O Despertar da Paixão: Série...

By autora_mapneves

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Uma criança precisando de uma família. Um casal que está aprendendo a lidar com as emoções. Pedro Bittencourt... More

PRÓLOGO - PEDRO
CAPÍTULO 01 - PEDRO
CAPÍTULO 02 - PEDRO
CAPÍTULO 03 - HELENA
CAPÍTULO 04 - PEDRO
CAPÍTULO 05 - HELENA
CAPÍTULO 06 - HELENA
CAPÍTULO 07 - PEDRO
CAPÍTULO 08 - HELENA
CAPÍTULO 09- HELENA
CAPÍTULO 10 - PEDRO

CAPÍTULO 11 - HELENA

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By autora_mapneves

2 meses depois...

Desde aquela noite assustadora em que fui seguida, minha vida mudou completamente. Meus pais e os meus tios decidiram tomar medidas drásticas para garantir nossa segurança. Eles encontraram uma casa em um condomínio próximo ao deles, que mais se assemelha a uma fortaleza.

Nunca pensei que moraria com o Pedro tão cedo, mas, diante das circunstâncias, essa foi a melhor escolha que poderíamos ter feito.

A casa em que agora vivemos é um verdadeiro refúgio. Cercada por muros altos, câmeras de segurança e uma equipe de vigilância 24 horas, sinto-me protegida e segura dentro desses limites. É um alívio saber que tomamos todas as precauções necessárias para evitar que algo semelhante aconteça novamente.

Apesar de toda a mudança repentina, viver com o Pedro tem sido uma bênção. Nossos pais entendem o quão importante é para nós estarmos juntos nesse momento. A proximidade física nos permite cuidar um do outro de maneira mais constante e eficiente. A presença constante do Pedro me traz uma sensação de conforto, confiança e segurança, como se estar ao seu lado, nada me acontecerá.

À medida que nos instalamos nessa nova casa, percebo o quanto o nosso relacionamento amadureceu. Lidar com uma situação tão difícil fortaleceu nossos laços e nos fez perceber o quão unidos somos. Pedro tem sido meu porto seguro, meu apoio incondicional. Juntos, enfrentamos nossos medos e desafios.

Embora a mudança tenha sido abrupta, estamos aproveitando cada momento nessa nova fase da nossa vida juntos. Descobrimos que morar sob o mesmo teto nos permite compartilhar experiências e criar memórias preciosas. Nossas rotinas diárias se entrelaçam, e cada pequeno gesto de cuidado e carinho se torna ainda mais significativo.

Há algo especial em acordar todas as manhãs ao lado do Pedro. Seu sorriso caloroso e abraço acolhedor me enchem de alegria e me deixa ainda mais apaixonada por ele. Essa situação inesperada nos mostrou que o amor e a proteção são pilares fundamentais em qualquer relacionamento. É nos momentos de adversidade que descobrimos o quanto somos fortes juntos.

Essa nova casa, que inicialmente pareceu uma fortaleza, tornou-se um lar repleto de amor e segurança. A cada dia, aprendemos a valorizar ainda mais a presença um do outro. Estamos construindo um santuário onde nos sentimos protegidos, um espaço onde podemos ser verdadeiramente nós mesmos, sem medo.

Saio apenas quando necessário e para muitos, estou exagerando, mas não penso por esse lado. Depois do susto que eu tomei ao ser perseguida, não quero correr o risco novamente e dessa vez ser pega.

Ter aula no sistema remoto está sendo uma dádiva, pois assim não fico tão exposta e ainda por cima consigo continuar os estudos, sem ter que trancar ou qualquer coisa do tipo.

O Pedro também evita sair, vai uma vez na semana ao escritório, pois está fazendo home office e vai nas audiências. Saímos juntos para irmos ver nossa família, mas a maioria das vezes eles que vêm até nós.

Não quero viver para sempre receosa e sem sair, porém se no momento isso é o necessário, farei sem pensar duas vezes.

— Dona Helena. - A dona Elisa me chama, me tirando dos pensamentos.

— Já falei que não precisa me chamar de dona Helena, apenas Helena está bom. - Falo, sorridente, porém sua expressão me deixa em alarme. — O que aconteceu?

— Acho melhor a senhorita ver. Escutamos um choro e quando os seguranças me chamara, percebemos que havia uma criança deixada na sua porta. - Ela responde, fazendo com que eu fique em pé imediatamente. — Ele está em uma cadeirinha e junto dele, há uma mala com algumas roupinhas, uma certidão de nascimento apenas com o nome da mãe e mais nada.

— Como é? Me leve até a criança.

Sigo a dona Elisa, sentindo o meu coração bater tão rápido que tenho a impressão de que a qualquer momento sairá pela boca. Assim que chego na entrada de casa, vejo meus funcionários em uma rodinha e sei que a criança está ali.

— Deixe-me vê-lo. - Peço e eles abrem caminho.

Assim que eles abrem caminho, vejo um menininho que deve ter no máximo dois anos, deitado no bebê-conforto, sua pele é clara, olhos castanhos claros e cabelo loiro escuro. Ele me olha de maneira curiosa e quando nossos olhos se encontram, é como se meu mundo parasse.

Sinto como se um raio tivesse me atingido. Um sentimento de zelo se instala em mim e pego o garotinho em meu colo. Seu choro cessa imediatamente e ele descansa sua cabeça no vão do meu pescoço.

— Peguem tudo dele e levem para dentro. Não comentem com ninguém sobre ele e muito menos que está aqui em minha casa.

— Pode deixar, senhorita Fabrinni. - O Alfredo, um dos seguranças, fala.

Entro o mais rápido possível e vou até o sofá com o pequeno em meus braços. Sento-me e aninho o pequeno em mim. Assim que o Alfredo entra com os pertences do garotinho, pego sua mala e tiro a certidão de nascimento e descubro que seu nome é Matteo e que em três meses completará 2 anos.

— Oi, querido. Sou a Helena e acho que vamos passar um tempo juntos. - Digo, inalando seu cheirinho de bebê que eu tanto amo e ele dá risada. — Gostou.

Nena.

— Sim, pequeno. Sou eu. Logo logo chegará o Pedro, meu namorado. Ele vai amar te conhecer. - Digo e ele deita em cima de mim. — Está com soninho?

Peço para a dona Elisa corte frutas para o Matteo que eu irei alimentá-lo e depois colocarei para dormir. Quando vejo que se aproxima das 17;00, sei que o Pedro está prestes a chegar e nunca me vi tão perdida na minha vida como agora.

Dou as frutas para o pequeno e ele come, me olhando com os seus olhinhos brilhantes, com curiosidade. Meu instinto protetor grita para eu não deixar esse garotinho jamais, mas preciso ser racional no momento.

Depois que ele está alimentado, canto uma música de ninar até ele pegar no sono e quando percebo que ele dormiu, o coloco no sofá, rodeado de almofadas e me deito ao lado dele.

— Quem é você, pequeno? E por que te deixaram aqui?

Os minutos se passam e eu não consigo tirar os olhos do pequeno Matteo que sem a menor dúvida, roubou meu coração. Escuto barulho de carro e sei que o Pedro chegou. Como diabos explicarei que uma criança ficará em nossa casa hoje, eu não sei, porém algo me diz que a chegada do garotinho mais lindo, mudará as nossas vidas.

Chego em casa após um longo dia de trabalho, desejando apenas encontrar Helena e segurar a mulher que amo em meus braços. Mas, ao abrir a porta, me deparei com uma cena que me deixou perplexo.

Helena está sentada no sofá, com um olhar misto de tristeza e ternura. Ao lado dela, um garotinho adormecido, com não mais do que dois anos de idade, enrolado em um cobertor. Aquela imagem foi como um soco no estômago, despertando meu instinto protetor de uma forma avassaladora.

Sem entender completamente o que está acontecendo, meu coração acelerou. Eu me aproximei cautelosamente, temendo que qualquer movimento brusco pudesse acordar a criança. Sento-me ao lado de Helena.

— O que aconteceu? Quem é esse garotinho?

Helena desvia o olhar para mim e segura minha mão com força. Ela parece emocionalmente abalada, mas determinada. Com a voz embargada, ela começa a contar a história.

— Pedro, esse é o Matteo. A dona Elisa veio me avisar que abandonaram um garotinho na nossa porta, apenas com uma mala. No começo eu até pensei que tinha escutado errado, mas então eu o vi. Não pude simplesmente ignorar a situação. Eu o trouxe para dentro de casa e dei fruta para ele e o fiz dormir. - Ela fala. — Eu não sei como explicar a conexão que eu senti com esse garotinho, mas...

Eu olho para o rostinho sereno do Matteo e meu coração se enche de compaixão e amor. A ideia de uma criança tão pequena ter sido abandonada é simplesmente inaceitável para mim.

No passado, eu fui essa criança e fui resgatado pelas pessoas com o maior amor do mundo e me deram um lar. Saber que há crianças como eu e o Matteo, me deixa completamente insano.

Sem pensar duas vezes, eu envolvo Helena e o pequeno Matteo em um abraço protetor. Meu instinto de cuidar e proteger toma conta de mim. Olho para Helena e vejo em seu rosto o quanto ela está comovida com a situação.

— Nós cuidaremos dele, Helena. Não vamos permitir que ele passe por mais nenhum sofrimento. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para dar a ele uma vida feliz e segura.

— Pedro...

— Eu já fui negligenciado no passado e como Deus é muito bom, colocou Sofia e Miguel De La Costa em minha vida, me dando amor, carinho, educação, lar e uma família. Não posso deixar esse pequeno desamparado. Eu sei que estamos apenas há três meses juntos, porém eu não posso deixar que nada aconteça com ele, muito menos colocá-lo no sistema, pois não sabemos quem....

— Eu concordo, Pedro. Acho, ou melhor dizendo, tenho certeza que eu não conseguiria entrega-lo para o sistema. Eu me senti conectada com ele assim que eu o vi e foi como se eu tivesse sido atingida por um raio. - A Helena fala, lágrimas escorrendo por seu rosto.

É um momento de incerteza, mas também de determinação. Juntos, estamos dispostos a abrir nossos corações e nossos lares para esse pequeno ser que precisa de nós.

— Sabe que teremos que contar para a nossa família, né? Eles, melhor do que ninguém, sabem como agir.

— Sim, eu sei. E se não dermos conta?

— Nós daremos, Lena. Somos a porra do melhor casal e nos ajudaremos em todas as tarefas com o pequeno.

— Isso significa que estamos nos tornando pais? - Ela pergunta, sorrindo.

— Por mais louco que seja, posso dizer que sim.

No silêncio da noite, prometi a mim mesmo que farei tudo o que estiver ao meu alcance para ser o melhor pai possível para Matteo, assim como meu pai foi e ainda é para mim. Ele não está sozinho. Agora, ele tem uma família que o amará e protegerá com todas as forças.

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