Loving You is a Losing Game

De strangerlikee

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Adora Grayskull estava perfeitamente bem sobre estar perdida sobre sua identidade no mundo. Há uma fase de su... Mais

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Where everything starts to crumble I
Where everything starts to crumble - FINAL PART
End of inertia I
End of inertia II
End of inertia III
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I never hated you - I
I never hated you - II
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I never hated you - VI
I never hated you - VII
I never hated you - VIII
I never hated you - IX PART FINAL
Loving you - 1
Loving you - II
Loving You - IV
Loving you - V
Loving You - VI
Loving You - VII

Loving You - III

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De strangerlikee

Point of View Narrator

-

Desespero.

Foi tudo que Adora sentiu ao ouvir o diagnóstico de Razz antes de ser direcionada até a sala do especialista para ouvir o que ele tinha a dizer.

─ Princípio de um acidente vascular cerebral - O doutor Abraham disse enquanto verificava as anotações em uma prancheta cheia de papéis ─ É estranho, sabemos que o tempo está passando, há muitas coisas que acometem idosos neste período, mas isso... - Ele jogou suas anotações sobre a mesa como se estivesse aborrecido ─ Razz tem um ótimo acompanhamento médico, eu sei, estou aqui desde que você começou a custeá-los desde bem cedo na verdade. Aconteceu alguma coisa nas últimas semanas? Alguma alteração de humor, situação de estresse em um nível muito alto? Emoções fortes?

─ Nada de muito específico - Adora franziu as sobrancelhas em preocupação e direcionou a mão livre para a morena ao seu lado enquanto a outra estava entrelaçada ─ A Catra está de volta a cidade e a visitou, não houve nada além da surpresa, é claro. Não tivemos brigas, ela também não tem saído muito exceto para pequenos passeios onde a levamos de carro.

─ Os sintomas mencionados são preocupantes, eu devo admitir - O médico coçou o queixo ─ Mas acredito que ela tenha controlado algumas coisas. Formigamento, perda de memória, dificuldade na fala, dores de cabeça fortes… se isso estivesse no limite nos piores casos ela já estaria morta. Alguma razão pela demora em trazê-la até o hospital?

─ Ela se recusou a vir - Catra explicou desta vez ─ Costuma ser teimosa, acredite, Adora e eu insistimos muito. Só conseguimos convencê-la há algumas horas depois do passeio.

─ Ela disse que… não quer morrer sozinha no hospital. É como se ela estivesse com medo de ser deixada aqui e simplesmente partir..

Os ombros da loira se encolheram um pouco.

─ Momentos de raiva, tristeza ou exaustão são gatilhos. Estresse emocional agudo, por exemplo. Talvez vocês só não tenham identificado, o que é perfeitamente normal. Alguns derrames são silenciosos, para tranquilizá-las eu só posso dizer que a Sra. Razz chegou à tempo e nós vamos iniciar o acompanhamento.

─ Ela pode se recuperar? Durante o percurso ela reclamou de… não estar sentindo um lado de seu corpo ou algo assim - Catra questionou

─ É um processo longo e lento, devo avisá-las que uma nova rotina se inicia neste momento. Em determinados casos o paciente deve reaprender a falar, caminhar, escrever, se alimentar. As sequelas podem ou não ficar, geralmente também podem ou não trazer prejuízos no dia a dia. O caso da Sra. Razz deve ser cauteloso, uma vez que ela desistir do processo ficará mais difícil restabelecer sua saúde, ela já tem uma idade mais avançadas, precisamos verificar isso de perto, está bem?

O homem escreveu algumas linhas uma após outra em um papel que arrancou do tablete ao seu lado, parando em alguns momentos como se estivesse tentando se lembrar para continuar descrevendo, Adora e Catra se entreolharam em alguns momentos e esperaram ele terminar.

Catra se sentiu terrivelmente culpada. Talvez Abraham tivesse razão. Razz pareceu contente e satisfeita ao ver sua neta novamente após oito longos anos, mas a sua preocupação sobre ficar sozinha novamente após sua próxima partida deveria ter sido bem mais problemático desta vez.

Tanto que a atingiu de maneiras mais sérias.

─ Estou receitando alguns medicamentos. Sei que a Razz vai seguir os horários corretamente, indico que ela esteja mais exposta a momentos tranquilos e leves. Passeios são uma ótima ideia e eu vou pessoalmente visitá-la a cada 15 dias nos primeiros três meses. Vamos cortar as visitas para exames de rotina no hospital, isso pode assustá-la e não podemos arriscar. Gatilhos podem ser perigosos neste momento. Marcaremos por telefone o melhor horário.

─ Nós agradecemos, Abraham - Adora sorriu enquanto apertava a mão do médico ─ Tenho certeza que a Razz vai se sentir mais tranquila em recebê-lo em casa.

─ Ela vai ficar bem, controlem a ingestão de sódio nesses três meses. Isso vai ajudar - O homem sorriu ─ Dica extra. Sem gorduras ruins, mais saladas.

─ Você sabe que eu costumo seguir suas indicações.

─ Estou orgulhoso - Abraham deu de ombros ─ E a propósito, tenho certeza que Razz vai melhorar bem mais rápido em sua presença, senhorita Laurent

Catra se surpreendeu ao ser mencionada.

─ Psicólogos conversam com os médicos responsáveis pelos pacientes - Ele deu de ombros enquanto contextualizava ─ Razz sempre mencionou que sentia sua falta. Fico feliz que esteja de volta, será um diferencial.

─ Fico feliz em poder ajudar - A CEO sorriu e agradeceu o comentário antes de se retirar com Adora

Razz esteve em uma sala após os exames, próximo à recepção, Adora se dirigiu para o balcão e começou a assinar as papeladas finais enquanto Catra caminhou até a ala de repouso.

─ [...] estou dizendo vovó, eu sei que a mamãe está gostando dela, eu posso ver. Não sou bobo, seus olhos parecem estrelas - Catra ouviu Clay dizer animado do lado de dentro

─ Catra é uma boa garota, Clay. Mas é muito ocupada - A voz da mulher soou um pouco triste ─ Ela tem uma vida em outra cidade.

─ Ela pode ter uma vida aqui! - O garotinho insistiu ─ Não é justo, eu nunca deixaria você ou a minha mãe. É como se eu não conseguisse respirar. Não quero ficar sem você ou a mamãe, a Catra também não. Eu sei que ela pensa como eu.

─ Você é gentil, querido. Estou tão orgulhosa de você.

─ Quando eu estiver do tamanho da mamãe eu vou fazer um hospital desse tamanho - Catra sorriu silenciosamente imaginando o menino abrindo seus braços para demonstrar ─ E você não vai mais vir a esse lugar, vovó. Eu mesmo vou cuidar de você

─ É mesmo?

─ Sim! Mas você deve deixar o tio Bow, a tia Glimmer, a tia Lya, a tia Sky, o tio Hawk, a tia Mermista, a Catra, a mamãe, a tia Luz, a tia Amity e o Peter usarem também se ficarem doentes

─ É uma grande lista - A CEO ouviu sua avó gargalhar ─ Eles podem usar com certeza

─ Mesmo? Você promete? - O garotinho perguntou

─ Eu prometo. A vovó pode lidar com isso.

─ Certo, isso parece bom. Eu amo você, vovó

Era impressionante pensar que Adora havia criado aquele garoto sozinha mesmo com todas suas dificuldades. Droga, ele era praticamente seu reflexo.

Clay demonstrou ser leal, gentil, atencioso, amoroso, não havia nada que pudesse torná-lo amargo. Catra estava acostumada com crianças petulantes e desrespeitosas, nunca havia realmente pensado que ter filhos seria uma boa ideia. Por muitos anos Catra pensou em um herdeiro, mas como poderia seguir em frente com o medo de nunca conseguir moldá-lo?

No final, ela viu que crianças absorvem o que vivem. Estarão repletos daquilo que os contorna, Adora não havia moldado aquele garotinho, só ofereceu o que sempre esteve dentro dela.

Por isso eram tão parecidos.

E não havia nada de errado.

Era uma família tão boa quanto aquelas que possuem trinta, ou dez, ou três pessoas.

Era pequena, mas era muito boa.

─ Você não vai entrar? - Adora murmurou atrás dela quando se aproximou vagarosamente, a arrancando de seus pensamentos ─ Ei, desculpe - A loira a segurou pela cintura, puxando-a de volta para perto ─ Eu assustei você? Parecia pensativa.

─ Não é nada.. Apenas, é uma situação de merda - A CEO suspirou ─ Como você se sente?

─ Um pouco aliviada, não é exatamente o que eu estava esperando. Ninguém pede por um diagnóstico desses, mas ela vai sair dessa. Nós vamos cuidar disso - A loira garantiu ─ Obrigada por ter vindo, pareceu menos caótico com você aqui.

Adora murmurou a última parte, encarou o chão antes de olhar a CEO nos olhos.

─ É muito importante que esteja aqui.

─ Você falou sério quando sugeriu que nós… podíamos passar algum tempo juntas?

A engenheira assentiu, colocando algumas mechas de cabelo atrás da orelha da morena

─ Muito sério - Um pequeno sorriso surgiu nos lábios de Catra enquanto recebia a confirmação ─ Quero ter você por perto.

─ Sabe que isso não vai ser exatamente bem aceito entre seus amigos - A empresária falou divertidamente mas havia um fundo de verdade e preocupação naquilo

─ Eles podem acabar comigo se isso der errado - Adora deu de ombros antes de se inclinar um pouco para perto da mulher ─ Eu quero você, Laurent. Apenas… me deixe te mostrar todas as coisas que eu puder, você mesma disse, somos adultas agora. Mas precisa saber que no final vai ter uma decisão a tomar

─ Não faz ideia o que está fazendo comigo, não me importo de deixá-la saber o quão longe eu iria por você.

─ Espero que vá longe o suficiente para ficar desta vez - A loira sorriu ─ Não entenda isso como um ataque… eu só- gostaria que ficasse. Você é importante para mim. Se isso valer de alguma coisa, por favor considere, ok?

A morena assentiu e surpreendeu a maior ao selar seus lábios em um beijo, foi rápido mas não menos intenso. Adora podia sentir como se correntes elétricas estivessem perfurando e atravessando cada uma das veias de seu corpo, a sensação a fez sentir como uma maldita adolescente e a frequência que isso estava acontecendo a preocupa, mas não o bastante para que ela evite gestos como este.

Na verdade, ela estava feliz em se sentir assim, ainda que o seu lado racional adulto estivesse gritando com ela por algumas vezes.

─ Vamos levá-la para casa e então conversamos sobre a nova rotina - Ela se referiu a avó — Este é o plano para hoje.

─ Parece muito justo - Adora concordou ─ Ela vai ficar bem..

─ E nós  também vamos - Catra sorriu ─ Eu garanto.

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