Por Oliver
A noite passada foi incrível e cheia de surpresas.
Jamais imaginei que me sentiria tão amado, desejado e completo com alguém, como me senti com Meg. Ouso dizer que até o sexo com ela é diferente. Talvez seja por existir tanto amor de nossa parte.
Em minha casa, percebi que Meg está tão sedenta por mim, como eu estou por ela.
Ao me instigar, não resisti e, mais uma vez, me entreguei à Meg, de corpo, alma e coração.
Ao chegarmos à casa dos pais de Meg, em minha mente, agradeço pela ausência de Thomas, o clima não seria dos melhores.
Assim que descemos do carro, vejo que Meg vai em direção à sua mãe.
Entro com as nossas malas e minha mãe vem ao meu encontro.
-Meu filho, que saudade de você! Você está tão lindo! -diz, com minha mãe entre suas mãos.
-Eu estava com saudades também, mamãe. Como a senhora está? -digo, lhe abraçando e dando um beijo em sua testa.
-Eu estou bem, meu amor. É bom te ver bem e com esse brilho no olhar. Tem algo para me contar, Oliver? -é difícil mentir para minha mãe, ainda mais quando não se sabe mentir, como eu. - Não, mãe. Nada de novo, apenas feliz por rever a senhora, o papai e James. A propósito, por que Thomas não está aqui?
-Ah! meu filho, seu irmão está tendo problemas com a empresa dele, aparece que é algo referente à desvio de dinheiro…
Mais uma vez essa mesma história e Thomas está envolvido. Acho que estou tendo uma resposta para minhas dúvidas.
-Bem, vamos deixar esse assunto de lado e vamos curtir o dia, já que amanhã à noite eu preciso ir embora.
-Mas já? -diz minha mãe, choramingando.
-Sim, Dona Sarah! O dever me chama.
Conversamos mais um pouco e cumprimento à todos os presentes. Sentados à mesa, mantenho uma certa distância de Meg, porque quero respeitar seu espaço e não quero que ela pense que estou a forçando a alguma coisa.
Aproveito para falar com meu irmão.
-E aí, James. Aprontando muito ainda? Como está o curso?
-Estou mais quieto, ainda não encontrei uma mulher digna de minha beleza. - diz e eu dou risada de sua cara.- brincadeira! estou focado em terminar meu período como residente, mas o puto do meu supervisor não vai com a minha cara e só fode com a minha vida!
-Está fazendo residência do John Hopkins, em Baltimore, ainda?
-Sim, mas o filho da puta do meu supervisor sempre acha que eu faço tudo errado.
-Você estaria interessado em vir para o Windsor? -vejo que brota um sorriso em seu rosto.
-Está falando sério?
-Claro que sim. Afinal, esse hospital também pertence à você.
Meu pai se aproxima de nós.
-Pai, o Oliver me chamou para trabalhar no Windsor! Isso não é do caralho? -James sempre foi o mais mulherengo e boca suja!
-James, olha a boca, rapaz. E sim, é uma excelente notícia!
-Segunda-feira ligarei para o John Hopkins.
-Você é o meu irmão mais foda e só não lhe dou um beijo na boca porque o papai está aqui.
-Não seja por isso, estou de saída! - meu pai se levanta e começa a rir.
-Não começa com essa merda, James! - digo e ele ri de minha cara.
Conversamos um pouco mais até que Paul pede nossa atenção.
Paul faz um discurso, em seguida de Meg, que me puxa e me deixa sem ação com suas palavras.
“-Bem, eu fiz todo esse discurso para dizer que Oliver não é somente meu amigo, mas o melhor amigo que alguém poderia ter e que ao longo desses quinze anos, eu percebi que ele derrubou todas as fronteiras e conquistou meu coração, mesmo que tenha feito isso sem querer e eu tenho o maior orgulho de dizer que o meu melhor amigo, também é o meu namorado!”
Ao dizer essas palavras, sinto meu coração disparar e uma enorme felicidade dentro de mim, Meg decidiu, sozinha, contar à nossa família sobre nosso namoro.
Depois que a abraço, digo algumas palavras o almoço segue tranquilamente.
Me levanto e pergunto se Paul tem um tempo para conversarmos e ele prontamente se levanta.
Ao chegarmos em um canto do jardim e ele me serve um bom e velho whisky.
-E então, Oliver. O que é que você tem a me dizer que eu não saiba? -diz, com seu sorriso sarcástico de sempre. Meg é idêntica ao pai!
-Bem, Paul. Primeiramente eu quero dizer que Meg e eu nunca tivemos nada antes de nossa viagem para Virgínia. Eu já vinha sentindo algo por Meg, mas nunca lhe faltei com o respeito e sempre procurei estar próximo a ela para protegê-la. Segundo, eu odeio mentiras e gostaria de me desculpar por não ter lhe retornado a mensagem, mas Meg e eu nos desentendemos e eu achei melhor respeitar o espaço dela.
Vejo que Paul bebe um gole de seu whisky e resolve falar.
-Oliver, para muitos de nós, era apenas uma questão de tempo que vocês ficassem juntos. Era notório o carinho, além da amizade, que vocês tinham um pelo outro, só vocês dois não viam isso. No dia em que você me enviou uma mensagem dizendo que não poderia conversar comigo, naquele momento, eu já sabia que havia algo de errado. Pouco tempo depois, Meg me ligou e me contou tudo.
-Meg te contou que estávamos juntos? -fiquei surpreso ao saber e muito feliz também.
-Sim, Oliver. Conheço o gênio difícil de Meg. Ela explode e só pensa nas consequências depois. Bem, eu espero que você a faça muito feliz, Oliver. Meg é o meu bem mais precioso e sou capaz de ir o paraíso por ela.
-Não seria no inferno?
Mais um sorriso sarcástico…
-De tanto que eu já aprontei nessa vida, já tenho passagem livre por lá, já no paraíso, é mais complicado!
Dou gargalhada de seu humor ácido. Igual a Meg, meu Deus!
-Paul, eu queria te pedir um favor e não tem nada a ver com Meg.
Paul percebe que eu mudo minha postura e ele faz o mesmo.
-Há algumas semanas, descobri que houve um enorme desvio de dinheiro em meu hospital, e isso aconteceu na época em que Thomas estava no comando da presidência. E, ao falar com Meg sobre o assunto, ela me lembrou de uma situação parecido que meu pai e você passaram há alguns anos e me disse que você tem um amigo que conseguiu solucionar o problema. Eu só te peço que esse assunto não se espalhe, isso seria um grande desgosto ao meu pai.
Vejo que ele respira fundo.
-Oliver, serei bem direto com você. Quando o problema aconteceu, seu irmão, Thomas, estava na parte administrativa de uma das nossas empreiteiras e eu já estava desconfiado. Pedi para que Richard ficasse de olho em outro projeto já que eu estava desconfiando de seu irmão. Entrei em contato com meu amigo e, em poucos dias, ele trouxe a resposta que eu já sabia. Seu irmão desviou mais de cem mil dólares, colocando toda a quantia numa conta da Suíça. Quando eu marquei uma reunião com seu irmão, somente ele e eu, ele negou e disse que eu havia desviado o dinheiro, até que eu mostrasse todas as provas à ele.
Eu prometi não contar nada à seu pai, porque eu não queria vê o meu amigo sendo traído pelo próprio filho, então eu disse para ele devolver toda a quantia em uma prazo de três dias, do contrário, além de levar o assunto até a justiça, eu contaria tudo ao seu pai. Ele fez o que eu pedi.
Oliver, eu conversarei com Derek e pedirei à ele que investigue isso para você. Você tem os documentos que provem o desvio? Mas esteja preparado psicologicamente, pois eu tenho certeza de que seu irmão está metido nisso!
Respiro fundo ao escutar isso, eu já não tenho mais dúvidas. Agora só preciso das provas.
-Eu nem sei o que dizer. Enfim, estou com os papéis em meu carro e lhe entregarei logo mais. Obrigado, Paul. E agradeço por não contar nada ao meu pai!
-De nada, Oliver. Agora vamos curtir o dia e deixar esses pensamentos para depois.
Voltamos ao jardim e me junto a meus pais, meu irmão, meus sogros e minha namorada.
Ao anoitecer, meus pais resolvem ir embora e eu iria com eles, mas Sam e Meg me pedem para que eu fique e eu aceito.
Estamos todos no jardim, até que os pais de Meg resolvem ir deitar.
-Oliver, você dorme no quarto de frente ao meu, do lado esquerdo e o último do corredor. - diz Paul.
-Certo, Paul.
-Paul, eles já estão namorando, os deixe dormirem juntos, pare de ser chato!
-Desculpa, Sam. Mas nem fodendo que ele vai dividir a cama com Meg, aqui debaixo do meu nariz. Não é nada contra você, Oliver, mas não quero ficar imaginando coisas. É a minha Meg, pô!
Ele diz e ninguém consegue segurar o riso.
-Sem problemas, Paul. Não se preocupe!
Nos despedimos e Meg e eu continuamos deitados na grama e ela apoia sua cabeça em meu peito.
-Oliver, eu estou feliz pelo dia que tivemos, foi incrível passar um tempo com nossa família. Precisamos fazer isso mais vezes!
-Concordo, meu amor. Faremos isso com mais frequência. Agora, vamos entrar e subir. Seus braços estão gelados e aqui, eu não posso lhe proporcionar um tratamento de primeira, com seu pai nos supervisionando…-digo, ao mesmo tempo que mordo seus lábios e lhe olho com um sorriso completamente malicioso.
-Me lembre de ficar doente ao voltarmos para casa.
Nos beijamos e entramos.
A deixo em frente à sua porta, nos beijamos e fui para o quarto onde irei dormir.
Embaixo do chuveiro, tento processar tudo o que aconteceu durante o dia e me sinto feliz por isso.
Ao me deitar, vejo as horas e constato que já é tarde para mandar mensagem para Meg, são uma e cinquenta e oito.
Quando apago as luzes e ligo o ar, vejo meu telefone vibrar e é uma mensagem de Meg.
"-Dormindo?
-Não, minha princesa. Estava pensando em você nesse exato momento.
-Hmmm… acho que estou doente! Um tratamento especial seu, resolveria meu problema em dois tempos.
-Quando voltarmos para casa, prometo que o tratamento será completo, com direito à revisão.
-Hmmm… tomara que eu aguente até lá. Meu corpo está febril, Dr… -diz com uma voz manhosa, que me deixa duro.
-Meg, Meg…
-Não fiz nada. Só disse que meu corpo está febril…
-Te conheço, Meg. Em casa resolverei o seu problema. Um ar condicionado bem gelado resolveria o seu problema, por enquanto.
-Você tem razão. Beijos, meu gostoso!"
Dou risada de sua mensagem, mas não deixo de perceber que meu corpo está sedento por Meg. Ela sabe como mexer comigo.
Deitado, vejo que a porta do quarto se abre e a imagem de Meg, somente de roupão preto, com os cabelos soltos e molhados, me deixa em choque e completamente excitado.
-Meg, como você conseguiu entrar? E se seus pais descobrem?
Meg vem em minha direção, soltando o nó que estava em seu roupão, me presenteando com a visão de seu corpo totalmente nu.
-São apenas detalhes, Dr. Windsor…Meu médico particular me recomendou um ar condicionado bem gelado e como sei que aqui eu encontraria isso, aqui estou eu.
Ao chegar em minha cama vem engatinhando até mim.
-E, então. Vai negar socorro, meu Dr.?
-Meg, isso não seria perigoso?
-Sim, perigosamente melhor! - diz e posso ver o sorriso malicioso em seus lábios, que eu tanto amo.
Não consigo pensar em mais nada, a não ser na mulher à minha frente. A minha mulher!
-Meg, você pediu. Você vai ter!
E em um movimento rápido, a jogo de costas na cama e fico entre suas pernas.
-Não esperava menos de você, Dr. Windsor! Você nunca me decepciona!
-Vou cuidar bem direitinho de você agora, Srta. Megan Bennet…
Ataco sua boca de modo feroz, enquanto sinto Meg enlaçando suas pernas em minhas costas e vejo que nossa noite está apenas começando…e da melhor maneira!
Casa dos pais de Meg
Quarto de Oliver
♥️