HOLLYWOOD'S BLEEDING

By xmcecix

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Você mataria por amor? Quer dizer, faria alguma loucura por amor? Porque Kim Taehyung, Jung Hoseok e Min Yoo... More

CAPITULO UM - SECRETS AND PAST
CAPÍTULO DOIS - CHOICES OR CHANCES?
CAPÍTULO TRÊS - ANYTHING CAN HAPPEN
CAPÍTULO QUATRO - FOREBODINGS
CAPÍTULO CINCO - LOVERS TO RIVALS
CAPÍTULO SEIS - CHANCES OVER REAL CHOICES
CAPÍTULO SETE - FORGIVENESS OR REVENGE?
CAPÍTULO OITO - LOVE IS NEVER ENOUGH
CAPÍTULO NOVE - YOU (UN)KNOW YOUR LIMITS
CAPÍTULO DEZ - CHAOS IS ALWAYS WELCOME
CAPÍTULO ONZE - FAREWELLS
CAPÍTULO DOZE - FEAR OF LOVING
CAPÍTULO TREZE - CHANGES AREN'T ALWAYS WELCOME
CAPÍTULO QUATORZE - WHAT IF...?
CAPÍTULO QUINZE - NEW FEELINGS, NEW CHOICES
CAPÍTULO DEZESSEIS - THE LAST CHANCE
CAPÍTULO DEZESSETE - THERE'S STILL TIME?
CAPÍTULO DEZOITO - A WIN FOR A LOSS
CAPÍTULO DEZENOVE - NEW START

CAPÍTULO VINTE - START FROM SCRATCH

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By xmcecix

POR FAVOR, NÃO PULEM!!!

gente, dessa vez vou começar diferente! primeiro peço que me perdoem pela demora e muito obrigada a todos vocês que esperaram até aqui! eu acho que fiquei muito relutante pra terminar HB, juntou também minha rotina, e enfim, acabou levando mais tempo do que eu planejava! mas esse capítulo foi escrito com MUITO carinho, eu quis abordar e focar quase cem por centro, o novo relacionamento dos taeyoonseok, então espero muito que vocês gostem, de verdade! PROMETO QUE O ÚLTIMO CAPÍTULO NÃO VAI DEMORAR TANTO!! não esqueçam dos comentários e votos POR FAVOR, é uma súplica! ah, uma última coisa, maioria de vocês deve estar sabendo, mas HB vai virar livro, então quando terminarem de ler esse capítulo, por favor, vão na minha BIO e preencham o formulário de intenção de compra se vocês tiverem realmente interesse em adiquirir o livro <3
boa leitura :)

⚠️ ATENÇÃO ⚠️

PALAVRADO DE BAIXO CALÃO / ATO SEXUAL EXPLÍCITO / SEXO NÃO PROTEGIDO / ANGST (BEM LEVE)

START FROM SCRATCH

X  X  X

Nos últimos dias, naturalmente os toques entre eles ficaram mais íntimos. Acabaram cedendo ao pedido de Yoongi para que começassem a dormir juntos naquela cama, que chegava a sobrar espaço mesmo com os três.

As carícias passaram a ser trocadas por baixo dos lençóis, os beijos duravam por mais tempo, eram intensos, com direito a arfares altos e suor orvalhando pelos corpos. Eles até se permitiam chegar ao ápice juntos, mas nunca avançavam tanto, nunca iam até o fim. Eram como agrados ainda contidos, ainda tímidos, apesar disso contradizer a personalidade dos três, mas que aos poucos faziam aquela pedra de gelo se derreter.

Para quem os conhecia, chegava a ser estranho toda essa tranquilidade. Faria sim muito sentido aproveitarem a recuperação de Yoongi para tomarem os corpos um dos outros incansavelmente depois de tantos desencontros. Faria sentido que passassem um dia inteiro transando naquele apartamento, por exemplo, para recuperar o que deixaram para trás.

No entanto, com a convivência, outras coisas surgiram. Eles finalmente puderam se conhecer de verdade, experimentar o sabor de uma vida serena, de uma rotina. Sem cobranças, uma vida onde acordavam e dormiam juntos, sabendo que seus rostos seriam a primeira e a última coisa que veriam no dia. E dormindo em paz apenas por saber disso.

Saber disso os trazia calma. Os fazia não ter pressa. Não havia porquê.

Claro, seria mentira dizer que o desejo carnal não permeava, seria a maior e mais absurda das mentiras. A questão era que – se antes já desejavam um ao outro fisicamente – no último mês puderam ter a certeza do quanto se desejavam por completo. Se desejavam não só em corpo mas em tudo que dizia respeito à parte imaterial, aos mínimos detalhes, em algo que transcendia as barreiras da carne. Se desejavam de dentro para fora. Um desejo que, por acaso, transbordava em forma de beijos castos em testas enquanto um ou outro dormia, em forma de sussurros doces no pé do ouvido, quando tudo já estava bem escuro e a madrugada caía.

Era bom para Hoseok abrir os olhos e ver Taehyung discutindo com Yoongi porque ele estava se esforçando mais do que deveria ao tentar fazer um café da manhã. Para Taehyung era bom sair do banho um pouco exausto, já que em momento algum parou de trabalhar, e ver Yoongi e Hoseok sentados na sala, deslumbrados com algum filme e dividindo um baldinho de pipoca. Foram anos em que eles não desfrutavam da liberdade disso, de algo tão simples e comum para outras pessoas. De amar sem se preocupar, de amar sem complicações e desentendidos. Era bom para Yoongi se pegar distraído com a cena de Hoseok e Taehyung trocando farpas o tempo inteiro, mas diferente de uns meses, aquilo que terminava em mágoa e rancor, agora terminava em risos e beijos de reconciliação.

Era bom, só era bom.

Dias ruins também existiam, contudo.

Por exemplo, na vez em que Taehyung recebeu uma ligação de Seokjin, pedindo para que ele fosse a um cômodo sozinho porque precisavam conversar. 

Hoseok e Yoongi lembram da imagem de Taehyung chegando na sala aos prantos, chorando com desespero, como se sentisse uma dor que, se fosse possível, sairia de seu corpo, tamanha era. Ele tinha acabado de saber da verdade sobre seus pais, sobre um segredo que Irene havia guardado por anos.

Eles sabiam que o coração despedaçado de Taehyung não se curaria tão facilmente, mas estariam lá por ele, segurando suas mãos, certos de que não o deixariam. Nunca. Taehyung dormiu entrelaçado nos dois naquela noite, chorou até pegar no sono. E quando acordou, por mais que a dor não tivesse ido embora, os beijos e os sussurros de amor que recebia dos dois lados agia melhor do que qualquer morfina.

E assim os dias foram passando, alguns mais difíceis, outros mais fáceis. A cada segundo sentiam que estavam mais perto, sentiam que confiavam de verdade naquilo que estavam construindo, mas ainda não haviam dado um nome. Criando cada memória devagar, uma de cada vez, desatando os nós cegos, feitos por eles mesmos, cuidando das feridas que suas próprias mãos causaram.

Cumprindo, finalmente, cumprindo suas promessas.

Mas ainda não era o suficiente, ainda precisavam caminhar uma longa estrada para finalmente assumirem que sim, estava tudo resolvido. Não esquecido, mas resolvido.

Em uma das várias noites, Taehyung estava deitado na ponta da cama, costas repousadas na cabeceira e um tablet em mãos enquanto lia algo sobre o novo projeto que a empresa iniciaria, enviado por Seokjin. Os sons em seu ouvido tentavam o distrair a todo custo, mas ele precisava primeiro terminar aquilo para depois dar atenção aos dois ao seu lado.

Hoseok e Yoongi trocavam um beijo lento, já que essa era uma das coisas que descobriram mais amar fazer. Deitados e parcialmente cobertos, eles diminuíam cada vez mais o mínimo espaço que os separava, olhos fechados, mentes escurecidas e âmagos tomados por intenções. Sempre haviam intenções, mas era aquilo, eles aprenderam o quão era bom aproveitar cada segundo sem precisar ter pressa, como era bom agir com calma e captar cada nota do sabor um do outro, já que nenhum deles iria fugir.

Yoongi, Taehyung e Hoseok já haviam tomado um ao outro de várias maneiras durante o percurso desses longos anos. Com raiva, com ciúmes, com pressa, com discrição, com extravagância. Em namoros, traições, relações indefinidas. Em segredo e em público.

Nenhuma dessas maneiras, contudo, tinha sido aquela com a qual se tomavam ali.

Com calma. Com muita calma.

Era como se soubessem que, naquele infinito campo de batalha que abrigava as trajetórias de suas vidas, eles não eram mais adversários, mas sim cúmplices.

Era como se soubessem que não estavam em rota de colisão um contra o outro, mas sim de encontro. Até que enfim estivessem lado a lado. Mãos dadas e corações em sinergia.

Finalmente puderam perceber que independente de quantas vezes tentassem os matar, de quantos inimigos tivessem, independente das vezes que se consideraram rivais entre si, o final era sempre esse. Os três juntos. E isso talvez quisesse dizer mais do que eles foram capazes de entender no passado.

Não tinham mais suas blusas no corpo, a perna de Hoseok fazia peso por cima das de Yoongi, suas mãos acariciavam-o nas bochechas macias, desciam para os ombros e braços com leveza, subiam novamente, direto para os cabelos grandes, se entrelaçando ali como se nunca – nunca mais – fosse soltar. Nunca mais fosse deixá-lo ir.

Hoseok amava cada pedacinho dele, amava tocar tudo que podia, assustadoramente querendo gravar aquele corpo inteiro em seus dígitos, assim como seu cheiro, o cheiro que agora podia admitir abertamente que adorava. Para que traços seus durassem ali pra sempre, marcas perenes de sua pele na pele alheia. De seus lábios, seus dentes. Ele queria se carimbar em Yoongi, queria se tatuar em Yoongi, se pudesse. Foi tempo demais negando aquilo para se conter à essa altura.

Yoongi deixava sorrisos escaparem conforme suas mãos, que estavam cobertas pelos lençóis, deslizavam no abdômen de Hoseok, sempre lento, sempre desejando que aquilo se prolongasse ao máximo. Sentia a textura gostosa da definição moderada na barriga alheia, se via fora de órbita, quase alucinando, porque Hoseok beijava muito bem, simplesmente encaixava. E todas as intenções – não tão – secretas de Hoseok se revelavam na forma que seus olhos se abriam e encontravam os de Yoongi, cheios de amor.

E ainda que já estivesse maravilhoso, em sua cabeça, ou melhor, na dos dois, o que mais queriam era que Taehyung acabasse aquilo logo para se juntar.

Yoongi continuava permitindo tudo, também investindo, também mostrando seu desejo que se tornava cada dia mais incontrolável. Os dedos ainda roçavam no mesmo local, ele percebia muito sutilmente no toque os pelos quase invisíveis da barriga de Hoseok, os deixava escorregar mais para baixo, na altura dos oblíquos marcados.

Não era a primeira vez que sentia um relevo naquela área ao passar a mão, sempre se questionou o que era e pretendia perguntar há um tempo atrás, mas nunca o fez.

— Seok... — Chamou baixinho, ainda dentro do beijo.

— Hm — Ele respondeu em um murmúrio, sem dar atenção para mais nada que não fosse a boca de Yoongi. Hoseok estava vidrado. Muito envolvido no momento para negar qualquer pedido que o outro fizesse.

Apesar de Hoseok estar mais calmo do que de costume, ainda era afoito em seus atos, era excessivo, impetuoso. Beijava Yoongi como se nunca fosse parar, e caso não fosse humanamente impossível, tentaria. Ele descontava todo seu desejo guardado por meses, sentia que finalmente estava livre para sanar aquela vontade inacabável, sem precisar se esconder, sem precisar fingir. E deixava isso bem claro.

— P-posso te... Perguntar uma coisa? — Yoongi teve de empurrá-lo levemente pelo peitoral antes que ele acabasse em cima de si. Deu uma risadinha quando ele abriu um semblante frustrado.

— Fala, pasión... — Hoseok suspirou, bastante chateado com a distância repentina.

— Isso aqui... — Seus olhares estavam conectados quando Yoongi roçou a pontinha do dedo no local — É uma cicatriz? — Hoseok notou o que o outro fazia e rapidamente se desvencilhou do ato. Não com grosseria, mas como se tentasse desviar daquele assunto. Um mecanismo de defesa que tentou muito disfarçar, mas obviamente não conseguiu.

— É... Eu machuquei quando era mais novo — Hoseok inventou a primeira coisa que passou em sua mente, se apressando em voltar para o que faziam antes na intenção de esconder qualquer desconforto em sua expressão.

Mas foi impedido.

— E como foi isso? — Yoongi notou rápido que havia algo ali, uma história, talvez. Ele queria saber.

— Ah, pasión... Nem lembro direito — Mentiu, já sentindo um incômodo no peito, um desconforto na garganta — Vem aqui...

— Você nunca contou a sua história 'pra gente... — Yoongi fez aquela observação de repente, chamando atenção de Taehyung que escutava tudo mas ainda não se sentia pertencente ao assunto. Não até aquele momento.

Hoseok suspirou fundo ao ter aqueles olhares em si. Se jogou para o lado, entendendo que não tinha mais como se esquivar. Ainda que lhe trouxesse dor, ainda que odiasse mencionar qualquer memória do passado, não tinha muita escolha.

Em algum momento precisaria falar.

— Eu não gosto de falar sobre isso... — Foi sincero, preferindo não olhar para ninguém.

— Você pode contar só da cicatriz, por enquanto — Taehyung falou pela primeira vez, dando aquela sugestão. Voltou a atenção para o tablet, como se aquilo fosse deixá-lo mais confortável. Hoseok coçou a nuca, sem ter ideia de como formular algo — Eu fiz o Yoongi sofrer quando deixei ele ir embora sozinho... Acredite, não tenho muito pelo o quê te julgar.

Hoseok riu baixo e melancólico, mas não era bem esse seu medo.

— É dessa cicatriz mesmo que eu não gosto de falar... — Deixou um novo riso sem graça escapar, no entanto, não deu indícios de que voltaria atrás — Isso aqui foi um tiro de raspão que eu tomei. Eu tinha dezenove anos...

Uma pausa foi dada e o silêncio tomou conta do espaço. Eles prendiam as respirações, Taehyung e Yoongi começando a perceber que talvez fosse ainda mais sério do que estavam imaginando. Taehyung bloqueou o aparelho, havia terminado naquele momento o que precisava fazer. Escorregou na cama, deitando na mesma altura de Yoongi.

— Vocês já devem ter ouvido falar do meu pai por aí... Jung Chang Ho — Os dois afirmaram em murmúrios positivos — Ele não era um santo, mas era um cara bom — Hoseok tinha a entonação nostálgica — Eu tinha um ano de idade quando ele adotou meu irmão — Taehyung e Yoongi estranharam aquilo, sabiam que Hoseok tinha uma irmã que mal falava, mas um irmão? — Ele era tudo 'pra mim... Já era mais velho, tinha doze anos. Uma referência...

Hoseok cessou a fala, olhando para o lado e vendo seu maço de cigarros e um isqueiro na mesa de cabeceira.

Se esticou para pegar e logo tinha um aceso entre os lábios.

— Com o passar do tempo, conforme eu fui crescendo... Percebi que ele era uma pessoa complicada — Deu um trago longo, tentando organizar os detalhes daquilo tudo em sua cabeça — Resumindo, eu via que ele não aceitava muito bem a relação dos meus pais comigo... Acho que se sentia diferente, ou algo assim. Até hoje eu me pergunto o que realmente motivou ele a fazer o que fez, porque mesmo que tivesse dinheiro envolvido, ou alguma coisa sobre ele querer ocupar o lugar do meu pai, ou querer estar no meu lugar... Sei lá, nunca me pareceu ser só isso.

Hoseok se remexeu na cama, sentindo aos poucos as palavras virem com mais facilidade.

— De qualquer forma, não faço muita questão de saber... No fim das contas ele acabou se virando contra todos nós, ficou revoltado 'pra caralho... Mas foi embora. E por mais que eu tenha chorado pela ida dele, foi melhor 'pra todo mundo — Hoseok sorriu como se aquilo soasse tanto cômico, quanto trágico.

Yoongi e Taehyung tinham os olhos bem abertos e concentrados em cada parte daquilo, Hoseok se sentia vigiado, a sensação de estar sendo pressionado o deixava nervoso, mas não via mais sentido em parar.

— Passou um tempo e meus pais 'tavam começando a se reerguer, eu também 'tava seguindo em frente. Minha irmã já tinha ido morar fora daqui... E quando a gente menos esperou, uma bomba caiu na nossa cabeça de uma hora 'pra outra — Hoseok percebia os olhos marejando, um amargor na boca — Nesse dia eu 'tava voltando da faculdade mais cedo, por coincidência o professor da última aula tinha faltado e eu resolvi ir 'pra casa... Quando eu cheguei lá não deu tempo de pensar muito, porque minha mãe, os funcionários, todos estavam sendo mantido como reféns por uns cinco caras encapuzados.

O coração de Hoseok se apertou ao finalmente chegar naquela parte. O cigarro já havia acabado e ele usou do tempo que tinha em apagá-lo para decidir se daria conta mesmo de falar.

— Eu 'tava achando que era um assalto, então pensei que se ninguém reagisse, eles iam pegar o que queriam e ir embora. Mas o que eles queriam era a minha mãe. Quando eu me dei conta disso acabei perdendo a cabeça, tentei brigar, mas porra, eles eram o dobro do meu tamanho e eu era só um moleque — Nada daquilo nunca havia passado na cabeça de Taehyung e Yoongi, nunca — Eles arrastaram a gente 'pro andar de cima, um monte de arma e fuzil apontado 'pra nossa cara — Hoseok imitou o gesto de um revólver com a mão, sem notar direito que fazia — E eu nem me lembro o que eles 'tavam falando, porque o tempo meio que parou quando eu vi eles atirando na minha mãe.

As lágrimas que já saíam enfim tornaram-se grossas, os sons afogueados de suas narinas se entupindo, a dor dilacerante o preenchendo ao ter as imagens daquele dia tomando o lugar de sua visão.

— Hoseok... — Taehyung, preocupado, tentou se erguer para intervir, mas Hoseok tomou a frente.

— Minha primeira reação foi tentar impedir, eu avancei naqueles filhos da puta, mas eles atiraram em mim também — Sua voz, mesmo abarrotada de ódio, saía quebradiça, frágil — Pegou de raspão, mas naquele dia eu quis que eles 'tivessem acertado.

Hoseok não queria se sentir tão exposto, tão vulnerável. Suas pálpebras se apertaram uma na outra como se o ato pudesse causar algum alívio. Mas não, o que de repente lhe deu uma sensação de - quase - conforto, foram os dedos de Yoongi se enlaçando nos seus. Passando força, garantindo que estavam ali para ele.

— Eu tentei salvar ela, eu juro que tentei — Hoseok chorava como uma criança, levando um dos braços para frente do rosto, o peitoral subindo e descendo descompassado — Eles atiraram no peito dela, no coração dela, porra... Era 'pra matar, sempre foi, caralho...

Taehyung e Yoongi tinham os próprios corações em pedaços por vê-lo daquele jeito, seus olhos também marejando na medida em que viam Hoseok mais e mais acabado. O amavam, o amavam mais que tudo, como não sentir? Como não querer protegê-lo um pouco?

— Eu convivo com essa porra de culpa a minha vida toda, era 'pra eu ter salvado ela, era 'pra ter sido eu no lugar dela!!! — Gritou sem muito pensar no que fazia, conseguindo controlar a voz, a raiva tomando ainda mais forma — Eu já iria me vingar de uma forma ou outra, mas quando descobri que aquilo tinha sido um mandado do meu irmão, caralho... Eu surtei. Comecei a viver 'pra isso. 'Pra acabar com a vida daquele verme. Mas ele continuou saindo por cima — Hoseok pendeu a cabeça para o lado, tendo os dois pares de olhos em si — Tirou meu pai um tempo depois... Me tirou dos meus amigos, tirou meu filho.

Ao ouvirem aquela última parte, Yoongi e Taehyung arregalaram seus olhos, como se todas as informações tivessem se embaralhado de um segundo para o outro.

— Filho? — Yoongi perguntou baixo, na dúvida se tinha mesmo escutado aquilo.

— É... — Hoseok sorriu — Ele não chegou a nascer... Mas eu já amava ele 'pra caralho, ia mudar de vida por causa dele. Mas não aconteceu.

— Nós... Nós sentimos muito... — Taehyung disse o que pareceu correto na hora. Hoseok assentiu para ele, sabendo disso, sabendo que eles sentiam sim.

— Meu irmão me tirou tudo — Continuou — Por culpa dele o Jimin foi preso, por culpa dele o Namjoon teve que passar um tempão escondido na Rússia — Naquele momento, Yoongi franziu o cenho, uma vez que naquela parte, ele estava presente. Se lembrava de tudo — Meu irmão quase me tirou você, Yoongi — E então, Yoongi entendeu. Taehyung ainda tentava ligar as peças.

— Hoseok... — Yoongi iria dizer, mas Hoseok quis fazer aquilo ele mesmo.

— Heechul era meu irmão.

Aquele apartamento foi inundado por um silêncio desconfortável. Ninguém ousou falar nada após Hoseok confessar aquilo com todas as letras, pelo menos não por um instante. Taehyung e Yoongi precisavam de um tempo para absorver a informação, e Hoseok precisava de um tempo para a própria cabeça descansar depois de ter revivido tantas memórias.

Em síntese, perceberam que não tinha muito o que ser dito. Não perderiam tempo questionando Hoseok o porquê de ele não ter contado antes, seria hipocrisia. Não perderiam tempo buscando ainda mais sobre aquela história que o machucava tanto.

Por isso, Yoongi e Taehyung só se aproximaram de Hoseok, de uma forma desajeitada, o envolvendo em um abraço reconfortante, deixando que ele pusesse para fora o resto das lágrimas, deixando que ele terminasse de sentir aquilo para finalmente seguir em frente, se é que isso aconteceria.

Acontecendo ou não, estariam lá para ele. Isso era inegável.

— Você não 'tá sozinho... sabe disso, 'né? — Taehyung sussurrou no ouvido de Hoseok, selava os cabelos longos dele com beijos ternos enquanto uma das mãos acariciava seu rosto molhado.

— Vai ficar tudo bem, Seok... uma hora tem que ficar, eu sei disso — Yoongi complementou, também o tocando nos cabelos, mas para afastá-los da testa de Hoseok. Com cuidado, com carinho, com amor.

— Vai ficar sim... já 'tá tudo bem... — Hoseok, por fim, garantiu, encarando um de cada vez ao deixar claro que eram eles o motivo de sua tranquilidade.

DUAS SEMANAS DEPOIS
SEOUL, MANSÃO

X  X  X

Há tanto tempo que tudo não ficava tranquilo como nos últimos dias...

Esperavam por isso, contudo. Ansiavam, na verdade.

Confrontos na proporção do último não aconteciam com frequência, é claro. O problema é que quando aconteciam, além de durarem uma eternidade para finalmente acabarem, deixavam sequelas.

Sequelas físicas, mentais e, principalmente, emocionais.

E também haviam as mudanças, que variavam entre as boas e as ruins.

Naquela manhã, Seokjin só queria ter o irmão ao seu lado. Queria poder conversar com ele, o abraçar um pouco, quem sabe ofendê-lo gratuitamente... Só para ter a sensação de que estavam perto um do outro mais uma vez.

Não tinha voltado a falar mais nada sobre Irene e seus pais, não tinha mais perguntado sobre quase nada relevante. Queria livrá-lo de preocupações, queria deixá-lo em paz, pois sabia que em breve ele estaria de volta.

Mas em contraponto, isso o sobrecarregava.

Ainda tinha Hoseok, que de um segundo para o outro pareceu ter esquecido de Choi San. Seokjin há um tempo atrás ainda avisou que ele faria isso, mas Hoseok preferiu teimar e dar uma garantia de algo que certamente não daria conta.

Seokjin teve que arcar com as consequências, é lógico.

Mas ele também conseguia entender Hoseok, não estava mais disposto a brigar ou cobrá-lo de algo que a essa altura já tinha sido resolvido.

Há mais ou menos uma semana atrás Jungkook finalmente encontrou a mãe de San. Ela estava mesmo nos Estados Unidos. Foi Seokjin quem se deu ao trabalho de explicar tudo a ela, contar detalhe por detalhe sobre Siwon, sobre Heechul. Não adiantava querer mentir para uma mulher que o conhecia desde mais jovem, que sabia o que e quem ele era.

De todo modo, ela não tinha interesse em nada que não fosse seu próprio filho.

E assim foi feito, eles conseguiram uma passagem para ela voltar à Coreia e a partir disso, San e ela poderiam recomeçar suas próprias vidas. Claro, sendo vigiados quase a todo momento.

Seokjin não tinha culpa, precisava proteger os seus.

— O moleque quer falar com você antes de ir — Jimin apareceu na porta de seu escritório.

— Falar o quê? — Seokjin não sabia o que mais San poderia querer consigo.

— Acho que é sobre o amigo dele, o sobrinho do Heechul.

Seokjin arqueou as sobrancelhas e assentiu, vendo sentido no garoto querer saber de Wooyoung. Mas ele já tinha uma resposta para isso.

— Beleza, já 'tô indo lá... — Avisou e Jimin deu as costas.

Seokjin chegou no quarto em que San estava hospedado. Notou a pequena mala repousada em cima da cama, já que a maioria de seus pertences ainda estavam na casa de seu pai, e o garoto olhando para o próprio reflexo no espelho enquanto colocava um casaco.

— E aí, menino... Ansioso? — Seokjin perguntou e recebeu quase de imediato um sorriso dele. San teve tempo o bastante para se acostumar um pouco com aqueles caras. No fim, não mais os considerava tão carrascos assim. Desde o primeiro dia, cumpriram o que lhe prometeram.

— Muito... — Falou um pouco sem graça — Seokjin... eu 'tô preocupado com o Wooyoung, eu queria notícias dele.

— Ele 'tá bem, garoto — Jin garantiu. Desde o pequeno susto que Hoseok inventou em dar nele, Wooyoung estava sendo vigiado quase constantemente — Ainda 'tá morando na casa do Heechul, mas 'tá sozinho. Ele acabou vendo as notícias, descobriu quem era o próprio tio... Nós deixamos ele respirar nos primeiros dias, e depois eu mesmo fui lá.

— Você foi lá? E aí?

— A morte do Heechul pegou muito ele, porque apesar do que aquele homem fez, seu amigo era a única pessoa que ele protegia. Então... Não tem como culpar ele.

— Mas você disse que ele 'tá sozinho...

— Ele quis ficar sozinho, mas eu falei que você 'tava com a gente. Ele quer te ver e eu prometi que vocês iriam. Então... Você sabe o endereço e pode fazer o que quiser.

— Ele pode ir comigo encontrar a minha mãe?

Seokjin ergueu os dois ombros para cima em um gesto de que isso não era decisão dele.

— Você quem sabe, moleque...

— Eu quero!

— Então se apressa que antes do aeroporto vocês vão buscar o garoto na casa dele.

San ficou tão animado que Seokjin não conseguiu disfarçar o pequeno sorriso nos lábios. Ele seria levado por Jackson e Changbin, então teoricamente aquela era a última vez que o veria pessoalmente.

Pelo menos por um bom tempo.

— Boa sorte daqui 'pra frente — Seokjin desejou. San sorriu e agradeceu baixinho — E lembre-se do nosso combinado... Caladinho. Titio Jin é maneiro mas não tem medo de usar uma arma.

San arregalou os olhos, mas acabou por rir em seguida. Como antes dito, ele tinha se acostumado um pouco com o jeito daqueles homens.

Eram esquisitos e assustadores, mas justos.

— Ah... — San pareceu ter se lembrado de alguma coisa — O Hoseok... ele... ele perguntou algo de mim?

Seokjin respirou fundo. Ouvir aquele tipo de perguntava chegava a lhe dar pena.

— Você é jovem... Tenta se preocupar com o que realmente vai ser bom 'pro seu futuro, 'pra você... Hoseok 'tá longe de ser alguém que merece sua atenção agora.

Não é como se ele estivesse ofendendo o amigo, mas sejamos sinceros, o que homens como Hoseok, ou como todos eles, poderiam oferecer para um garoto como San.

Um garoto limpo, com a chance de aproveitar o melhor da vida sem se sentir... preso.

Claro, Hoseok amava Taehyung e Yoongi, isso não tinha discussão. Mas será que os amaria se não fossem quem eram?

Se parasse para pensar, Seokjin diria que era um conjunto. Um conjunto de fatores que sustentava aquela ideia maluca, mas tão perfeita.

Aqueles três foram feitos um para o outro e o amor nunca foi a única coisa que os guiou.

Assim como não foi a única coisa que lhe guiou até o presente momento.

.  .  .

Com todas as peças se encaixando, Seokjin não tinha motivo para ainda sentir um certo vazio.

Verdade seja dita, ele tinha motivo sim. E esse motivo estava passando mais tempo cuidando de uma criança - praticamente - desconhecida do que qualquer outra coisa.

Seokjin estava encostado na porta principal da mansão, fumando. Seokjin não era de fumar. Seus olhos estavam presos na cena atípica de Namjoon dentro da piscina com aquele menininho no colo.

Importante dizer que ele também vinha gastando rios de dinheiro com brinquedos e outros artefatos infantis.

Um ou dois deles já tinham sido - sem querer - quebrados pelos comandantes que caminhavam pela mansão e acabavam pisando.

O garotinho tinha duas bóias temáticas nos bracinhos gordos, gritava toda vez que Namjoon o jogava para cima e o segurava antes da água tentar cobri-lo totalmente. Seokjin até queria, mas não conseguiu conter o sorriso.

Namjoon, inclusive, sabia bem que ele estava ali. Sempre sabia quando Seokjin estava presente, e sobretudo, sabia que ele precisava de um tempo. Era um tempo diferente do seu, dos outros.

Mas naquele instante, seus olhares se esbarraram, e a reação que teve foi levantar um braço e chamá-lo para perto.

Seokjin olhou para os lados, mas foi. Caminhando incerto até eles, mas foi.

— Pode segurar ele aqui? Vou sair da água e se eu deixar ele na borda ele vai se jogar aqui dentro de novo.

Seokjin hesitou por um momento, não sabia lidar muito bem com crianças, mas ao se dar conta, já estava com o pequeno em seus braços, tendo suas roupas molhadas e o menino agitado querendo brincar consigo.

— Ei! Você 'tá me molhando todo — Ele o repreendeu falsamente, rindo quando o garoto também começou a rir — Você é atentado... e gordo.

Namjoon via tudo um pouco mais de longe, fazendo aquilo de propósito, é óbvio. Até parece que um homem daquele tamanho não conseguiria sair de uma piscina com uma criança no colo.

Ele se aproximou pouco tempo depois, esticando os braços para o menino voltar. Mas a criança não quis.

— Ué... não quer vir com o tio? — Falou, fingindo estar frustrado.

O menino que ainda conhecia poucas palavras murmurou descontente, se agarrando ao pescoço de Seokjin, que estava parado. Parado não, petrificado.

— Ele gostou de você... — Namjoon voltou a falar e finalmente teve os olhos de Seokjin para ele — E agora? Como vou fazer 'pra dar banho nele?

Seokjin estava em silêncio ainda, sendo praticamente sufocado pelos bracinhos do menino. Uma de suas mãos acariciava inconscientemente os cabelos úmidos da criança e a outra, servia como apoio.

— Minjun... Você precisa tomar banho agora... Ou vai ficar gripado e sujinho — Seokjin disse a ele, tentando fazer com que o olhasse. O menino apenas resmungou dengoso e deitou a cabeça no ombro de Jin, bocejando em seguida.

— Ele 'tá com sono já... Brincou o dia inteiro — Namjoon falou — Me dá ele aqui.

Mesmo a contragosto da criança, Namjoon precisou arrancá-lo do colo de Seokjin, com cuidado, é claro. O menino começou a chorar baixinho, provavelmente estava com sono, frio e fome.

— Por que ele 'tá chorando? — Seokjin se sentiu meio mal, meio preocupado, não sabia dizer.

— Ah, é normal... Ele deve estar com fome e com sono também, aí fica manhoso... Vou lá dar banho nele. Será que você pode só jogar aquela toalha aqui em cima dele, por favor?

Seokjin se apressou em pegar a toalha com tema de heróis em cima da espreguiçadeira, colocando-a sobre o menino.

Tendo ou não ideia de suas ações, ele seguia Namjoon pelo gramado até a entrada da mansão, sem saber porquê fazia.

Os dois e a criança passaram pela sala e Jungkook e Jimin, que estavam sentados comendo alguma coisa, só franziram o cenho e se encararam.

— 'Tô delirando ou você também viu aquilo? — Jeon quem disse.

— Se você 'tiver delirando eu também 'tô... — Jimin fez uma careta de espanto, mas no fim, os dois preferiram voltar a fazer o que faziam antes.

Nada mais era explicável naquele lugar.

Namjoon colocou a senha para abrir a porta de seu quarto. Fazia tempo que Seokjin não entrava lá.

Aliás, Namjoon ainda não tinha entendido muito bem o que Jin fazia atrás dele, mas não o questionou.

Assim que entraram, Seokjin tomou um susto. Todos os móveis estavam realocados e a bagunça chegava a dar dor de cabeça.

O quarto era grande, então foi fácil para Namjoon separar um espaço só para o menino. Havia uma cama para ele, pequena, com barreiras de proteção nas laterais e um cobertor do homem de ferro jogado por cima.

Para todo lado havia brinquedos, todo lado mesmo.

Seokjin achou graça, porque em outra época, se entrasse naquele mesmo quarto só veria cuecas jogadas, maços de cigarros acabados e não uma pilha de fraldas tamanho médio em cima da cômoda.

No banheiro a situação não era muito diferente.

Seokjin precisou passar por cima de um carrinho daquela marca famosa que ele não sabia muito bem o nome, e quis gargalhar quando viu a banheira de hidromassagem que Namjoon dizia amar mais que a própria vida.

Ele passava horas e horas lá. Mas agora tinha alguns patinhos de borracha e alguns outros brinquedos que ele não prestou muita atenção.

— Confesso que 'tô surpreso — Teve que dizer — Por que não pede 'pra arrumarem essa bagunça?

— Arrumaram de manhã, Seokjin, de manhã, mas esse menino bagunçou tudo de novo — Namjoon disse quase com desespero, arrancando uma risada de Jin — Liga a água quente ali, por favor — Namjoon aproveitava a presença - estranha - de Seokjin para pedir ajuda, já que ele precisava despir o menino das roupas molhadas.

Seokjin fez o que foi pedido e se afastou novamente, observando Namjoon fazer tudo até que com bastante destreza. Não imaginava que ele tinha jeito para aquilo.

— Como esses brinquedos foram parar na banheira, Namjoon?

— Esses são os brinquedos de banho dele, ele fica agitado demais se não tiver nada 'pra se distrair e eu não consigo dar banho.

Seokjin achou graça daquela declaração e continuou observando toda a cena. Namjoon terminou de preparar o que era preciso para começar a dar banho no garoto e se livrou da bermuda que usava na piscina, ficando apenas de cueca.

Seokjin ficou um pouco desconcertado, coisa que não era comum de acontecer antes, mas fingiu não ver, até porque ele já entrava na banheira com o garoto no colo.

Os minutos seguintes passaram-se meio que correndo. Namjoon secou a criança ao máximo ainda dentro do cômodo, enrolando-o na toalha para em seguida, esticá-lo na direção de Seokjin.

— Põe ele deitado 'pra mim? Eu só preciso tirar esse cloro do corpo e já vou lá trocar ele.

Bom, Seokjin não teve muito no que pensar, só abriu os braços e acomodou o menino neles, caminhando para fora do banheiro e deixando Namjoon à vontade.

— 'Pra uma pessoa tão pequena, você é bem pesado — Murmurou, sabendo que ele não o entenderia direito.

Um sorriso contido brotou em seus lábios quando pôs o menininho deitado de barriga para cima na cama maior, que parecia entretido demais com um brinquedo na mão.

Seokjin respirou fundo e observou o espaço, resolvendo seguir seu coração. Pela primeira vez.

Foi até a cômoda que Namjoon havia organizado com os pertences de Minjun e pegou de lá uma fralda, pomada e perfume infantil. Achava que era o certo.

Ele lembrava de sua mãe falando algo sobre isso, não tinha certeza.

Voltou para perto do garoto, segurando as duas perninhas juntas para cima, com menos dificuldade, já que ele parecia estar cedendo aos poucos ao sono.

Passou uma quantidade moderada de pomada nos dedos antes de levá-los à virilha e bumbum do menino, evitando que ficasse assado após tantas horas naquela piscina.

— Você é fofo — Segredou ao ouvir uma risada dele.

Com a fralda também não houve grandes mistérios, então logo a criança estava parcialmente vestida.

Seokjin retornou à cômoda para guardar o que havia usado e abriu a primeira gaveta com roupas dele. Escolheu algo que pareceu ser quentinho o suficiente e também o vestiu com um macacão branquinho e meias da mesma cor.

— Hm... falta pentear seu cabelo — E mais uma vez, foi até a cômoda em busca de uma escova com cerdas fininhas.

Arrumou os fios da criança para os lados, ficando satisfeito com o resultado. Ele também poderia se sair bem naquilo, pelo visto.

— 'Tá lindão, igual ao tio... Namjoon não é bom nos penteados, assim 'tá bem mais maneiro — O menino esticou os bracinhos para ele, provavelmente querendo colo. Seokjin deu, claro que deu.

O acomodou bem confortável em seus braços, o deixando repousar a cabeça em seu ombro e começou a niná-lo em movimentos suaves enquanto caminhava pelo quarto.

Acabou lembrando que provavelmente ele dormiria mais rápido com a ajuda de uma chupeta, mas olhando em volta, Seokjin não encontrou à vista.

Continuou procurando nas gavetas da cômoda, em cima de algum outro móvel, mas aparentemente Namjoon tinha guardado em algum lugar mais protegido, para não pegar poeira, talvez.

Seokjin foi até o móvel de cabeceira de Namjoon, puxando a gaveta. E lá estava a bendita. Dentro de uma capinha protetora de plástico transparente em cima de alguns papéis.

Como estava com o menino no colo, curvou de leve a coluna para o lado, tentando pegar o objeto, e no ato, acabou virando um dos papéis para cima, revelando uma foto dos dois.

Dele e Namjoon.

Que coisa mais clichê.

Mas Seokjin tomou um tempo olhando para aquilo, se perguntando o porquê de Namjoon guardar uma foto impressa deles, especificamente, no dia em que se conheceram.

Aquilo mexeu consigo, não tinha como não mexer.

Ele só voltou à realidade quando o menino murmurou algo, parecendo desconfortável pela posição. Pegou de uma vez a chupeta e fechou a gaveta sem mais pensar no que tinha visto.

Quando já estava próximo à cama menor, colocou o menino deitado nela, que já piscava lentinho, e ouviu o barulho da porta do banheiro.

Namjoon saiu vestido com uma bermuda curta e a toalha apoiada em um dos ombros.

Paralisou imediatamente ao ver a cena de Minjun completamente vestido e arrumado, já caindo no sono.

— Você arrumou ele? — Perguntou baixinho para não despertar o menino.

— Aham... Acho que não sou tão ruim nisso — Seokjin respondeu com uma risada sem graça, não sabendo muito para onde olhar.

— É... ele dormiu mais rápido do que quando é comigo.

Um silêncio esquisito pairou naquele quarto, Namjoon foi até seu closet e quando voltou, já tinha uma camisa cobrindo seu tronco. Seokjin permanecia de frente para a janela de braços cruzados.

— Obrigado por me ajudar com ele hoje... Foi importante 'pra mim — Confessou.

— De nada... Te falei que não ia negar ajuda quando você precisasse — Seokjin não queria entrar naquele assunto, não queria ficar encurralado mais uma vez, mas precisava que Namjoon soubesse que ele também não era um monstro.

— Sei... Mas sobre as outras coisas? Vai continuar me negando?

Era isso que Seokjin não queria.

— Namjoon...

— 'Tá, 'tá bom... Esquece o que eu disse — Namjoon levantou as duas mãos, se rendendo — Vou descansar um pouco também, recuperar as energias porque quando ele acordar, não durmo mais.

— Vem aqui... — Seokjin não achava que estava tomando uma ótima decisão, nem perto disso, mas novamente, seguia o que seu coração mandava.

Namjoon caminhou lentamente para perto dele, encostando na janela, exatamente como o outro.

— Você sabe que... Você sabe que eu gosto de você, Namjoon, já deixei isso claro.

— Sei, e a teoria é muito bem-vinda, Jin... mas só queria entender o que impede a gente sei lá... De tentar alguma coisa.

— Por que você insiste nisso? Eu fui péssimo com você.

— Também não sei... Mas é o que eu tenho — Colocou um pouco de humor na fala, sentindo o coração errar algumas batidas quando Seokjin sorriu. Porra, aquele sorriso era lindo.

— Olha... Materialmente falando, nada me impede de ficar com você, é só que eu tenho a impressão que a gente só fode um com o outro, e sendo muito sincero, Namjoon... Eu 'tô cansado de te fazer criar expectativas.

— Eu nunca criei expectativa com você. Te conheci desse jeito, Jin. A questão é que você me decepcionou 'pra caralho como pessoa, por muito tempo você agiu como se eu não fosse nada 'pra você, como se você fosse maior que todo mundo, e isso sim é brabo. Porque gostar de você como homem nunca me fez esquecer de que a gente era amigo acima de tudo. E perdemos isso, você sabe.

— Eu sei. Eu não fui seu amigo.

— Não foi... Mas pode voltar a ser, 'tô te dando essa chance. Hoseok, Yoongi e o seu irmão voltam depois de amanhã, e eu já percebi que você 'tá querendo deixar tudo alinhado 'pra chegada deles... Por que não resolve essa parte da sua vida também?

— Não sei como fazer isso, Namjoon — Desviou o olhar para a paisagem lá fora, novamente rindo sem graça.

— Não tem fórmula, cara... Escuta, olha 'pra mim — Seokjin fez — Me desculpa pelas paradas que eu te disse que te magoaram, não era minha intenção te afastar, mas eu precisava que você soubesse.

Namjoon fez aquilo com sinceridade, mas querendo mostrar ao outro que aquele poderia ser... Um começo.

— Me desculpa por tudo... Por tudo mesmo, não dá nem 'pra listar. Depois do Taehyung, você é a pessoa mais importante da minha vida, e sabe disso, não precisa fingir surpresa.

Namjoon assentiu, chegando mais perto para envolvê-lo em um abraço. Nos primeiros segundos não foi retribuído, como se Seokjin estivesse em choque, mas logo, seus braços rodearam as costas alheias, com um suspiro longo saindo de sua boca em alívio.

Aquilo era bom.

— É muito estranho te abraçar — Confessou baixinho no ouvido de Namjoon.

— Por quê?

— 'Tô acostumado a beijar você.

Namjoon o afastou de si, o olhando profundamente, perdendo um tempo ao encarar cada detalhezinho daquele rosto antes de juntar as bocas.

E bem, o beijo também foi estranho. Pois ainda que estivesse acostumado a beijar Namjoon, como dizia, não era aquele tipo de beijo, não com aquelas intenções.

Lento, calmo, línguas que só buscavam uma pela outra, e não brigavam por espaço, mãos que não impunham posse, mas que só queriam perto, arfares baixos que se distinguiam dos anteriores, naquele instante, mostravam saudade. Apenas saudade.

— Amo você — Namjoon quem disse, é óbvio.

— Porra... Eu te amo também, Namjoon.

ALGUNS DIAS DEPOIS

X  X  X

Aquela seria a última noite dos três no apartamento.

Yoongi quem sugeriu que comemorassem, por algo ainda implícito, diga-se de passagem. Na realidade só queria muito abrir uma garrafa - ou mais - de vinho naquela noite um pouco fria e manter os corpos de Hoseok e Taehyung bem próximos ao seu.

Ouvir uma música, quem sabe. Eles nunca tinham trocado gostos musicais, apesar de já ter escutado Taehyung cantarolar trechos do The Police, ou do Tears for Fears enquanto estava distraído, mas isso era desde quando se conheceram.

Já havia percebido também como Hoseok parecia gostar de melodias mais lentas, sensuais, ainda que os sons de fundo fossem graves e pesados. Não se lembrava muito bem o nome dos artistas, mas tinha certeza de que alguns eram latinos e nunca resistia em batucar os pés e mover a cabeça de um lado para o outro quando elas começavam a tocar pelo apartamento. Eram boas.

— Nossa... Parece que você adivinhou o que eu 'tava querendo... — Taehyung suspirou longo e audível, como um gesto de satisfação ao que uma taça com vinho branco fora entregue para si — Mas 'pra que esse agrado todo, meu amor? — Voltou a perguntar enquanto Yoongi servia uma para Hoseok também, que ainda estava distraído no celular.

— Nada, ué... nós vamos embora amanhã e eu acho absurdo sairmos daqui sem beber pelo menos alguma coisa do Seokjin — Brincou em meio à mentira. Se foi convincente, não era algo que importava, pois seja lá qual fosse sua intenção, os outros dois estavam igualmente dispostos a compartilhar junto a ele.

Yoongi caminhou até a mesa de centro, buscando pelo controle da televisão para abrir no aplicativo de músicas. Colocou uma qualquer, em volume baixo, para não impedir que conversassem.

Enquanto fazia, Hoseok e Taehyung se encararam por segundos, cúmplices, achando tudo aquilo muito mais sugestivo do que gostariam de admitir. Yoongi estava vestido apenas com uma camisa larga e grande demais para seu corpo, as pernas ficavam expostas mas suas curvas não apareciam no tecido folgado.

Ele voltou para perto, se jogando no sofá, bem no meio dos dois. Apoiou a cabeça no ombro de Hoseok e jogou as pernas em cima de Taehyung.

— Com quem você 'tava falando hoje mais cedo, Seok? — Yoongi ergueu o rosto para cima, tentando encontrar os olhos de Hoseok.

— Anabel... falei dela 'pra vocês, 'né? — Eles assentiram, se recordando da história contada sobre a moça — Ela disse que queria conhecer vocês, falei que não.

— Por quê? — Taehyung riu baixinho e deu um gole na bebida seca.

— Porque é perigoso, corazón... Você sabe disso. Anabel 'tá segura, em um lugar protegido, não faz sentido colocar isso tudo em risco agora, se for 'pra acontecer, a gente precisa esperar mais um tempo...

Taehyung concordou em um murmúrio e Yoongi fez o mesmo. Um breve silêncio se instalou entre eles, confortável, os fazendo dar atenção para os sons instrumentais que se assemelhavam a uma marimba quando Shout começou a tocar.

Hoseok e Yoongi logo olharam para Taehyung quando sua voz se juntou ao dos cantores, ele sorria um pouco nostálgico, percutia a palma da mão na coxa, de repente empolgado demais.

Como se finalmente estivesse tranquilo, como se finalmente pudesse ser quem gostaria de ser.

— Ele adora essa banda... — Yoongi sussurrou para Hoseok, que tinha os olhos vidrados no jeitinho de Taehyung, os ouvidos sendo agraciados por sua voz rouca. Tão lindo.

Porra, Hoseok estava apaixonado demais.

— E eu adoro ele... sou maluco — Confessou meio aéreo e Yoongi deixou uma risada baixa escapar. Sua mão se esticou para cima para tocá-lo no rosto, fazendo-o chegar mais perto.

— Quero um beijo — Pediu ainda no mesmo tom contido e suave, seus dedos roçando no queixo de Hoseok, que também acabou sorrindo pequeno.

A boca de Yoongi já se formava em um biquinho à medida em que Hoseok se aproximava com a dele, olhos sempre na curvatura daqueles lábios, pulsação sempre acelerada e intensa. Eles se encostaram primeiro em um selar, talvez dois, três, para então deixarem as línguas esbarrarem uma na outra, mas naquela noite, com uma certa urgência.

Com a mão desocupada, Hoseok envolveu uma das laterais do rosto de Yoongi, enroscando os dedos em um pouco dos fios longos e negros que já batiam quase no ombro. Yoongi só se deixava levar, arfando docemente, mordendo os lábios finos alheios, sentindo os pelos do corpo eriçarem conforme Hoseok se aprofundava, parecendo querer tomá-lo por inteiro.

Parecendo não. Ele queria, queria muito.

— Seu beijo me deixa excitado... — Yoongi disse quando se afastaram um pouco, notando que a música já estava no final.

— Eu sei que deixa, pasión... Por isso gosto tanto de te beijar. Você fica ainda mais lindo quando 'tá com tesão... — Hoseok deu mais um selar no outro antes de erguer-se lentamente do sofá para pegar a garrafa de vinho.

Ele quem serviu os três daquela vez, mas assim que chegou perto de Taehyung, curvou o corpo para frente, fazendo com que tal ato parecesse apenas para beijá-lo no pescoço.

— Yoongi 'tá com muita vontade de transar... — Sussurrou tão baixo que Taehyung teve dificuldade em ouvir, mas ao ter certeza de que era aquilo mesmo, disfarçou, levando seu rosto para a curvatura entre a mandíbula e ombro de Hoseok, tão dissimulado quanto ele.

— Já percebi... e eu também 'tô, não aguento mais esperar — Taehyung fez questão de beijar o local de forma audível, só para que Yoongi não percebesse que estavam cochichando.

E não percebeu mesmo, pois outra música já tocava.

Hoseok respirou fundo, andando de volta para seu lugar inicial.

Pasión... não quer pegar mais duas garrafas e colocar aqui 'num balde com gelo? Fica mais fácil... Vinho com a gente acaba rápido — Hoseok só pediu a ele porque há uns dias que vinha percebendo que Yoongi não estava mais tão confortável que os dois fizessem absolutamente tudo por ele.

Já estava bem, já havia se recuperado, e queria voltar a ser tratado como alguém válido.

Então Hoseok só uniu o útil ao agradável.

Ele se levantou após assentir, sumindo no espaço para ir até a adega. Hoseok conferiu por cima do ombro se Yoongi os observava, e ao garantir que não, esticou seu braço em um gesto de chamar Taehyung para perto dele, que foi prontamente atendido.

Hoseok tomou a taça da mão de Taehyung e junto com a sua, as deixou na mesa ao lado do sofá. Em seguida, se virou um pouquinho para envolvê-lo pela cintura e beijar o canto de seus lábios.

— 'Tô morrendo de saudade de vocês, corazón...

— Eu também, vamos deixar rolar, Hoseok... Nós três queremos — Taehyung ergueu as duas pernas para cima, forçando as solas dos pés na ponta do sofá retrátil para conseguir abrí-lo e proporcionar ainda mais espaço. Hoseok repetiu o ato, também abrindo seu compartimento.

— Vem 'pro meu colo — Mesmo que não fosse a intenção, Hoseok tinha uma voz autoritária, então Taehyung não pensou duas vezes antes de se mover para cima dele.

Sua cintura foi imediatamente agarrada, suas ereções - por enquanto - adormecidas eram separadas apenas pelos tecidos finos dos shorts de pijama, os olhares se escureceram ao conectarem-se um no outro. Sempre assim. Diferente de Yoongi, com Taehyung sempre havia uma pontada de competição.

Embora Hoseok soubesse que conseguia acabar com aquilo em segundos.

Taehyung juntou as mãos por trás do pescoço de Hoseok, umedecendo os lábios e se aproximando lentamente daquele homem. Hoseok o segurou pelas bochechas, apertando o local com força moderada como se ali dissesse que era ele quem os conduziria.

E era mesmo.

Não quis demorar tanto para beijá-lo pois Yoongi retornaria em pouco tempo.

E porra, a colisão entre eles era sempre excessiva. Hoseok inclinou levemente a cabeça, roçando seus lábios nos dele, contornando-os com a língua, os olhos abertos, guardando na memória todas as reações de Taehyung, que sem mais paciência, antecipou o beijo e todo o prazer que já sentia.

Era lento, era carregado. Gemidos se abafavam, suas línguas quentes e molhadas procuravam uma pela outra de maneira pressurosa. Taehyung começava discretamente a permitir que os quadris se mexessem em cima do outro, tendo as coxas sendo esmagadas pelas mãos firmes de Hoseok.

— Me toca de verdade... — Taehyung sussurrou em meio ao beijo, embevecido pelas sensações que Hoseok lhe causava somente com aquele contato simples. Para ele não era simples, no entanto.

Hoseok sorriu e firmou ainda mais seus dígitos nas coxas fartas de Taehyung, arrastando-os para a cintura novamente, aplicando uma pressão leve para baixo, na intenção de fazê-lo sentir como já tinha o deixado.

Taehyung reprimiu um gemido quando Hoseok voltou a tocá-lo nas coxas, subindo as mãos junto ao pano larguinho dos shorts até encontrar sua bunda. Hoseok encheu as palmas com as nádegas volumosas, sabendo que deixaria a marca das unhas curtas ali.

— Porra... Quero tanto vocês — Falou baixo e com a voz rouca, mordendo o lábio inferior de Taehyung.

Yoongi chegou no exato momento em que Hoseok disse aquilo, perdendo tempo ao observar toda aquela cena intensa demais. Ele deixou o balde com os vinhos sobre a mesa de centro, entendendo que os dois tinham feito aquilo de propósito.

Mas não seria hipócrita em dizer que não tinha amado. Queria ver mais.

Se sentou somente um pouco mais longe deles, de forma que desse para contemplar cada ação, cada minúcia daqueles homens.

Seus olhos perspicazes conseguiram enxergar quando a pele do pescoço de Hoseok se arrepiou, assim como os braços, notou também a maneira como eles respiravam rápido e forte. Seu pau protegido apenas pela cueca começou a incomodar ao que Hoseok levou as mãos para a barra da camisa de Taehyung, retirando-a de seu corpo rapidamente.

E sensível como era, Taehyung já tinha os mamilos eriçados, ainda que não tivessem feito praticamente nada, de todo modo, Yoongi não piscava, sentindo o abdômen queimar quando Taehyung foi tocado naquela área delicada.

— Hmm... Assim não... — Taehyung ficava manhoso com Hoseok, e Yoongi já tinha percebido isso, mas era tão gostoso de ver que parecia a primeira vez.

— Por que não, corazón? Deixa o Yoon ver como você fica quando eu chupo você aqui — Hoseok falava coisas e agia como se não estivessem há meses sem transar, como se não estivessem no ápice do descontrole.

Taehyung olhou para o lado, encontrando Yoongi sorrindo para ele com as bochechas vermelhas - de calor - e os lábios presos entre os dentes. Foi o bastante para colocar seu corpo para trás, apoiando-se nos joelhos de Hoseok ao dar espaço para que ele fizesse o que tanto queria.

Hoseok sentiu primeiro toda a pele quente, um pouco úmida, mas sempre macia. Gostava de tocar tudo, tatear a barriguinha lisa, beijar as clavículas marcadas, circular os polegares em cada centímetro. Ele subiu com as palmas pelo peitoral, rumando-as para as costas antes de curvar-se e ter a boca ao redor de um dos mamilos. Começava com a língua, enrijecendo-a e contornando a auréola marronzinha, deixando saliva se espalhar por ali.

Taehyung suspirava e pressionava as pálpebras uma na outra, porque mesmo firme, Hoseok conseguia ser sutil, certeiro. Suas costas arquearam, buscando por mais daquilo, por mais que apenas a pontinha da língua.

Yoongi tinha os lábios entreabertos, se movimentava inquieto enquanto sentia o próprio pau endurecendo, os próprios mamilos se eriçando, uma vontade absurda de se tocar.

Hoseok acabava por sorrir mesmo que estivesse com a boca ocupada, reparando como Taehyung se jogava para ele, como se derretia em seus braços. Ele ainda sugava com força, ouvindo os gemidos que agora eram altos, soltava em um estalo só para observar o mamilo inchadinho pelo estímulo.

— Lindo 'pra caralho — Taehyung foi elogiado por Hoseok com aquela entonação voluptuosa e até gostaria de sorrir caso seu pau não tivesse sido tocado por ele no mesmo instante.

— Porra... Hoseok — Se contorceu no colo dele, revirando os olhos quando a cabecinha foi rodeada pelo polegar alheio ainda por cima das roupas, brincando com o piercing que havia logo abaixo da fenda.

— Eu quero ver, puxa a roupa dele 'pra baixo, Seok, por favor... — Yoongi não resistiu e acabou deixando o pedido escapar. Sua mão já se afundava bem perto da própria virilha. Ele gostava de testar seus limites.

Hoseok não viu motivo para negar e simplesmente fez. Puxou devagar o elástico do short que Taehyung usava, sentindo a boca encher de saliva quando o pau grande e grosso pulou para fora. Ele pulsava sozinho, a cabecinha brilhava um pouco pelo líquido que começava a sair, e aquele piercing... Porra.

Yoongi ficou estático ao se lembrar do quanto amava ter o pau de Taehyung na boca, mas desejou aquilo em silêncio. Era grande demais, o preenchia de uma forma única, o fazia engasgar sempre. Muito gostoso.

— Vem, pasíon... Quero ver você mamando ele — Yoongi não soube se ele quem deixou muito explícito nas reações ou se Hoseok tinha mesmo lido sua mente. A primeira opção era a mais provável.

Hoseok incentivou Taehyung a se mover em seu colo, pondo-se de lado. Seria uma posição levemente desconfortável, mas quem disse que eles estavam se preocupando com isso?

Taehyung separou um pouco as pernas e relaxou a postura no braço de Hoseok que o servia de apoio enquanto Yoongi se arrastava de joelhos no estofado em sua direção.

Antes mesmo de Yoongi poder se curvar, Hoseok, que tinha um dos braços com acesso livre a ele, o agarrou pelo pescoço, impedindo que fizesse.

— Quero um beijo antes — Os dois sorriram e se juntaram de uma vez, Hoseok se adiantando em espalmar a bunda gostosa e avantajada coberta pelo tecido fininho da cueca.

Taehyung, sentado ao lado deles, observava tudo, quase sufocando pela atmosfera erótica, não resistindo em massagear o próprio pau nem que fosse um pouco. O quadril de Yoongi estava a centímetros de seu rosto e ele ofegava ao notar o quanto a ereção marcava.

Só caiu em si quando eles se afastaram e Yoongi finalmente se abaixou, aproximando o rosto de seu abdômen, beijando ali com lentidão. Imediatamente contraiu os músculos, soltando o ar com força, e antes que pudesse fazer qualquer coisa, teve os lábios tomados novamente pelos de Hoseok. Ele queria ver o que acontecia lá embaixo, mas ficou momentaneamente perdido quando Hoseok voltou a apertar um de seus mamilos e a língua de Yoongi encostou em seu pau.

Era muito para processar.

Inconsciente de prazer, empurrou o quadril contra a boquinha do outro e grunhiu um palavrão por estar sendo estimulado de tantas formas, o que fez Hoseok talvez ter alguma pena de si e afastar-se, o deixando ver o momento em que Yoongi quase encostava os lábios em sua virilha ao engoli-lo.

— Caralho... — Taehyung agarrou um pouco da camisa de Hoseok quando sentiu a cabecinha encostar na garganta alheia, quis foder aquela boca, quis tanto.

Mas Hoseok sempre estava ali para mostrar que tudo acontecia como e quando ele queria.

Os cabelos de Yoongi foram puxados com força para cima, Hoseok o obrigou a olhar para ele enquanto segurava a base do pau de Taehyung e esfregava a glande na boca entreaberta, melando ainda mais seus lábios. Porra, queria ver Taehyung gozar e sujar aquele rosto inteirinho de porra.

— Porra, pasión... você 'tava tão desesperado assim 'pra chupar um pau? — Yoongi ao invés de responder o que estava óbvio, colocou a língua para fora e tentou lamber a lubrificação natural de Taehyung, que não parava de sair. Sua mente já não raciocinava, seus atos não eram mais medidos a partir de contenções morais.

E sinceramente, que se foda. Estava há tempos esperando por aquilo, com muita saudade de tocar aqueles dois, de senti-los de verdade.

— Hoseok... deixa ele me chupar, caralho — Taehyung, enquanto isso, continuava afundando as unhas no tecido da camisa do outro, respirando fundo conforme aquilo tudo ficava cada vez mais insuportável. E Hoseok não gostou do tom usado por ele.

Ergueu uma das sobrancelhas e sorriu com desdém para ele, não pensou muito antes de desferir um tapa em um lado de seu rosto.

— Pede direito, porra.

Taehyung apenas gemeu, sentindo um pouco de vergonha por ter deixado tão claro o quanto tinha gostado.

— Caralho... Se você soubesse o quanto ele gosta de apanhar, Seok... — Yoongi olhou para cima, mordendo o lábio. Sua mão escorregou da coxa de Taehyung para a parte interna, alcançando os testículos sensíveis.

Hoseok sentiu o efeito daquilo no meio de suas pernas. Torceu o pescoço para o lado e travou a mandíbula, sabendo que embora adorasse aquele teatrinho todo, nenhum deles aguentaria por muito tempo. Agarrou novamente os cabelos de Yoongi, o direcionando para o pau de Taehyung. Foi cuidadoso ao fazer com que ele abrigasse tudo na boca de volta, para só então iniciar os movimentos.

Ele colocava Yoongi para chupar Taehyung, ele o fazia ir até o fundo, ele sorria quando Yoongi passava a tossir um pouquinho pela respiração descompassada.

Taehyung gemia tão alto... Jogava a cabeça para trás mas ao mesmo tempo queria tanto continuar observando aquilo. Seu coração palpitava e a ardência se espalhava por cada centímetro de seu corpo sempre que sentia Yoongi brincando com a língua em seu piercing, sempre que sentia as vibrações dos gemidos dele em seu pau.

— Fala 'pra ele, corazón... Fala como ele te mama gostoso — Hoseok pôs uma mão sobre a cabeça de Taehyung, o acariciando como se há menos de um minuto não tivesse lhe dado um tapa.

Yoongi esperou ser elogiado, ainda tinha a cabecinha de Taehyung sendo envolvida por seus lábios quando rumou o olhar para ele, abrindo uma expressão falsamente pura.

Taehyung precisou se esforçar para dizer alguma coisa, como se suas reações físicas não fossem o suficiente para constatar que Yoongi estava fazendo o trabalho direito.

— Hmm... Yoon... Sua boquinha é tão gostosa, caralho... — Ergueu os quadris, querendo mais daquilo, desesperado para gozar.

E quando Hoseok percebeu, puxou os cabelos de Yoongi para cima novamente, o tirando de perto dele.

Yoongi respirava ofegante, sobrancelhas quase unidas em uma fisionomia insatisfeita. Hoseok ainda o segurava como um bonequinho no momento em que se aproximou, raspando a língua nos lábios do outro, coletando todo resquício de Taehyung deixado ali.

— Tira a sua roupa, pasión... Depois tira a dele 'pra mim — Sussurrou ainda com as bocas juntas, finalmente o livrando do aperto.

Yoongi assentiu como um cachorrinho, se desfazendo da camisa larga que cobria seu corpo. Hoseok e Taehyung sentiram a fisgada no baixo-ventre assim que a pele clarinha foi completamente exposta. Seus olhares foram para os mamilos enfeitados com as jóias de aço cirúrgico, descendo para a cueca que, se reparassem bem, tinha uma manchinha úmida onde a cabecinha se abrigava.

— Porra, Yoon... Como você é gostoso — Taehyung disse em meio a um suspiro.

Yoongi sorriu e arrastou o elástico da peça íntima para baixo, tirando aquele último tecido com facilidade.

Os outros dois sentiam as bocas encherem de saliva ao olharem para a ereção rígida, avermelhada no topo. Ele era tão lindo... mesmo que ainda houvessem as marcas e cicatrizes, era como se chegassem a compôr e dançar junto com sua beleza.

Aquela atenção unicamente dedicada a Yoongi só se dispersou quando ele curvou-se novamente em Taehyung, mas daquela vez para arrancar as suas roupas. Começou puxando a camisa para cima, jogando-a em um canto sem importância, em seguida adentrou os dedos nos shorts, também o tirando rapidamente e por consequência, deixando Taehyung nu bem em cima do pau de Hoseok.

Mas Hoseok permaneceu quieto por um instante, um pouco curioso para saber o que eles fariam caso desse liberdade.

E como imaginava, Yoongi se aproximou de Taehyung, deixando os quadris bem perto um do outro, as ereções quase coladas uma na outra.

— Eu 'tava morrendo de saudade, Tae... — Yoongi moveu discretamente a cintura, impulsionando-a para frente à medida que roçava os dois pares de lábios.

— Quero tanto te comer, amor... Tanto — Taehyung o respondeu, esticando as mãos diretamente para tocá-lo na bunda gostosa.

Hoseok abriu um sorriso para aquilo e se livrou da própria camisa de forma rápida. Também precisava de alívio, precisava deles. Por isso, levou as duas mãos para a cintura de Taehyung, o incitando a sair de seu colo por um instante. Seus movimentos acabaram por ganhar a atenção dos outros dois, que pareciam aguardar ansiosamente pelo o que ele planejava.

— Fica de joelhos, corazón... — Taehyung fez sem questionar, não se contendo em bombear o próprio pau conforme Hoseok se desfazia lentamente da última peça de roupa que havia sobrado em seu corpo, já que ele não era tão adepto a cuecas.

Yoongi, por sua vez, salivava pela visão do pau duro escapando do tecido, louco para tocar, para ter dentro de si.

— Vem aqui, pasión — Hoseok esticou uma mão para ele, também se pondo de joelhos no sofá, e por não imaginar o que lhe aguardava, Yoongi tomou um breve susto quando seus ombros foram empurrados para baixo, o obrigando a ficar sobre quatro apoios.

Ficou com o rosto de frente para o pau de Hoseok, e a bunda exposta para Taehyung, que não podia ter ficado mais feliz.

Hoseok acariciou levemente os cabelos de Yoongi enquanto este se movia para achar a melhor posição. Os olhos de Taehyung estavam fixos nos seus, como se os dois, naquela troca direta, estivessem finalmente saindo da competição para tornarem-se aliados.

A impressão que tinham era de que aquele apartamento, em breve, incendiaria.

— Abre a boquinha 'pra mim, amor — Hoseok voltou seu foco para Yoongi, que o olhava ansioso, só esperando um comando — Quero ver se você consegue me mamar direitinho enquanto o Taehyung come você.

Um gemido manhoso escapou dos lábios de Yoongi, desesperado para ser preenchido de uma vez. Inconscientemente - ou não - sua coluna arqueou-se mais ainda, mostrando para Taehyung sua vontade.

Quando inclinou-se para fazer o que Hoseok lhe pediu, Taehyung rumou as mãos para a bunda que estava logo na frente de seu pau duro demais. Ele aproximou seu quadril do outro, o estimulando a rebolar, arfando longo e pesado pelo contato das peles nuas.

Ao mesmo tempo, Yoongi sugava as laterais do pau de Hoseok, indo da cabecinha até a base, chegando nos testículos inchados e sensíveis. Hoseok puxava seus fios com força, trazendo a boca para a glande melada, querendo que ele o chupasse de verdade.

— Safado do caralho... — Hoseok olhou para frente, captando a forma como Taehyung esfregava seu pau na bunda de Yoongi, louco de desejo — Fode ele, Tae... olha como ele 'tá se abrindo todo 'pra você...

Taehyung suspirou longo, prendendo o lábio inferior entre os dentes e não viu mais motivos para esperar. Se inclinou de uma vez diante da bunda de Yoongi, espalmando as mãos em cada uma das bandas antes de apertá-las com toda sua força.

— Gostoso... porra, que saudade disso — Taehyung sussurrou já com o rosto bem próximo da área que pulsava sozinha.

Hoseok e Yoongi gemeram juntos quando Taehyung pôs a língua para fora e a levou para onde tanto queria. Hoseok gemeu porque a cena era intensa demais, e Yoongi gemeu porque... por tudo.

— Porra, Taehyung... eu quero te beijar, quero sentir a sua boca com o gostinho dele... — Hoseok deixava que a própria mente, tomada pelo tesão, comandasse sua fala e seus atos.

E ouvir aquilo só deixou Taehyung ainda mais empenhado. Sua mão arrastou-se pelo sofá, indo direto para as bolas de Yoongi que pendiam entre as pernas, subindo em seguida para o pau enrijecido e lambuzado. A boca permanecia na entrada, que era lambida de baixo para cima, com vontade, com fome.

— Caralho... quero seu pau, Taehyung, seu pau... — Yoongi se afastou de Hoseok por um instante apenas para deixar claro o quanto não aguentava mais esperar.

Em segundos, Taehyung já tinha dois dedos enterrados em Yoongi, entrando e saindo com eles em uma velocidade gostosa o suficiente para fazê-lo gemer alto, rebolar em seus dedos, pedir por mais daquilo. Por mais ideal que fosse o uso de lubrificante, os três pareciam gostar muito da forma crua como tudo fluía.

Taehyung atingia aquela área com saliva o tempo inteiro, mantendo-a o mais molhada que podia, enquanto Yoongi fazia o mesmo, mas com o pau de Hoseok na boca. Seus lábios já dormentes, suas costas começando a doer pela posição, mas eles não ligavam.

Taehyung se colocou atrás de Yoongi novamente, agora com a postura erguida e o pau encostando na entradinha maltratada. Seu comprimento o invadia aos poucos, bem aos poucos, enquanto as orbes grandes tinham dificuldade em decidir para onde olhar. Se era para Hoseok com os dedos enroscados nos fios alheios, o forçando a engolir todo seu pau, se era para Yoongi suportando todos aqueles estímulos, e mesmo assim, tentando empurrar o quadril para trás... caralho.

E como Yoongi gostava daquilo tudo... como gostava. Estar sendo preenchido de todas as formas o fazia suspirar, ainda que estivesse sentindo um pouco a dor da penetração, ainda que estivesse com a respiração desorganizada pelos movimentos incessantes do pau de Hoseok entrando em sua boca.

— Porra... assim eu não vou aguentar — Hoseok falou um pouco baixo, se perdendo na visão de Taehyung sendo engolido por Yoongi. Ele queria mais, e se continuasse observando aquela cena, certamente gozaria antes do que estava planejando.

De todo modo, eles suportaram mais um pouco. Hoseok permaneceu se controlando ao máximo, Yoongi permaneceu o chupando com toda sua vontade, com todo o desejo presente em seu corpo, Taehyung cada vez mais aumentava a velocidade de seus movimentos, sorrindo ao ver que logo de início havia conseguido atingir o ponto mais sensível de Yoongi.

Mas quando este passou a gemer descontrolado, adotando a postura mais suja que Hoseok já viu em toda sua vida ao babar em seu pau, deixar os cabelos bagunçarem-se daquela forma, perder a maestria para chupá-lo, mais ainda continuar fodidamente lindo... seu autocontrole foi para o caralho.

— Porra... — Hoseok se afastou dele, o deixando levemente confuso pela ação repentina — Você gosta de sentir dor, não gosta, corazón? — Quando já estava perto o suficiente de Taehyung, Hoseok estava tão próximo de enlouquecer que levou seu rosto para o pescoço do outro, mordendo a área após sussurrar aquela pergunta.

— G-gosto... por quê?

— Porque eu 'tô maluco 'pra te comer agora, eu preciso comer você, Taehyung... — A fala ainda murmurada fez com que a pele de Taehyung se arrepiasse por inteira. Ele precisou ser muito forte para continuar metendo em Yoongi da melhor forma que podia, mas saber que Hoseok o queria daquele jeito mesmo, só fez sua mente nublar.

— Hoseok... caralho... faz o que você quiser, só faz...

Hoseok sorriu e mordeu os lábios com a resposta, se adiantando em chupar seus dois dedos até que ficassem úmidos o suficiente. Não era o suficiente, era o que dava na hora, essa era a verdade.

Pasión, fica de joelhos um pouquinho, mas sem tirar o pau dele de dentro de você — Yoongi não raciocinou para obedecê-lo, até porque àquela altura, não podiam mais se dar ao luxo de fazer grandes loucuras, eles precisavam gozar.

Hoseok se pôs bem perto deles, bem ao lado. Uma de suas mãos, a que ele havia umedecido, foi direto para a bunda de Taehyung, começando logo a massageá-lo na entrada extremamente apertada e sem nenhum toque até então. A outra mão alcançou o pau de Yoongi, um pouco desajeitado, mas o bastante para os três aproveitarem aquele momento.

Sedento, desesperado e com excesso de estímulos, Taehyung olhou discretamente para trás, vendo o pau de Hoseok completamente duro, grosso, molhado, e não conteve sua reação em envolvê-lo com vontade, arfando alto pela sensação gostosa de ter o comprimento em suas mãos.

— Porra, Hoseok... só quero ele em mim... Yoon deixou tão molhado...

Hoseok grunhiu e forçou aquela entrada a engolir mais um de seus dedos, e Taehyung o recebia tão bem, mesmo com dor, relaxava fácil tamanho seu desejo.

— Senta em mim... — Taehyung assentiu desnorteado e já se preparava para deixar Yoongi, mas Hoseok o impediu — Mas você vai continuar comendo ele.

Apenas quando ouviram aquilo, que os dois pareceram se dar conta do que ele queria.

Hoseok se acomodou no sofá, sentado, com as pernas um tanto separadas, aguardando Taehyung sentar primeiro.

— Vem, meu amor... — Hoseok bombeava o próprio pau enquanto Taehyung se aproximava, colocando-se de costas para se encaixar nele.

Hoseok esticou as mãos para acariciar todo aquele corpo, a cintura estreita, a pele das costas úmidas, a bunda redonda e gostosa... tudo em Taehyung era assustadoramente perfeito.

Yoongi, logo ao lado dos dois, os observava fechar os olhos com força à medida em que Hoseok era engolido por Taehyung. A penetração acontecia aos poucos, os gemidos aumentavam no mesmo tempo, as unhas de Hoseok se cravavam na cintura de Taehyung.

— Caralho... vocês são uma delícia — Yoongi sussurrou, mas foi ouvido perfeitamente por eles, que sorriam ainda que o desejo em excesso - quase - os impedisse de reagir a qualquer coisa.

— Porra... — Taehyung jogou o peso da cabeça para trás, sentindo e aproveitando a ardência que, para alguns, não era tão bem-vinda, mas para ele, se transformava na melhor forma de prazer.

Yoongi preferiu observá-los um pouco, tocando a si mesmo lentamente, quase no mesmo ritmo em que Taehyung começava a se mover no colo de Hoseok. Era lindo de ver.

A mão de Taehyung também massageava o próprio pau, a fim mantê-lo rígido ainda que isso o fizesse quase chegar em seu limite.

— Caralho, muito apertado, corazón... 'tá esmagando meu pau — Taehyung mordeu o lábio inferior e ali, teve a consciência que não aguentaria muito tempo daquele jeito, por isso, esticou uma das mãos para chamar Yoongi, que se arrastou até ele.

Os dois trocaram um beijo sem muito jeito, Yoongi tendo de acompanhar os movimentos que o corpo de Taehyung sofria pelos impulsos de Hoseok. Hoseok tendo de aplicar força em suas coxas e braços para foder Taehyung e sustentar seu peso. Taehyung tendo de se concentrar em tudo que fazia, mas não necessariamente conseguindo.

— Se fode em mim, se fode em mim agora que eu vou gozar dentro de você, Yoon... — Yoongi sorriu para ele e não esperou para virar-se de costas e posicionar-se perfeitamente em seu pau.

Agora, mais relaxado, o comprimento entrou com facilidade, os gemidos soaram alto e em conjunto, os três corpos se arrepiaram.

Aquilo estava tão bom, tão bom, beirando o inexplicável. Não era sobre a posição, não era - somente - a quantidade de estímulos. Os três não estavam preocupados em quanto tempo perderam nas milhares de provocações, sequer perceberam como permitiram - inconscientemente - que seus limites fossem atingidos antes da hora...

E talvez seja um péssimo momento para falar de amor, de liberdade... mas isso era o que estavam fazendo. Acreditem ou não.

Hoseok era engolido por Taehyung, suas pernas sofriam pelo excesso de peso, e seu coração também batia pelos excessos. O sorriso estampado em seu rosto era sim o retrato de satisfação, mas sobretudo, o retrato do alívio.

Eles gemiam alto, se movimentavam da forma que podiam, sem se importar com o que era ou o que deveria ser.

— Porra, isso 'tá muito gostoso... ouvir vocês gemendo desse jeito — Hoseok quem disse, sentindo um filete de suor escorrendo por sua nuca, o incômodo contraditoriamente gostoso no pé da barriga.

— Eu vou gozar, caralho... — Taehyung falou alto, arqueando a coluna tanto para tornar a sensação de ter Yoongi ao seu redor mais intensa, quanto para fazer o pau de Hoseok o acertar perfeitamente na próstata.

Poucos segundos e os jatos saíram com força, em grande quantidade, preenchendo Yoongi por inteiro, inundando aquela sala pelos sons eróticos de seus gemidos. Seu corpo todo foi abatido pelos tremores, sua pulsação acelerada.

Hoseok sorriu satisfeito pela cena, beijando as costas de Taehyung e aspirando aquele cheiro fresco que ele tinha enquanto o corpo grande relaxava em cima do seu.

Corazón... deixa o Yoon sentar em mim, não se rende agora... chupa ele enquanto isso — Apesar da sensação de relaxamento que estava prestes a lhe abater, Taehyung assentiu suavemente e se esforçou para mudar de posição, franzindo a testa e chiando baixo quando seus olhos viram um pouco do gozo saindo de Yoongi, escorrendo por suas pernas.

— Você é tão lindo... — Yoongi se virou para ele, selando seus lábios e o encarando apaixonado — 'Tava doido 'pra sentir sua boca também.

Mesmo em estado letárgico, uma pontada de animação percorreu o corpo de Taehyung ao ouvir aquilo. Ele se posicionou de frente para o outro, decidido a entregar o melhor de si.

— Caralho, ainda 'tá apertado... — Hoseok sussurrou ao sentir Yoongi se acomodar em volta de si, cravando suas unhas na cintura alheia.

Quando ele já estava bem posicionado e começava a se mover no pau de Hoseok, Taehyung se aproximou do meio de suas pernas, colocando a língua para fora antes de envolvê-lo por inteiro.

— Hmm... isso, porra, isso... — Yoongi esticou a mão para enroscar os dedos nos fios castanhos de Taehyung, que tinha a boca sendo fodida pelos movimentos gerados pelos outros dois.

Eles insistiram naquilo até que não fosse mais possível aguentar, até que Hoseok e Yoongi gozassem juntos. Hoseok dentro de Yoongi, que se sentia preenchido pela segunda vez, e Yoongi na boquinha de Taehyung, que engoliu cada gota.

— Eu... eu quero mais... — Yoongi respirava fundo, acelerado, mas ainda insatisfeito.

— Claro que quer... — Hoseok sorriu e o beijou nos ombros e nuca, enquanto Taehyung fazia o mesmo, mas em seu peitoral.

— Mas a gente precisa acordar cedo amanhã — Claro que a voz da razão tentaria impedir que transassem a noite toda.

Mas Taehyung era hipócrita, porque quando já estavam deitados, prontos para dormir, foi ele quem provocou os outros dois novamente.

E o que aconteceu durante a madrugada era apenas história.

DIA SEGUINTE

X  X  X

A sensação de ter um sono restaurador era de longe uma das melhores do mundo.

Os três acabaram por despertar no mesmo horário, seus olhares se encontrando junto aos sorrisos bobos, os corpos um pouco doloridos pela noite anterior, mas os corações tão acalentados e preenchidos que não havia nada que pudessem fazer, senão realmente sorrir, sorrir sem conseguirem se conter.

Aquilo era tão diferente para eles, mas confortável. Poderiam facilmente se acostumar com tal rotina.

Hoseok estava no meio deles, com Taehyung e Yoongi deitados em seu peito, respirando ainda baixinho e preguiçosos. Sua mão se movia nos cabelos desgrenhados dos dois, e ele tinha quase certeza que conseguiam ouvir seus batimentos um pouco acelerados.

— Ao mesmo tempo que 'tô feliz da gente voltar hoje, não queria ir embora daqui — Taehyung disse, roçando a pontinha do nariz na pele de Hoseok antes de deixar um selar breve, mas que o arrepiou inteiro.

— Eu também... — Hoseok concordou, se pondo a pensar em uma coisa que talvez fosse rápido demais ou... Improvável demais — Vocês acham que... A gente deve encontrar um lugar 'pra nós três?

Aquela pergunta assustou Taehyung e Yoongi, que se entreolharam imediatamente.

— Você quer dizer, nos mudarmos da mansão? — Yoongi o questionou.

— É... Sei lá, não sei direito.

— Acha que vai conseguir ficar longe do Jimin assim? Do Namjoon? — Taehyung olhou para cima, querendo captar as reações do outro.

Hoseok deu uma risada breve, fechando os olhos.

— Acho que não... Ainda não.

— É, eu também não conseguiria deixar meu irmão agora, não agora... Quem sabe um dia.

— Eu acho que nenhum de nós vai conseguir deixar aquela mansão — Yoongi voltou a dizer, recebendo a atenção deles — Nossa vida é lá, junto da família... Sempre vai ser. A diferença é que agora podemos dormir no mesmo quarto...

Taehyung sorriu bonito para ele, esticando sua mão para tocá-lo no rosto. Hoseok concordou em silêncio, observando os dois e tendo a certeza de que onde quer que estivessem, precisavam estar juntos, e é isso. Sem mais.

Um silêncio tomou conta do ambiente por alguns instantes, nada desconfortável, apenas não tinham o que dizer naquele momento. Hoseok continuou aéreo, olhando para o teto, Yoongi e Taehyung continuaram se olhando, como se naquela troca houvesse uma cumplicidade e mensagens que somente eles entenderiam.

Ainda mais pelos dois rostinhos tomados por uma feição agora arteira.

Uma vez que começassem, não iriam mais parar.

E ali sim eles tinham voltado ao normal.

Yoongi foi quem se moveu primeiro, baixando o corpo até que seu rosto estivesse na altura da bermuda de Hoseok. Taehyung fez o mesmo movimento em seguida, arrastando a ponta das unhas pelo abdômen macio.

— Opa... O que vocês querem, hein? — Hoseok abriu aquele sorriso cegante para eles, mas as duas mãos estavam confortavelmente repousadas atrás da cabeça, sem intenção alguma de tirá-las dali.

— Queremos você... — Taehyung o respondeu primeiro.

— Hm... Ah, é? Gostei de vocês dois com tesão logo de manhã...

— Então, Seok... só relaxa, deixa a gente fazer do nosso jeito hoje... — A voz de Yoongi veio junto às mãos espertas dele, que já tocavam no elástico do pijama alheio.

Hoseok adorava ter o controle das coisas, mas surpreendentemente ele queria muito apenas aproveitar o momento. Só isso.

— Fiquem à vontade.

Yoongi e Taehyung se olharam mais uma vez, o sorriso grande pintando os lábios de cada um deles. Seus rostos se aproximaram aos poucos antes do primeiro beijo ser trocado entre os dois. Hoseok mantinha o olhar fixo na cena, suspirando longo pela forma como seus troncos se apoiavam sutilmente em cima de seu quadril.

Não seria difícil ficar excitado só vendo aquilo.

Ele não conseguia parar de olhar para o beijo dos dois, não conseguia deixar de fantasiar mil coisas, torcendo para ter tempo de realizar cada uma delas.

Quando Yoongi se separou do beijo, com os lábios inchadinhos e avermelhados, e se inclinou para selar sua barriga, Hoseok levou uma de suas mãos aos cabelos dele, acariciando o local sem pôr qualquer força... Lhe pediram para que os deixassem fazer o que quisessem, então deixaria mesmo.

Taehyung, enquanto isso, movimentava a palma da mão sorrateiramente por cima de seu pau, que já estava se enrijecendo aos poucos, tornando-se incômodo. As pontas de seus dedos encostaram levemente o interior das coxas de Hoseok, até os polegares voltarem a estar perto demais da virilha do outro.

— Taehyung... — Aquilo soou como um aviso, mas Taehyung estava distraído demais rumando o próprio rosto para perto daquele volume, passando os lábios por cima, com os olhos fechados e expressão deleitosa.

Yoongi parou o que estava fazendo apenas para puxar o elástico do short para baixo, revelando para ele e Taehyung o comprimento generoso de Hoseok. Seus olhos brilhavam ao encarar aquilo e se abrissem a boca, certamente a saliva escorreria.

Taehyung foi o primeiro a envolver a extensão com sua palma, provocando-o com a pontinha da língua, lambendo sobre uma veia saltada.

— 'Tava morrendo de saudade de chupar você — Disse, circulando sua língua na cabecinha avermelhada. Yoongi o encarava hipnotizado, cheio de vontade para fazer o mesmo.

Yoongi queria chupar Hoseok logo, queria satisfazer não apenas ele, mas a si também, porque porra, como ele gostava de ter aquele homem se contorcendo por ele.

Taehyung sugava as laterais do pau de Hoseok, desde o topo até a base, chegando próximo aos testículos sensíveis. Hoseok precisava apertar os lençóis para descontar a sensação que aquilo lhe causava.

Yoongi notou quando Taehyung sorriu para ele, como um convite para chegar perto, e ele fez, separando os lábios e pondo a língua para fora antes de permitir que o pau deslizasse devagar para dentro de sua boca, gemendo e revirando os olhos quando sentiu a mão de Taehyung o tocando na nuca para ir até o fundo.

Hoseok era tão quente, tão gostoso... Estava melado por saliva e pré-gozo, pulsando em seu interior. Ele movia o quadril devagar, certamente buscando alívio. Yoongi sentiu o pau atingir seu limite, os sons molhados começavam a se fazer presentes e tudo que eles sentiam naquele momento era prazer.

Yoongi se retirou só para Taehyung fazer a mesma coisa, e Taehyung, porra, ele era mais faminto e desesperado. Com uma pressa absurda, colocou todo o pau de Hoseok na boca, de uma vez, sentindo-se engasgar bem de leve.

— Caralho... Vocês dois... — Hoseok gemeu quando Taehyung moveu a cabeça minimamente e Yoongi o massageou nos testículos.

Hoseok mexeu os quadris novamente e acabou fodendo a boca que o tomava por inteiro. Taehyung ficava tão bonito daquele jeito, com seus lábios esticados ao redor de seu pau e as maçãs do rosto avermelhadas. Lindo demais.

Yoongi puxou os cabelos de Taehyung para longe e eles se encararam cúmplices pela milésima vez antes de trocarem mais um beijo, um beijo rápido que Hoseok sequer entendeu direito, mas voltou a gemer quando era Yoongi o mamando de novo, encharcando seu pau de saliva, tendo os olhos lacrimejando pelo esforço que aquilo causava.

Hoseok não podia ver, mas uma das mãos de Yoongi estava junto com a de Taehyung, guiando-a para uma das coxas do Jung. Taehyung apertava o local, sempre escorregando um pouco para a parte interna, fazendo uma pressão leve para que se abrissem um pouco mais.

E bem, Hoseok estava longe de ser um homem bobo, ele já teve experiências demais em sua vida para não compreender o que Taehyung queria.

— O que você quer, Taehyung? — Perguntou mesmo assim, querendo olhá-lo diretamente ao ter uma resposta.

Taehyung, contudo, apenas sorriu, aproveitando a brecha de Yoongi para começarem a chupar aquele pau juntos, um de cada lado. O que foi distração suficiente para Hoseok.

Aquilo era tão sujo, tão erótico, mas tão belo. Yoongi e Taehyung praticamente trocavam um beijo enquanto mamavam aquele pau, suas línguas encostavam uma na outra, as bocas se esbarravam sempre que chegavam na cabecinha, sedentos para coletarem todo o sabor dela.

E a mão de Taehyung ainda escorregava nas coxas de Hoseok, que por mais incrível que parecesse, estava sim voluntariamente um pouco mais aberta.

Os gemidos de Hoseok eram roucos e arrastados, seus quadris permaneciam se movendo incansavelmente, querendo gozar de uma vez.

— Hobi... — Taehyung o chamou, seus olhinhos estavam letárgicos e a boca inchada. Hoseok também era fraco demais — Se você deixar... Eu prometo que vai ser bom.

Hoseok não tinha dúvidas de que era bom sim, não era como se nunca tivesse feito, não era isso. Só tinha uma preferência, nada demais.

Ainda assim, ele respirou fundo, percebendo como se encontrava cada dia mais com dificuldades para negar coisas a eles dois.

— 'Tá, Taehyung... Só faz com cuidado, tem tempo já...

O estômago de Taehyung se revirou pela informação. Ele não conhecia Hoseok tão bem como pensava, pelo visto.

Ele tomou o rostinho de Yoongi em suas mãos, o afastando do pau de Hoseok só para enfiar dois dedos em sua boca, que foram prontamente recebidos e chupados como se fosse o próprio pau ali.

Yoongi gemia manhoso enquanto babava os dedos de Taehyung, deixando um sorrisinho ou outro escapar enquanto fazia, pois só de pensar na possibilidade do que viria a seguir, seu pau pulsava dentro dos shorts.

Hoseok, apesar de apreensivo, não podia deixar de reparar em como aquela cena era excitante. Os olhos de Yoongi estavam abertos, seu queixo era segurado pela mão livre de Taehyung, que diferente da madrugada anterior, tinha uma expressão indecifrável, misteriosa.

Quando consideraram aquilo o bastante, Yoongi se afastou com um sorrisinho no rosto e se apressou para subir em Hoseok, deixando seus rostos a centímetros um do outro.

— Vai ser gostoso... — Ele sussurrou contra os lábios de Hoseok, sua ereção roçando diretamente na dele, murmúrios baixos sendo proferidos enquanto Taehyung apenas esfregava a pontinha dos dedos encharcados na entrada de Hoseok.

— Eu sei que sim... só não... só não 'tô muito acostumado.

— Uhum... mas eu vou te distrair, Seok, você nem vai sentir tanta dor assim.

Yoongi apenas colocou a língua para fora e a arrastou na boca de Hoseok, que já se contorcia levemente pela sensação gelada dos dedos de Taehyung.

— Pega o lubrificante na gaveta, meu bem, só isso aqui 'pra ele não vai dar certo — Taehyung falou para Yoongi, que se deslocou rapidamente de onde estava para esticar o corpo até alcançar a mesa de cabeceira.

Da primeira gaveta, pegou os dois pequenos sachês, que Hoseok sinceramente não lembrava quando eles tinham comprado.

Yoongi entregou os pacotinhos para Taehyung, que não demorou em rasgar o primeiro entre os dentes para despejar quase todo conteúdo em seus dedos e em Hoseok.

Por sorte, Yoongi realmente estava disposto a distraí-lo. Ao invés de voltar para a posição anterior, ele colocou-se de cabeça para baixo sobre o corpo de Hoseok. Sua bunda ficou exposta e aberta bem no rosto alheio, enquanto seu próprio rosto praticamente encostava no pau de Hoseok.

— Porra, pasión... ainda 'tá vermelhinho — Hoseok chiou, bêbado de tesão ao olhar aquela área tão sensível, tão macia.

— Mas não precisa ter pena, Seok... desconta o que tiver que descontar, desconta em mim... — Yoongi falou sério e logo envolveu o pau de Hoseok com sua palma, apertando-o com força medida antes de arrastar seus lábios por toda a extensão.

Taehyung, se concentrando para dar o melhor que podia para Hoseok, ainda esfregava os dedos com cautela, deixando que apenas a pontinha de um ou outro escorregasse para dentro, mas automaticamente aquela entrada o expulsava.

— Hoseok, relaxa... eu não vou te machucar — Com sua voz grossa demais, Taehyung assegurou para ele, o tocando suavemente nos testículos como mais uma forma de distraí-lo da dor.

Hoseok resolveu confiar e focou sua atenção para a bunda de Yoongi que estava quase implorando para ser tocada.

Ele fechou o punho, deixando apenas o indicador e médio levantados para umedecê-los com sua própria saliva, em seguida, os rumou para a entrada de Yoongi, pressionando os dedos no local, que em poucos segundos já podia receber um dedo.

— Porra... Caralho — A primeira sensação de ardência veio, mas surpreendentemente não era a das piores. Taehyung interrompeu os movimentos, mantendo o dedo naquele espaço, e enquanto massageava as coxas de Hoseok com a mão livre, incitava Yoongi a continuar o chupando da melhor forma que conseguia.

E então, Hoseok passou a gemer um pouco mais aliviado, mais tranquilo, dando a ideia de que estava começando a se distrair do incômodo para aproveitar a boca de Yoongi o engolindo inteiro, o babando sem o menor pudor.

— Isso... Oh, porra... Força a cabeça dele 'pra baixo, corazón... — Taehyung sorriu e fez o que foi pedido. Seus dedos enroscaram-se nos cabelos de Yoongi para fazer pressão e ele usou essa brecha para afundar um pouco mais o dedo em Hoseok, que diferente do momento inicial, gemeu mais uma vez, no entanto, um gemido gostoso, que deixava claro o quanto estava bom.

Hoseok não sabia muito bem como agir, não conseguia descrever exatamente o que estava sentindo. Suas pernas tremiam involuntariamente, sua barriga formigava, seu pau pulsava conforme Yoongi subia e descia sem parar, sempre usando a mão para acompanhar seus movimentos. Gostoso, muito gostoso.

Seus próprios dedos também estavam afundados na entrada de Yoongi, sendo agora, três deles. Era difícil dedicar-se com maestria ao que estava fazendo, mas Hoseok tentava, tentava muito acertar Yoongi onde ele mais gostava, tentava não se entregar ao limite.

— Porra, corazón... põe mais um... — Taehyung abriu um sorriso bonito e seu pau chegou a doer dentro das roupas, mas ele fez, com a mesma cautela, com a mesma sutileza.

O segundo dentro foi entrando aos poucos, Hoseok chiava mas ao mesmo tempo gemia e empurrava o quadril para baixo, procurando talvez pelo seu ponto mais sensível de prazer. Estava aproveitando, e era aquilo que Taehyung queria.

Ver Hoseok daquele jeito já era o suficiente para si.

— Ei... — Hoseok pendeu a cabeça um pouco para o lado, chamando Taehyung, que o encarou com os olhinhos um pouco letárgicos pelo tesão, mas havendo uma pontada de curiosidade — Também quero te fazer gozar hoje, amor...

Taehyung sorriu para ele, pouco acostumado em ser chamado daquela forma.

— Eu com certeza vou gozar vendo vocês desse jeito... 'tão me deixando maluco.

Yoongi se afastou do pau de Hoseok e olhou para Taehyung, que se distraiu com aqueles lábios rosas e inchados, o sorriso pequeno que brotava entre eles.

— O que ele 'tá dizendo é que você pode fazer o que 'tá com vontade, Tae... — Yoongi arrastou de leve o dorso da mão no cantinho dos lábios — Come ele... Faz bem gostoso do jeito que você sabe...

Os olhos de Taehyung chegaram a brilhar.

Ele não sabia se estava mesmo entendendo, então encarou Hoseok novamente, esperando que de alguma forma obtivesse uma confirmação sobre aquilo.

E Hoseok apenas piscou para ele e em um gesto quase imperceptível de cabeça, assentiu, dando aval para seguir em frente.

— Porra... — Taehyung arfou alto, e no que pareceram segundos, ele já estava se desfazendo do próprio short de pijama e rasgando a segunda embalagem de lubrificante.

Yoongi, enquanto isso, moveu-se de onde estava para se posicionar mais uma vez em cima de Hoseok, só que com seus rostos um de frente para o outro.

— Quero muito ver sua cara enquanto ele fode você, Hobi... — Yoongi murmurou, balançando seu quadril sobre o de Hoseok.

— Então aproveitem enquanto eu 'tô bonzinho... Caralho!!! — Antes mesmo de Hoseok terminar a frase, a ardência forte preencheu todo seu corpo. Taehyung mal tinha colocado a cabecinha por completo, mas já doía absurdamente.

Yoongi, vendo sua expressão, esticou o braço para trás na intenção de alcançar seu pau e colocá-lo dentro de si.

— Foca em mim... Sente como é gostoso eu me fodendo em você, Seok... — Os gemidos de Taehyung se misturavam aos de Yoongi, que também sentia um leve desconforto pela penetração rápida demais. Mas nada comparado ao que Hoseok sentia.

— Merda... Taehyung... pau grande do caralho... — Hoseok disse, arrancando risadas dos outros dois, que entenderam que talvez ele estivesse começando a se acostumar com a espessura.

— Vai ficar gostoso... prometo.

Hoseok respirou fundo e puxou Yoongi pela nuca, colando as duas bocas em um beijo urgente. Taehyung começava a se mover bem aos poucos, muito lentamente, observando cada gesto, cada tremor das pernas de Hoseok, cada vez que ele se abria um pouco mais, mostrando o início de um conforto.

Ficaram naquilo não por muito tempo, até os três estarem em sincronia, tanto no balançar de seus corpos quanto nos sons dos gemidos que deixavam escapar.

Taehyung era mesmo bom no que fazia. Suas unhas praticamente fincavam nas coxas de Hoseok enquanto ele as segurava um pouco para cima. Yoongi tinha os dois braços apoiados no travesseiro, e o corpo subindo e descendo de Hoseok com quase desespero.

— Vou gozar — Yoongi avisou e sequer deu tempo dos outros raciocinarem. Os jatos de porra saíram com força, rasgando sua garganta em gemidos altos, sujando o peitoral e o rosto de Hoseok.

— Porra, pasión... — Hoseok passou a mão em uma das partes que havia respingado o líquido espesso, levando-a em seguida para a própría boca — Uma delícia...

Yoongi sorriu e se jogou para o lado, precisando muito descansar. Precisava respirar um pouco.

Taehyung aproveitou o espaço e se curvou para cima de Hoseok, o tomando em um beijo intenso e cheio de desejo, movendo seus quadris para frente e para trás sem parar. Os gemidos dos dois eram abafados por eles mesmo, mas os tremores de seus corpos e o suor que escorria externavam todo o prazer que sentiam.

— Caralho... faz isso de novo, Taehyung, porra.... — Taehyung se empenhou em o estimular exatamente naquele ponto, surrando-o na próstata sensível demais.

Não foi preciso muitas estocadas para Hoseok fechar os olhos com força e gemer alto e rouco, se desfazendo inteiro na própria barriga.

Taehyung veio logo em seguida, apoiando a cabeça no ombro alheio enquanto gozava dentro dele.

Deitados lado a lado, suas respirações ofegantes preenchendo o ar, os sorrisos prontos para brotar em seus lábios. Hoseok, Taehyung e Yoongi transbordavam de felicidade. Não havia explicação plausível. Para qualquer espectador, poderia parecer insignificante, mas a questão é que ninguém os via, de todo modo, e eles sentiam, sentiam muito, sentiam mais do que se viam capazes de descrever.

— Eu quero vocês 'pra mim, de verdade mesmo — Hoseok disse, fazendo com que os outros dois o encarassem — Quero que sejam meus namorados, e depois... ah, sei lá — Percebendo que talvez estivesse falando demais, fechou os olhos envergonhado, sentindo o calor se espalhar no pescoço.

Yoongi foi o primeiro a se jogar em cima dele, pouco se importando se estavam sujos.

— Eu quero também... quero ser namorado de vocês — Afirmou sem hesitação.

Taehyung não se moveu, mas seu sorriso se alargou.

— Contanto que vocês não me encham o saco, eu aceito também.

HORAS MAIS TARDE

X  X  X

Quando o carro ultrapassou novamente aqueles portões, avançando pelo caminho asfaltado e cercado pelo paisagismo bem feito, Hoseok chegou a desacelerar. Os olhos de Yoongi e Taehyung estavam arregalados, quase colados à janela.

Uma sensação indescritível os envolvia, como se o coração batesse no compasso dos suspiros. Apesar de ser um sentimento um pouco estranho, não havia lugar algum que pudessem chamar de lar com tanta convicção quanto aquele. Era ali, naquela mansão, que suas almas encontravam paz e abrigo.

— Eu não sabia que eu precisava tanto voltar 'pra cá até chegar aqui... — Sussurrou Taehyung em voz baixa, e os outros dois riram em concordância, compartilhando o mesmo sentimento.

— É, confesso que 'tô pessoalmente curioso 'pra saber se o Jungkook e Jimin 'tão namorando mesmo — Hoseok não perdeu a chance de brincar, ganhando empurrões leves de Yoongi e Taehyung.

— Se fosse há um tempo atrás eu acreditaria, mas você tá é querendo abraçar eles e chorar igual um bebê, Hoseok. Pode assumir — Yoongi o acusou.

— Eu não — Ele negou com um gesto mal feito e saiu do carro para não dar a chance de falarem mais nada.

Os três caminharam pelo gramado um tanto incertos, cumprimentando os seguranças com sorrisos e gestos de cabeça reconhecidos. Cada segundo se aproximavam mais da porta principal da mansão, que se erguia majestosamente na frente deles.

Com um suspiro carregado de expectativa e em passos firmes, foi Taehyung quem tomou a frente para abrir a porta. Logo, no saguão, seus olhares se iluminaram ao ver os quatro amigos, Namjoon, Jin, Jungkook e Jimin, ali, esperando por eles.

Mas claro, diferente dele e Yoongi, que suspiraram fundo como forma de externar o que quer que fosse, Hoseok era quem caprichava não saudação.

E como se não tivesse se passado longos e intermináveis dias, os ouvidos de todos foram preenchidos por aquela voz e sotaque tão característicos.

— Cabrones!!

💣 💣 💣

aaai gente, sério, eles são perfeitos! até agora não tô acreditando que estamos prestes a dar tchau pra eles de verdade :(
como eu disse lá no início, esse capítulo foi, em maioria, dedicado aos taeyoonseok, porque no próximo, que é o último, vocês vão poder ver como tá a família toda em si.
não esqueçam de votar, comentar e de ir na minha BIO preencher o formulário de compra de HB FÍSICO!
até a proxima <3

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