Sei que é amor - Ainda sei, é...

By nikita_sak

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2ª temporada do conto: Sei que é amor, narrando a estória da médica Camila Cabello, reaprendendo a amar, supe... More

Capítulo 1: Foi Pra Sempre Enquanto Durou
Capítulo 2: Refazendo Minha Rotina
Capítulo 3: Refazendo minha rotina - Parte II
Capítulo 4: Colors Vip
Capítulo 5: Minha culpa, minha tão grande culpa
Capítulo 6: Romance no ar
Capítulo 7: Romance no ar - Parte II
Capítulo 8: Ares estranhos
Capítulo 9: Festa estranha, gente esquisita
Capítulo 10: De volta ao Rio
Capítulo 11: Reencontro
Capítulo 12: Reflexão
Capítulo 13: Mais uma chuva
Capítulo 14: Vai dizer que o tempo não parou naquele momento?
Capítulo 15: Inquietude
Capítulo 16: Ressaca
Capítulo 17: Lauren - Puro êxtase
Capítulo 18: Bem que se quis
Capítulo 19: Ponte aérea
Capítulo 20: Surpresas
Capítulo 21:A pessoa certa?
Capítulo 22: A LUTA COMEÇA - 1º ROUND: HARRY
Capítulo 23: 2º Round - Memórias
Capítulo 24: Aposta
Capítulo 25: Aposta II
Capítulo 26: 3º round - Repercussões
Capítulo 27: 3º round - Família
Capítulo 28: Às vezes te odeio por quase um segundo...
Capítulo 29: Digitais
Capítulo 30: Virgínia
Capítulo 31: Lauren, minha paciente
Capítulo 32: Depois te amo mais...
Capítulo 33: Você me faz bem, você me faz tão bem...
Capítulo 34: Diga sim pra mim
Capítulo 35: Meu anjo
Capítulo 36: Desencontros
Capítulo 37: Inocente útil
Capítulo 38: Omissão é traição?
Capítulo 40: Pedra na sapata?!
Capítulo 41: Consertando as coisas
Capítulo 42: Memórias
Capítulo 43: Memórias - Parte II
Capítulo 44: Fim de festa
Capítulo 45: A caminho do altar
Capítulo 46: Vestido branco, buquê, lua de mel?
Capítulo 47: Plano de fuga
Capítulo 48: Aliada surpresa - Tia Dulce!
Capítulo 49: Preço de um segredo
Capítulo 50: De volta aos braços dela
Capítulo 51: Casadas

Capítulo 39: Explicações

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By nikita_sak


Em casa, depois de um trajeto silencioso, uma vez que me preparava para contar a Lauren minha noite com Virginia, me senti culpada até para aceitar as carícias de minha noiva, afastando ela de mim...

- Camz o que está acontecendo?

- O motivo pelo qual Dinah e Virginia brigaram fui eu.

- Você?! Que loucura é essa? O que você fez?

- Eu omiti algo importante para minha amiga e para você Lo...

- Camila, você está me assustando, fala logo!

- Um dia antes de sua cirurgia, depois que você apareceu com a Pietra no bar da Megan, surgiu um clima entre Virginia e eu, e...

- Não acredito Mila...

Lauren sentou na cama incrédula.

- Fui a primeira mulher dela... E nos dias que se seguiram à sua cirurgia, ela me ajudou a desvendar a armação de Pietra para nos separar e não falamos mais sobre o assunto, porque ela sabia que eu te amava e que iria voltar pra você.

- Mas por que você não me contou? Até cheguei a insinuar e você não me contou nada!

- Medo! Medo de estragar nossa reconciliação com especulações, Virginia continuava morando comigo e eu não achei que fosse necessário contar nada...

- Mas Camila! Como assim não era necessário me contar? Você me cobra tanto honestidade, fala tanto em confiança e me aparece cheia de segredos, primeiro a Megan, agora a Virginia?

- Lo... não escondi isso por maldade, eu só fiquei confusa, sem saber como agir especialmente depois que ela e Dinah começaram a namorar.

- Olha no que deu! Agora Dinah está magoada e com razão, por se sentir enganada pela melhor amiga e pela mulher pela qual está apaixonada!

- Temo que a mágoa de Dinah seja maior.

- Por quê?

- Ela ouviu a Virginia dizer que estava apaixonada por mim e que se sentia mal por usá-la para me esquecer.

A expressão de Lauren mudou. E minha tranquilidade se fora.

- Lo, eu fiquei perdida, com medo de abalar nossa relação com algo que não teve importância comparado ao que sinto por você.

- O que você sente por ela? – Lauren perguntou com um tom inquisidor.

- Lo, Virginia é uma amiga especial, sinto muito carinho e admiração por ela e só.

- Foi bom desvirginá-la?

- Não vou ter esse tipo de conversa com você Lauren...

- Por que não?

- Por que é absurdo, é inapropriado, é desnecessário!

- Responde uma coisa Camila, você sentiu ciúmes dela quando Dinah e ela começaram a namorar?

Andei de um lado para outro pensando na minha resposta, não poderia mais mentir, e nem muito menos complicar ainda mais minha situação...

- Senti, mas não foi ciúme passional. Foi um sentimento estranho de posse, de perda, mas da amiga, da companheira, foi como se o que aconteceu entre nós tivesse perdido a importância depois que ela se envolveu com outra mulher, no fundo eu gostava da idéia de ser especial, ter sido a primeira para alguém...

- Camila, isso soa como um culto a vaidade, como se Virginia fosse um troféu...

- Não, não é. Eu me sinto uma canalha por ter ignorado os sentimentos dela, centrada na minha preocupação com você, mas nunca tratei o que aconteceu entre ela e eu como uma conquista. Morro de medo de perder a amizade dela, que é importante demais para mim, eu quero ajudá-la a ser uma grande médica e pesquisadora, acredito no potencial dela, além de precisar da sua lealdade, amizade que coloquei em risco cedendo a uma atração.

- Bom, não sei se a amizade com ela está abalada, mas com a Dinah com certeza, você tinha obrigação moral de ter contado a sua amiga o que houve entre vocês. Ela está apaixonada, enquanto você e Virginia se perdiam numa DR na cozinha, ela me confessava que já havia desistido de se entender com uma mulher até conhecer Virginia.

A análise de Lauren me destroçou. Magoei minhas duas melhores amigas e a decepção de minha noiva era óbvia.

- E quanto a nossa relação? Também ficará abalada com minha omissão?

- Camila eu poderia usar isso contra você um dia sabia? – Lauren sorriu sarcástica andando em minha direção. – Poderia fazer um discurso moralista sobre sua perfeição maculada, ou ainda sobre o quanto todos nós somos vulneráveis a tropeços, a erros, a deslizes...

- Poderia? E já não está fazendo?

- Ah não... Se eu fizesse isso, estaria agindo como uma pessoa rancorosa e hipócrita, e felizmente isso não sou.

- E então, como você vai agir comigo? Vai me deixar de castigo?

Envolvi meus braços em sua cintura, procurando decifrar seu olhar.

- Acho que o castigo não é necessário, você já está se martirizando o suficiente... Você não me traiu, não me enganou, mas, não foi honesta, ao contrário do que você afirma, o que aconteceu entre você e Virginia foi importante sim. Mas, isso serviu para te mostrar que você é humana e que pode ser capaz de mentir, de trair, como qualquer pessoa, por isso seja mais tolerante com as fraquezas dos outros.

- Está me dizendo que se você fizer algo parecido comigo tenho que te perdoar porque eu já fiz o mesmo?

- Não, estou dizendo que você precisa ser menos orgulhosa e assumir suas fraquezas, assim como todas as pessoas fazem, porque todos nós somos feitos da mesma essência. Você se ofendeu quando eu escondi fatos que eu julguei sem importância, puniu Harry pelo mesmo motivo, e quando caiu no mesmo erro preferiu manter escondido a perder sua tradição de mulher perfeita.

- Nossa... E isso não é discurso moralista?

- Não, esse é meu jeito de dizer que eu não vou te punir, não vou deixar que isso abale nossa relação, porque eu te amo demais, e não vou deixar que uma pirralha aprendiz de Natalie me roube você!

Gargalhei e colei meus lábios no lábios de Lauren e sussurrei:

- Ninguém me rouba de você, sou sua para sempre.

Beijei Lauren com paixão, jogando seu corpo na cama. Ela sorria maliciosa observando eu me despir, num movimento hábil ficou sobre mim quando caí sobre ela, me segurou pelos punhos acima da minha cabeça...

- Quer dizer então que minha mulher é pegadora? Não posso te deixar uns diaszinhos solteira e você vira até papa-anjo, né?

- Melhor você dar conta da pegadora aqui, antes que eu procure a energia das menininhas...

- Ah é? Você vai ver do que a coroa aqui é capaz!

Adorava desafiar Lauren. Instigar seu espírito competitivo. Naquela noite como se fosse possível ela se superou, me arrasou na cama, me deixando sem forças até para retribuir os orgasmos que ela me deu, mas não foi necessário, ela gozou com meu gozo, na matemática incrível do amor uma mais uma era igual a uma. Fomos uma só naquela cama.

***

O domingo me reservava um desafio: enfrentar um programa familiar com Vitoria. Até tentei dissuadir Lauren a desistir da idéia de enfrentar a praia em pleno domingo, mas foi inútil. Vitoria adorava praia, a pirralha precoce era alucinada por esportes, justamente naquele domingo, acontecia a etapa final do mundial de vôlei de praia feminino.

Tensa, segui para praia da Barra com Lauren, encontraríamos Vitória e seu pai na entrada da arena.

- Camz, relaxa... A Vivi nem lembra mais do que aconteceu.

- Com a peste da Pietra enchendo a cabeça dela? Duvido!

- No dia da apresentação do colégio dela eu conversei com minha sobrinha, disse que você era muito divertida, gostava de brincar, de contar historinhas, que cuidava do dodói de criancinhas, enfim enchi sua bola, trate de não se descontrolar.

Se o intuito de minha noiva era me tranquilizar, ela conseguiu exatamente o contrário. Agora eu precisava me comportar como animadora de festa infantil diante de uma criança que para mim tomava ares dos protagonistas do programa Super Nanny.

No portão da arena, Vitória nos avistou e correu em direção aos braços da tia.

- Oi meu amorzinho, lembra da Camila?

A menina tímida só acenou em acordo com a cabeça.

- Fala oi pra ela então Vivi.

- Oi.

A vozinha aguda da menina soou acanhada.

-- Oi Vivi, então, já sabe por quem você vai torcer hoje?

- Claro que sei! Pelo “Basil”.

- Ah então ótimo vou torcer com você então!

Não obtive o melhor sorriso do mundo, mas pelo menos não levei um chute na canela. Chris tratou de ficar perto de mim, acho que a pedido de Lauren, para que a filha confiasse mais em mim. Eu que já enfrentara platéias com milhares de pessoas, médicos renomados me sabatinando, bancas científicas rigorosas nunca me senti tão intimidada com alguém como ficava diante dos olhos atentos de uma menina de cinco anos. Mas, estava me saindo bem, fui a única a topar pintar o rosto de verde e amarelo, depois de muita insistência da Vivi, isso nos fez companheiras de torcida me deixando mais confiante na tentativa de conquistar Vitoria. Mas a pedra estava lá para sabotar qualquer aproximação minha de Vitoria.

- Vivi!

A megera recebeu um abraço apertado da menina. Minha expressão de decepção e mais que isso irritada, voltou-se para Lauren que levantou as mãos como um zagueiro de futebol que comete uma falta grave se eximindo da culpa.

- Mas que diabos essa mulher está fazendo aqui Lauren?

- Eu não sei, eu não sabia que ela viria!

Sem cerimônia Pietra sentou em um pequeno espaço ao lado de Chris que por acaso estava sentado ao meu lado. Colocou Vitoria no colo e logo perguntou:

- Você está linda! E essa pintura quem fez? Eu também quero!

Amassei a garrafa de água que segurava tamanha era minha raiva daquela mulherzinha.

- Camz se controla... Se você demonstrar animosidade com a Pietra vai acabar afastando a Vitoria de você...

Lauren cochichou prevendo o que poderia acontecer dada minha irritação. Fez sinal para Chris...

- Filha vamos comprar picolé?

Vitor colocou a menina nos braços e saiu pela arquibancada, era a deixa para expulsar Pietra dali:

- Qual é seu problema Pietra? Eu te disse pra ficar longe da Vitoria! – Lauren exortou.

- Meu problema se chama Camila, e Lauren minha querida, você só manda em mim na cama, não manda na minha vida.

- Pietra essa arquibancada é imensa, você vai sair de perto de nós, não quero sua influência na vida da minha sobrinha, nem eu quero, nem o pai dela quer. Camila será minha mulher em pouco tempo, e Vitoria também será a família dela, não faça esse papel deplorável de usar uma criança nos seus propósitos, porque não vai funcionar, nada vai me separar da Camila.

- Isso mesmo, dá o fora daqui! – Cruzei os braços com ar orgulhoso pela defesa de minha noiva.

- Eu não vou dar o fora daqui, paguei ingresso como vocês. Eu vim assistir ao jogo de uma amiga e não arredo o pé até vê-la arrasando nessa quadra.

- Amiga? Conta outra Pietra! – Lauren bufou.

- Amiga e ex-namorada. Você não sabe quem vai jogar hoje?

- Uma dupla brasileira de vôlei de praia contra uma brasileira...

- A dupla brasileira: Laila e Sheila.

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