O Despertar da Paixão: Série...

By autora_mapneves

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Uma criança precisando de uma família. Um casal que está aprendendo a lidar com as emoções. Pedro Bittencourt... More

PRÓLOGO - PEDRO
CAPÍTULO 01 - PEDRO
CAPÍTULO 02 - PEDRO
CAPÍTULO 03 - HELENA
CAPÍTULO 04 - PEDRO
CAPÍTULO 05 - HELENA
CAPÍTULO 06 - HELENA
CAPÍTULO 07 - PEDRO
CAPÍTULO 08 - HELENA
CAPÍTULO 10 - PEDRO
CAPÍTULO 11 - HELENA

CAPÍTULO 09- HELENA

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By autora_mapneves

Eu respirei fundo enquanto caminhava em direção à faculdade. Eu não poderia ignorar a sensação de apreensão que estava presente em meu peito. Hoje, eu teria que encarar Paulo e eu não estou disposta a permitir que ele continue a me causar desconforto.

Ao chegar no campus, as pessoas transitavam rapidamente por todos os lados, apressadas em suas rotinas diárias. Enquanto eu procuro meu armário, meu coração acelera ao avistar Paulo se aproximando. Eu tento controlar a raiva e o medo que me invade neste momento, tentando fazer com que ele não note minha insegurança.

Paulo se aproximou com um sorriso falso estampado no rosto.

— E aí, Helena? Como você está? - Ele pergunta, como se nada tivesse acontecido.

Engoli em seco antes de responder, mantendo minha voz firme.

— Paulo, precisamos conversar. Agora. - Falo, firme.

Ele pareceu surpreso com minha resposta direta, mas me segue enquanto eu o conduzo para um lugar mais afastado do fluxo de estudantes. Eu sei que poderia ignorar ou pedir que o Pedro falasse com o idiota, mas quero enfrentar esse desafio por mim mesma.

Assim que nos encontramos em um local mais reservado, encaro Paulo com determinação.

— Eu vou ser clara, Paulo. O que você fez foi inaceitável e nunca mais quero que se aproxime de mim.

— Ah, Helena, foi só uma brincadeira. Não precisa levar tão a sério.- Responde, como se não tivesse acontecido nada demais.

Minha paciência está se esgotando. Eu estou cansada das desculpas e da minimização de seus atos. Eu me senti violada e desrespeitada, e é hora de deixar isso claro.

— Uma brincadeira? Você acha engraçado me assediar? Isso não é uma questão de humor, Paulo, é uma questão de respeito e dignidade.

Ele fica em silêncio por um momento, seus olhos evitando o contato com os meus. Finalmente, ele murmura.

— Desculpe, Helena. Eu não percebi o quanto isso te afetou. Eu não vou me aproximar mais, prometo.

Eu sei que suas palavras são vazias. Ele havia mostrado seu verdadeiro caráter, e eu não poderia confiar nele novamente. Eu estou determinada a me proteger e deixar claro que eu não aceitaria desrespeito.

— Desculpar-se não é suficiente, Paulo. A confiança que eu tinha em você foi quebrada. Nossa amizade acabou.

Ele parece surpreso com minha declaração, mas eu mantive minha postura firme.

— E se você tentar se aproximar de mim novamente, eu vou contar ao Pedro que você voltou a se aproximar de mim. Tenho certeza de que ele não vai gostar nem um pouco de saber que você não entendeu o recado dele naquela noite. - Falo, cruzando os braços.

Paulo engoliu em seco, porém sei que ele não aceitará tão fácil assim a recusa. Paulo é o tipo de menino mimado que nunca ouviu um não e quando ouve, faz de tudo até conseguir um sim, nem que seja forçado.

— Helena, eu... Eu sinto muito mesmo. Eu entendo se você não quiser mais falar comigo. - Ele fala, porém não acredito em suas palavras.

Balanço a cabeça, sem tirar os olhos dele.

— Isso é uma decisão minha, e eu não quero mais ter nada a ver com você. Espero que aprenda com isso e mude sua atitude. Agora, eu preciso ir. - Falo e saio o mais rápido possível de perto dele.

— Helena...

— Uma última coisa, Paulo. - Falo, chamando sua atenção. — Se eu descobrir que você está me seguindo ou seguindo o Pedro, iremos direto para a delegacia, entendeu?

— Mas...

— Entendeu, não é mesmo?

— Sim, Helena. Mas saiba que independente do que estiver acontecendo, eu não estou seguindo vocês.

Deixo Paulo para trás, sentindo um peso se retirar dos meus ombros. Eu havia enfrentado meus medos e colocado um ponto final nessa situação, porém saber que não é o Paulo que está seguindo o Pedro, me deixa em alerta, pois há um inimigo oculto.

━━━━━━━━❃━━━━━━━━

Após um longo dia na faculdade, eu finalmente estou a caminho de casa. Um arrepio sobe pela minha espinha, como se estivesse sendo observada. Olho rapidamente ao redor, mas tudo parece normal. Ainda assim, uma inquietude toma conta de mim, como se meu sexto sentido estivesse me alertando sobre algum perigo iminente.

Acelero o passo, tentando afastar esses pensamentos incômodos. No entanto, o arrepio persiste, como uma sombra fria na nuca. Meus passos ecoam nas ruas quase desertas do condomínio, enquanto a sensação de ser seguida se intensifica.

Agora, o medo começou a tomar conta de mim, misturado com a determinação de chegar em casa o mais rápido possível.

Olho para trás novamente, não conseguindo ver nada além da escuridão. Minha mente está repleta de pensamentos confusos, tentando entender se tudo aquilo não passa de paranoia ou se realmente há alguém me seguindo. Eu não quero acreditar nessa possibilidade, mas o medo está enraizado dentro de mim, aumentando a cada passo que eu dou.

Meus batimentos cardíacos aceleram, e minha respiração fica mais rápida. Eu sei que não posso me permitir entrar em pânico, então tento me concentrar em alcançar a segurança da minha casa. Pego o celular no bolso e começo a discar o número de emergência, pronta para apertar o botão verde assim que sentisse qualquer sinal de perigo iminente.

Meus olhos vasculham cada canto da rua, procurando qualquer indício de alguém se aproximando. Cada som ao meu redor parece uma ameaça em potencial. Eu me sinto vulnerável, mas também determinada a não me tornar uma presa fácil.

Finalmente, vislumbro minha rua à distância. Meu coração dispara de alívio. Eu estou quase em casa. O conhecimento de que a segurança está próxima me deu um impulso de energia. Acelerei ainda mais o passo, quase correndo, enquanto minha casa se aproximava.

Entro pela porta da frente, fechando-a com força atrás de mim. O silêncio do ambiente familiar me acalma um pouco, mas eu sei que ainda não estou completamente a salvo. Tranco todas as portas e janelas, certificando-me de que ninguém poderá entrar sem o meu consentimento.

Encosto-me na parede, respirando profundamente, tentando acalmar minha mente agitada. Eu tinha escapado, pelo menos por enquanto. Mas a sensação de ser seguida permanecia, como uma sombra pairando sobre mim. Eu preciso estar atenta, vigilante.

Enquanto a adrenalina começa a diminuir, eu reflito sobre o que havia acontecido. É possível que tudo não passou de um equívoco, uma mera coincidência. Mas, mesmo assim, minha intuição me alertava para não subestimar a situação. Eu precisava estar preparada e tomar as devidas precauções, principalmente com o Pedro tendo a mesma sensação de estar sendo observado.

Eu pego o telefone tremendo nas mãos e disco o número do Pedro com pressa. Cada segundo que passa me deixa mais ansiosa, e eu só quero ter alguém ao meu lado naquele momento. O telefone chamou algumas vezes antes de ele atender.

— Oi, amor, tudo bem?

— Pedro, eu estava voltando para casa e senti que alguém estava me seguindo. Tive um arrepio na nuca, uma sensação de perigo. Acabei correndo e consegui chegar em casa, mas estou com muito medo. Você não está enlouquecendo, você estava certo quando disse que estava sendo seguido.

O silêncio seguiu por um momento. Pude ouvir a preocupação na respiração do Pedro do outro lado da linha.

Helena, respire fundo. Vou cuidar disso, está bem? Eu vou avisar os nossos pais para irem para casa imediatamente. Fique calma e se mantenha segura aí dentro. - O Pedro fala com firmeza, tentando transmitir segurança através das palavras.

— Eu confio em você, Pedro. Por favor, avise seus pais o mais rápido possível. Estou trancada em casa, mas ainda estou sentindo esse medo. Eu preciso que você esteja comigo. - Respondo, lutando para manter minha voz estável.

— Eu estou a caminho daí, meu amor. Não se preocupe, vamos resolver isso juntos. Eu te amo, Helena.

Desligamos a ligação e eu senti um pequeno alívio. Saber que Pedro estava vindo, bem como os meus pais, me acalmou um pouco.

A espera parece uma eternidade. Cada som lá fora me fazia pular, meu coração acelerando com medo de que alguém estivesse tentando entrar. Olho para o relógio, cada minuto se arrastando dolorosamente.

Finalmente, ouvi o som familiar da chave na fechadura e o barulho da porta sendo aberta.

— Helena, estou aqui. - O Pedro diz e quando eu corro em sua direção, vejo seu rosto mostrando preocupação enquanto ele me abraça com força.

— Eu senti tanto medo.

Eu me permiti chorar um pouco, deixando escapar toda a tensão que tinha acumulado. Enquanto esperávamos pelos nossos pais, Pedro ficou ao meu lado, segurando minha mão, reforçando que ele estava ali para me proteger.

O que nós não sabíamos, é que era apenas o começo.

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