Uma criança precisando de uma família.
Um casal que está aprendendo a lidar com as emoções.
Pedro Bittencourt De La Costa, adotado aos 3 anos de idade, cresceu em um ambiente amoroso e acolhedor, cuidado por uma família que o ama incondicionalmente...
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Após pagar o táxi, subimos para o meu apartamento e quando entramos, percebo que a Lena observa a quantidade de fotos que temos juntos, pois ela fica olhando para cada porta-retrato.
— Você tem todos esses e nunca me mostrou. - Ela fala e eu vou até ela para me justificar, mas o que ela fala, faz com que eu pare. — Eu amei porque de certa maneira eu estou morando com você.
Quando a Helena percebe o que disse, ela arregala os olhos e tampa a boca com a mão. Ela desvia o olhar do meu e dentro de mim está um misto de sentimentos, pois fico me perguntando o que ela quis dizer com isso.
— Acho melhor eu ir embora, Pe. Já deu por essa noite e eu estou falando besteira atrás de besteira.
— Não vá. Fique. - Peço, a puxando para mim.
Meu coração bate loucamente com essa proximidade, mas eu não recuo. Eu quero isso, quero sentir tudo o que meu pai sente pela minha mãe. Quero estar ao lado da Lena como namorado e não apenas primos.
É uma confusão de sentimentos dentro de mim quando estou perto da helena. É como se todo o meu mundo perfeito e metódico, fosse completamente bagunçado por ela, mas de uma maneira boa.
Acredito que ela não tem nem noção do que ela é capaz de fazer eu sentir e muito menos do quão louco eu sou por ela. Amar em segredo é a pior coisa que tem no mundo, pois um deslize seu, e a pessoa pode descobrir.
Eu sou completamente apaixonado por essa mulher. Ela é o meu sol em um dia nublado, a minha paz em meio ao caos, e minha inspiração para ser uma pessoa melhor a cada dia. Eu não posso imaginar a minha vida sem ela, porque ela é tudo o que eu sempre quis e precisava.
Cada momento ao lado dela é mágico e eu me sinto tão sortudo por tê-la ao meu lado, mesmo que não seja como namorada. Ela é a minha melhor amiga, a minha confiante e o meu amor para sempre.
Eu sei que posso parecer piegas ou clichê em tudo o que eu falei, porém não me importo, pois cresci vendo o amor dos meus pais e dos meus tios e aprendi que não é fraqueza demonstrar amor e falar o que sente.
E justamente por esse motivo que eu acredito que o momento crucial chegou e que eu devo ser sincero com a Helena quanto aos meus sentimentos.
— Pe...
— Lena, eu preciso ser sincero com você ou eu irei enlouquecer. - Falo e ela presta atenção em mim. — Se você quiser ir embora após eu falar o que quero, eu entenderei e deixarei o caminho livre.
— Tudo bem, Pe. Pode falar o que você quiser.
— Lena, eu poderia te enrolar agora e dizer qualquer outra coisa, mas eu preciso ser sincero com você. Eu estou, ou melhor dizendo, eu sou completamente apaixonado por você. Eu te amo e acredito que desde sempre eu te amo, mas nunca tive coragem de dizer à você. - Falo e vejo lágrimas escorrendo pelo seu rosto. — Eu sei que agora você deve estar pensando que eu sou um louco, pois somos da mesma família, mesmo que não tenhamos o mesmo sangue. Porra!
