DEGUSTAÇÃO - UMA MENTIRA PARA...

By Carlie_Ferrer

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Oláaaas, amoras minhas, como estão? Este livro já foi postado completo aqui e retirado. No momento, encontram... More

NOTA DA AUTORA
Capítulo 1 - O REENCONTRO
1 - SAMMY - PARTE 2
ÉDER
1 - ÉDER - PARTE 2
Capítulo 2 - A DESCOBERTA
2 - SAMMY - PARTE 2
ÉDER
2 - ÉDER - PARTE 2
Capítulo 3 - A MENTIRA
3 - SAMMY - PARTE 2
ÉDER
3 - ÉDER - PARTE 2
Capítulo 4 - O ENCONTRO
4 - SAMMY - PARTE 2
4 - SAMMY - PARTE 3
4 - SAMMY - PARTE 4
ÉDER
4 - ÉDER - PARTE 2
4 - ÉDER - PARTE 3
4 - ÉDER - PARTE 4
Capítulo 5 - O JANTAR
5 - SAMMY - PARTE 3
5 - SAMMY - PARTE 4
5 - SAMMY - PARTE 5
ÉDER
5 - ÉDER - PARTE 2
5 - ÉDER - PARTE 3
5 - ÉDER - PARTE 4 - FIM DA DEGUSTAÇÃO

5 - SAMMY - PARTE 2

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By Carlie_Ferrer

Oláaaas, amoras minhas, como estão?

Este livro já foi postado completo aqui e retirado. No momento, encontram-se apenas 5 capítulos para degustação.

Ele será repostado completo novamente, porém não há previsão de data.


Na manhã seguinte, me encontro novamente na ELE, pronta para trabalhar em um jantar na casa nova, mesmo sem a mínima vontade. Mas é o preço que pago por causa da minha mentira. Brenda me guia até uma mesa onde estão duas pessoas responsáveis pelo buffet do jantar. Ela me apresenta seus nomes como se eu devesse saber quem são. Ao perceber que não sei, ela comenta com as pessoas que é minha primeira grande cliente, e é por isso que ainda não as conheço.

— Brenda, para decorar sua mansão eu preciso vê-la. Preciso ao menos de fotos e medidas dela. Seus funcionários podem me fornecer isso? — peço pelo que deve ser a terceira vez desde que cheguei.

— Não, você irá comigo até lá assim que o buffet ficar decidido.

— Vou com você? Só nós duas? — Ela assente. — Foi uma mentira para protegê-la, tenho mesmo que pagar tão caro? — reclamo com o universo.

Quando Amelia, uma das meninas do buffet, cochicha algo para Sofia, a organizadora do jantar, e as duas suspiram, viro-me e vejo Éder se aproximando. Ele usa uma camisa social preta, tem os três primeiros botões abertos, evidenciando uma corrente que carrega no pescoço. Também é possível ver um traço de sua tatuagem sobre o peito e algumas sardas, quando ele se aproxima o bastante. Ele tem muitas delas pelo ombro e algumas no peito. A camisa parece colada ao seu corpo, assim como a calça social, o que as meninas estão olhando descaradamente.

— Bom dia, senhoritas — ele diz, mas seus olhos não buscam minha direção especificamente.

— Sr. Éder, sou a Amelia, responsável pelo buffet do seu jantar. O que o senhor gostaria que fosse servido?

Ele a observa e responde prontamente.

— Não faço questão de nada. Brenda decidirá isso.

— Entendo, senhor, mas não tem alguma comida de sua preferência?

— Éder, diga algo que você gosta, é nosso jantar, não serviremos comidas aleatórias — Brenda insiste.

Ele ignora Brenda e afasta-se quando ela tenta tocá-lo, o que é estranho.

— Eu não gosto de nada.

— Como não gosta de nada? — Sofia pergunta exasperada. — Comida indiana? Japonesa? Prefere massas ou caldos? Ao menos isso o senhor deve ter alguma preferência.

— Não, não tenho.

Sua resposta é direta e seca, chega a ser grosseira.

— E quanto a música? O senhor tem algum artista ou uma música que gostaria que o quarteto de cordas tocasse?

— Não, não gosto de música.

Giro a cabeça tão rápido em sua direção, surpresa por sua resposta e ele finalmente olha para mim. Como se me desafiasse a desmenti-lo, o que, claro, não faço. Um sorriso de lado se estende em seu rosto enquanto ele me observa. Éder ama música, inclusive toca vários instrumentos. O que ele está fazendo?

— Estou liberado? Não posso ajudar em nada sobre esse jantar, absolutamente tudo será decidido por minha noiva — diz e se vira para Brenda. — Precisamos conversar.

Ela apenas assente e ele some de vista, não sem uma bela conferida das meninas, que logo começam a questionar Brenda qual comida ele costuma comer quando saem juntos, que música escutam quando fazem amor e neste momento, começo a questionar se sou mesmo obrigada a presenciar isso. Juro que se ela responder que fazem amor ao som de Yellow, vou me levantar e abandonar seu jantar.

De repente, há o silêncio e Brenda arrasta uma cadeira, sentando-se de frente para mim. A observo confusa, as meninas também estão olhando para mim.

— Sammy, você sabe responder essas coisas sobre ele, não sabe? — ela pergunta.

— O quê?

— Músicas que ele gosta, comidas, preferências. Precisa me dizer alguma coisa.

Ela está mesmo com essas pernas cruzadas, usando um salto amarelo 18cm enquanto me pede ajuda? Tudo bem, meu dia acabou de melhorar. Sorrio para ela.

— Você está me perguntando quais são as preferências do seu noivo? E por que eu saberia? Afinal, nos só tivemos um casinho. Não posso te ajudar.

Ela respira fundo, sua pele pálida começa a ganhar um tom rosado e sua expressão é a azeda de sempre. Isso não me assusta. Da mesma forma como se irrita, ela se acalma em segundos mesmo.

— Estou disposta a pagar por qualquer informação que você saiba.

— Ah, mais dinheiro? Se continuar desse jeito vai acabar dando toda sua fortuna para mim, Brenda, querida. Não posso te ajudar.

Ela planta uma mão em cada braço da cadeira onde me encontro sentada, sua voz agora está à beira do histerismo.

— Ao menos o cardápio. O que ele gosta de comer?

— Segundo suas palavras, eu fui um casinho e ele me despreza. Ele nem queria que eu estivesse trabalhando com vocês, certo? E você é a noiva dele. A noiva rica e importante por quem ele é loucamente apaixonado. Ele lhe comprou uma mansão! Como pode não saber as comidas preferidas dele?

— Sammy...

— De toda forma, essas não são informações que um homem conta a um casinho, sinto muito.

— Está bem! Vocês foram casados por anos. Você deve ser a pessoa que mais o conhece neste mundo, me fala o que ele gosta de comer! — Assumir diante de sua organizadora e uma garota tagarela representante de um buffet famoso que fui casada por anos com Éder não foi fácil para ela. Deve ser por isso que suas veias parecem saltadas no pescoço.

— Não quero seu dinheiro. Não acho justo cobrar por informações que podem estar desatualizadas, afinal, não nos falamos há anos e preferências mudam.

— Então o que você quer?

— Você está me pedindo um favor, certo? Então me peça por favor.

Ela ri, mas eu já me acostumei com suas risadas. Igor costuma dizer que as pessoas sorriem quando tentam esconder sentimentos negativos diante de outros a quem precisam fingir gostar. Brenda precisa do meu favor, o que a obriga a ser tolerante comigo, mas essa risada que mistura histeria, irritação e condescendência é engraçada. Ela balança a cabeça em desaprovação, enquanto as meninas observam a cena, totalmente absorvidas por ela. No final, ela perde a batalha, sem outra escolha.

— Por favor, Sammy, me diz as coisas que ele gosta de comer — diz entredentes, baixo demais e completamente contra a vontade, mas vou aceitar isso.

— Tudo bem! Como você sai com ele para jantar e não sabe que ele ama risoto de cogumelos? Ele gosta de beber vinho branco enquanto come, e se forem fazer sobremesa, qualquer coisa de morango ele vai apreciar. Mas claro, como eu disse, isso foi anos atrás, quando éramos casados, os gostos dele podem ter mudado.

Ela está muda, com os olhos fixos em mim, seu olhar transmitindo uma mistura de raiva e desconfiança, frios como gelo, tanto que faz com que minha pele se arrepie instantaneamente. Sinto que ela poderia me matar agora mesmo por eu tê-la ajudado. Pessoas são estranhas.

— Ele gosta de frutos do mar? — Amelia pergunta.

— Não de lagosta, todo o resto ele gosta. Gostava. Não sei se ainda é assim.

— E o que podemos tocar? — Sofia pergunta com um tablet onde está anotando tudo. — Que tipo de música ele gosta?

— Coldplay era a banda preferida dele. Ele não tinha uma música preferida, então toquem qualquer uma dessa banda que combine com o casal.

Por algum motivo passar essa informação me incomoda. Eles terão um jantar de casa nova na mansão que ele comprou para ela e ao fundo estará tocando as músicas que nós ouvimos juntos por anos.

— Ah, ele é alérgico a canela, tem uma alergia severa, então não pode ter nenhum alimento ou bebida com esse ingrediente — aviso quando me lembro disso.

As meninas agradecem satisfeitas e Brenda apenas se levanta e sai.

— Ela nem me agradeceu — resmungo, mas acho que o 'por favor' foi demais para ela.

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