Obsessõeszinhas, capítulo com cena de abuso... Não é nada muuuuuito pesado mas é um abuso então pra quem é sensível terá sim gatilhos. Pulem a partir da parte que Jake aparece no quarto de Jina e pode retomar a leitura na parte que a Jina volta ao presente.
Avisadizzz, não vão me xingar, senão eu paro de escrever, heim!
Estou antecipando o cap de amanhã porque ele já estava pronto dessa vez e pra homenagear minha leitora querida que está aniversariando hoje @lina_hhbolik. Feliz aniversário, amorzinho. ❤️
Jina
Está frio... Tão frio que sinto meus lábios racharem e meus ossos doerem.
Uma dor na minha coluna e na minha bunda me faz constatar que estou deitada em um lugar duro e frio. Mal posso sentir meus dedinhos dos pés e das mãos.
Solto um doloroso gemido quando tento levantar. Há um peso no meu pescoço que dificulta o processo e minhas mãos e pés estão com a mesma coisa.
Tento abrir os olhos mas tudo o que vejo é um escuro profundo e borrado.
Tento piscar algumas vezes para que meus olhos se acostumem com a escuridão até que consiga enxergar um pouco.
Há um cheiro de terra molhada misturado com urina... Esse lugar está me deixando cada vez mais assustada, mas como boa dissimulada que sou, mantenho minha calma falsa até entender completamente onde estou.
O peso em meu pescoço, mãos e pés se movem conforme me levanto e conforme minha visão se adapta ao escuro.
Grilhões... São grilhões que estão presos na parede.
Ahhh caralho!
Forço minha mente para me lembrar o que aconteceu e como vim parar aqui e então os flash de memória invadem minha mente.
O jake... Jake invadiu a minha casa e me ameaçou e me drogou!
Cerro os olhos com força conforme as lembranças retornam à minha mente como um soco na boca do estômago:
- Oi Jininha... Você sentiu saudades? - Sua voz invade meu quarto e quando me viro vejo Jake encostado no batente da porta, que não existe, no meu quarto.
- Jake... O que você faz aqui? - Pergunto ofegante pelo susto.
Ele jamais deveria conseguir entrar na minha casa assim... E porque ele está aqui?!
- Cansei de tentar ser bonzinho pra você. Te dei uma chance e você não me ouviu, então agora vamos fazer tudo do meu jeito, Jininha. - Diz vindo em minha direção.
Eu tento escapar mas atrás de mim só tem a cama e ele sabe disso e avança em cima de mim.
Caímos na cama, ele por cima segurando meus braços e eu por baixo me debatendo.
Tudo é tão repentino e inesperado que eu mal consigo raciocinar direito sobre o que fazer.
- Jake, me solta! Não me toque! Me larga! - Grito.
- Shhh! Você gostava da ideia de ser tocada por mim, Jininha. Não faça toda essa cena. Agora você conseguiu minha atenção que era o que mais queria, certo? - Diz lambendo meu pescoço como um louco.
- Não! Por favor, não! - Grito em desespero.
Ao contrário de Heitor, Jake é fodidamente mais forte que eu. Apesar de eu ser gorda, ele consegue ser mais forte com seu tipo físico sarado e em forma.
- Ahhh Jina... Você se tornou tão deliciosa... Se eu soubesse que você se transformaria nessa maravilha, teria te fodido quanto tive chance. - Suas mãos passeiam por todo o meu corpo e o que eu sempre achei que adoraria me causa um sentimento de asco.
- Jake, não faz isso comigo, por favor! Por que está fazendo isso? Você queria a minha amiga e eu deixei o caminho livre pra...
- NÃO! - Ele grita no meu rosto e eu fecho os olhos sentindo gotículas de sua saliva em meu rosto. - Eu só queria me divertir um pouco te fazendo sofrer por mim um pouquinho, Jina... Coisa de adolescente. Eu nunca tive alguém tão apaixonada genuinamente por mim como você. Tudo que eu queria era aproveitar e explorar ao máximo isso... Mas acho que fui longe demais e você acabou conhecendo aquele...
Ele abre o zíper da minha calça enquanto fala e eu me debato ainda mais fazendo um dos meus tênis voar pelo quarto, mas isso não o detém.
- Você sempre foi minha, Jininha... Sua boceta me pertence e não àquele fodido! Eu espero que você não tenha perdido seu cabaço com aquele porra, senão eu vou te machucar tanto... Mas tanto... - Sua voz está muito bizarra e descontrolada, mas seus lábios não param de me sugar na região do pescoço e colo.
Eu estou sentindo meu rosto queimar pelo calor do esforço que estou fazendo, Jake já não está dando tanta conta de me segurar.
- Porra, fica quieta! Eu só quero checar... Eu preciso checar... - Diz com desespero.
Deus! Ele enlouqueceu!
Eu não cedo... Tento acertá-lo de todas as formas possível torcendo para que o Heitor chegue e me ajude a enfiar a porrada nesse maldito.
Mas então Jake se irrita e tira sua mão de dentro da minha calcinha e a coloca em seu bolso.
Ele tira um frasco do que parece ser um remédio e com uma só mão arranca a tampa e vira em sua boca.
Mas que porra ele tá fazendo?
Me acalmo um pouco enquanto o observo e tento entender seu plano...
Porém quando ele guarda o frasco em seu bolso novamente e se inclina em cima de mim, forçando minha boca a se abrir com as duas mãos eu entendo tudo.
Ele vai me dopar com esse caralho!
Não! Porra! Não!
- Heitor! - Grito à todo pulmão. - Socorro! Me ajuda! - Minha voz sai estrangulada pela força que ele faz pra manter meus lábios separados.
Eu cerro meus dentes mas isso não impede Jake de grudar seus lábios nos meus à força.
Ele solta uma das mãos da minha boca e prende meu nariz travando minha respiração enquanto a sua outra não faz um excelente trabalho não me permitindo cerrar os lábios.
Eu vou morrer sem ar mas não vou abrir a porra da boca eu não...
Então ele solta minha boca - que agora já não consigo fechar por causa da boca dele que está quase dentro da minha - e leva a mão até o meio das minhas pernas novamente.
Eu grito um "não" involuntariamente e ele aproveita exatamente isso para soltar todo o líquido direto na minha boca.
Eu tento cuspir mas não consigo, ele emburrou como um jato que desceu direto pela minha garganta e eu acabo piorando tudo respirando pela boca involuntariamente pela falta de ar.
Eu me engasgo e começo a tossir.
Forço para tentar vomitar, mas não consigo.
Não! Não! Não!
Jake sorri diabólicamente como se ele fizesse essa porra com frequência, como se ele soubesse exatamente como fazer isso e eu nunca tivesse chance alguma.
- Nunca vou ser sua, Jake... P-porque... - Sinto minha visão ficar turva. Meus olhos ardem para chorar, mas eu não vou chorar na frente dele nem fodendo! - P-porque eu te odeio, seu fodido do caralho.
Ele faz um barulho bem parecido com o que Heitor costuma fazer, bem próximo de um rosnando, mas nem de longe sexy como o de Heitor.
- Você já é minha, querendo ou não, Jina... Não há nada que possa fazer pra mudar isso. Me odiar só vai tornar tudo mais interessante pra mim e extremamente doloroso pra você. Aquele maldito não pode te salvar, mesmo que tente muito, e eu vou fazer questão de mostrar isso pra ele.
Meus braços estão ficando dormente e meu corpo mole.
Jake sente isso e aproveita para tirar minha blusa e a joga longe. Suas mãos agora estão sobre meus seios e ele se inclina para lamber toda a pele que o sutiã não esconde.
Eu gemo, mas de desgosto e terror.
- P-por favor... N-não...
Faço uma nota mental pra não implorar mais, pois cada vez que eu imploro a expressão de prazer em seu rosto se intensifica. Ele é a porra de um sádico...
Igual ao Heitor.
Ele volta uma mão para o meio das minhas pernas e eu tento... Tento de verdade não deixar que ele faça isso, mas meu corpo já não me obedece mais. Mal consigo manter meus olhos abertos.
- Só preciso ver uma coisa... - Diz tentando me acalmar.
Ele então enfia o dedo dentro de mim.
Solto um grito fino de dor e vejo um sorriso totalmente psicopata se formar em seu rosto.
- Ainda é virgem... Jininha ainda é virgem, porra! Aquele maldito estava só me provocando.
Ele gargalha agora e depois volta a me beijar.
Caralho... Tô muito fodida. Se eu soubesse teria transando com Heitor até não restar vestígios de cabaço algum! Teria feito isso nem que eu precisasse estuprar ele!
Ué... Não era você que queria sentir os lábios dele por vários meses, Jina? Você pediu por isso, quis isso! Imaginou várias vezes como seriam vocês transando...
Eu quis... Até conhecer o Heitor. Agora o pensamento de qualquer homem me tocando que não seja ele...
Ahhh... Estou perdendo a consciência... A voz de Jake está abafada agora e distante.
- Vou brincar com seu namoradinho de merda só mais um pouquinho antes de te levar, Jininha delícia.
É só o que escuto antes de apagar...
Forço meus olhos abrirem voltando ao presente
Porra! Porra!!
Eu me coloco de pé e caio me desequilibrando.
O chão é duro e ainda mais frio e rala meus joelhos mesmo que eu esteja de Jeans.
Estou me sentindo fraca e suja. Estou usando minha calça jeans e a camisa que estava quando... Jake me abusou...
Urgh... Como ele é nojento! Mas significa que ele não me despiu e isso me alivia.
Solto um longo suspiro enquanto me levanto do chão e me sento com dificuldade pelos pesos dos grilhões.
Depois de desmaiar Jake me trouxe pra cá direto?
Não... Não foi assim que eu vim parar aqui. Teve mais... Eu lembro do Heitor... Ele veio me socorrer... ele... Me carregou... Mesmo eu pesando o dobro do que ele pesa.
Meus olhos queimam quando lembro disso. Meu coração se aperta com a ausência dele.
Eu queria tanto que ele estivesse aqui...
Me forço a ficar de pé novamente... As correntes fazendo barulho.
Agora consigo ver o ambiente com mais precisão mesmo que esteja escuro.
Estou em uma cela, claro.
Uma cela...
Isso me faz lembrar do que veio depois:
Heitor cai no chão inconsciente após me carregar e me deixar segura no chão já dentro da sua casa. Eu grito por ele.
Estou tonta e fraca ainda, mas meu coração está batendo tão forte que parece que vai explodir.
- Heitor, acorda, por favor! - Isso tudo é culpa minha! Ele me carregou e excedeu seus limites... Eu...
- Pobre, Jina... Talvez se você fosse mais magra, teríamos tido um resultado diferente aqui, não é mesmo? - Ouço a voz de Jake surgir junto com sua figura pela porta da cozinha.
Ah que caralho! Que irritante! Que insuportável!
Eu mesma o mataria agora se tivesse forças pra isso!
Ele agora veste uma calça social preta, sapato preto e uma blusa de gola alta preta.
O traje se molda perfeitamente ao seu corpo musculoso. Jake é bonito pra caralho, não há como negar. Seus lindos olhos castanhos avelã, seu cabelo preto espetado
- Jake para com isso! - Grito usando toda a minha força para não chorar.
Não posso dar esse gostinho à ele... Não posso!
Ele dá um sorrisinho diabólico que antes molhava minha calcinha e agora só me causa um arrepio desagradável pra caralho.
Ele então anda até mim que estou no chão ao lado de Heitor. Seu sorriso sumindo a cada passo e seus olhos castanhos profundos me encarando com fúria.
Quando ele está bem na minha frente, seus pés à centímetros de mim, onde posso observar seu sapato social que cheira à dinheiro, ele se agacha, colocando um joelho no chão e o outro não.
Uma de suas mãos fica em cima de sua perna que não tem o joelho no chão enquanto a outra vem em direção ao meu rosto.
Eu fecho os olhos com força enquanto ele passa o dedo delicadamente pelo meu rosto.
- Tao linda... - Sussurra. - Tão minha! - Diz entre dentes.
Eu abro os olhos e vejo ele dar um leve sorriso de lado, depois seus olhos vão para Heitor que está desacordado no chão.
O rosto de Jake se contorce em uma careta de desgosto.
Ele não parece nada com o cara que eu conheci, com o menino que eu achei que era bom... Eu... Como fui enganada tão profundamente assim? Como pude ser tão burra e idiota? Logo eu que sempre estou um passo a frente de todos!?
Então vejo Jake estender a palma de sua mão pra cima como se esperasse que colocassem algo ali enquanto ele encara Heitor com ódio.
Um cara de óculos escuro e terno preto surge e coloca uma arma na mão de Jake.
Meus olhos se arregalam no mesmo segundo enquanto eu engasgo de choque.
Jake manuseia a arma perfeitamente e a aponta para Heitor.
- NÃO! Jake não faz isso, por favor! - Eu me jogo por cima de Heitor decidida a tomar um tiro por ele se for necessário.
Isso não é bom... Você deveria se preocupar somente com você, Jina. Ninguém vale sua preocupação... Ninguém vale sua vida!
Ouço Jake ranger os dentes e depois sinto sua mãos em meu cabelo me puxando para trás.
- Eu não quero te machucar, Jina. - Diz com a voz distorcida pela raiva. - Então sai de cima desse porra!
- Não! Por favor! Por favor! - Ele fecha os olhos e dá um leve sorriso como se minhas súplicas fossem música para os seus ouvidos.
Porra! Não implora, Jina! Ele gosta mais!
Mas o que posso fazer além disso!?
Eu sempre achei que minhas emoções estavam sobre controle e eu sabia fingir muito bem, mas agora... Eu estou implorando com a minha vida.
E é só quando ele abre os olhos e me encara com fascínio que eu me dou conta que estou chorando.
Porra eu tô chorando pra caralho!!
Estou ainda mais desesperada do que quando lutamos contra a mãe de Heitor.
- Você é linda chorando... - Diz mordendo o lábio.
Me sinto tão, tão humilhada, que minha vontade é evaporar.
Esse merda nunca deu a mínima pra mim, sempre fez Bulliyng comigo e... Não entendo!
- Implore mais, Jina... Talvez assim eu o mate rapidamente. - Diz quase cantarolando, seu humor parecendo até melhor do que há poucos segundos.
Hmm... Talvez implorar não seja tão ruim assim se eu usar isso ao meu favor.
Dissimulada... Eu preciso ser a falsa dissimulada que sempre sou!
- Para com isso, Jake... Você não é um assassino, você não é assim! - Tento, mas nem eu acredito nisso. Qualquer chance de ele parecer inocente morreu quando ele me drogou com uma técnica impressionante, como se fizesse aquilo todo dia e terminou de fechar o caixão agora que vi a forma que ele manuseia a arma. De qualquer forma, é só mais uma frase que uma mocinha inocente, indefesa e medrosa diria.
Ele ri audivelmente.
- Nem você acredita nisso, Jininha... Você não me conhece ainda... Mas vai conhecer. - Ele destrava a arma e a encosta na cabeça de Heitor.
Heitor não pode morrer assim principalmente por minha culpa... Ele sofreu a vida inteira, não pode terminar assim!
Jina não se arrisque! - meu subconsciente não para de gritar.
Heitor sempre me protegeu sem pensar duas vezes, está na minha vez de fazer isso.
Vou jogar o jogo de Jake. Ele gosta de estar no controle, ele gosta que eu me humilhe e seja fraca e indefesa perante ele...
Eu seguro a mão de Jake com gentileza e a guio em direção ao chão mais para a direita, distante da cabeça de Heitor.
- Jake, eu estou implorando! Por favor não mata ele. Eu... Eu faço tudo que você quiser, qualquer coisa sem reclamar ou questionar, eu pago qualquer preço. - Vejo sua pupila dilatar a cada palavra dita, ele lambe os lábios como se estivesse salivando pelo que digo. - Só... Por favor! Por favor eu estou implorando, deixe ele viver.
É minha última alternativa, eu não sei o que fazer mais... Se isso não funcionar...
O teatro sai naturalmente porque eu não estou fingindo, estou desesperada e com medo pra caralho.
Ele me encara em silêncio, prolongando meu sofrimento, bebendo cada gota do meu medo e desespero.
- Tudo que eu quiser, huh.- Ele repete.
Eu apenas o encaro.
Está dando certo... Filho da puta...
Ele não vai recusar isso. Se Jake me quer ele vai aceitar a possibilidade de que eu coopere e eu sei disso. Mesmo não entendo o porque ele ficou tão obstinado sobre isso.
- Tudo bem, Jininha... Já que está pedindo de forma tão dócil, eu o deixo viver por você. - Com a mão livre ele vai até minha nuca e segura com firmeza me fazendo encará-lo mais perto ainda. - Mas lembre-se das suas palavras Jina... Você vai fazer o que eu quiser, quando eu quiser e como eu quiser sem questionar, se eu mandar você ser a porra da minha puta particular você vai aceitar e acatar com gosto, se eu quiser te foder, você vai abrir as pernas e vai implorar por isso... Se eu sentir qualquer resistência da sua parte... - Ele então dispara a arma que estava apontada para a cabeça do Heitor há alguns minutos, mas agora apontava para o chão ao seu lado porque eu guiei sua mão pra lá.
Mesmo assim eu me assusto e solto um grito.
Jake sorri e lambe meus lábios.
Meu primeiro impulso é recuar mas me contenho lembrando de suas palavras.
- Boa menina, Jininha... - Ele bagunça minha franjinha e depois devolve a arma para o mesmo homem que a entregou. Depois ele me pega pelo braço e me levanta me afastando de Heitor.
Meu coração dói tanto que minha garganta se aperta com a dor.
Heitor...
Não me lembro de muito mais coisas no caminho... Mas lembro de ter desmaiado novamente pouco depois de Jake me colocar em uma limusine preta.
Por que ele me colocou aqui nessa cela?
- Bom dia, flor do dia... Ou deveria dizer da noite? Porque você é sombria pra caralho. - Diz um homem que se aproxima das grades da minha cela.
- Quem é você? - Questiono demonstrando indiferença e tédio.
- Ah... Você nem sequer parece assustada... Jake não deve estar gostando de ver isso.
- Vai tomar no cu! - A cara que ele faz quando o xingo é uma obra de arte.
Seguro o riso mordendo o lábio.
- Você acha que é quem pra falar assim comigo, sua puta! - Diz abrindo a cela e vindo em minha direção.
- Se você tocar nela, eu vou mandarem arrancar seu braço, Fred.
Estreito os olhos para a voz de Jake que parece vir de alguma caixa de som.
As luzes da cela estão todas acesas agora e eu reparo que há inúmeras outras celas aqui, todas elas com várias mulheres.
As mulheres estão em péssimo estado, como se tivessem sem comer e sem tomar banho há dias. Todas estão de sutiã e calcinha apenas, exceto eu.
Todas as celas tem grilhões, camas duras de metal. As paredes e o chão são de uma textura que parece pedra e... Aqui é frio pra caralho.
O que é isso?!
O homem me encara agora com ódio.
- Desculpe, Jininha... Meu pai insistiu que você recebesse um castigo por se meter com outro homem que não seja eu, também insistiu que eu lhe castigasse mostrando um pouco sobre os nossos... Negócios. Por isso você está aí. Mas veja, estamos pegando leve porque você ainda é virgem e se você for uma boa menina, logo eu te tiro daí e você virá para os meus braços, docinho.
O pai dele? Eu ter me metido com outro homem? Negócios?
Mas que porr...
Mordo a língua para não gritar que prefiro permanecer aqui à ter que ir pro seu lado.
Filha da puta maldito!
- Fred, solte ela dos grilhões... Ela vai cooperar. Se encostar nela eu te mato daqui mesmo.
O homem chamado Fred se aproxima e solta a coleira de ferro em meu pescoço e depois faz o mesmo com minhas mãos e pés.
Ele toma todo o cuidado pra não me encostar no processo e eu fico aliviada por isso.
De toques indesejados já bastam o de Jake e isso é irônico pra caralho porque eu sempre sonhei com isso... Eu quase fiz simpatias para que ele gostasse desesperadamente de mim e agora que isso aconteceu... Eu estou em choque. Parece um pesadelo.
Respiro tentando me acalmar e quando o homem sai da minha cela e some da minha visão, as luzes voltam a se apagar. Eu sento na cama fria e dura pensando no que fazer agora.
Eu não posso somente jogar conforme o Jake, eu preciso estar um passo a frente dele. Eu estou com medo pra caralho disso tudo mas preciso manter a razão a cima de qualquer sentimento senão... Eu vou acabar me fodendo.
Meus pensamentos vão para Heitor...
Será que ele está bem? Já deve ter acordado e deve estar desesperado atrás de mim...
Ah....
Espero muito que ele não me procure mais. Eu não sei se conseguiria convencer Jake uma segunda vez para deixá-lo viver e se ele se machucar por minha causa...
Eu não poderei lidar com essa dor... Essa não...
Desenho uma vela no chão empoeirado com o dedo.
Assopro.
- Feliz aniversário, Jina. - Murmuro pra mim mesma.
No meu insta tem fotos dos personagens! Sigam lá se quiserem ❤️ clouveri_dark