O Favorito do Destino

By nineksn

42.4K 6.6K 490

Existem muitas histórias em que Harry volta ao tempo de Tom Riddle, então fica ou é mandado de volta. E esse... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capitulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capitulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95
Capítulo 96
Capítulo 97
Capítulo 98
Capítulo 99
Capítulo 100
Capítulo 102
Capítulo 103
Capítulo 104

Capítulo 101

116 20 1
By nineksn

Alguns dias se passaram e Harry evitou Tom desesperadamente, submergindo-se em uma pesquisa febril.

Ele também havia estudado a marca com a ajuda de Marvolo, e o pouco sono que conseguiu foi mais uma vez contaminado com sonhos de corredores de mármore preto.

- Ele está um pouco cheio de Nargules no momento.- uma voz sonhadora, já estranhamente familiar, declarou.

Harry olhou para cima, vendo Luna Lovegood indo em direção a sua mesa na biblioteca.

Se ele não estava no Salão Principal para comer alguma coisa (ou mais provavelmente na cozinha), no Campo de Quadribol praticando para a próxima partida, ou em suas aulas, ele estava aqui.

Ele ainda dormia na Sonserina, apesar da sensação de que já poderia ter voltado para a Grifinória.

- Luna?- Harry franziu a testa.- Oi...er, o que são Nargules e de quem você está falando?

- Tom Riddle.- ela disse agradavelmente, embora um pouco triste.- A cabeça dele está cheia de Nargules. São criaturas invisíveis que fazem seu cérebro ficar confuso.

O cérebro fica confuso...? Tom estava confuso? Harry olhou para ela.

- E eu me importo porque?- ele questionou, estupidamente.

Ela deu a ele um olhar estranho.

- O coração tem razões que as razões desconhecem.- Luna respondeu em um tom que sugeria que a resposta era óbvia.- Você não precisa ter um motivo para se importar com ele, apenas se importa.

Harry apertou os lábios.

- Infelizmente.

- Não seja assim.- ela se sentou ao lado dele, seu...colar de rolha de cerveja amanteigada chacoalhando com seu movimento.- Vocês dois têm um vínculo muito especial.

- Sim, nós somos muito especiais.- disse ele, brandamente. Disfuncionais. Torcidos. Harry deveria fugir disso.- Por que Tom está confuso?

- Ele parece solitário sem você.- ela comentou, ignorando sua pergunta.

- Ele parece bem.- Harry protestou, talvez um pouco baixinho, já cansado do assunto.

Ele não queria falar sobre Tom. O problema era que ele se pegava falando ou pensando muito sobre Tom o tempo todo...e isso seria uma coisa muito ruim de se admitir em voz alta. E Harry estava tentando...

- Isso é porque ele não quer que você veja.- Luna deu de ombros.- E você não quer olhar.

Harry franziu a testa, mais perturbado do que gostaria de confessar. Ela olhou para ele, olhos azuis claros brilhando como estrelas etéreas, antes de sorrir e prontamente começar a escrever uma redação em uma caligrafia cursiva e sinuosa.

Ela estava cantarolando baixinho enquanto escrevia, melodias leves que mudavam e se tornavam mais sombrias conforme as nuances de seus pensamentos.

- Geralmente é mais importante como encontramos nosso destino, Harry Potter, do que como ele realmente é.

************************

Gina não se sentia tão bem há semanas, mas ainda amaldiçoava o garoto que a fez se sentir assim.

Ela estava mais forte do que antes, não mais dependente, a mácula doentia removida de sua mente, sua energia restaurada. Ela se sentiu muito como depois do desastre da Câmara Secreta, profundamente envergonhada por suas ações atípicas, aliviada além da comparação, e não mais quebrada.

Ela também estava com raiva; brava consigo mesma, e principalmente com Tom Riddle e Harry Potter.

Gina poderia tê-lo amado e teria sido qualquer coisa que ele precisasse se ele permitisse que ela o fosse e oferecesse amor simples em troca. Mas ele a ignorou e a excluiu. Ele havia mudado.

A pessoa de quem ela gostava se foi. Gina supôs que primeiro se sentiu atraída por ele, porque ele era o famoso Harry Potter...e então, quando ela o conheceu melhor, isso só aprofundou os sentimentos pela pessoa real por trás do nome.

Ele era tão parecido com o Tom que ela conhecera.

Doce, gentil, atencioso e engraçado, não tão inteligente, mas igualmente engenhoso. Ambos também tinham uma aura de poder semelhante, uma que ela pensava ser suavizada pela compaixão e moldada pela proteção. Eles até se pareciam fisicamente.

Agora, porém, bem, ele ainda era como Tom, mas o verdadeiro Tom Riddle, o demônio que ele se revelou ser.

Como Tom, Harry se tornou frio e cruel, com uma lâmina afiada sob um exterior impecável, ferindo qualquer um que chegasse muito perto.

Ele, chamá-la de nada? Não. Ele era o único que era nada. Ele era uma mera sombra, patético.

Gina não o amava mais e não conseguia se importar mais com o que ele fazia.

Ela era melhor do que isso. Ela poderia sobreviver sem ele; ele não era o herói dela, ela era sua própria heroína, tinha que ser. Gina costumava ser, antes de tudo isso começar...ela finalmente começou a ficar confortável consigo mesma novamente.

Agora, ela iria recomeçar, se reerguer e esquecê-lo porque ele era tóxico.

E talvez, apenas talvez, algum dia, Gina encontrasse a coragem grifinória para dizer tudo isso a ele em voz alta.

*********************

- Harry.- uma voz chamou. Tom.

Harry reconheceria aquela voz em qualquer lugar e a qualquer hora...e isso não era simplesmente ridículo? Estar tão atento à voz de uma pessoa que poderia automaticamente reconhecê-la no meio de toda uma multidão.

Patético.

Harry não parou, continuando pelo corredor em direção a aula de Herbologia com seus melhores amigos. Hermione e Rony trocaram o que pareciam ser olhares nervosos, e Hermione estava prestes a murmurar alguma coisa, mas tornou-se desnecessário quando ele foi puxado para uma parada abrupta por seu braço esquerdo.

Harry rangeu os dentes em fúria. Tom parecia se divertir muito fazendo isso. Estava ficando repetitivo. Tom evitou usar a marca quando Harry a recebeu pela primeira vez, mas agora parecia ser uma ocorrência comum.

Ele se virou para encarar o outro, permanecendo em silêncio, tendo muito a dizer, mas sem saber como ou por onde começar. Rony e Hermione hesitaram, inquietos.

- Tom...- Hermione começou.

- Isso não é da sua conta, Granger.- Tom disse, a voz já mais fria do que momentos antes, quando ele o chamou. O estômago de Harry deu um nó.

- Se tem a ver com Harry, é da minha conta sim, a menos que ele me diga o contrário.- Hermione disse, protetoramente. Tom não olhou para ela, concentrado, e talvez isso fosse uma resposta, uma rejeição em si. Na Sonserina, seria.

A mão de Rony havia caído para sua varinha, mas o olhar penetrante de Harry alertou seu amigo para não sacá-la. Tom iria esmagá-los em um duelo.

- Sabe, eu acho que você realmente começou a desenvolver aquele talento para o drama, menino de ouro.- Tom falou, lentamente.- Mas eu te permiti ficar três dias de mau humor, agora é hora de ser um pouco mais maduro.

- Eu não estou de mau humor.- Harry disse, categoricamente.- Eu simplesmente não tenho absolutamente nenhum desejo de perder meu tempo falando com você.

- E nesta fase da vida, você, de todas as pessoas, deve saber que nem sempre podemos obter o que desejamos ou queremos.- Tom respondeu, imediatamente.- Venha, ou eu juro que vou arrastá-lo porque não tenho nenhuma vontade de ceder às suas sensibilidades.

- Você não ousaria.

Tom arqueou as sobrancelhas, sorrindo friamente.

- Nunca me desafie, querido.- uma força invisível o puxou para mais perto, apenas para provar o ponto. Harry cerrou os punhos.

- Hermione, Rony, vocês podem dar alguma desculpa para a professora Sprout?

*******************

Hermione observou-os partir com certa apreensão, seus lábios apertados de raiva pela cena que acabara de ocorrer.

Ela realmente não deveria se surpreender que Riddle estivesse tão disposto a ignorar as escolhas de outra pessoa como se não fossem nada, afinal, ele era o Lorde das Trevas adolescente.

Ainda assim, ela pensou que Tom saberia melhor do que arrastar Harry de forma imprudente para fora das aulas.

Foi um ano de provas importantes! E mesmo que Harry, tecnicamente, já tenha feito seus exames quando estava no passado, a vida e as notas de Harrison Evans não seriam necessariamente válidas para a vida de Harry Potter, e foi estúpido da parte de Riddle comprometer o futuro de Harry dessa forma.

Harry claramente não queria ir.

Droga. Riddle era tão irritante.

Às vezes, ela honestamente não enxergava o que Harry via no bastardo...claro, ele era charmoso quando queria ser, Hermione havia testemunhado em primeira mão aquela sedução perigosa...e ele era inteligente e espirituoso, mas...além disso?

Riddle era insensível onde Harry se importava demais, excessivamente exigente e dominador, enquanto Harry ansiava por liberdade. Como eles podiam se dar bem?

Hermione já havia se perguntado isso muitas vezes antes, e todas as vezes também encontrava respostas.

Tom de certa forma dava liberdade a Harry...a liberdade de explorar seus lados mais sombrios sem estipulação. E quanto a Riddle, ele prosperou diante do desafio constante de Harry e, à sua maneira, encontrou liberdade também.

Era estranho como os dois podiam ser tão parecidos e ao mesmo tempo tão diferentes. Paradoxal.

Hermione só esperava que desse certo.

*********************

Harry não cruzou os braços, não querendo restringir sua capacidade de reagir e alcançar sua varinha.

- Não sei o que você pensa que está fazendo; não tenho nada a dizer a você.- disse ele.

No segundo seguinte, Harry pôde sentir a fúria muito tangível que desceu sobre a sala. E imaginou que a raiva do outro só crescera desde quando ele começou a ignorá-lo.

Frequentemente, dar espaço a Tom permitia que ele se acalmasse e deixasse seu cérebro acompanhar suas emoções e racionalizar...mas também significava que aquela mente brilhante poderia descobrir exatamente o que queria e o que precisava para conseguir isso.

Incluindo planos de vingança.

Harry esperava que não fosse um plano de vingança, mas não via outro motivo para Tom ficar tão zangado de repente.

Não era visível em seu rosto, mas Harry podia sentir a picada fria em seus sentidos. Ele resistiu ao impulso de tremer, ciente de que seus músculos estavam ligeiramente tensos.

- Bem, eu ainda tenho coisas para falar com você.- Tom respondeu, calmamente. O herdeiro da Sonserina estava mantendo seu temperamento cuidadosamente sob controle.

Harry podia sentir suas próprias emoções se agitando; a frustração, o desamparo, o medo, a determinação, a tristeza e, acima de tudo, a exaustão; tudo rolando em uma massa enorme que seu lado Sonserino estava tendo problemas para mascarar.

Ambos estavam muito voláteis para esta conversa, muito envolvidos para que tudo corresse bem.

- Mais palavras para tentar explicar o caminho que você está escolhendo?- ele questionou, torcendo os lábios sem humor.- Direcione-as para o espelho, porque você deixou sua posição perfeitamente clara para mim.

- Ah, então é disso que se trata.- Tom murmurou, um tom de voz vingativo e mordazmente zombeteiro.- Meu pequeno leão está se sentindo rejeitado? Eu feri seus sentimentos?

- Dane-se.- Harry zombou, ignorando a sensação desconfortável de adagas verbais afundando em sua pele.- E não, eu sabia muito bem que você é um bastardo psicótico e hipócrita que não se importa com ninguém além de si mesmo. Você já me disse isso muitas vezes.

A mandíbula de Tom se apertou.

- Hipócrita?- ele questionou, delicadamente.

- Você faz o que é melhor para você.- Harry disse baixinho, o cansaço crescendo.- Eu sei disso, e entendo que é assim que você é, e sei que você me odeia por tentar mudar sua mente. Agora permita-me meu próprio egoísmo, você fez sua escolha, eu fiz a minha...eu não vou ficar por aqui e assistir você se tornar ele, Tom. Acho que deixei isso óbvio. Então, estou fazendo o que é melhor para mim.

Tom ficou em silêncio por um momento, as feições congeladas.

- Você está indo embora...?- Tom questionou, sem emoção. Harry engoliu em seco.

- Ir embora sugere que estou lavando minhas mãos de tudo isso. Ainda vou fazer tudo ao meu alcance para garantir que você não...

As mãos se fecharam em seus ombros antes mesmo que Harry pudesse piscar, o aperto esmagadoramente forte e sujeito a deixar hematomas em sua pele. Suas costas bateram na porta fechada.

- Não.- não houve discussão, nem negação, apenas uma declaração fria e dura, como um fato.- Como você ousa?- sibilou Tom.- Você simplesmente me deixaria sem um adeus? Seu bastardo.

- Eu só estou dando o próximo passo no que você começou.- Harry rosnou, seus dedos se fechando ao redor do pulso de Tom, deixando seus próprios hematomas, sem dúvida.- Você me disse para aceitar seu ponto de vista, e agora você tem a audácia de me atacar por fazer exatamente isso? Acho que você julgou mal minha veia masoquista pela sua, porque não sou eu quem está tentando fingir que não há problema em continuar arrastando essa situação!

- Arrastando essa situação? Você quer que eu volte para o passado?- Tom exigiu.

- Eu não entendo porque você não fez isso!- Harry exclamou.- A escolha é toda sua, Tom, seja Voldemort ou não. No final, não vai importar quais soluções eu encontre se você não estiver disposto a usá-las, e você parece bastante convencido do caminho que está seguindo de qualquer maneira, então qual é o sentido de estar aqui, Tom? Esclareça-me, porque acho que sou burro demais para entender!

- E sua resposta a isso é ir embora? Sem um adeus?

- Não é como se você não estivesse se despedido a cada segundo desde que decidiu se tornar ele.- Harry retrucou.

- Bem, considerando que eu sou um bastardo tão egoísta, você provavelmente sabe minha resposta à sua escolha. Não.

- A escolha é minha, você não pode tirar isso de mim!

- Ei, eu sou um bastardo psicótico e hipócrita que não se importa com ninguém além de mim mesmo, ignorar suas escolhas é o que eu faço.- Tom sorriu, mas não havia nada além de gelo e dureza naqueles lábios.- Eu disse a você que nunca vou deixar você ir. Ou eu não deixei essa posição clara o suficiente?

- Você está se tornando Voldemort!

- Mas eu ainda não sou ele, então não aja como se eu fosse!

Houve um silêncio mortal. Opressivo e pesado, sufocante. Harry desviou o olhar, tentando recuperar a compostura.

- Você não faz sentido.- ele acusou, exausto, confuso.

- O que? Você não sabe onde você está comigo?- Tom zombou.

Harry o encarou.

- Não, na verdade, eu realmente não sei. E é uma ocorrência horrivelmente familiar que estou ficando cansado de voltar como se eu fosse um vira-lata pegajoso que você pegou na rua.

O aperto de Tom afrouxou um pouco em um ombro depois de um momento.

- Isto não era para ser assim.- ele murmurou. Harry bufou.

- Ah, você acha?- ele respondeu. Tom revirou os olhos, recuando um pouco, indo até uma janela para olhar para fora.

Harry sabia que seria lógico apenas sair pela porta.

Ele estava tentando se convencer a simplesmente desistir e ficar longe de Tom a semana toda, porque precisava de espaço para pensar, porque ainda não conseguia lidar com tudo isso.

Ele sabia que deveria partir. Deixar para lá. Ir embora. Ele não conseguia. Ele nunca poderia. Era por isso que os dois ainda eram amigos, ou o que quer que fossem, por mais de um ano, apesar das discussões quase constantes.

Funcionou porque ambos estavam totalmente empenhados em fazer funcionar.

- Não se preocupe em tentar abrir a porta.- disse Tom, quando Harry se mexeu com esse processo de pensamento desconfortável.- Você não será capaz de se afastar mais de dez metros de mim.

- Você é inacreditável.- Harry disse, entorpecido.

- Eu sei o que quero.- corrigiu Tom. Os lábios de Harry se contraíram.

- Você percebe como isso soa, não é?- ele perguntou. Tom olhou para ele, assustado, antes de sorrir.

- Você passou muito tempo com Alphard.

Houve outro silêncio, um pouco menos sufocante desta vez.

Tom se virou para encará-lo novamente, visivelmente mais composto, recostando-se no parapeito da janela. Ele também estava mais ilegível, não demonstrando tão facilmente seus pensamentos.

Harry suspirou.

- Eu não...quero fazer isso.- ele explicou suavemente.- Mas, eu também não quero ver você se destruir, e eu sei que se eu ficar por perto, vou brigar com você o tempo todo...e eu não quero isso.

Harry estava cansado de pessoas o deixando, e se haveria algum adeus inevitável aqui, ele iria pegá-lo e controlá-lo porque era o único poder que lhe restava. O resto das escolhas dependiam de Tom.

O herdeiro da Sonserina o estudou silenciosamente.

- Acho que você não encontrará nenhuma solução que eu esteja disposto a aceitar.- respondeu Tom, em um tom de voz comedido.- Mas...eu não pretendo enfrentar meu destino antes do necessário.

Harry levou alguns segundos para traduzir o que Tom estava realmente dizendo.

Ele não tinha...desistido completamente.

- Por que você não disse isso antes?- ele perguntou.- Você me fez acreditar que desistiu.

- Não sou de encorajar falsas esperanças quando isso não me beneficia.- respondeu Tom.

Harry mordeu o lábio.

- Mas você ainda vai tentar me impedir de executar meus planos?- ele verificou.

- Pesquise o quanto quiser, procure uma solução, não vou te atrapalhar...só se você colocar sua pesquisa em prática de uma forma que não condiz com os meus...planos.

- Tive a impressão de que eu não gostaria de seus planos.- Harry sondou cautelosamente.- Seja o que for.

- Você não gostaria.- Tom concordou.

- Então, por que eu deixaria você continuar com eles?

- Por que eu deixaria você continuar com os seus quando os acho igualmente desagradáveis?- Tom revidou, arqueando as sobrancelhas. Harry franziu a testa.

- Interesse próprio...não é nisso que você deveria ser bom?

- Claramente eu passei muito tempo perto de você.- Tom disse, se ele estava brincando ou não, Harry não tinha certeza. Ele o encarou, antes de desviar o olhar.

- Se eu disser que mudei de ideia sobre manter distância, você abandonaria as...restrições?- ele questionou.

- Não.- Tom respondeu. Harry piscou.

- Você realmente vai me impedir de me afastar mais de dez metros de você?- ele perguntou, incrédulo.

Tom o presenteou com aquele olhar que indicava uma resposta óbvia para uma pergunta estúpida.

- Uh...você sabe que temos aulas diferentes, certo?

- Eu poderia fazer meus exames práticos com as mãos amarradas nas costas.- Tom deu de ombros.- E os exames teóricos sem dormir por uma semana e de ressaca. Não tenho motivos para assistir às aulas. Elas me aborrecem.

- Então por que você estava participando?

- Porque me beneficiou um pouco me misturar com o ambiente.- disse Tom.

- Então você vai apenas me seguir?

- Não. Você controlar para onde você pode ir, mas vou permitir que você vá às suas aulas.

Harry ficou boquiaberto.

- Você não está falando sério.- ele acusou.

A expressão de Tom era plana. Salazar...ele estava falando sério.

A boca de Harry estava seca. Quando exatamente essa situação mudou para ficar tão distorcida? Ele não ia...ele não...

- Só porque estamos em lados separados...isso não significa que somos inimigos, Harry.- Tom declarou calmamente. Era o mais próximo de um pedido de desculpas que Harry sabia que conseguiria.

- Não fique no meu caminho.- alertou. Tom apenas sorriu em resposta a isso, antes de continuar, suavemente, como se toda a cena não tivesse acontecido.

- Acho que devemos visitar Little Hangleton novamente.

Continue Reading

You'll Also Like

192K 33.9K 110
Atenção: Essa história é a tradução de uma novel chinesa. Título original:我怀了全球的希望 Título Inglês:I'm Pregnant with the Hope of the Entire Planet Auto...
14.4K 902 47
"Depois de muito relutar, de muito brigar e de muito desdenhar, me vejo aqui, completamente entregue à loucura que é amar ele."
55.5K 6.5K 51
Harry Potter ( Hadrian Black ) recebe sua carta para Escola de Magia e bruxaria de Hogwarts , mas as dores e abusos de seu passado o tornam diferente...
6.1K 584 6
Sinopse: { Era o começo do Verão, todos os alunos da escola de magia e bruxaria de Hogwarts estavam aproveitando o início do Verão com seus amigos e...