— Verônica é pra mim aquilo que Ester é pra você, então arruma suas coisas e vai atrás da sua mulher.
•••
— Uau! – Ester fala olhando pra aliança na mão da amiga.
— Ela é bonita, antiga e valiosa em todos os sentidos.
— Quem diria que o brutamontes do André era tão fofo assim.
— Ele sempre foi fofo comigo, levava remédio, chocolates e mimos quando estava menstruada. Elogios, cafuné e tantas outras coisas. Na verdade, ele só não era exatamente ele quando você ou algum dos irmãos estavam por perto, mas disse que isso não vai mais se repetir.
— Se isso acabar em casamento e filhos, tenho que ser madrinha porque só se conheceram por minha causa.
— É o justo. – Verônica a olha. – Odeio te ver assim.
— Assim como? Estou bem.
— Não está!
— Não se preocupe.
— Não vou me preocupar porque o André está cuidando disso, mas não significa que gosto de te ver assim.
— Como assim o André está cuidando disso? Já não basta esse idiota ter feito todas aquelas merdas? O que ele fará?
— Foi só o que ele me disse.
— E o que isso significa? Ele também me disse algo assim.
— Não sei, André às vezes é bem louco.
— Claro que sabe!
— Não vou passar o Natal com minha mãe, então já sabe, onde você for...
— Já é da família mesmo. Frank está desanimado e acho que tem o mesmo problema que eu. – Verônica ri.
— Então que o André consiga resolver isso pra vocês ficarem bem logo.
— Ele disse que me amava, mas duvido disso. Ele decide viajar porque não quer me ver, decidiu que não vamos mais ficar juntos e que não sou digna de nem mesmo uma justificativa. Isso não é justo! Ele destrói meu psicológico e coração e mesmo assim o amo... Isso é estúpido! Mereço ser tratada como a princesa, não sofrer por um homem que diz me amar e...
— Não diz isso, não sabe os motivos dele.
— Exatamente! Não fiz nada de errado, nem mesmo sei porque ele diz que o magoei e decepcionei, antes do André aparecer estávamos finalmente nos entendendo, toda aquela confusão acontece e ele me vem com... André, filho da mãe! – Ester fala ao lembrar do beijo.
— Hei, olha como fala do meu namorado.
— Vou matar seu namorado, Verônica! – Ester disse muito brava e se levantando. – Sabe o que me lembrei e fez essas frases do Gabriel terem sentindo? O maldito beijo que o SEU NAMORADO ROUBOU! – Verônica morde o lábio. – Com toda certeza ele viu e achou que estava ficando com o André, que fui uma filha mãe de fazer essa sacanagem e que estava brincando com ele, fazendo joguinhos com os irmãos. Mato ele, é isso! Passei quase um mês sofrendo por culpa dele e o Gabriel não vai acreditar quando o contar o que realmente aconteceu porque excitei em interromper o beijo por ficar sem reação, isso se tiver oportunidade de conseguir conversar com ele e... Se bem que o Gabriel é o errado aqui! Como ele dúvida do meu caráter assim? Dos meus sentimentos? Como... Se bem que ele viu, não sei se agiria diferente por enganoso é o coração... Mas com certeza após me acalmar usaria a cabeça e ia tirar satisfação... Matarei esses dois!
— Calma! – Verônica fala segurando a amiga pelos braços.
— Não vou...
— André notou o mesmo e nesse momento está com o Gabriel, espero que esteja, contando o que aconteceu. Não matará ninguém e precisa mesmo se acalmar porque o Gabriel vai ver a injustiça que cometeu e vira atrás de você, só não faça drama e complique as coisas. Sinceramente, não briga, não fica magoada por ele ter estupidamente feito isso, por favor, olha como você está e... Odeio te ver assim. Gabriel não merece, de verdade, ele não merece e até que me prove com atitudes que mudou e é bom pra você, continuarei afirmando que ele não te merece, mas o ama e quando estão juntos... Uma última chance, primeiro vacilo termina e te levo pra Cancún, ninguém sofre de amor em um lugar assim e aí expulsará ele do seu coração. O perdoe só uma vez, tente.
— Seu amado é que complica tudo... É querer muito ser feliz ao lado de quem amo? Querer o Gabriel de volta? Não esse estúpido, mas o cara que me ganhou fácil... É desejar muito viver esse amor? – Verônica ri.
— No máximo três dias e estará vivendo isso, tudo bem?
— Se isso não acontecer, tenha certeza que vou matar seu namorado.
— Ele é um homem de 1,90 de altura, forte e com treinamento especial por ser um agente federal, como cogita fazer isso?
— Não esquece que meu QI é acima da média, consigo matar o presidente se quiser. Não estou brincando, matarei seu namorado.
— Relaxa, ok? Vou ligar pra ele.
•••
— Sua mulher disse que vai me matar. – André fala rindo ao ler a mensagem da namorada.
— Ela sabe que... Que achei...
— Sim.
— E não está brava?
— Está! Não ouviu que ela quer me matar? – Gabriel ri.
— Se ela quiser ajuda, estou aqui. Como peço desculpas?
— Aí já não é problema meu, você é supostamente o cara certinho, romântico.
— Supostamente?
— Sim, foi você que trocou sua namorada pela melhor amiga, se descuidou dela, de vocês... Deu chá de sumiço por duvidar dela e dos seus sentimentos.
— Eu... – Gabriel arruma os óculos com o dedo.
— Contra fatos não existe argumentação, como você mesmo disse.
— Não use minhas frases contra mim.
— Para de ser um idiota, desbloquear a Ester e liga esse celular.
Dia seguinte – Início de noite
— Vamos correr e depois vou trabalhar em alguns projetos do trabalho, me afogar no trabalho é o melhor a se fazer. – Ester fala colocando guia no Frank que fica agitado. – Calma, já vamos sair, bebê. – ele começa a latir olhando pra porta. – Ficou animado de repente. – Ester abre a porta.
— Oi! – Gabriel fala sem jeito e Frank pula nele. – Oi, bebê! Olha como você está lindo! – ele disse abaixando e brincando com o cachorro. – Cresceu.
— Agora entendi o motivo dele ter ficado extremamente agitado, sentiu seu cheiro. – Ester fala tentando não demonstrar sua felicidade, mas seu coração estava acelerado e as mãos suando.
꧁༺ Notas da autora༻꧂
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