O Favorito do Destino

By nineksn

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Existem muitas histórias em que Harry volta ao tempo de Tom Riddle, então fica ou é mandado de volta. E esse... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capitulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capitulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95
Capítulo 96
Capítulo 98
Capítulo 99
Capítulo 100
Capítulo 101
Capítulo 102
Capítulo 103

Capítulo 97

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By nineksn

Sirius podia sentir suas emoções rolando como um navio em uma tempestade em sua mente e coração; grandes vendavais de confusão e raiva, e um desamparo que ele não sentia desde a noite do Halloween de 1980.

Ele olhou para a figura em retirada, sem palavras, antes de seguir atrás dele, suas pernas bambas como geleia. A dor envolveu seu coração.

Sirius estava lá por Harry! Ele ajudaria seu afilhado com qualquer coisa sempre que Harry pedisse...mas Harry não pediu a ele. Ele pediu a Tom.

Foi só porque ele não podia deixar o garoto de olhos esmeralda perceber isso que seus ombros não caíram com o peso do desânimo e do desespero.

Ele estava livre, não estava? Mas ele não era livre para fazer o que quisesse. Sirius estava amarrado para manter distância e ficar de lado sempre que aquele bastardo ordenasse. Ele não conseguia livrar Harry do herdeiro da Sonserina.

Sirius estava...impotente.

Harry olhou entre os dois quando eles o alcançaram; sem dúvida se perguntando sobre o que diabos eles poderiam ter conversado. Seu afilhado ergueu duas sobrancelhas exigentes quando nenhum deles falou.

- Seu precioso padrinho estava apenas tentando me persuadir a remover suas concessões e transferir o pagamento para ele mesmo.- Tom disse, sem perder o ritmo. A mandíbula de Harry apertou e Riddle sorriu preguiçosamente.- Relaxa herói, eu recusei.

Sirius mal podia acreditar na fluidez com que as mentiras rolavam da língua do adolescente, mas Harry não estava observando Tom agora, ele estava olhando para Sirius, olhos escuros.

- Você está mentindo.- Harry afirmou, com uma nota de fúria, voltando sua atenção para Riddle novamente.

O jovem Lorde das Trevas deu de ombros elegantemente.

- Então me processe, ele realmente me vendeu sua alma em seu nome. Importa-se de comprá-la de volta?- Riddle questionou, com um sorriso malicioso. Os punhos de Harry se fecharam e ele sibilou alguma coisa.

Sirius resistiu ao impulso de recuar diante de uma exibição tão flagrante de um talento tradicionalmente sombrio: seu afilhado não era mau!

O sorriso de Riddle não mudou, exceto que oscilou, de alguma forma, que ele não conseguiu identificar enquanto sibilava algo de volta.

Era bizarro pensar em si mesmo como inexistente, por mais arrogante que pareça, Sirius sempre chamou a atenção quando estava por perto, mas por um momento parecia que era exatamente isso que ele havia se tornado, inexistente, conforme o mundo se estreitava em torno de Harry e Riddle com uma intensidade que o fez sentir como se estivesse se intrometendo.

Sirius engoliu em seco, antes de sorrir alegremente porque hoje foi um dia tão feliz, não foi? Ele apertou o ombro de Harry, puxando-o para um abraço.

- É melhor eu deixar você ir para as aulas. Vou escrever em breve, e sinta-se à vontade para me chamar nos espelhos a qualquer hora.- disse ele, encontrando o olhar de Harry, imaginando se seu desespero era visível.

Chame-me nos espelhos. Por favor, me chame nos espelhos. Deixe-me estar lá para você.

Harry sorriu de volta com uma perceptividade confusa cada vez mais dolorosa que falava que seu afilhado havia captado suas emoções com bastante facilidade, mas não tinha ideia do que ele queria dizer com elas.

Sirius encontrou o olhar de Riddle por um momento, e estava distraidamente ciente do que tinha sido aquela oscilação no sorriso. Com ele, todas as expressões do sonserino, incluindo os sorrisos, eram duros e frios...com Harry eram apenas um pouquinho mais suaves. Havia crueldade ali, oh sim, Riddle estava cheio de crueldade e charme sedutor, mas também havia algo com Harry que em qualquer outra pessoa poderia ser chamado de carinho.

Fascínio, certamente.

Obsessão.

Sirius reprimiu um estremecimento.

Ele precisava encontrar uma maneira de dar a Harry algo ou alguém mais saudável para depender.

E falar com Alphard.

**********************

Harry teria pensado que já estava acostumado com Tom mentindo para ele agora, embora Tom não fizesse isso com tanta frequência, Harry sempre tentava manter em mente que as palavras de Tom tinham que ser tomadas com cuidado e uma avaliação crítica.

Isso simplesmente o lembrou de como Tom conseguia misturar mentiras e verdades perfeitamente, e como o herdeiro da Sonserina não tinha escrúpulos em usar todo tipo de manipulação para se safar.

Harry não foi capaz de adivinhar quando Tom estava mentindo, havia apenas um sentimento indescritível em seu peito porque ele conhecia Tom muito bem...mas a única razão pela qual ele tinha tanta certeza da inverdade da declaração era porque Sirius não era tão adepto da arte de mentir.

Claro, Almofadinhas provavelmente passou tempo suficiente evitando detenções para ter praticado a habilidade, mas ele não era um mentiroso tão imaculado quanto Harry, e definitivamente não tão bom quanto Tom. Um psicopata.

Harry assistiu suas aulas, os dedos se contorcendo para ler seus livros sobre o tempo, em vez de estudar coisas que ele já havia aprendido no passado.

Havia, é claro, diferenças no assunto, teorias refutadas e descobertas, mas...a escola importava pouco em consequência do tempo.

Destino e Sorte. Ele reprimiu um suspiro.

Harry esperava que o destino sofresse o tormento eterno e ficasse longe.

Ele precisava consertar Gina também. E já estava temendo isso.

Harry puxou Rony e Hermione de lado na hora do almoço antes que eles pudessem entrar no Salão Principal, ignorando a forma como qualquer Sonserino que passava lançava a ele um olhar estranho ou nervoso.

Ele não sabia por que eles estavam olhando para ele desse jeito, mas supôs que tinha algo haver com Tom. Ele perguntaria a Pansy depois.

- Eu descobri como impedir que Gina aja de forma tão estranha.- ele revelou calmamente. Os olhos de Hermione se arregalaram, e as feições de Rony pareciam recuperar um brilho de vida que Harry não havia percebido que tinha desaparecido.

- Como?- o ruivo exigiu.- O que temos que fazer? Não vai machucá-la, vai? Podemos fazer isso agora?

- Como você descobriu?- Hermione perguntou.

- Uma das minhas muitas fontes.- Harry ofereceu, com um sorriso. Os lábios de Hermione se estreitaram.

- Você fez algo perigoso, Harry?

- Quem se importa como ele descobriu!- Rony exclamou.- Nós podemos consertar Gina.

Seu melhor amigo olhou para ele com expectativa.

- Bem, nós teorizamos que ela estava sendo afetada por causa de sua dependência emocional em mim, certo...?

- Sim.

- Temos que quebrar essa dependência.- disse ele categoricamente. Rony assentiu, mas a testa de Hermione franziu.

- O que você quer dizer com quebrar essa dependência?

- Temos que fazê-la realmente me odiar e não esperar mais que eu faça algo para ajudá-la ou salvá-la, e meio que fazer parecer que nunca me importei particularmente com o destino dela na câmara também, só para garantir.

Houve um momento de silêncio absoluto e pesado, quebrado apenas pelo barulho de talheres e o aumento de vozes no Salão Principal atrás deles.

- Como fazemos isso?- Hermione questionou, a voz de repente um pouco rouca e pequena.

- Deixe comigo.- Harry respondeu.- Eu só pensei em avisar vocês sobre por que de repente eu começaria a tratá-la...de forma diferente.

Ele suspirou. Não deve ser muito difícil; ele passou tempo suficiente perto de Tom, e dos Sonserinos, para saber como cortar seus 'oponentes' em pedaços apenas com palavras. Ele apenas normalmente se absteve.

- Nós podemos dizer a ela que você não quis dizer isso depois?- Rony perguntou, preocupação rastejando em sua voz.

- Não.- Harry disse suavemente.- Isso implicaria que eu estava apenas agindo de maneira horrível para salvá-la, o que poderia reverter o processo e então estaríamos presos e ela morreria.- ele engoliu.- Ela nunca pode saber enquanto eu estiver...como eu estou.

Rony e Hermione ficaram pálidos como fantasmas.

*************************

Alphard olhou para o homem à sua frente.

Seu sobrinho.

Sirius Black.

Um Grifinório.

Um Ex Presidiário.

O padrinho de Harry.

A viagem no tempo era muito confusa; é por isso que ele normalmente evitava pensar nessa situação.

Era mais fácil tratá-la como um estranho jogo ou experimento, não adiantava procurar conhecer seu futuro. Eles estavam todos mortos neste momento de qualquer maneira.

- Você não deveria estar entrando em contato comigo.- disse Alphard, calmamente.

- Eu queria agradecer...

- Não!- ele interrompeu, abruptamente.- Não me agradeça por algo que ainda não fiz. Não quero ser influenciado.- Alphard suavizou sua voz ligeiramente para o homem de aparência abatida.- Você se parece comigo...mas tem os olhos de Orion.

- Bem, você se parece com Walburga, mas menos feminino.- Sirius disse, com um sorriso fraco.

Uma risada escapou de Alphard.

- Espero não parecer uma garota...vou deixar isso para você, hein?

- Eu não pareço uma garota!- exclamou seu sobrinho, a voz indignada e marginalmente hostil, mas os olhos cheios de bom humor.

Ele simplesmente arqueou as sobrancelhas em resposta, sorrindo.

- Foi um prazer conhecê-lo.- disse, honestamente.- Mas eu não deveria estar falando com você.

- Por que? Riddle proibiu?- Sirius perguntou em um tom de brincadeira, embora sombrio. Alphard ficou quieto, e a diversão sumiu.- Ele te proibiu de falar comigo...- seu sobrinho parecia incrédulo, furioso.

- Não você especificamente, mas qualquer pessoa envolvida no nosso futuro. Quanto menos soubermos, melhor.- explicou ele.

- E, no entanto, o próprio Riddle não segue essas regras? O que aconteceu com o exemplo da liderança?

- Tom é Tom. Você faria bem em não falar mal dele perto de mim.- disse Alphard, rispidamente novamente. Sua lealdade estava, e sempre estaria, com o herdeiro da Sonserina.

- Estou feliz que você esteja livre.- continuou ele, mais brandamente.- Azkaban não faz bem para nossa família, embora eu não possa deixar de notar quantos de nós encontramos residência entre os dementadores.- a pele de seu sobrinho empalideceu ao ouvir o nome, e seu coração se contorceu.- Espero que nos encontremos em circunstâncias mais agradáveis.- disse ele.- Ouvi dizer que você é bem brincalhão. Tenha um bom dia.

Ele girou nos calcanhares.

- Espere!- Uma mão agarrou seu braço, e Alphard quase estremeceu com o toque, meio temendo que ele desaparecesse em um sopro de paradoxo.- Eu preciso...

Ele sabia que não seria capaz de evitar essa conversa. Caramba.

- Você quer falar comigo sobre Tom e Harry.- Alphard terminou, a voz forçada a uma neutralidade incomum.

Brincadeiras e humor à parte, seus pais haviam incutido bem as etiqueta dos sangues puros. Alphard sabia como silenciar pensamentos que preferia não compartilhar.

- O que você...pensa deles? Por favor, eu não posso ver Harry se machucar.- Sirius o encarou, intensamente, quase implorando.

- Não cabe a mim comentar.- disse Alphard cautelosamente, desvencilhando-se do aperto, sentindo uma sensação ardente de hipocrisia no fundo de sua mente, ele comentou sobre isso várias vezes.

Seu sobrinho entrou obstinadamente em seu caminho novamente.

- De um Black para outro.- Sirius insistiu.

Alphard apertou os lábios ansiosamente. Tom não gostaria que ele falasse sobre isso, mas...não faria mal dizer algumas palavras cuidadosamente escolhidas para tranquilizar o homem.

- Acho que eles se importam um com o outro, e acho que faria mais mal do que bem tentar separá-los à força, para eles e para a pessoa que tentar separá-los.- ele encontrou o olhar de Sirius inflexivelmente.- Não fique no caminho de Tom. Ele vai acabar com você, e eu particularmente não quero que isso aconteça, você parece um bom homem.

- Mais mal do que bem? Você quer dizer sua...dependência?- Seu sobrinho parecia incrivelmente assustado, ferido até.

- Você notou? Dependência é uma palavra estranha para isso, porque ambos são pessoas extremamente independentes que não estão acostumadas a depender de ninguém além de si mesmas, e certamente não rastejam um para o outro em busca de ajuda o tempo todo...mas, de certa forma, é uma palavra precisa também. Não me interprete mal, eles não contam um ao outro todos os seus segredos como melhores amigos, não é esse tipo de dependência, é...

- Tóxico.- disse o homem taciturno, impotente.- Doentio. Obsessivo.

Alphard olhou levemente, mas não disse nada, reconhecendo que havia algum nível de verdade nas palavras.

- Se isso te alivia, o que quer que eles tenham é totalmente mútuo. Tom não vai deixá-lo ir...mas Harry nunca vai mandar Tom embora também. No seu lugar, eu ficaria feliz por Harry estar fazendo um esforço, mesmo que pequeno, para ter você em sua vida. O mundo se fecha em torno deles quando estão juntos, todo o resto é relegado a segundo plano até que eles se separem novamente.

- Então você acha que eu deveria abandonar Harry para qualquer que seja o plano de Riddle.- Sirius rosnou.

Os olhos de Alphard escureceram ao pensar nesse plano.

- Eu não acabei de dizer que era mútuo? Tom não está brincando com Harry a contragosto. Nem o seu afilhado é indefeso, ele é totalmente capaz de se defender contra Tom, e o faz com mais habilidade e sucesso do que qualquer outro que eu já vi.

- Eu não entendo...- Sirius quase gemeu, olhos arregalados. Alphard suspirou.

- São necessários dois para dançar a valsa, e o jogo deles não é jogado apenas por Tom, apesar das suposições da maioria das pessoas.

Alphard se afastou de seu sobrinho antes que ele pudesse perguntar mais alguma coisa.

*********************

- Harry.- uma voz chamou. Tom. Harry parou e sinalizou para Rony e Hermione entrarem no Salão Principal.

- Ei.- ele cumprimentou, sentindo-se um pouco estranho. Seu joelho latejava em memória.

Os olhos de Tom moveram-se para o medalhão em volta de seu pescoço, sua mandíbula ficando tensa, antes de relaxar.

- Venha, vamos para a Cozinha. Estou com vontade de açúcar e você já está muito magro para pular refeições, mesmo que seja para falar comigo.- Harry levantou uma sobrancelha, mas seguiu mesmo assim.

- Você está desejando açúcar?

Isso era novo.

- Acontece ocasionalmente, embora eu não esteja muito acostumado com isso. Racionamento e tudo mais.

Harry piscou, mais uma vez atingido pela estranheza e pela tristeza horrorizada de que Tom viveu na Segunda Guerra Mundial.

Ele nunca imaginou que Tom gostasse de doces, mas de uma forma estranha, fazia todo o sentido. Aqueles que tinham pouco apreciavam mais os pequenos prazeres da vida.

Eles chegaram na cozinha, Dobby servindo-os como sempre, tagarelando sobre meias e todo tipo de coisas, e então pararam em uma sala de aula abandonada por perto.

Tom estava observando vários chocolates de aparência delicada que pareciam caros demais para serem comidos com um pequeno sorriso.

Harry deu uma mordida apática em seu sanduíche. Ele realmente não tinha mais apetite.

- Como está sua perna? Você a curou bem?- Tom questionou.

Harry olhou para cima, assustado, porque havia algo naquelas palavras que quase soava como um pedido de desculpas. Tom não queria discutir com ele.

- Está tudo bem.- ele respondeu, mesmo que ainda doesse um pouco. Ele estudou o outro, sua última conversa tocando em sua cabeça.- Marvolo me disse como consertar Gina. Eu só tenho que falar um pouco com ele em troca, e deixá-lo sair do Medalhão para esticar as pernas.

- E você não suspeita do raciocínio dele por trás disso?

- Eu acho que ele se sente sozinho.- Harry respondeu, suavemente.

- Você não pode salvá-lo.- A voz de Tom era monótona, dura, e o olhar de Harry fixou-se imediatamente no violeta do sonserino.

Harry não pôde deixar de se perguntar o quanto dessa conversa era realmente sobre Marvolo.

- Posso garantir que ele nunca fique sozinho novamente...posso dar-lhe a vida de volta, mesmo que a tire quando Voldemort morrer.

- Você não pode fazer nenhuma dessas coisas.- disse Tom, sombrio.- Ele e você entrariam em combustão espontânea ou você simplesmente desapareceria como se sua própria alma tivesse sido despedaçada e tudo o que restasse fosse uma casca quebrada do garoto que você costumava ser.

Harry engoliu em seco.

- E se eu já estiver quebrado?- ele questionou.- Eu não vou assistir você se tornar ele. Eu não posso. Não me obrigue. Por favor...

- Não.- Tom retrucou, asperamente. Harry ergueu o olhar novamente.- Não implore para que eu deixe você morrer.

- Mas você espera que eu faça exatamente isso com você.- ele respondeu, sem frustração em sua voz, nada.- Voldemort é apenas você na mais vaga das definições. Ele não é você de nenhuma maneira que importa. Se você vai se tornar ele para que isso possa continuar, então é inútil, porque não pode! Eu odeio Voldemort e nunca te perdoaria por se tornar ele, nem a mim mesmo por ficar de lado e permitir isso.

- É por isso que este não é um conto de fadas com final feliz.- disse Tom, muito amargamente.

- Então por que você está aqui?- Harry perguntou, imaginando se ele conseguiria uma resposta dessa vez.- É melhor enfrentar o seu destino. Esqueça-me. Não prolongue isso.

- Te esquecer...- Tom murmurou.- Por que eu iria te esquecer? Isso é o que eu não entendo.

- Com licença?- Harry questionou, piscando. Tom olhou para ele.

- Voldemort deveria se lembrar disso, e ele não parece que se lembra, e ninguém sabe como superar as defesas que tenho contra adulteração mental e esquecimento, exceto eu mesmo. Então, devo ter escolhido esquecer. O que não faz sentido.- Tom explicou.

- Universo alternativo.- Harry ofereceu prontamente.- O que significa que você não precisa se tornar Voldemort.

- Não, não é isso.- Tom franziu a testa.- É outra coisa.

- Você não pode ter certeza...

- Que Universos Alternativos não existem? Leia seus livros Harry, há apenas uma linha do tempo.

- Você não pode ter certeza disso.- Harry insistiu, com raiva.

- As melhores mentes na área atestaram. É por isso que é tão perigoso brincar com o tempo. Não pode ser reescrito, apenas riscado completamente para que uma nova linha surja.

- Bem, uma vez as melhores mentes da área também acreditavam que ninguém poderia sobreviver à maldição da morte.

Harry tinha acabado de ter uma ideia.

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