Entre presas e garras [Jikook]

By SebaJmy

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[FINALIZADA] A família Park era uma alcatéia muito bem falada, principalmente por sua linhagens de visconde... More

O início
I O baile
I O casamento
I O general
I O duque
I O lobo
I O capitão
I O vampiro
I O rei
I O dragão
I O traidor
I O Loki
I O encontro
I Os sete reinos
I A invasão
I A cidade esquecida
I O acordo
I A rainha
I A armadilha
I A velha, A mãe, A jovem
I O banquete
I O sacrifício
II O alce branco
II O Kirã
II O arrependimento
II A mordida
II Os exilados
II O conde e O rei
III O ômega
III O julgamento
III O Ragnarok
jikook feitos por IA 😭😭

II O labirinto de Dédalo

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By SebaJmy

Atualizações todos os dias, esse capítulo tá grande 🤭

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#ODuqueVampiro

O cafofo foi absorvido e exalava um ar perfurante e amargo. As paredes de madeira não deixavam transparecer o ar gélido dos flocos a cair lá fora. No motel barato, com gritos a todos os lados de putas e putos trepando nos quartos ao lado, Jungkook se encontrava ali, em seu casaco de pele grossa de neve, suas botas enlameadas e sua face sob um balde de madeira velho vomitando sua rejeição que fizeram a poucas horas. Haviam viajado a quase dois dias, chegando nas montanhas e atravessando as colinas dos montes até chegar na cidade do centro da Inglaterra, se camuflando entre as putas e ladrões nos meados do fim do mundo onde sabia que ninguém ousaria procurá-los.

— Jungkook? — chama — você está bem?

Um silêncio pairou no ar. Hoseok mordeu o canto dos dedos nervosamente enquanto passeava de um lado para o outro. E então, em passos indolentes e face prostrado aparece Jungkook.

— Como você está?

— Vomitei minhas tripas, o que você acha?

— Acha que foi os mexilhões? Um resfriado?

— Eu sou vampiro, não temos infeções alimentares nem resfriado, Hoseok.

— É, mas você tá passando mal desde que saímos da França! — resmunga nervoso, ele ergue os olhos curiosos e Jungkook ergue as sobrancelhas — vou chamar um médico.

— Não fode.

— Isso pode ser sério.

— Isso não deve ser nada demais!

— E se for..

— Não ouse falar disso.

— É uma possibilidade.. — murmura — você.. você bebeu o sangue do Jimin?

Jungkook travou a mandíbula.

— Jungkook, você bebeu ou não?!

— Não sei, não lembro.

— Porra.. porra.

Jungkook suspirou fundo.

Hoseok levou a mão aos fios e parou na janela observando os pedestres.

— Precisamos achar o poço.

— Mesmo se acharmos o Traos, como chegaríamos perto dele sem morrer pelo seu sopro?

— É aí que você entra em ação — diz Hoseok — Traos tem uma grande ligação com vampiros dourados, ele pertenceu a um deles a propósito.

— Drácula — murmurou. — Ele já tem um montador, Ravin, Traos não aceitará outra pessoa.

— Se ele não aceitar.. então vamos ocorrer a segunda parte do plano.

— Mata-lo.

۝

— Onde está Seokjin e Namjoon? — murmura Doric. Merciles estava ali, caminhando ao seu lado junto com Logan e Vaveric.

O caos estava reinando lá fora, as tropas de Thalas estavam embarcando em navios ao norte do oceano, dez mil soldados armados. Logan fez seus soldados marcharem e em poucas horas a Inglaterra estava rodeada de soldados prontos para o ataque. Não havia certeza de que a arma de Doric iria funcionar, que conseguiria matar Traos ou se a armadura revestida de magia dos soldados iria impedir o fervor do fogo de Traos.

— Estamos quase prontos. Tem certeza que sua arma irá funcionar? — Vaveric indaga.

— É uma besta — Diz se referindo a arma — o material da flecha é aço valeriano, runas escandinavas do século XI, do bruxo romano Gregori II, dizem que Jesus curava as pessoas mas isso por que não conheciam Gregori.

— Quem é Gregori?

— Ele foi um dos alquimistas da magia, do caos no caso, na época tudo era meio novo para a Europa. — Doric diz — Ele pesquisava ovos de dragão, acreditava que esses seres possuíam um poder grande que poderia ser obtido.

— Tipo extrair? — Logan pergunta.

— É, como uma poção para ser imortal ou não queimar no fogo — ele diz — tanto faz, a questão é que nenhuma de suas pesquisas fez efeito.

Eles pararam, Doric então se virou para os reis.

— Estamos aqui para iniciar uma guerra com uma arma que não sabemos que pode sequer funcionar? — Vaveric braveja.

— Não — Diz Doric — você sabe qual é o princípio da magia do caos, Vaveric? — Indaga sem esperar uma resposta — nada é real, tudo é criavel.

— Isso é loucura.

— Loucura é um dragão com a magnitude de Traos sobrevoar por aí podendo destruir cidades e até mesmo reinos inteiros. — Diz ríspido, Doric se aproxima de Vaveric — eu acredito que nenhuma das armas conseguiram matar Traos, não por que ela não era forte o bastante ou quem usava não era habilidoso, acho que ninguém realmente acreditou que fosse possível matar alguém como ele. Sabe, Traos já foi ferido lorde Vaveric.

Doric sorri e se vira, Logan e Merciles lhe encaravam.

— Seu nome era Arthur, rei Arthur, já ouviram falar? Ah, creio que sim, bem, a espada dele não era de aço valeriano tão pouco bronze celestial. Era de ferro, o mais mixuruca que se pode encontrar em suas correntes falsas. — Logan levou as mãos ao pescoço — ele feriu Traos no peito, mas não foi o suficiente para matá-lo.

— Mas então — Merciles diz, chamando a atenção de todos — Por que ninguém conseguiu matá-lo se só precisava "acreditar"?

— Quando o mais temido dos reis não conseguiu detê-lo por uma torção em seu pulso, ninguém mais teve confiança de que qualquer arma pudesse feri-lo, se não a arma do próprio Arthur. Mas ela não existe mais, pelo menos não inteira. — Doric suspirou — não existe nada mais perigoso do que dar poder ao bicho debaixo da sua cama, eles deram, agora o que temos por aí? O bicho papão com um lorde louco.

Todos ficaram em silêncio, pensativos. Merciles foi atormentado por pensamentos ruins de seu passado já Vaveric se encontrava neutro.

— Alguém pode me falar onde caralhos está Seokjin? — indaga Logan quebrando o silêncio e sustentando a dúvida de todos.

۝

— Porra. — Namjoon geme, as garras de Seokjin estavam cravadas em suas mãos. Enquanto o conde tentava arduamente tirar o corpo de seu rei de cima de si. — Seokjin.

Seokjin rosnou, ou pelo menos, pareceu um rosnado. Mesmo não parecendo, Seokjin ainda era Seokjin. Havia presas e garras? Sim, talvez Namjoon tenha se assustado com as presas próximas ao seu pescoço.

— Se controla. — Diz calmamente. Mas Seokjin não estava afim disso.

Namjoon forçou seu corpo, consegue se livrar das garras do outro alfa mas não de suas presas. Ele foi mordido, uma mordida dolorosa em seu braço. Ambos foram ao chão, caindo. Namjoon se levanta rapidamente, já Seokjin estava lá, sobre os joelhos e as palmas da mão.

— Seokjin — tenta novamente, usando a voz mais branda, já que, não sendo um beta, Seokjin não ouviria sua voz de alfa, pelo menos, não naquele estado de fúria.

— Argh.

— Respire fundo, está tudo bem..

— Minha.. cabeça..

— Está doendo muito?

— Latejando.  — Seokjin ergue a cabeça, seus olhos ainda estavam avermelhados vivo. — O que tá acontecendo comigo?

— Nada demais — Mentiu — você só está.. se transformando.

Se transformando num alfa louco totalmente puro.

Nunca ouvira relatos de transformados se tornando alfas, nem sabia que isso era possível. Seokjin não era nem de longe um adolescente, não que a transformação fosse mais fácil se ele fosse um adolescente, mas seu corpo iria se adaptar ao novo poder. Mas Seokjin já estava formado, adulto, e como encher um copo de água que já estava pela metade.

— Eu preciso tirar você daqui, consegue vestir suas roupas?

Seokjin não disse nada, ele não conseguia.

Então Namjoon foi até ele e procurou suas roupas para começar a vesti-lo, mas antes, ele procurou as próprias roupas e se cobriu.

— Seokjin eu — Namjoon olha em volta — merda.

Olhou em volta do quarto. Seokjin não estava ali.

Namjoon estava se perguntando onde um lobo totalmente pelado iria enquanto caminhava desesperadamente pelos corredores do castelo, fugindo das lamparinas dos soldados e evitando perguntas desnecessárias do paradeiro de seu rei.

— Onde eu fui me meter? — Namjoon pensou alto atravessando a biblioteca.

Tinha cruzado uma coluna a outra rastreando o cheiro de Seokjin, e quando parecia estar quase lá, o cheiro se tornava distante.

Namjoon caminhou pelo corredor das estátuas de bronze e quadros de grandes reis antigos e mortos. Ele nunca gostou daquela área, tudo parecia tão mórbido como se as estátuas fossem ganhar vida a qualquer momento fossem criar vida e sair andando com suas expressões sérias e caras pálidas de bronze.

Namjoon ouviu vozes, Merciles, Doric, Logan e Vaveric estavam lhes procurando. Claro, ele pensou, guerra. Desde que o mundo é mundo as guerras eram a única maneira que os homens tinham de conquistar algo. Namjoon não gostava de guerras, mas algumas lutas não haviam uma saída tão simples.

— Seokjin — Murmurou Namjoon.

Seokjin estava parado em meio a estátua do dragão dos antigos mestres, a fonte estava vazia e o mecanismo da água quebrado.

— Majestade? — Murmurou Logan.

Namjoon se aproximou rapidamente, colocou se sobretudo nos ombros de seu rei e murmurou em seu ouvido.

— Seus olhos.

— Você está bem?

— Ele está sonâmbulo — diz Namjoon — ele tem mania de andar enquanto dorme.

— Oh.

— Me lembra minha avó — Diz Vaveric — está tão velha que outro dia a vi andando na praia com suas roupas de baixo, teimando porque queria pescar um peixe.

— Céus.. — exclama Merciles.

Seokjin se vira, ele fecha seus pulsos e leva a mão as têmporas.

— Precisamos discutir sobre a guerra — Doric se aproxima.

— Acho melhor ele

— Eu irei pro conselho — responde o rei — me espere lá.

Todos ficam em silêncio, concordam e se retiram. Namjoon fica à sua frente com um ar procurado.

— Tem certeza? Você não consegue se controlar.

— Tem algo que eu possa tomar para aliviar isso?

— Não sei se os remédios funcionam em transformados..

— Então descubra.

— Sim, alteza.

۝

— O que acha que pode ser?

Jungkook indaga. No cubículo de um bordel, atrás dos barris de cidra, um elfo lhe analisava. Ele era desprovido de uma das orelhas, seu cabelo era verde e ele estranhamente cheirava a menta.

Adrit como era chamado, era um produtor de cidra desde que havia fugido de Midriri a alguns séculos atrás.

— Está se desenvolvendo rápido, o fluxo de gonadotrofina coriônica está bastante alto, as células estão se formando muito rapidamente.

— Seja direto.

Você está grávido. — Adrit tira os óculos — seus sintomas estão avançados, um mês mais um menos, o feto parece saudável, está se desenvolvendo em seu útero, mas sua mente não parece estar lidando bem com isso, está tentando expulsá-lo. Afinal é um corpo estranho num corpo novo.

Jungkook estava extasiado, sentiu sua cabeça apitar um longo e agudo piiii.

— Um bebê? — murmura — isso não é possível.

— Bem, teve relações sexuais enquanto estava com a poção de troca de corpos? — Jungkook ficou em silêncio. — Então sim, é muito possível.

— Não faz muito tempo, um dia no máximo.

— Ainda não entendi porque o feto está se desenvolvendo tão rápido — confessa o elfo — preciso de mais algumas análises para entender isso, mas sim, em escalas de tempo você está a equivalente há 4 semanas.

Jungkook se levantou.

— Tire.

— Como?

— O bebê — disse rapidamente — como faço pra.. você sabe.

— Nesses casos.. uma poção reversa deve ajudá-lo, você voltará ao seu corpo e perderá o bebê. Mas devo lhe questionar se é realmente isso que você deseja.

— Não posso ter esse bebê!

Adrit inclina a cabeça.

— Por que?

— Porque… eu serei como meu pai.

— E quem disse isso? Você ou esse bebê? — Adrit sobe no barril para ficar na altura de Jungkook, ele era relativamente baixo para sua espécie — não deixe os erros dos outros interferir em como você deve viver! Acredite, meu pai era um cuzão. — Jungkook arregalou os olhos pelo elfo desbocado.

Enquanto o elfo começara a contar a história de sua vida deprimente, Jungkook não estava dando a mínima.

— O que sabe me dizer sobre o Traos? O último montador.

— O que? — Adrit questiona.

— Antes de você começar a falar dessa baboseira toda, tinha comentado que sua família era uma das que servia os domadores.

— Ah sim, meus ancestrais!

— Fale sobre Traos.

— Ah bem, Traos! — disse eufórico, o elfo pulou do barril e caminhou até a prateleira de livros como um pato desengonçado. — Aqui! — ele diz erguendo o livro — depois da prateleira de necromancia e da receita de bolos da vovó, que Cornífero a tenha.

Jungkook inclinou a cabeça.

— O primeiro montador foi Drácula, diz que ele achou o ovo no inferno, hmm — Adrit pega sua bolsa em cima da sua cômoda e tira um porquinho da índia.

Jungkook pisca algumas vezes.

— O que é isso?

— Isso? Ah é minha bolsa de suprimentos.

— Me refiro ao rato.

— Ah, e a Rosquinha.

Rosquinha virou o rosto e encarou Jungkook. Seus grandes olhos negros lhe fitava.

— Ela.. não tem pelo.

— E a raça dela — deu de ombros — eles não têm pelos. — Adrit resmungou — céus, não é esse livro.

Adrit então se vira, vai até sua bolsa novamente e tira uma bengala. Jungkook arregala os olhos e observa o elfo pequeno caminhar até a prateleira novamente. Então o vampiro se aproxima da bancada, e estica a cabeça para ver a bolsa.

— Como caralhos você… tirou uma bengala daqui?

— O que?

— Essa caceta deve ter meio centímetro.. como isso..

— Nunca ouviu falar de magia élfica, garoto?

— Magia élfica me permite tirar uma bengala de trinta centímetros do cu? O que mais consegue tirar de lá?

— Não tirei ela do meu cu — ele bate no joelho de Jungkook com a bengala.

— Aí!

— Tirei da minha bolsa, vampiro boca suja.

— Tá bom, estressadinho.

Adrit usa a bengala para puxar o livro do alto.

— Esse é o livro, tome.

Jungkook segurou o grande e pesado livro.

— Nem um pouco empoeirado..

— Pare de reclamar, abestado.

— Nossa.

Jungkook colocou o livro na mesa.

— E agora?

— Como assim e agora? Abra!

— Se eu soubesse que teria que fazer tudo não teria pedido sua ajuda. — Murmura.

— O que disse?

— Nada não. — Jungkook dedilhou as páginas. — espere.. — franziu o cenho — você não me disse que um lobo já montou em Traos.

— Não disse?

Jungkook fecha o livro.

— Preciso ir.

— Espera!

Adrit corre devagar, então ele dá meia volta, pega a rosquinha — julgo a porquinha da índia — e vai atrás de Jungkook.

— Eu quero ir com você!

— Mas nem fodendo!

— O que está acontecendo? — Hoseok indaga, com um copo de cidra na mão, e então ele vê Adrit — suas bebidas são realmente divinas..

— Larga isso, estamos indo.

— Já?

— Jungkook — chama Adrit — posso ser útil.

— Não sei como um elfo anão e uma porca sem pelo me podem ser úteis.

Rosquinha resmunga no colo do elfo.

— Serei mais útil do que aqui!

— Mas você fabrica a melhor cidra do mundo.. — resmunga Hoseok.

— Não quero ser produtor de cidra! Quero ser um herói.

— Um herói?

— Sabe quantos viram Traos antes e sobreviveu? Ou Ethan, e eu sei que essa espada é.. — Adrit se aproximou da espada de Jungkook na bainha — especial.

Jungkook se afasta.

— Você a conseguiu onde?

— No inferno.

— Oh.. que empolgante!

Hoseok e Jungkook se olham.

— Quer mesmo ir com a gente? — Hoseok diz se agachando — ser perseguido por meio mundo?

— Vocês estão sendo perseguidos?

— Pelos vampiros.

— E pelos lobos — Acrescenta Jungkook.

— E não esquece dos franceses.

— O que vocês fizeram para a França?

— Longa história, enfim, venha logo elfo anão, e não deixe essa porca careca roer minhas coisas!

Adrit sorriu.

— Não sei se foi uma boa ideia deixar esse elfo vir com a gente. — Confessa Jungkook.

— Não tá sendo tão ruim assim.

— Ele está a meia hora falando com um rato pelado!

— É um porquinho da índia.

— Tanto faz. Tem dentes, morde as coisas só não tem rabo, basicamente um rato.

— Na verdade, sabia que os porquinhos da índia estão mais próximos das capivaras do que dos ratos? — Jungkook caminhou mais a frente, não dando atenção.

— Onde um dragão mortal ficaria? Ele não caberia no castelo de Hiden.

— Talvez ele esteja em outro lugar, nas montanhas talvez.

Então, um rosnado cortou os ares. Traos estava sobrevoando os ares. Jungkook puxou Hoseok e Adrit para trás de uma casa.

— Ravin está com ele. — Murmura Hoseok — como vamos fazer eles dois se separarem?

— Não acho que ele fique colado com Traos o tempo todo.

— Conhecendo o Ravin, não duvido nada que ele durma com um espelho ao lado.

— Você por acaso não teria algum item mágico na sua bolsa que pudesse nos ajudar, não é? — Jungkook olha para Adrit.

— Vocês já ouviram falar do labirinto de dédalo?

Jungkook e Hoseok se entreolharam.

— Esse lugar foi construído para segurar o minotauro. — Diz Adrit.

— Espero que ele não esteja vivo. — Confessa Hoseok.

— Como sabe desse lugar? — Indaga o Duque vampiro.

— Sou um elfo de Midriri, muitos mitos e história gregas, nórdicas e romanas são reais, o labirinto realmente existe.

— Isso vai da no castelo?

— Isso vai da no calabouço em baixo do castelo. — Afirma Adrit. — Desde que a guerra se iniciou há dois, o rei Robert se certificou de que houvesse uma passagem em baixo.

— Para dragões?

— Não exatamente para isso.. mas acabou sendo utilizado para tal uso.

Adrit sorri, ele abre a porta e voilá. Eles estavam nas catacumbas abaixo de Hiden.

— Pessoal — comenta Hoseok — Acho que temos um pequeno problema.

Traos rosna próximo de seus rostos. Totalmente acordado.

۝

Os lábios se beijavam desesperadamente. A janela fria e o ruído do vento contra a janela velha que mais pareciam um acúmulo de madeira podre. O chão estava estava pútrido, o taco manchado, inchado e rangendo como uma casa velha assombrada. O calor se estourou no quarto, as janelas embaçadas pelo fervor dos corpos se mexendo. Dhara prendeu os braços de Eva em cima de sua cabeça, beijando seu pescoço e seios de modo provocativo. Eva não conseguia resistir quando Dhara lhe tratava como uma puta. Os braços musculosos da garota poderiam ser o suficiente para se esvair em água em minutos.

— Dhara. — gemeu a garota.

— Estava com saudade da sua buceta. — Sussurra Dhara — você está tão molhada.. e eu nem lhe toquei direito, querida.

Dhara desceu sua boca lambendo sua barriga, passando pelo umbigo e fechando no paraíso. A garota dá um sorriso promíscuo e beija, lambe e chupa sua buceta.

Porra. — Geme Eva. Agarrando os fios curtos de Dhara e afundando sua intimidade em sua cara. Dhara não se importava de não respirar, era um jeito delicioso de morrer.

Eva estava delirando, havia provado do fruto proibido e não podia imaginar que fosse tão prazeroso e viciante.

— D-hara.

— Tsc tsc.. não vou deixar você gozar ainda. — Eva resmungou em olhar pidão. Dhara colocou as pernas de Eva envoltas na sua. — Ainda não a fodi você como eu quero. — Dhara segura o pescoço de Eva — o que estava falando com a Ellie?

— E sério que quer falar disso agora?

— Quero saber, dependendo da sua resposta eu tiro suas presas. — Dhara aperta o pescoço de Eva mais forte e a vampira solta as presas pontiagudas da gengiva.

— Sabe que eu sou mais forte do que você, não é?

Dhara sorri incrédula. Os olhos de Eva brilham em rosa. Dhara sobressai suas garras arranhando o pescoço alheio. Seus olhos brilham em amarelo. Lobo.

Nesses dois anos Dhara aprendeu a usar seu lobo a seu favor sem perder o controle. Eva era uma vampira espectral, conseguia atravessar qualquer material e corpo molecular, mas naquele momento, sua concentração de livrar das garras de Dhara era quase inexistente.

— Estou esperando sua resposta.

— Eu a dispensei — disse dificultosamente — disse que já tinha dona. Você.

Dhara desceu os dedos para a buceta de Eva. Eva comprimiu os lábios e curvou o corpo quando, de uma vez, a beta adentrou dois dedos.

Eva gemeu manhosa, um arrepio prazeroso invadiu seu corpo. Dhara mexeu seus dedos no interior da garota, a umidade se acomulava em seus dedos e escorria pela perna. Eva estava extremamente molhada.

— Porra. — exclamou Dhara, completamente alucinada pelos gemidos de Eva e do quão sedenta estava sua buceta. — Estava com saudades mesmo, não é?

Dhara amava como os peitos de Eva eram redondos e pontudos ao mesmo tempo. Os bicos eram levemente amarronzados, Eva possuía uma marca de expressão abaixo do seio esquerdo. Uma pequena pintinha extremamente fofa. Dhara estava perdida em tantos detalhes extremamente lindos e conformes da vampira.

Porra Dhara..

Eva murmura, se contrai e seu orgasmo sai no jato nas roupas de Dhara. Ela não se importava, era a quarta vez que Eva chegava ao ápice.

Eva tem os lábios trêmulos, seus olhos fecham e Dhara fica por cima de seu corpo lhe enchendo de beijos. E então, a porta bate em um tom leve que aos poucos se intensifica.

Dhara suspira, Eva sorri e se cobre com a coberta.

— O que você quer?

— Estamos indo agora — disse Namjoon — para a guerra, e você virá conosco.

— O nosso grupo não serve para essas coisas.

— Você é mais forte do que todos aqui — confessa Namjoon — quer mesmo ficar aqui, vencer umas lutas meia bocas enquanto brigamos do outro lado do país para que sejamos livres?

Dhara comprime os lábios.

— Eu irei com vocês. — Disse Eva, com as roupas postas.

— Nem pensar. — Dhara diz, se virando.

— Vou ser mais útil lá, qual é.. não é como se eu não soubesse me defender. Sou mais forte do que pensa.

— Espero vocês lá fora. — Diz Namjoon se retirando.

A guerra havia começado.

۝

— Aproveitando a vista? — indaga o homem numa voz baixa e melancólica — o dia está bem frio.

— Não irei lutar com você, Jimin. — A voz de Ethan era calma. O sobretudo preto voava contra o vento à medida que o relógio badalava.

A antiga igreja estava em sua magnitude esplêndida, Jimin não gostava de igrejas, mas não podia dizer que as artes e construções eram de fato feias. Havia seu teor expressivo e artístico.

Jimin ergueu seus lábios num sorriso diabólico enquanto seus passos se tornaram um ritmo inerente ao corpo do vampiro. Estando lado a lado, a centímetros do antebraço um do outro, Jimin do passado jamais imaginou que o medroso e fraco de antes havia se tornado um dos mais fortes.

— Devo admitir — disse Ethan — eu lhe subistimei.

— Muitos fizeram isso.

— Soube que era você quando a primeira morte dos príncipes começaram, primeiro Damon, depois Levian — disse lentamente — você é um ótimo guerreiro, já pensou em se juntar a mim?

Jimin quase se permitiu rir, mas se conteve.

— Você é um ótimo mentiroso.

— Não restará um mundo — Ethan disse ignorando-o e olhando a vista — logo todos irão morrer.

— O que está dizendo?

— Há coisas mais perigosas que eu, sabia?

Jimin se virou.

— O que você fez?

— Sabe, eu não queria matar Hazel — admitiu Ethan — mas ela já estava grávida — Jimin parou — então foi mais fácil, mas o sacrifício deveria ter sido Dhara.

— O que? O que você disse? Hazel estava..

— Jungkook não lhe disse?

Seus olhos encheram de fúria, os de Ethan, satisfação.

— Está mentindo — murmurou Jimin — me manipulando, como fez com todos!

— Ache o que quiser, não irei lhe impedir, Loki — ele diz sorrindo — você acabará com o mundo de qualquer forma.

— Cale a boca.

— Essa é sua função, sempre foi você, destrói tudo que toca.

Jimin segurou o punhal em sua cintura.

Não.

Seu lobo disse.

Não o mate.

Implorou.

Não o mate pensou Jimin.

Ele havia planejado isso a anos. Sonhado em cada detalhe, imaginando como seria se a agonia nos olhos de Ethan, da dor. Mas agora, ali, simplesmente seu lobo lhe implorava para que não.

Mas Jimin não o ouviu, ele gravou o punhal em seu coração, pouco a pouco, Ethan cai diante de seus pés num sorriso vitorioso nos lábios.

Havia conseguido exatamente o que queria.

Do outro lado da cidade, Seokjin sobrevoava os céus enquanto abaixo de si o fogo se instaura. Estávamos próximos do castelo, e então. Vampiros. Uma legião deles. Esse foi o último desejo de Ethan.

— Merda — murmurou Namjoon.

— Não vamos recuar agora. — Disse Yoongi. — Vamos!

Num grito, seus soldados correram. Juntamente com os vampiros do outro lado. Yoongi usava os lobos dos vampiros de guerra contra eles próprios, enquanto Dhara surrava os dentes pontiagudos e Namjoon cortava as gargantas. Um a um, eles pereceram.

Apesar de seus esforços, a quantidade de soldados franceses e aliados não era o bastante para os vampiros. Principalmente, para o exército de demônios que eles tinham.

— Não iremos ganhar essa guerra, sem chance. — Murmura Namjoon.

— Pede pra Seokjin atacar!

— Se ele atacar nosso exército também vai morrer. Estamos numa área muito fechada.. — Namjoon olha em volta, tentando escapar das cabeças voadoras e corpos sangrentos.

— Precisamos ariscar. — Diz Yoongi.

Ele chama um dos lobos infernais e dá uma mão para Dhara, Eva e Namjoon.  Correr em uma guerra enquanto milhares de vampiros estavam atirando em si era difícil. Mas para Namjoon o mais difícil era se manter grudado no lobo de quase três metros.

— Você vai matar a gente assim! — Exclama Namjoon.

E então, um rosnado fez todos pararem. Uma criatura gigante estava se formando das áureas dos vampiros astrais. Eva sequer imaginou que isso fosse possível.

— Eles estão fazendo o que eu penso que estão fazendo? — indaga ela.

— Criando um dragão de 500 metros? — Diz Dhara — eu acho que sim.

— Porra. — Yoongi começou a ir mais rápido, quando o rastro de fogo passou bem próximo de si. Infelizmente, metade de seus soldados não tinha chance.

Eles estavam perdendo novamente.

Seokjin saiu das nuvens vendo o estado de seu exército, Logan ao seu lado.

Seu interior encheu de ódio.

— Tzásper — chama Seokjin — Drákonos.

Jungkook estava fugindo, Traos não estava sendo amigável, e o plano de matá-lo foi por água abaixo.

— Essa foi sua ideia!

— Dá pra não ser um vampiro rancoroso agora? — Exclama Hoseok.

— Dá pra você me segurar direito! — exclama Adrit.

Jungkook teve a ideia de correr pelos túneis, bem, ele não pensou que Traos fosse tão burro — ou esperto — de lhes seguir em um lugar tão apertado que mal cabia sua cabeça. Bem, parece que Jungkook o superestimou pois era exatamente isso que Traos estava fazendo.

— A gente não vai conseguir — exclama Hoseok — esse lugar tá desmoronando!

Eles pararam de correr. Chegaram ao fim da entrada. Num buraco acima de suas cabeças e de uma porta falsa. Um beco sem saída.

— Mas que porra! — Exclama Hoseok raivoso. — Não esperava morrer assim.. não.. não posso morrer assim.

Jungkook estava pensando, então acendeu uma luz em sua cabeça. Bem, ele não era bom nisso, não havia dominado totalmente seus poderes de ilusão tão pouco invocar os mortos. Mas ele precisava tentar.

Jungkook ficou frente a frente com a porta falsa, ele fechou os olhos.

— Eu não devia ter vindo.. Adrit — choraminga.

Hoseok já havia aceitado seu fim, sentado abraçando as pernas enquanto o teto ameaçava cair.

— Consegui. — Adrit e Hoseok lhe encaram. — Vamos sair daqui.

۝

Jimin tentava fugir do fogo, corpos e construções sendo destruídas. Os gritos dos inocentes lhe atormentavam, e os poucos que conseguiu retirar dos escombros foi gratificante.

— O-obrigada!.

— Leve seus filhotes para longe.

A loba assentiu.

— Vem por aqui, anda! — Jimin ouviu uma voz familiar.

Hoseok estava feliz por estar vivo, e Adrit por ter sua outra orelha. Jungkook observava todos de longe, de forma pensativa. Estava uma bagunça lá fora. Então, ele sentiu uma presença, seu coração acelerou com uma sensação familiar. Mas ao invés de seu corpo estar feliz, estava pedindo para correr.

— Jimin?

Jimin estava a sua frente, estava do mesmo jeito de quando o vira pela última vez e igual ao Jimin de dois anos atrás.

Mas Jimin não parecia sentir o mesmo, pois o punhal foi retirado de sua bainha e estava indo em sua direção.

Jungkook teve tempo de desviar. Seu corpo foi empurrado contra o chão seco e duro, ele não queria lutar. Mas Jimin não o deixava falar, ele lhe socou, uma, duas, três vezes. Ele merecia.

— Não acredito que você fez isso.. que deixou eles machucarem ela.

— Não tive escolha.

— É isso que diz para si mesmo à noite? Quando deita a cabeça no travesseiro?

— E quem disse que eu durmo?

Jungkook estava acabado, machucado e desleixado. Sim, ele estava arrependido, era nítido que não era o mesmo de anos atrás, mas isso não importava para uma parte de Jimin, ele queria matá-lo, matar todos que lhe machucaram.

Então Jimin puxou a espada da bainha do vampiro, e colocou em seu pescoço.

— Estou grávido.

Jimin dá uma risada.

— Como é?

— É isso que você ouviu.

— Está dizendo isso porque está com medo.

— Não, não estou — ele confessa — pode me matar se quiser, você tem razão, eu podia ter impedido ele, mas não o fiz, porque estava com medo. Nunca lutei por algo que fosse importante.. e quando vi que podia perder você.. fiquei com medo do que ele poderia fazer caso eu negasse.

— E então você mata minha família?

— Me desculpe. — choraminga. — mas realmente tem um bebê dentro de mim, e não estou feliz com isso, mas sabe.. me apeguei a esse ser que eu mal olhei nos olhos ainda, e eu vou entender se você não quiser.. sabe.. assumir a paternidade.

— Como saberei que é meu?

Jungkook ergue a sobrancelha.

— Sério mesmo? Acha que sou o que? Uma puta?

— Uma pessoa em dois anos muda bastante.

— Posso ser um bêbado, mas não sou uma puta.

— Certeza?

— Não sou puta de ninguém!

— Nem a minha?

— C-como?

Jimin deu uma risada. Seu interior estava furioso. Ele não sabia o que fazer.

— Matei o Ethan.

— O que?

— Não sei.. eu devia me sentir melhor.. mas me sinto pior do que antes — Jimin abaixa o olhar e então ele joga a espada longe e se levanta. — Eu odeio você, ao mesmo tempo que amo e quero lhe matar, estrangular e esfoliar sua pele..

— Você.. me ama?

Jimin suspirou.

— Foi só essa parte que ouviu?

— Eu não ligo se você quer me matar. Está tudo bem.

— Tudo bem?

— É, bem.. muitas pessoas querem me matar, eu não ligo, quero ficar com você.

— Não vou ficar com você — Jungkook franziu o cenho — sim, eu vou cuidar do bebê, sim eu vou estar presente mas eu e você está fora de cogitação. Entendeu?

— O -que? Porque!?

— Você matou toda minha família!

— Você tem a Dhara, Damen e o Briar! E eu não matei eles, caralho!

— Uau, isso aqui tá melhor que cinema — Murmura Adrit com um balde de pipoca na mão.

— Por que tem um anão aqui?

— Eu sou um elfo! — exclama ele.

— Olá.. — Diz Hoseok.

Jimin suspira.

— Pega a espada — ordena Jimin — vamos acabar logo com essa guerra de merda.

۝

Vampiros pegando fogo.

Era a cena mais majestosa que Yoongi podia ver.

— Isso caralho! — Ele dizia enquanto usava o cão infernal para decepar cabeças.

O chão começou a tremer, todos ficaram em silêncio. A grande criatura feita de áurea estava ali, intacta. E então, o chão se abriu. Esqueletos começaram a sair do inferno e o cheiro de enxofre predominou. Mortos vivos começaram a marchar, Namjoon estava assustado. Dhara se preparava para arrancar os ossos restantes e Eva impunha os punhos.

Mas os mortos lhe ignoraram. E foram até os vampiros. Jungkook estava controlando eles, dezenas, milhares, de soldados mortos que haviam emergido do inferno para ouvir o clamor daquele que os chamou.

— Esse é a nossa hora — Disse Namjoon — vamos pro castelo.

Arrombado o castelo foi a parte fácil, difícil foi achar alguém.

— Eles fugiram? — Murmura Eva.

— Não — Jimin aparece com a espada suja de sangue. — Vocês só chegaram um pouco tarde.

Dhara sorri.

A guerra havia terminado.

Ou só.. havia começado?

———

Pessoal acabamos a 2(II) etapa da história, agora vem a 3 etapa (III) e também a última.

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