O Favorito do Destino

By nineksn

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Existem muitas histórias em que Harry volta ao tempo de Tom Riddle, então fica ou é mandado de volta. E esse... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capitulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capitulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95
Capítulo 96
Capítulo 97
Capítulo 98
Capítulo 100
Capítulo 101
Capítulo 102
Capítulo 103
Capítulo 104

Capítulo 99

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By nineksn

Mais ou menos um mês se passou, janeiro deslizando para um fevereiro sem cor, caracterizado pelos lençóis cinzentos de chuva que sugavam a cor de tudo ao seu redor como um Beijo do Dementador.

Tinha sido um mês nebuloso com falta de sono, bules inteiros de café e uma busca frenética por qualquer coisa que pudesse ajudá-lo a reescrever a história.

Harry mal via o sol, exceto para jogar Quadribol e participar das aulas de Herbologia, e antes que a pele bronzeada começasse a ficar pálida, a segunda partida seria em cerca de uma semana, contra Corvinal.

Dumbledore também estava trabalhando, mas até agora parecia não ter pistas. O diretor, fiel às suas palavras, evitou qualquer jogo de poder e foi uma ajuda muito diligente. Harry não tinha certeza se deveria ser grato por isso, ou incrivelmente desconfiado. Ele supôs que o homem honestamente não tinha escolha por causa do Juramento Inquebrável.

Ele sabia que Tom estava ficando um pouco irritado com ele, mas até agora não havia feito nenhum movimento para tentar impedi-lo, exceto ocasionalmente forçá-lo a fazer uma pausa.

Ainda assim, Tom não era uma pessoa tolerante por natureza, e Harry não era estúpido o suficiente para se enganar achando que Tom não estava perfeitamente ciente do que exatamente ele estava tentando pesquisar e fazer. No entanto, ele considerou um fato positivo que o herdeiro da Sonserina ainda não havia interferido.

Era tarde da noite e Harry estava mais uma vez deixando a sala comunal para encontrar Dumbledore.

Ele se levantou, puxando sua capa mais apertada em torno de seus ombros. Ele fazia aulas de Oclumência na maioria das noites e estava progredindo lentamente. Ele agora podia manter Tom fora por cerca de um minuto, o que ele considerava uma conquista impressionante, mesmo que Tom, o maldito perfeccionista, não fosse tão elogioso.

Ele chegou ao escritório circular, acariciando Fawkes, recusando uma bala de limão e indo em direção à penseira que estava sobre a mesa com o coração dividido entre empolgação, pavor e cautela.

Por mais rude que fosse, Harry não estava lá para bater um papo com Dumbledore sobre as nuances de sua semana.

Ele mergulhou na memória.

Harry não reconheceu o lugar, mas era indescritivelmente imundo. O teto estava cheio de teias de aranha, o piso coberto de sujeira; comida mofada e podre jazia sobre a mesa em meio a uma massa de panelas amassadas.

A única luz vinha de uma vela aos pés de um homem com cabelo e barba tão grandes que Harry não conseguia ver olhos nem boca.

Ele estava caído em uma poltrona perto do fogo, e Harry se perguntou por um momento se estava morto.

Havia um anel em seu dedo, de ouro e pesado, com uma pedra preta com marcas que ele não conseguia distinguir de onde estava.

Uma batida soou na porta, e o homem acordou sobressaltado, erguendo uma varinha na mão direita e uma faca curta na esquerda.

Harry se assustou com o garoto que atravessou a soleira, com uma lâmpada antiquada na mão.

Alto, pálido, moreno e bonito, Tom.

Ele olhou para Dumbledore, prestes a protestar que estava quebrando as regras do juramento, antes de franzir a testa...porque o diretor não poderia estar, ou ele estaria morto. Isso não foi um truque. Isso era, ao que parecia, completa e totalmente relevante.

Ele reprimiu um estremecimento.

Por alguns segundos, Tom e o homem ainda sem nome se entreolharam, então o homem se levantou cambaleando.

- VOCÊ!- ele rugiu.- VOCÊ!- ele se lançou bêbado em direção a Tom, varinha e faca erguidas, e as mãos de Harry foram automaticamente para sua própria varinha de pena de fênix antes que sua mente compreendesse completamente suas ações.

Isso era uma lembrança.

Ele não podia fazer nada, e Tom não morreria...e aquele não era seu Tom, chegava perto, mas não exatamente.

Isso tinha que ser logo depois que ele voltou para seu próprio período de tempo. Harry não deixaria Tom se tornar Voldemort. Ele se recusou a aceitar.

- Pare.

Língua de cobra? Por que Tom usou isso na presença do homem? Para assustá-lo? Certamente teve algum efeito, pois o homem recuou contra a mesa em estado de choque, antes que um longo silêncio se estabelecesse.

- Você fala?

- Sim.- Tom sibilou.

Ambos falavam ofidioglossia, o que significava...Salazar. Esta era a família de Tom. Os Gaunts. Ele foi e os encontrou, afinal. Harry de repente se sentiu muito inquieto, seu estômago revirou.

Ele não deveria estar vendo isso quando o próprio Tom ainda não tinha vivido esse momento.

Estava errado em muitos níveis, mas...ele precisava, não é?

Como Tom já havia dito, ele não esconderia sua alma em algum lugar sem relevância; Seria grandioso e muito especial.

E isso significava que ele tinha que cavar fundo, ou não encontraria as horcruxes.

Bem, isso foi apenas adicionado a uma longa lista de coisas que Harry fazia sem aprovação ou permissão.

- Onde está Marvolo?- Tom questionou, e Harry estremeceu com o nome. Isso foi muito estranho.

- Morto.- respondeu o homem.- Morreu anos atrás.

- Quem é você então?- Tom franziu a testa.

- Eu sou Morfino.

- Filho de Marvolo?

- Claro que sim.- então ele era o tio de Tom. Presumivelmente, do lado materno da família, pois o Diário de Tom afirmou que seu pai era um 'trouxa imundo'.- Pensei que você fosse aquele trouxa.- Morfino sussurrou.- Você se parece com ele.

- Que trouxa?- Tom perguntou, bruscamente.

Tom não sabia? Ele tinha que saber, ele sabia agora...então Tom estava tentando obter mais informações sobre seu pai...e isso tinha que ser...as entranhas de Harry de repente gelaram.

Tom disse que planejava matar sua família, seu pai, no verão em que ele veio para o futuro. Era isso...esse seria aquele verão no final do ano para Tom.

Este seria Tom em alguns meses se tudo desse errado. Se o 'Destino' vencesse.

Sua garganta de repente ficou muito apertada, sufocando-o. Dumbledore estava desaparecendo de sua linha de visão enquanto Harry se concentrava na cena diante dele, nada mais importando.

-...Você parece mesmo com Riddle. Mas ele é mais velho que você, agora que eu penso nisso.

Morfino parecia atordoado, balançando no local como se estivesse prestes a desmaiar.

Ele disse outra coisa, mas Harry estava observando o rosto de Tom, ele mal conseguia desviar o olhar daquele rosto tão familiar...mas não do Tom que ele conhecia. Um quase-Tom.

O jovem Lorde das Trevas estava observando Morfino com uma atenção minuciosa, e Harry reconheceu aquela nuance em particular instantaneamente.

Tom estava pensando em possibilidades. Vida, morte...o destino do homem diante dele.

Morfino nem parecia perceber, e continuou reclamando, ignorando os olhos escuros como se alguém realmente pudesse. Eles eram perfurantes.

-...Onde está o medalhão? Onde está o medalhão da Sonserina?

Os dedos de Harry coçaram para voar para sua garganta, onde o dito medalhão descansava contra seu coração sob suas roupas, quente e vivo. Marvolo.

O homem continuou reclamando, e Harry fechou os olhos, vendo a determinação nos olhos de Tom.

O herdeiro da Sonserina avançou e as luzes se apagaram.

Ele estava de volta ao escritório um momento depois.

- O medalhão de Sonserina é uma Horcrux.- Harry disse, suavemente, tentando resolutamente ignorar a pura ironia de sua pretensa compreensão quando a Horcrux de repente parecia um peso morto em sua pele.- Por que ficou preto...o que Tom fez?- a mente de Harry zumbiu, sua testa franzida.- Morfino não consegue se lembrar?

Dumbledore pareceu surpreso, mas assentiu. Harry pensou mais uma vez, amargamente, em como todos achavam que ele era estúpido.

Claro, isso foi culpa dele, ele é o único que nunca se esforçou nas aulas porque não queria a pressão e atenção adicionais, entre outras razões.

Ele estava bem com isso antes de voltar ao passado...mas havia algo sobre Tom que fazia você querer ser o melhor possível. Talvez porque fosse a única maneira de ter uma chance de acompanhá-lo.

Dumbledore continuou relatando a história do escandaloso casamento e caso de Merope Gaunt e Tom Riddle Sr.

No fundo de sua mente, ele ouviu a história de como Tom havia assassinado sua família e seu pai.

Isso era o que o perturbava.

Harry não podia relacionar isso com Voldemort.

Este era...Tom.

Exceto, era Tom porque era Tom, ou Tom porque sabia que isso aconteceu e estava garantindo o presente? Ele não queria pensar nisso.

Harry acenou com a cabeça em reconhecimento, falou algumas palavras, antes de sair, sua mente girando.

Aquele anel…

************************

Já passava da meia-noite quando ele voltou para a Sala Comunal, então Harry realmente não esperava que alguém estivesse acordado.

Tom ainda estava lá, perto do fogo, olhando para a lareira enquanto as chamas iluminavam as linhas de seu rosto em algo muito mais velho, e Tom nunca pareceu jovem para sua idade.

O resto da sala estava vazia, e Harry não tinha certeza se era por coincidência e escolha, ou por ordem de Tom.

Ele se aproximou, mas o outro não ergueu os olhos, embora Harry soubesse que Tom estava ciente de sua presença.

- Um pouco tarde para você ainda estar acordado, não é?- Harry questionou, finalmente, os braços cruzados casualmente enquanto se jogava na outra ponta do sofá.

- Desculpe, devo ter perdido o momento em que fui designado para dormir, por alguém mais jovem do que eu, devo acrescentar.- Tom respondeu com um sotaque arrastado.

Os lábios de Harry se contraíram.

- Eu não sou muito mais jovem do que você.- disse ele.

Tom olhou para ele, analisando. A mente de Harry foi direto para as memórias.

- Alguma razão em particular para você ainda estar acordado?

- Como foi seu encontro com o velho?- Tom questionou, em resposta.

- Levemente informativo.- Harry disse, neutramente, avaliando o outro por sua vez. A cabeça de Tom inclinou-se com curiosidade.

- Você não parece estar tão feliz com isso quanto se poderia pensar...más notícias? Ou você só está começando a aceitar?

- Você sabe.- Harry respondeu, devagar, calmamente.- Acho que a coisa da aceitação funcionaria melhor, seria mais convincente, se você realmente acreditasse nisso.

Foi um blefe completo de sua parte, mas não responder seria um fracasso maior, embora ele soubesse que em algum momento isso poderia voltar para assombrá-lo.

O olhar de Tom ficou mais nítido, seu corpo se inclinando mais na direção de Harry do que do fogo.

- Oh?- Tom ergueu as sobrancelhas, com um toque de perigo em sua voz.

- Se você tivesse aceitado, você teria ido e enfrentado seu destino, ou pelo menos estaria fazendo mais esforço para me impedir.

- É fascinante como de repente você parece saber tanto sobre meus motivos, querido.- ele respondeu, com um tom suave de ameaça.- E bastante presunçoso. Talvez eu não o esteja impedindo porque acho que você não chegará a lugar nenhum e esgotará seus esforços em buscas inúteis, terminando assim por aceitar os fatos. Você percebe que sua declaração sugere que eu tenho algo que deveria estar te impedindo de fazer?- Tom perguntou, delicadamente.

Harry não vacilou, mas interiormente reconheceu que, fosse qual fosse o jogo deles, Tom havia acabado de marcar um ponto, prendendo-o com suas próprias palavras.

- Você me conhece, estou sempre tramando alguma coisa.- Harry disse levemente, com um sorriso mordaz.

- Realmente.- Tom murmurou, mais sombrio agora.- Eu só estou esperando que não seja o que eu penso que é.

- Enfeitiçando você para não falar por uma semana?- Harry fez uma careta.- Droga, eu realmente pensei que você não iria descobrir!

Os olhos de Tom brilharam com diversão e uma advertência.

- Eu poderia ler sua mente.- afirmou Tom.

- Você não vai.- Harry disse, confiante.- Você está de bom humor, relativamente.- sua confiança vacilou por um momento, enquanto ele se preocupava.- Você não torturou ninguém, não é?

Tom apenas piscou, claramente não dignificando isso com uma resposta.

- Então, pelo bem de seus planos, eu sugiro que você faça um esforço para me manter de bom humor.- Tom sugeriu, com um pequeno sorriso malicioso.

Harry revirou os olhos.

- Claro, vou contratar um palhaço para entretê-lo.

- Mas você mesmo daria um bom bobo da corte. Eu poderia apenas ficar com você.- Tom respondeu, o sorriso se alargando. Harry zombou.

Os pensamentos ainda zumbiam dentro de sua cabeça, e o vago sentimento de culpa.

O sorriso de Tom desapareceu depois de um momento.

- Você está preocupado. Agora estou realmente curioso sobre o que você e Dumbledore conversaram desta vez.

- A curiosidade matou o gato.- Harry brincou.

- A satisfação trouxe de volta.- Tom se curvou ligeiramente para frente.
Harry desviou o olhar, levantando-se.

- Boa noite, Tom, tente não dormir no sofá. Você seria uma péssima companhia pela manhã.

As pernas de Tom se moveram para bloquear seu caminho, e Harry parou, sabendo que o sonserino provavelmente poderia encontrar outra maneira de mantê-lo lá se ele desejasse especialmente.

- Se você está caçando Horcruxes, eu vou com você.

Harry de repente perdeu toda vontade de fugir da conversa.

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