de volta e eu sorrio tranquilo.

A música acaba e começa creep do radiohead. Vincy começa a tentar vocalizar as palavras berrando algumas, nos fazendo rir e quando já estamos próximos de casa, começa Iris do Goo Goo Dolls. Durante várias noites de desespero em ligação, Miguel me cantou essa música para me acalmar.

-And I give up forever to touch you cuss I know that you feel me somehow
You're the closest to heaven that I'll ever be and I don't wanna go home by now... -Miguel canta baixinho diminuindo a velocidade ao chegar no Queens. -And all I can taste is this moment, and all I breathe is your life, cuss sooner or later is over I just don't wanna miss you tonight...

Eu desisto do para sempre para te tocar, por que sei que me sente de alguma forma, você é o mais próximo do paraíso que eu vou chegar e não quero ir pra casa agora.
E tudo que quero saborear é esse momento e tudo que respiro é sua vida e cedo ou tarde vai acabar e não quero sentir sua falta hoje a noite.

-And I don't want the world to see me, cause I don't think that they'd understand. When everything's made to be broken I just want you to know who I am. -Canto junto com ele o trecho que meu déficit de atenção me permitia lembrar.

E não quero que o mundo me veja
Por que não acho que eles entenderiam
Quando tudo foi feito pra ser quebrado, eu só quero que você saiba quem eu sou

-And you can't fight the tears that ain't coming, the moment of truth in your lies. When everything feels like the movies, yeah you bleed just to know You're alive...

E você não consegue combater as lágrimas que estão por vir, o momento de verdade em suas mentiras. E quando tudo parece como um filme, você sangra pra saber que está vivo...

- And I don't want the world to see me cause I don't think that they'd understand when everything was made to be broken I just want you to know who I am... -Repetimos o refrão duas vezes curtindo a música tranquilos. Quando a música acaba, Vincy bate palminhas feliz. Uma música de Fletwood Mac começa a tocar, mas não me preocupamos com isso, por estamos literalmente no quarteirão do prédio de Miguel.

Ele entra na garagem e estaciona o carro, em seguida tirando Vincy enquanto saio do meu banco. Fecho a porta e apoio as mãos na cintura para estalar um pouco as costas.

-Travado? -Ele me pergunta com um sorriso. Concordo com a cabeça e ele se aproxima passando meu braço por seu pescoço. -Vamos. Eu te faço uma massagem lá em cima... -Sorrio andandando com ele até o Hall de elevadores.

Usamos o espelho do elevador para tirarmos uma foto para os stories. Vejo ele marcando meu username e sorrio esperando chegar no 15° andar. Saímos direto apostando corrida no corredor até sua porta e ganho, mas tenho que ficar esperando ele abrir.

Somos recebidos por uma Lila animada de rabinho abanando pronta para pular em mim. Acaricio seu pelo curto em movimentos suaves.

-Você vigiou a casa é? Cuidou de tudo? -Pergunto abraçando a cabeça da cadela animada. Ela lambe meu rosto e corre para Miguel pulando nele e focinhando Vincy.

-Que saudade! Parece até que estamos há anos longe de casa, né? -Ele pergunta rindo caminhando mais para dentro. Sigo meu caminho direto para o banheiro fazer xixi. Quando termino, lavo as mãos e vou procura-lo pela casa. -Amor! Aqui. -Ouço de dentro do quarto, me viro sorrindo ao ve-lo na penumbra do quarto de cortinas fechadas. Entro e o clima ali está mais ameno. Tiro meus tênis antes de me deitar ao lado dele na cama.

Vincent deve estar em seu berço no quarto de hóspedes capotado de sono ou quase isso. Pego meu celular para verificar as midias. Prendo tanto minha atenção que nem eu noto quando ele passa a mão por minha cintura e começa a beijar minhas bochechas. Sorrio me virando para ele. Largo meu celular enquanto subo no colo de Miguel com um leve sorriso. Ele me sorri de volta acariciando minha cintura. Em um movimento rápido, ele me vira me deixando por baixo mas sem deixar seu peso sobre mim.

-Não está cansado? -Ele pergunta selando meus lábios. Sorrio negando com a cabeça. -Brian... Não adianta mentir...

-Não estou cansado. Sério. -Respondo. Passo meus braços por seu pescoço o puxando para mim. Beijo seus lábios com desejo porém sutilmente. Ele se vira novamente me deixando por cima dele. Sigo o beijando com desejo, com as mãos subindo agora por seu peito.

De cima do seu colo, consigo passar a mão por dentro de sua camisa social e vou cegamente tentando desfazer os botões. Mudamos de posição novamente e agora ele está sentado retirando a própria camisa enquanto tiro a minha blusa de manga comprida.

Me sinto levemente vulnerável de ele estar vendo as tantas cicatrizes em me braços, mas seu olhar não está preso a isso. Seus olhos estão em meus lábios. Me envolvo de confiança novamente forçando mais a aproximação para seu colo. Consigo já senti-lo duro por baixo do tecido da calça social. Busco seu cinto e consigo abri-lo para deslizar minha mão para dentro. Na hora, sua mão desce para minha bunda e aperta sutilmente.

-Posso...? -Ele pergunta com uma voz rouca.

-Pode. -Respondo com um sorriso lateral. Todas as nossas relações envolviam muito consentimento, o que me tranquilizava bastante. Mordo o lábio inferior enquanto ele desliza minha calça leggin e cueca para baixo juntas. Ele para seu olhar em meu corpo, me virando na cama. Ele se levanta me observando. Cubro meus olhos com um sorriso bobo, sentindo-o terminar de me despir.

Ele se posiciona entre minhas pernas e começa a beijar a parte interna de minhas coxas. Já estou pingando lubrificação e ele faz isso... Suspiro baixo buscando-o com as mãos. Quando menos espero, ele começa a beijar minha extensão. Estou pingando de desejo, vontade, uma luxúria dolorosa que me faz descer as mãos para seus cabelos quando ele começa a me chupar.

Sua boca é quente contra meu membro e com habilidade ele o põe completamente para dentro. Abro mais minhas pernas e as cruzo em seus ombros. Ele introduz um dedo em mim ainda me chupando, incentivando que eu produzisse mais lubrificação. Com o dedo, ele faz suaves movimentos de vai e vem me levando a loucura.

Ele me prepara com muito cuidado, até achar que estou pronto. Com dois dedos dentro de mim, ele me observa na cama. Me vira de lado e morde minha bunda com desejo. Solto um gemido manhoso entre um sorriso. Ele sobe em beijos por minhas costas beijando minhas cicatrizes até chegar ao meu pescoço.

-Você é tão lindo... -Ele diz entre os beijos. Ele se senta e me puxa para seu colo. -Me avise se quiser parar, okay? Não vou ficar chateado... -Ele põe a mecha rebelde de meu cabelo atrás de minha orelha me sorrindo. Consigo ver seu olhar descendo para minha clavícula, onde a marca de Catalina formava uma cicatriz branca e fina.

Fizemos sexo algumas vezes, mas não havíamos conseguido chegar na parte da marcação. Significava muito, tanto pra ele quanto pra mim.

Passo minhas duas mãos por seus ombros me apoiando para subir meu corpo. Me posiciono em cima de seu membro e com as mãos dele na lateral da minha cintura, ele me força para baixo, fazendo-o entrar em mim.

Minha cabeça pende para trás quando sinto seu calor dentro de mim enquanto ele me faz subir e descer por sua extensão. Com a mão, ele aperta suavemente minha bunda me incentivando a gemer. Sorrio por entre as estocadas ainda lentas. Me inclino para ele e suas mãos vão direto a minhas costas para me pressionar contra ele. Beijo seu pescoço chupando em alguns pontos.

-Ei... O que está fazendo?

-Te marcando. -Brinco com um sorriso. Passando os dedos por onde chupei. Suas mãos descem novamente para meu quadril e logo ele começa a me forçar para baixo novamente, atingindo meu ponto sensível. Solto um gritinho manhoso enquanto ele se demora no local, mas logo volta a estocar. Consigo sentir apenas seu cheiro em todo o quarto. Minha velocidade aumenta a ponto de se ouvirem alguns sons de quique de meu corpo contra o dele.

-Hoje eu te faço meu, Brian. -Ele usa sua voz de comando. Quando abro a boca para falar algo, apenas saem gemidos, ele está constantemente e propositalmente atingindo meu ponto sensível. Concordo com a cabeça e ele ri por entre gemidos roucos. -Hm. Me diz... -Ele pergunta mas logo o atinge mais uma vez sorrindo. Ele morde o lábio inferior aumentando as repetições até chegarmos no limite.

No auge do prazer, tiro meus cabelos da frente do pescoço e me aproximo implorando para que ele me marque. Suas mãos fortes me puxam para próximo dele e consigo sentir sua respiração em meu pescoço. Seus dentes desceram e agora estão mais a mostra. Ele beija a região antes de enficar seus dentes.

De início, dói. Mas logo que seus dentes estão em mim, sinto o orgasmo vir mais intenso. Nos desfazemos juntos, ele em meu interior e eu, sujando nos dois. Meu gemido final sai mais agudo e mais necessitado. Seguro em seus ombros enquanto ele permanece com os dentes ali formando a marca que nos uniria. O que me faria sentir com ele, dividir nossas energias, saber quando eu tivesse medo e me daria forças na hora do parto. Ao soltar de meu pescoço, consigo sentir o sangue aflorar ali. Me apoio em seus ombros o abraçando e choro baixo. Ele acaricia minhas costas um pouco confuso.

-Ei ei... Eu te machuquei? -Ele pergunta meio assustado tentando me desvencilhar de seu ombro, e quando consegue, me olha nos olhos- Me desculpe, eu não tive a intenção... -Ele, mais uma vez afasta meus cabelos do rosto suado.

-Não, não você não fez nada de errado. -Respondo entre lágrimas. Ele suspira sorrindo. Beija minhas bochechas e me abraça enquanto esperamos o nó se desatar.

-É que...

-Hm. Não precisa sentir vergonha. Eu quero que você fale.

-Quando Catalina me marcou, foi na minha primeira vez. Ela não esperou, ela foi bruta e me imobilizou pra que eu não conseguisse fugir. Eu acabei vomitando e ela me bateu... Pela primeira vez ela me bateu muito... Eu estava com medo que fosse enjoar e...

-Que eu fosse te bater? -Ele levanta uma sobrancelha, mas não em tom de ironia sobre o que eu disse. Ele me abraça firme e choro em seu ombro. -Bry... Eu nunca vou te bater... Eu já te bati algum dia? -Nego com a cabeça. -Eu quero estar com você nas horas feias e nas horas bonitas. Quer saber minha honesta reação se você enjoasse durante a marcação?

-Hm? -Pergunto secando os olhos com as mãos.

-Eu iria segurar os seus cabelos pra que não se sujasse, e esperaria você parar pra te levar direto pro banho. Te daria um banho e vestiria com uma roupa minha enquanto trocaria a roupa de cama pra que você pudesse dormir em um lugar limpo. -Começo a chorar novamente e ele beija minhas bochechas alternadamente, mesmo com minhas lágrimas salgadas. Sorrio. Apenas paro quando sinto os bebês mexendo.

_^-^_

Could you hold me through the night? put your lips all over mine salty face when I start to cryyy...
Could you be my first time? Eat me up like Apple pie, make me not wanna die love me rough and let me fly...
Tá, chega vcs entenderam que é High School Sweethearts

-Mor... Mor. Eles estão mexendo. -Falo sorrindo. Seu rosto se ilumina e ele leva sua mão até minha barriga. Até agora, só eu tinha conseguido senti-los mexendo. -Consegue sentir? -Ele está em silêncio acariciando minha barriga.

-Sim. Consegui. Fraco, mas consegui. -Ele sorri acariciando suavemente. Nos desvencilhamos e ele me deita para que pudesse beijar minha barriga.

-mor... Eu estou sujo... -Falo rindo, mas ele continua.

-Não, não... -ele fala em tom de brincadeira.- Oi meus amores... Estão confortáveis aí dentro? Hm? Desculpem aí encomodar, não resisti, sua mamãe estava muito lindo hoje... Será que vocês vão ser igualzinhos a ele? Hm? Estou tão ansioso pra conhecer vocês... Vamos nos divertir tanto... Quero ser um pai pra vocês, sabe? Mesmo se a sua mamãe me dispensar no final da história, quero estar com vocês quatro... Levar na escola, aplaudir aquelas apresentações de final de ano, ajudar nos deveres de matemática... Ah, vocês vão ver como vai ser bom... -Acaricio seus cabelos com um sorriso bobo e ele levanta o olhar para mim. -Me desculpem novamente, mas sua mamãe está me olhando com esses olhos e... Não consigo resistir. -Rio e ele me beija novamente.

Partimos para o segundo round, agora devidamente marcados e cansados. Seguimos para o banho juntos, onde ele aproveita pra cuidar melhor do meu cabelo do que eu já havia cuidado em toda a vida. Me encosto na parede do box cansado apoiando as mãos nos joelhos.

-O que foi, mor? -Ele me pergunta terminando de enxaguar meus cabelos.

-Cansado... -Respondo manhoso.

-Finalmente! Vamos. Chega de banho. Vou te por pra dormir. -Ele me pega no colo e desliga o chuveiro, saindo do box comigo no colo. Ele me senta na bancada da pia e começa a me secar com a toalha, me enrolando e desembaraçando meus cabelos. Ele se seca enquanto eu observo seu corpo escultural ainda úmido. Noto que ele está me olhando e sorrio levantando minha cabeça para ele. - Que se pasa, cariño? -Estico meus braços para ele, onde ele se acomoda acariciando minhas costas por cima da toalha. - dios mio... como le gustas toque fisico, pareces un gato.

-solo tuyo. - Respondo com um sorriso. Ele levanta o olhar e sela meus lábios suavemente. Quando menos espero, estou em seu colo e já no quarto. Cruzo minhas pernas em sua cintura enquanto ele escolhe uma roupa confortável para nós dois, me deita na cama e começa a colocar minha roupa exatamente como eu troco Vincy.

Quando já estou vestindo uma blusa dele e outra cueca limpa, ele me bota por baixo do edredom e liga o ar condicionado. Quando toca o barulinho, Lila vem correndo para dentro e se deita ao meu lado. Me viro para ela a abraçando firme. Ela tinha ainda o cheiro doce de pet shop e as orelhas pontudas inclinadas para cima. Miguel ri e acaricia nossas cabeças com um sorriso.

-Vou ver meu bebê e já volto. Dorme ein. -Ele me diz antes de sair. Gostava da forma como ele chamava de meu bebê meu filho, que não tinha como ser filho dele. Parte de mim, se sente culpado, mas também lembro que não escolhi isso. Fico feliz de ter encontrado recentemente alguém que quer de fato cuidar dos meus filhos.

No meio de meus pensamentos, acabo dormindo abraçado com a doce cadela ao meu lado.

/Alex/

Termino de ensinar a suturar o corpo para os dois residentes da DP e me afasto. Monitoro os dois de longe enquanto retiro as luvas. Procuro meu celular sobre a bagunça da minha mesa e quando o acho, sei diretamente a quem ligar.

Brian de primeiro, não atende. Tento mais uma vez e a voz de Miguel responde. Estava tranquilo quanto a isso. Os dois pareciam bem e sinceramente, antes alguém que de fato se preocupa do que alguém que queira descarta-lo.

-Alô.

-Oi Miguel. Tudo bem por aí? Onde está Bry?

-Ah, acabou de dormir.

-Ah que ótimo... Comeu?

-Não muito, mas conseguiu.

-Ta ótimo, obrigado.

-Quer que eu acorde ele para leva-lo aí?

-Não não, não precisa. Ele não dormiu ontem.

-É, ele me disse... Quer vir aqui? Aí quando ele acordar vocês vão pra casa...

-Não seria incômodo?

-Não, não. Acho que Bry inclusive iria gostar. -Ele parece empolgado com a ideia. Confirmo o endereço e desligo o telefone.

Começo a arrumar minha bagunça antes de largar o expediente, guardando a papelada no arquivo de forma adequada. O nome do senhor de verifiquei hoje era Bruno. Consigo ver de relance no arquivo da DP a ficha Brian Dauphiné Potterfield organizada quase logo a frente. Puxo-a e começo a reler.

De início, apenas algumas apreensões como posse de baixas quantidades de maconha ou cocaína. Seguindo as folhas, tentativa de compra de álcool e direção sem habilitação. Acho o fatídico 2 de Maio. Um boletim de ocorrência da madrugada do dia 2 pro dia 3 de pessoa desaparecida, seguido de descrições físicas e depoimentos, inclusive meu, de meus irmãos e de meus pais. Passando a folha, encontro quando pensavam que tivessem encontrado o corpo de Brian em uma mata em outro estado destroçado por ursos. Com o exame de arcada dentária, descobriram que não era ele. Desde primeira, sabia que não era meu irmão. Os sequestradores iam ser mais inteligentes e tira-lo do país por um tempo. E quando chegou a dezembro, a certidão de declarado morto, seguido por páginas e mais páginas de arquivação do processo e a luta de mamãe para reabrirem o caso.

Ao passar novamente, encontro o depoimento de Diana. Pela primeira vez, desde que terminamos, resolvo ler o que ela disse.

"De primeiro momento, eu achei que era furada. Um amigo do meu pai me recomendou essa empresa que te colocava em contato direto com vendedores de crianças. Você poderia escolher o gênero, a idade que iria busca-lo, a cor, as características físicas e os fatores biológicos. Eu enviei algumas fotos tanto minhas quanto de Alex e o site me direcionou a alguns casais. Tentei ver qual casal aberto a venda batia mais com nossa descrição física. Quando vi a descrição deles no site, sabia que só poderiam ser eles os mais próximos do que eu queria. Matty veio exatamente como eu queria. Contatei a mulher que só se identificava como Catalina. Ela só falava romeno e dizia que seu marido era imigrante, um ômega recessivo de média estatura e naturalmente ruivo. Sabia que batia com a descrição de minha sogra, então pensei que seria o mais aceitável para Alex, que seu filho minimamente se parecesse com seus pais. Então encomendei. De início, um único menino, para buscar quando ele completasse um ano. Catalina me contatou todas as vezes que tentou. Me enviava testes negativos até o dia em que um apareceu positivo. Me senti tão feliz que parecia que quem estava grávida era de fato eu. Mandei dinheiro todos os meses para custear as consultas do meu bebê e estranhei um pouco quando ela só me enviava mensagens como "está tudo ótimo" ou "nada de errado". Um dia, quando estava bem de madrugada, com a gravidez recém completando nove meses, recebi uma foto. Era Matty, coberto de sangue ainda, enrolado em toalhas nos braços de quem presumia ter o parido. Nesse dia, depositei cerca de 5.000 dólares para que ela pagasse o hospital. Acompanhei durante o ano e quando perto da data, peguei férias no trabalho e segui para Bucareste encontrar Catalina para que ela me entregasse meu filho. Só notei que se tratava de um sequestro quando cheguei na casa e não vi seu marido em local nenhum. Até que ela abriu um alçapão atrás de um aparador e de , ela voltou com um menino. Eu poderia jurar que era mais novo que eu. Tinha ainda a cara de criança. Seu rosto estava roxo, talvez de apanhar ou de chorar? Lembro muito que tinha enormes marcas que cobriam as pernas e mal andava. Seus braços estavam severamente mutilados. Ele estava sujo e tremia. Fazia frio demais para ele estar vestindo uma camiseta tão antiga e fina. Quando ele se ajoelhou na minha frente, seu joelho estalou tão audivelmente que poderia ter certeza de que havia algo quebrado ali. Ele mal respirava...

-Não teve vontade de chamar a polícia ali?

-Meu medo maior era ser presa. Estava cometendo um crime. O que me faria de diferente dela?... O que mais me surpreendeu foi quando ele falou com meu filho e eu entendi. Quando questionei a ele, ele gritou por ajuda enquanto... Ela o arrastava para baixo novamente... Ela o empurrou com tanta violência que achei que ele fosse morrer na queda. Senti medo por aquele menino, mas não poderia fazer nada... Além de tirar o filho dele dessa vida. "

Fecho meus olhos tentando processar tudo que eu li. Diana havia visto Brian ser abusado e não fez nada. Por isso, o crime de negligência. Coço meus olhos tentando não chorar. E sigo adiante até o depoimento dos socorristas. Alguns deles já alertavam sobre o comportamento suicida de Brian ou do estado de choque em que estava, a ponto de não perceber ao mexerem na fratura de sua clavícula, o que com certeza deve ter doído muito. Decido fechar a pasta e parar de ler aquilo. Brian já estava aqui.

Mas não consegui esquecer. No caminho para a casa de Miguel, só conseguia pensar se alguém não havia encomendado os gêmeos exatamente como Diana havia encomendado Vincent. Pela primeira vez, me vem o estalo de algo, mas resolvo que vou decidir com Miguel.

Chegando no local, estaciono o carro na frente e sigo para dentro. Subo até o andar e bato na porta. Miguel vem atender a porta com os cabelos molhados pingando no moletom cinza.

-Olá. -Ele me cumprimenta e aperta minha mão. Sorrio para ele.

-Oi, quanto tempo, não?

-Pois é. Entra aí. Fica a vontade.

-Obrigado, cara. -Entro e logo um enorme cachorro dobberman começa a me focinhar. Abaixo minha mão para que o animal cheire e em seguida passo na cabeça dela, que parece gostar.

-O nome dela é Lila. Tem que ver Bry com ela. Não desgruda. -Miguel fala voltando pra sala com duas latas de cerveja na mão. Sorrio por que de fato era isso que estava precisando depois de ler o depoimento de Diana. Ele se senta no sofá e me chama para sentar junto.-Trabalhando muito? Parece cansado...

-Bastante... Foram três hoje e ontem fiquei vigiando Brian e Vincent. -Solto um suspiro- Você entende.

-Entendo sim, tenha certeza. Vai uma? -Ele me pergunta estendendo a lata.

-Com certeza. -Afirmo pegando a lata. Abro e começo a degustar. Bem gelada e de um sabor diferente. -Hm... De onde é?

-San Diego. Eu importo de lá. Nenhuma daqui é como as de lá.

-Ah sim... local incrível. Estive lá uma vez pra um curso de residência.

-Foi lá pra estudar? Por que não voltar pra se divertir?

-Ah, eu me diverti no laboratório... -Ele ri. -O que?

-Nada, é que vocês as vezes parecem opostos. Brian não quer focar um segundo para ler sequer um cardápio, nitidamente bem aventureiro e você, não querendo ofender, mas parece mais focado...

-Ah, sempre foi assim. Temos uma longa história dele com déficit de atenção. Cansei de ir buscar ele na diretoria por que ficava escrevendo poesia ao invés de fazer as coisas da aula. Ou quantas recuperações eu não fiz a cola dele por que ele passava a noite tocando música e esquecia das provas, ou quantos celulares ele perdeu por aí...

-Vocês eram próximos, antes de tudo então...

-Ah, bastante. Acho que antes do acidente, Brian era com certeza o irmão com quem eu mais falava. Meus pais sempre quiseram ter dois filhos, homens. Por isso tentaram tanto, o mínimo que poderíamos fazer era nos dar bem.

-Ah, entendo. Eu e meu irmão fomos logo seguidos um do outro. E cá entre nós, eu entendo sua preocupação de com quem ele está saindo, amigo.

-Que bom que entende. -Rimos ainda bebericando a cerveja. -Miguel. Hoje eu estava relendo a ficha de Bry...

-Hm. Quer que eu tente descobrir alguma coisa?

-Tecnicamente sim... Mas deixe eu te explicar. Quando minha ex trouxe Vincent, eu não sabia que ela havia comprado ele. No interrogatório dela, ela falou que encomendou ele diretamente com Catalina. O que me faz me perguntar se alguém não encomendou os gêmeos, sabe?

-Faz sentido...

-Então. Estou pensando que é impossível que o esquema seja tão frágil. Imagina se Brian tivesse fugido simplesmente? Como eles iriam achar os 17.000 que ele carregava dentro dele? E por serem gêmeos, acredito que seja o dobro talvez.

-Quer que eu procure por rastreadores nele.

-Exatamente! Nossa que bom que você me entende! Podem estar no braço, ou implantados internamente, se é que me entende. Talvez nas coxas ou em uma região que tanto ele não sentisse quanto houvesse pouco atrito. Se encontrar, me ligue na hora.

-Certo... É pro bem dele. -Ele suspira. -Só quero faze-lo feliz, sabe? Ele tem tantas inseguranças...

-Obrigado por isso...

-Eu que agradeço todos os dias por ele ter me dado uma chance. -Ouço um choro baixo e Miguel se levanta. -Vincy. Já volto. -Ele deixa a lata de cerveja na mesa de centro e desaparece pelos corredores, seguido pela cachorra. Alguns minutos depois, ele retorna com Vincent choroso agarrado em seu pescoço. -Acordou agora...

-Está com soninho ainda... -Ele balança suavemente ainda de pé até ele parar de chorar. Vincy olha para trás em minha direção e sorri.

-Tito!-Ele grita quase se jogando do colo de Miguel. Sorrio me levantando para pega-lo, que se aninha em meus braços tranquilo.

-Cheiro parecido com o da mãe, né... -Rio negando com a cabeça.

-Nada contra, mas eu sou Alfa, poxa. -Respondo em tom de brincadeira acariciando as costas de meu sobrinho.

-Afa! -Ele responde rindo.

-Isso! Alfa! -Miguel diz para que ele responda.

-Auufa! -Ele responde sorrindo.

-Isso meu neném! Quando mamãe acordar, você vai falar que você é...?

-Auufa! -Ele responde sorrindo.

-Já consigo imaginar a cara que Brian vai fazer... -Respondo rindo.

-"você que ensinou essa bobeira, Miguel!?" -Ele brinca. -É sempre assim. Ensinei Vincent essa semana a fazer xixi em pé...

-Por isso que ele pede pra fazer xixi "pé". Tô a semana inteira tentando descobrir o que é...

-É! -Ele responde rindo. Sentamos novamente e Vincy pede de novo para Miguel pega-lo e ele o faz. Miguel o encaixa no peito de cabeça virada para mim. Ele está tranquilo.

Passamos o resto da tarde assim. Entre conversas e brincadeiras com Vincent. Lá pras quase 20 hrs, estava no telefone mandando mensagem para mamãe para justificar nosso atraso quando ouço um grito. Miguel corre para um quarto e consigo ouvir o choro de pânico de Brian. Termino de enviar um "acordou" para mamãe e vou atrás dos dois.

Quando acho o quarto, consigo ver Brian sentado no colo de Miguel na penumbra. Miguel beija a cabeça de meu irmãozinho choroso. Ele olha em minha direção, mas parece não entender. Miguel passa seus braços em torno de seus ombros e diz algumas palavras baixinho em seu ouvido. Brian concorda com a cabeça colocando a cabeça em seu pescoço, o que começa a acalmar sua respiração.

Depois de um tempo de Brian de cabeça abaixada, Miguel se vira para ele e ele levanta o rosto, beijando-o carinhosamente. Me sinto levemente desconfortável por ver meu irmãozinho beijando alguém bem na minha frente, mas deixo de lado, apenas me virando e voltando pra sala. Fico com Vincent no colo respondendo as mensagens até Miguel voltar pra sala acompanhado de um Brian sonolento e choroso no colo. Me lembrava de fato Vincent.

Brian vestia uma blusa que com certeza não era dele, uma cueca e meias apenas. Seu cabelo estava úmido e exalava um cheiro diferente do usual dele. Miguel se senta acariciando suas costas tentando acalma-lo. Depois de muitas tentativas, Brian finalmente para de chorar e olha em minha direção.

-Alex..?

-Oi, irmãozinho... -Me enclino e beijo sua testa.

-Quanto tempo eu dormi? -Sua cabeça se vira para Miguel rapidamente.

-O suficiente pra que seu corpo descansasse, cariño. -Miguel responde ainda acariciando suas costas.

-Tá tudo bem, Bry. Vamos pra casa quando quiser.

-Nunca. -Ele diz abraçando Miguel. Rio e pego meu telefone.

-Nunca não é uma opção, Bry... Mamãe está preocupado...

-Não. Quero Miguel. -Ele fala agarrando no pescoço de seu namorado. Miguel sorri beijando suas bochechas

-Cariño... Sabes que volverá a ver-me luego...

-¡Pero no quiero dejar-lo!

-No vás a dejar-me. Estaras siempre conmigo. -Ele aponta para uma marca recém feita no pescoço de Brian. Olho para os dois meio surpreso, mas não seria eu que teria "aquela conversa" com Brian. -Vás a portar-se? Vás a ser un bueno chiquito?

-Si... Voy. -Miguel levanta sua cabeça e beija seus lábios suavemente.

-Vou te chamar pra sair mais essa semana. Sabe que sempre pode voltar pra cá quando quiser né. -Ele desliza a mão para afastar os cabelos de Brian do rosto.

-Hm... Mamãe está perguntando se você não quer ir jantar conosco hoje. -Falo olhando o celular.

-Ele quer. -Brian responde por Miguel. Sorrio negando com a cabeça.

-Tá bom. -Respondo rindo.-Vai se arrumar, Brian. -Ele nega com a cabeça. -Brian...

-Eu vou com você, okay? -Miguel diz se levantando com ele no colo. Ouço a porta se fechando e espero os dois.

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