RUIN4S - O Novo Dono III

De targaryen11

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Saga Família Yssuz Ramon (Chuck) e Alice Mai multe

PRÓLOGO
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De targaryen11



Sigo por um caminho que está no automático, nem sei, mas vou.

Sujo, do jeito que estou.
Vejo um muro com trepadeiras , muito familiar; trepo nele e ninguém poderia me impedir.

3 movimentos, estou dentro.

Sigo por uns degraus de pedra.
Paro num momento, seria certo?
Foda-se!
Foda-se pra caralho!

Me dirijo até o quarto , fora da casa enorme... Aquela mansão de merda que eu reservei pra "monarquia".

Eu fiz tudo do melhor, eu dei o meu melhor pra ela...foi por ela! Caralho, foi tudo por ela!
Cadê? Onde ela tá?

Entro no quarto, olho armário, gavetas, banheiro...Cada coisa dela, tudo tem a cara dela... E esse quadro com a foto dela, me encarando...
Porra, porquê? Por quê tu tem que ser meu tormento? Por quê tu tem que ser tão...Tão você?

Várias cenas passam pela minha cabeça, já confusa...

Eu sou a pior pessoa pra esse tipo de coisa...Não sou romântico, não sou o "partidão" que todos queriam...

Me olho no espelho, tem sangue em várias partes... E é isso que sou...Um cara forjado pelo sangue, pela dor de outros...

Involuntariamente, abro a torneira, procuro algo que possa me limpar do que sou...

Estou sempre tentando apagar o que sou, pra ela me enxergar da melhor forma

Descubro aí, o meu martírio...

Eu nunca seria o que ela precisa!
Nunca seria o que esperam dela...

Daí ouço a porta bater.
a cama range, e pelo espelho do banheiro onde estou, vejo ela jogada lá.

Meu veneno, meu vício, minha cura, minha morte e vida.

Não me movo.. As palavras da Bianca ressoam...Ela é maior, eu sou um fantoche.
A família dela precisa de mim, mas até quando?

Meu telefone toca, fico puto, porque o som mostra a ela que não está sozinha.

Pelo espelho, acompanho ela sentar na cama , assustada.

Olho a tela, numero desconhecido.
É o deco, só pode ser...

Declino, não atendo

Pelo espelho, observo ela me encontrar. Nos olhamos por ali.
Limitados, como sempre.

O espanto incial, se dilui. Ela encosta na cabeceira e eu tento fingir naturalidade, mesmo sujo de vermelho.

Sou um animal, e ela um princesa.

Não tem jeito, saio do banheiro e paro de frente a ela.

Vejo uma mistura de surpresa e medo em seus olhos.
Olho pra sua barriga, chapada, como antes.

A Bianca estava viajando...
Será?

A pistola descarregada estava em minha cintura, mas eu tenho um pente adicional. Antes de sair, deixo os dois no banheiro, em cima da pia.
Queria que ela não visse, mas era impossível, ela viu. Assim como viu as manchas em mim. Marcas do que eu poderia causar, mas jamais nela.

Jamais?

O amor que eu tinha por ela, fugia de todos os meus limites...
Eu faria a Greyce me dizer tudo, faria ela me entregar tudo...Mas foi ela tocar no nome da Alice, que eu perdi o controle.

Eu sabia, mas ela não.

Me aproximo, ela mantém o olhar em mim. Chocada, eu sei que pareço um monstro agora, sujo, marcado.

Olho cada detalhe dela e me pergunto, mentalmente como alguém pode exercer um poder tão forte sobre mim, mesmo com toda experiência de vida que tenho.
Perto dela, sou apenas um menino...Aquele menino...

_Eu quero ver seus exames, Alice!

Ela me encara

_Você...está...Todo sujo de...

_Sangue! É! - Olho pra mim mesmo e então pra ela - Os exames, cadê?

_Minha mãe está chegando em algumas horas , Ramon...

Ouvir meu nome , dito por ela, era algo que me proporcionava algo que eu não saberia nominar.

_Você está grávida? Está?

Ela encolhe as pernas, sem deixar de me olhar.

_Só preciso dessa resposta.

Ela me olha por inteiro, e eu sinto medo em seu olhar...Não queria causar isso, mas...

Ela deixa seu olhar fugir e eu me aproximo um pouco mais, chego junto daquela cama, onde já estive antes.

Aqui não era a casa dela,o lugar dela ... Ela não lembra? Não...O lugar dela, desde o inicio, era ao meu lado, mas ....

Quem sou eu nesse "teatro"? Sou ninguém! Tudo mudou mais rápido que a velocidade da luz

Mas o que me mata, é ver que ela me olhava com medo.

De todos os sentimentos do mundo, o único que eu não queria despertar, era esse.

De todas as pessoas do mundo, a única que eu não queria que me temesse, era ela...

Ela coloca as duas mãos no rosto e abaixa a cabeça. Braços finos, uma cor morena,que combinava tão bem com o tom de cada fio que caía sobre sua face.

Atrás de mim, naquele balcão de granito antigo, havia mais de uma dezena de balas. Eu estava acostumado a usar.

_Só me responde isso - Frizo os olhos, ela não vê - Você está esperando um filho... É isso? Por isso fugiu de mim, me dispensou?
Dou mais um passo a frente, ela continua na mesma posição.
algumas horas atrás, ela estava comigo, trocávamos promessas de vida. Não restava nada agora.
Eu uma besta, suja do sangue da bianca. Ela em meio a lençóis alvos, intocável.
Eu não seria capaz de fazer nada contra ela, eu a amo demais pra isso.

Ela levanta

_Eu...- E cai ajoelhada no chão do quarto, vomitando, mas tentando segurar com a mão o liquido ralo que sai. Ali, aos meus pés.

Me ajoelho junto, e tento ajudá-la
Ela me afasta
_Vai embora, Ramon, por favor! Vai embora!

_Não! Não enquanto eu não tiver uma resposta! Me fala! Me diz!

Eu a ajudo se levantar e ela vai pro banheiro; Ao se deparar com a arma, se esquiva, e alcança o box.
Eu sou mero expectador. Quase não preciso de mais detalhes pra decifrar minha curiosidade.

Ela liga o chuveiro e desce a roupa fina, como ela.

Eu pego a arma, o pente. Ela vê e fecha os olhos, debaixo d'água.

_Você matou...Alguém?

Faço que sim com a cabeça

Ela mergulha debaixo do jato, ao ler minha resposta

_A falta de reposta pra minha pergunta é mais do que qualquer sim que você poderia me dar, Alice! - Tempo - Entendo teu medo, entendo o que eu causo em você...Não precisa mais dizer nada! Eu já tenho o que vim buscar!

Viro e ela me chama.

Sai da água, na minha mente, aquela cena iria perdurar pra sempre, parecia uma deusa, algo do tipo.
Nua, molhada, dourada...inalcançável, por maiores que fossem meus esforços.

_Eu não quero uma guerra...Não quero ver você matando pessoas por causa de...

_O pai do seu filho? É disso que você está falando? - Olho pra trás dela e então pra seus olhos iluminados apenas pela luz que vazava da pequena abertura naquele banheiro - É isso?

Ela dá um passo a frente, ainda me olhando nos olhos

_Você acreditaria em mim, Ramon?

Eu a encaro de volta, mas não consigo responder. Não depois de ter ouvido o que a Greyce disse no momento de sua morte.

Ela pega a toalha branquíssima , pendurada.

_Eu sabia que não...

_Mas você não disse na...

_Não...Não disse! Você precisa ir agora...Nem deveria ter vindo!

Eu penso em sair, ir embora daquele lugar, mas viro e seguro em sua mão. A toalha se desprende e cai. Eu observo , mas volto a olha-la nos olhos.
Segurando seu pulso, digo, olhos nos olhos

_Eu seria capaz de matar e morrer por você! - Balanço a cabeça - Como você fez isso comigo? - O sangue latejava na minha garganta, na minha testa. Nem sei como falei aquilo depois de tudo!

_E se eu te dissesse que esse filho é teu? - Ela responde fria, dura.

_Eu não posso! E você sabe! Por isso me escondeu por tanto tempo...Eu quase te obriguei a buscar os exames por quê você sabia!

Ela balança a cabeça

_ Era a resposta que eu esperava.

_Todo esse mau estar...Todas as vezes que...Todas as vezes que eu desconfiei...Eu estava certo...Essa traição, foi a pior que eu já vivi na vida! Eu poderia acabar contigo agora...

Ela continua gélida, parada no mesmo lugar, as gotículas caem de seu cabelo, passando pelo seu rosto, corpo.

_Faz isso! Faz isso, Ramon... - Ela diz, e uma lágrima rola pelo seu rosto, misturado a água de seu corpo molhado

_ ... E depois, acabo com a minha, porquê estou cansado de tudo isso

_Não! - Ela diz, numa velocidade anormal - Você não!

_Eu não quero mais viver, Alice!

Ela começa a chorar, mas de forma contida.

_Desculpa...Desde lá de trás, eu... - Ela me olha - Eu fui inconsequente...Você sempre tentou me afastar...Eu... - Ela balança a cabeça e segura novamente a toalha, sem me encarar - Eu não sabia que chegaria...- Ela me olha - A esse ponto!

Olho pra ela

_Eu te amei de uma forma que nunca amei ninguém...

Ela me olha, sem se preocupar em enxugar a lágrima que cai, se juntando a anterior

_O mesmo aconteceu comigo!

Olho pro lado, estou sentindo a agonia crescer dentro de mim, e não quero me descontrolar.

_Vou embora!

_Espera! - Ela segura minha mão, e eu me viro ; aguardo, mas ela não diz nada . Solta minha mão e segura o nariz vermelho , chorando baixo.

Saio dali; preciso respirar.

Sem ter a menor noção de como vou viver dali por diante.


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