DEGUSTAÇÃO - UMA MENTIRA PARA...

By Carlie_Ferrer

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Oláaaas, amoras minhas, como estão? Este livro já foi postado completo aqui e retirado. No momento, encontram... More

NOTA DA AUTORA
Capítulo 1 - O REENCONTRO
1 - SAMMY - PARTE 2
ÉDER
1 - ÉDER - PARTE 2
Capítulo 2 - A DESCOBERTA
2 - SAMMY - PARTE 2
ÉDER
2 - ÉDER - PARTE 2
Capítulo 3 - A MENTIRA
3 - SAMMY - PARTE 2
ÉDER
3 - ÉDER - PARTE 2
Capítulo 4 - O ENCONTRO
4 - SAMMY - PARTE 2
4 - SAMMY - PARTE 3
4 - SAMMY - PARTE 4
ÉDER
4 - ÉDER - PARTE 2
4 - ÉDER - PARTE 3
4 - ÉDER - PARTE 4
Capítulo 5 - O JANTAR
5 - SAMMY - PARTE 2
5 - SAMMY - PARTE 3
5 - SAMMY - PARTE 4
ÉDER
5 - ÉDER - PARTE 2
5 - ÉDER - PARTE 3
5 - ÉDER - PARTE 4 - FIM DA DEGUSTAÇÃO

5 - SAMMY - PARTE 5

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By Carlie_Ferrer

Oláaaas, amoras minhas, como estão?

Este livro já foi postado completo aqui e retirado. No momento, encontram-se apenas 5 capítulos para degustação.

Ele será repostado completo novamente, porém não há previsão de data.


Ao final da tarde, quando estou de saída para decorar a mansão, Sury vem até mim carregando várias opções de roupas separadas em sacos.

— O que é isso? Não vou usar nada de marca, Sury, vou com qualquer roupa.

— Não, você não vai. Mas não vai usar nada de marca, vai usar um original Sury Werneck. Não posso deixar minha irmã ir a um evento vestindo qualquer coisa, o que isso diria sobre o meu trabalho? Fiz essas roupas para você nos últimos dias.

— É isso o que você tem feito tanto tempo no seu ateliê? Roupas para mim? Você tem muitas encomendas, sabia?

— Sabia, então seja ainda mais grata por isso.

— Obrigada, Sury — digo abraçando-a e ela me ajuda a escolher algo para usar à noite.

Escolho um vestido discreto que não chamará muita atenção. É um elegante vestido preto de seda, com alças finas e delicadas. Ele se ajusta ao meu corpo, realçando minhas curvas, e chega até o meio das minhas coxas. O decote é sutilmente sensual, mas não de maneira provocativa. Dessa forma, espero deixar claro que não estou buscando atrair atenção ou me envolver em qualquer tipo de disputa quando a noite é dela. Minha pequena vingança por seu convite já foi o suficiente.


As mesas estão montadas e os convidados já começaram a chegar. Tomo um banho e me arrumo na dependência de empregados da casa, sinto-me melhor assim, não gosto de me sentir uma convidada na casa dele. Estou aqui a trabalho. Passo uma maquiagem rápida e confirmo com Vera, uma senhora bondosa que mora no meu prédio e ama crianças, que está tudo bem com Anya. Minha pequena a adora, provavelmente porque a babá a enche de doces.

Avisto Sury e Igor na entrada e me junto a eles. Sury está radiante! Sua barriga já está levemente arredondada, embora ainda discreta, e mal dá para perceber, mas o brilho de felicidade que emana dela é inegável. Igor me estende o braço, tendo uma Ferraz em cada lado e entramos juntos. Até o momento, poucos convidados chegaram, mas a irritação de Brenda já é audível desde a porta de entrada, o que me obriga a disfarçar e segurar o riso.

— Você chegou! — ela brada ao me ver. — O que é isso? Por que as mesas para os meus convidados são de plástico? Tenho certeza que combinamos mesas vitorianas com cadeiras estofadas. O que essas mesas de boteco de esquina estão fazendo na minha mansão, Sammy?

Ela está aos berros e olho em volta, toda atenção está sobre nós.

— Ah, me desculpe! Você não especificou para mim quais mesas queria, e como sou tão humilde, as que conheço para jantares são essas de plástico.

— Você está brincando comigo? — ela pergunta mais alto e dá um passo em minha direção, mas Éder aparece e a impede de aproximar-se. Ele se posiciona entre nós duas e sua voz é fria quando diz a ela:

— Baixe seu tom de voz.

— Éder, ela trocou as mesas por mesas de plástico — Brenda acusa e Éder olha para mim. Ele me avalia minuciosamente, dos pés à cabeça e sorri.

— Qual é o problema? As pessoas poderão se sentar do mesmo jeito.

— Você está ficando louco? Brenda Lemann Calmon não oferece um jantar para que os convidados se sentem em cadeiras de plástico!

— Então você quer cancelar e ir embora? Porque já estão aqui, está tudo montado e os convidados estão chegando. Se quiser cancelar não me oponho, só decida depressa — ele a desafia.

Sury tem uma expressão confusa por seu tom de voz com ela, mas Brenda de repente está calma e sorrindo até. Sua resposta, no entanto, não é direcionada a Éder, mas a mim.

— Era isso que você queria, não é? Arruinar minha noite. Queria que eu cancelasse tudo e passasse por essa situação ridícula — ela acusa.

— Eu? De jeito nenhum. Só estou aqui para desfrutar de uma refeição gratuita de alto nível. Não foi por isso que você me convidou? Além disso, consegui até um vestido exclusivo de uma estilista famosa feito especialmente para mim! — digo me exibindo. Ela respira fundo, e percebo que Éder está sorrindo.

— Você não vai conseguir, Sammy. Não vai estragar minha noite e não vai receber um centavo por esse serviço, pode ter certeza.

Essa maldita! Eu passei a noite em claro montando esses arranjos, mas tudo bem, não direi isso a ela.

— Sim, ela vai receber, a casa está decorada, o local está lindo. Por favor, não se comporte como uma criança — Éder diz com calma, sua voz mais suave do que antes.

Brenda o observa com um olhar repleto de raiva, mas ele parece não se importar nem um pouco. Em seguida, ela sai bruscamente, fazendo barulho com seus saltos altíssimos de 23 centímetros. Eu jamais conseguiria me equilibrar em algo tão fino e tão alto. Éder, então, cumprimenta Igor.

— É um prazer conhecê-lo, Igor Werneck.

— O prazer é meu, Éder Castello. Esta é uma bela casa.

— Um pouco exagerada — ele responde e se dirige a Sury. — Você está linda, Sury.

E minha irmã traíra aproxima-se dele e o abraça, cumprimentando-o. Igor e Sury seguem em direção a mesa destinada a eles, mas quando vou fazer o mesmo, Éder me impede tocando suavemente meu braço.

— Entendi porque você queria tanto fazer esse coque quando seu cabelo era curto — ele diz. — Ficou lindo em você. Você está maravilhosa, Sammy. É injusto porque você rouba a atenção de toda a decoração que fez, e ficou realmente incrível. Você não deveria aceitar participar dos eventos que decora. Se não pode ser uma peça da decoração, disponível para ser admirada, então não desvie a atenção dela.

— Pare com essa ladainha — ralho, mas ele está sorrindo.

— Mesas de plástico, então? Geniosa.

— Foi apenas um descuido.

— Tenho certeza que sim. Não trouxe o seu namorado? Ah, claro, hoje é quarta. Onde está seu cara das quartas?

— Esperando por mim em algum motel próximo daqui.

— Você está mais ágil nas respostas atravessadas — observa. — Bom jantar, Sammy.

Ele me solta e vai cumprimentar as pessoas que chegaram e encontro Sury e Igor, que elogiam a decoração, mas não conseguem parar de rir pelas mesas de plástico.


O quarteto de cordas toca The Scientist, do Coldplay e sinto-me nostálgica. Bebo um gole do vinho branco, o vinho que eu mesma sugeri. O cardápio apresenta perfeitas combinações com risoto de cogumelo, Éder deve ter adorado isso e Brenda se esforçou para agradá-lo, percebo. Eles desfilam juntos por todo o local, cumprimentando pessoas, recebendo os cumprimentos pelo casamento. Brenda exibe um senhor diamante no dedo e imagino que Éder tenha dado a ela. Noto que ele não sorri ao cumprimentar as pessoas, como se não fizesse questão de ninguém aqui. É frio e distante, ao contrário de Brenda que brilha. Vez ou outra, seus olhos vagueiam em minha direção e finjo não perceber isso, mas Sury não faz o mesmo. Ela levanta a taça do que quer que esteja tomando sem álcool e convida Éder a juntar-se a nós.

— Por que fez isso? — questiono. — Brenda virá também, já não sofri o bastante para você?

— Não, isso está divertido — ela diz.

Éder se aproxima de nós, mas ao notar que Brenda está seguindo-o, ele pede um momento a Sury e desvia, evitando que a noiva se junte a nós. Eles caminham em direção ao bar, onde são servidos com drinks. Então Igor comenta:

— Isso tem um gosto de canela delicioso.

— Canela? Tem certeza?

Praticamente tomo a taça de sua mão, retirando a cereja que enfeita o copo, e provo. Sem dúvida, esse drink tem canela. Eu havia mencionado especificamente sobre a alergia dele, o que o buffet está pensando? Levanto-me e vou falar com Amelia sobre esse erro, mas então olho para o lado e vejo Éder com a bebida em sua mão. A mesma que Igor estava tomando. Imediatamente, enquanto ele aproxima o copo de seus lábios, corro em sua direção. Agarro a taça antes que ele a encoste na boca e puxo-a. Ele se assusta e me observa confuso. Todos ao nosso redor estão me olhando como se eu fosse louca. E Amelia está aqui.

— Tem canela nessa bebida — aviso a ele. — Amelia, eu disse especificamente para não ter nada com canela no cardápio, o que aconteceu?

— Eu repassei essa informação! — ela garante confusa e vai verificar com alguém imediatamente.

— Então foi você — Éder diz baixinho.

— Não, eu troquei as mesas, mas não tentei matá-lo com um choque anafilático. Eu disse que você tem uma alergia severa a canela, disse mais de uma vez — garanto.

— Foi você quem escolheu o cardápio? — ele pergunta. — E as músicas? Ninguém mais saberia, Sammy, foi você, não foi?

Não entendo se está bravo por isso, se está me acusando, uma vez que eu o impedi de tomar a bebida.

— Sim, eu fiz isso. Mas não pedi nada com canela. — Então, olho para Brenda. — Se eu quisesse estragar o seu jantar, poderia mesmo ter feito isso, pois pouco me importa se ele sofre. Mas eu deixei claro que nada nesta noite poderia conter canela.

Ela arqueia as sobrancelhas como se desconfiasse do que digo, mas parece estranhamente calma. É uma falha que ela poderia usar contra mim, e Éder não me defenderia, mas estranhamente ela não o faz. Então entendo. Foi ela. Ela pediu as bebidas com canela para que a culpa caísse sobre mim. Isso se confirma quando diz:

— Apenas Sammy escolheu o cardápio, amor. Como você se recusou a ajudar, ela o fez sozinha.

— Você é maluca? — pergunto. — Ele poderia ter uma reação alérgica grave se consumisse isso. E o que mais no cardápio contém canela, Brenda?

— Não faço ideia do que está falando — ela responde, o sorriso desaparecendo de seu rosto.

Então me dirijo a Éder.

— Acredite no que quiser, mas foi a sua querida noiva quem incluiu canela no cardápio. Se eu fosse você, tomaria bastante cuidado com ela — digo, afastando-me sem esperar pelo julgamento de Éder.

Como se me importasse o que ele pensa sobre mim. Sinto-me irritada e magoada com a situação. O que Brenda estava pensando ao colocar Éder em perigo? Será que ela é apenas uma pessoa mimada e sem noção, ou há algo mais sombrio por trás de suas ações? Será que ela tinha noção do que poderia ter causado apenas para me acusar? Mesmo que seja um contrato, eles vão se casar! Éder estará à mercê dela... e por que estou me importando com isso? Que ela o mate se for o que deseja, não é da minha conta.

Conto a Sury e Igor o que aconteceu e Sury tem uma expressão tão chocada quanto a minha e também está preocupada. Por que Éder está se casando com alguém como ela? Mesmo que seja um contrato, por que cederia a isso? Eles não se dão bem, ele mal a suporta. Então por quê?

— Por dinheiro, claro. Ele disse algo sobre milhões caso cancelassem tudo. Deve estar recebendo muito por esse casamento arranjado — conto a Sury.

— Nem sei o que dizer, Sammy. Eu diria que Éder não é assim, mas olhando à nossa volta, onde estamos, na mansão que ele comprou, acho que não sabemos mesmo de nada.

— Não sabemos — confirmo e me irrita que Éder ainda consiga me decepcionar depois de tudo.


Pouco depois, quando os aperitivos foram retirados e a entrada será servida. Brenda e Éder se reúnem ao centro da sala de jantar. As mesas foram dispostas formando um círculo, para que a mesa do casal, também de plástico, ficasse ao centro. Ela fala sobre terem se conhecido na Suíça e sobre o amor instantâneo que sentiram um pelo outro. Não é difícil acreditar nisso, Éder tem essas de se apaixonar à primeira vista. Ela segura sua mão e sorri docemente enquanto Éder não diz nada, ele apenas assente vez ou outra para o que Brenda está falando.

É loucura eu estar aqui, depois de tudo, no jantar do meu ex-marido com sua noiva. Na casa deles, onde possivelmente viverão. Vendo-os de mãos dadas contando uma história de amor que pode ou não ser verdadeira, mas ainda é uma história sobre eles. Sobre como ele seguiu em frente enquanto eu apenas matei a minha libido e senti falta dele por cinco anos. Piora quando Brenda apoia as mãos nos ombros de Éder e se aproxima para beijá-lo. Seu rosto vai em direção ao dele e, antes que seus lábios se toquem, e que eu faça alguma besteira, levanto-me e deixo a sala de jantar, indo para a área dos fundos.

Por que estou fazendo isso? Por que ainda permito que ele me machuque? Meu corpo esquenta, meu coração acelera. Porque meu corpo reage quando ele me irrita, quando dá em cima de mim, quando me deslumbra e quando me machuca. Reage a tudo nele. Isso não é justo! Continuo andando até chegar ao jardim da mansão. O jardim que Brenda havia mencionado ter sido projetado por Maria Carolina Edenhal, uma paisagista de renome. E é claro que eu a conheço, ao contrário do que Brenda pensa. As rosas vermelhas são as preferidas dela e ela faz jardins mágicos tendo-as como centro.

No momento em que sinto a mão de Éder tocando a minha, meu corpo se vira automaticamente, encontrando seu olhar.

— O que está fazendo aqui? — ele pergunta. — Por que saiu daquele jeito?

— Tire as mãos de mim. O que você está fazendo aqui? Não devia estar lá beijando sua noiva?

— Devia? É isso o que você quer? Eu não queria beijá-la.

— Ah, que pena! Vai dizer que também não queria se casar, mas o fará, não é? Assim como a beijou agora.

— Eu não beijei.

— Como não? Você fez o que então? Saiu correndo? — pergunto com deboche.

— Sim, a deixei lá e corri atrás de você. E não a beijei.

Ele está falando sério, parece agitado e temeroso, mas seu tom de voz é sério.

— Você fez isso mesmo? Éder! Por que fez isso? Por que não a beijou?

— Porque é você quem eu quero beijar — ele diz e segura meu rosto puxando meu corpo para o seu. Então sua boca toca a minha. Seus lábios prendem meu lábio inferior entre eles em uma mordida leve e as mãos de Éder descem por meus braços até contornarem minha cintura e ele me prende ao seu corpo. Sua língua invade minha boca e me beija.

Em segundos pareço estar flutuando e em chamas. Tudo ao redor desaparece, sua língua toma a minha do seu jeito atrevido e desesperado, gemidos me escapam quando sinto seu corpo preso ao meu, suas mãos percorrendo meu corpo sobre o tecido macio do vestido. Quase sinto o calor do seu toque. Ficamos sem ar, e meu corpo exige mais, muito mais. Ele anseia senti-lo de novo, tocá-lo de novo, subir sobre ele e se perder como sempre. Minha libido está aqui, mais viva e ativa do que já esteve e me assusto por isso. Aqui estou eu, beijando Éder em seu próprio jantar, enquanto sua noiva provavelmente está procurando por ele, caso ele a tenha deixado sozinha para vir atrás de mim. Estou arriscando demais! Mais do que meu nome e meu trabalho, estou colocando em risco o meu muro de proteção aqui.

Eu me desespero de repente por estar em seus braços de bom grado, recuperando a respiração enquanto sua boca passeia pela pele do meu pescoço e sua barba áspera arranha me incendiando mais ainda. Então, para me livrar disso, dobro o joelho e o acerto no meio das pernas.

Ele se move para trás me libertando e levo as mãos à boca, assustada. Eu fiz isso mesmo. Bati nele. Ele geme de dor com as mãos sobre o pênis e me observa.

— Eu disse que se desse em cima de mim acertaria suas bolas! — defendo-me.

Ele ri, baixinho, ainda entre gemidos de dor, mas ri.

— Sim, você disse. Mas valeu a pena o sacrifício.

— Babaca! — ralho e saio daqui antes que volte atrás com minha sanidade.

O deixo ali, entro de novo na mansão, aviso a Sury que estou ido embora e não espero por sua resposta. Menos ainda por suas perguntas. Só preciso caminhar um pouco e esquecer a sensação de sua boca, sua língua e suas mãos sobre mim de novo.

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